21 junho 2007

Do fundo do nosso quintal...


Amici, desculpem a falta de atualizações. Essas últimas semanas estão seriamente conturbadas. Ando meio que de feriadão do blog e só consigo entrar em outros para não me manter alienado do mundo internético.

Dito isso, vamos lá...

Há sonhos e sonhos. Eu, por exemplo, sonho em ter um trabalho que sustente todas as minhas idas aos bares e os poucos churrascos e feijoadas aqui em casa. Mas tem um que anda recorrente.

Sonho em ter um quintal. Aqueles que tem um gramadão e um pé de jaboticaba bem no meio pra fazer sombra. Toda vez que penso nisso, vejo domingos em que a cerveja é farta, a carne é assada e o samba come solto debaixo da jaboticabeira. Do lado, um puxado com uma churrasqueira de tijolo da altura da barriga, uma pia, uma geladeira daquelas brastemp marrom e uma mesa de madeira lascada.

O quintal, hoje em dia cada vez mais ausente nas mentes dos engenheiros, arquitetos e decoradores, é uma instituição. Minha criação se deu na rua e no quintal. Metade do meu joelho foi ralado no quintal. O quintal é como um CT, onde a gente treina tudo que vai fazer na rua.

Quem já veio na Heitor pode estranhar: "Caralho, esse japonês é louco. A casa desse porra tem um quintal". Sim, tem. Grande até. Mas é um quintal incompleto. Não tem a grama. Não tem a jaboticabeira. Ele já está meio urbanizado.

Por isso, sonho com aquele quintal. Da grama. Da jaboticabeira. E não sonho só para mim. Acho que é uma maneira de me enganar e pensar que, se eu sair daqui um dia, algum outro moleque terá a sorte de crescer com um quintal. Com grama, jaboticabeira, churrasco, samba...


03 junho 2007

Diagnóstico



Havia dito que só me pronunciaria sobre o time do Corinthians deste campeonato Brasileiro depois do jogo contra os sardinhas. Isso porque, nas primeiras rodadas, pegamos só moscas-mortas. E mesmo assim tivemos algumas dificuldades contra o Atlético-MG em casa, num resultado que muitos consideraram aceitável.

Pois aceitável também é empatar na vila belmiro. Porém, esse jogo colocou um pouco de juízo na cabeça de muitos que já vislumbravam um time com aspirações ao título. A defesa perdeu sua invencibilidade. O meio esteve atrapalhado. E o ataque simplesmente não existiu. Dito isso, vamos a algumas análises individuais.

O gol teve origem na direita, por onde atuam Rosinei e Edson. Ambos foram horríveis no apoio e sofríveis na marcação. O tal de Renatinho deitou e rolou por lá. Edson realmente tem um ótimo padrinho no Pq. São Jorge. E me irrita demais aquela munhequeira que ele usa. Virou tenista agora? Já Rosinei tá com a cabeça em qualquer lugar, menos no Corinthians. E se é pra ser assim, vaza! A definição precisa desse cara eu escutei em um programa de rádio: "se o Rosinei jogasse metade do que ele acha que joga, já tava bom".

Fora isso, deve-se reconhecer que o sistema defensivo está bem mais arrumado. Só o goleiro Felipe precisa melhorar um pouco a saída do gol. E Marcelo Oliveira precisa perder a mania de querer sair jogando em todas as ocasiões. Tem hora que é para dar bicão.

No meio, Marcelo Mattos não entrou em campo. Errou passes e parece sentir o peso de ser o único volante do time. Daí para ser expulso idiotamente é dois palitos. E a gente chega em William. O meia-armador não arma. É moleque, claro. Mas precisa começar a mostrar bola em jogo importante. Tanto ele quanto o resto da molecada têm que ter isso em mente. Porém, parece que toda essa safra de novos jogadores já saem dos juniores pensando em qual time vão jogar na Europa. Sem mesmo se firmar no Brasil. É a geração "fala com meu empresário que ele manda em mim".

Já o ataque foi nulo. Clodoaldo sentiu o peso da estréia e da camisa. Relou na bola duas vezes, quando a chutaram em cima dele. A única presença positiva foi o belo passe no primeiro tempo, que deixou William na cara do gol. Mas o meia desperdiçou chance que não se pode deixar passar em clássico. E Everton ainda não se firmou. É esforçado, mas não dá para considerá-lo como um ponto de desequilíbrio.

O técnico precisa começar a enxergar o jogo. Era claro desde o começo do segundo tempo que o time do interior estava aproveitando a deficiência do Edson na direita. Além disso, tirar um centroavante e colocar um volante antes dos 30 minutos é ser cauteloso demais. Deixasse o centroavante, tirasse o ponta e avançasse o meia. Simples e lógico. Morto por morto, deixa uma uma opção para uma possível bola parada ou uma sobra. Enfim...

Diagnóstico? Vampeta no time vai fazer bem. Fábio Luciano, se vier, também. William precisa sair de promessa e virar realidade. E se Finazzi e Clodoaldo engrenarem, aí sim poderemos pensar em vaga para a Libertadores no fim do ano. Só assim para termos um time competitivo para essa merda de campeonato por pontos corridos, e que demora uma eternidade para acabar.

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Corinthians, 1º Campeão do Rio-São Paulo de Show Ball!

Chupa porcada!

E o Ronaldo continua o cara. Chora Jean Carlos...