26 dezembro 2007
Breves de um breve 2007
Não sei dizer se o balanço de 2007 foi positivo ou negativo. Mesmo passando por certa estabilização das coisas cotidianas - menos financeira, que esta nunca deve ter jeito -, houve algumas grandes alegrias e alguns grandes desastres. Vamos a eles:
- O coração aponta para 3 anos juntos. Lembro que Evinha me disse poucos dias atrás que estava assustada com a longevidade. Eu não me assusto. Acho que, mesmo depois de tanto tempo, ainda nos descobrimos dia-a-dia. Coisas que marcam e que apaixonam. E que nos fazem cada vez mais próximos, mesmo com a distância física e temporal (causa provável da minimização do desgaste que a rotina traz). A cada hora ela me conquista e a cada minuto tento conquistá-la, ou então novamente, pra que as coisas não fiquem com aquela sensação de mel estragado. Prova maior de amor que ir a Porto Alegre me consolar no dia mais triste do mundo, não há.
- Falando nisso, ah, Corinthians do meu coração. Esse ano você me judiou. Pancada seguida de pancada. Talvez para mim, e para toda a Fiel, isso tenha sido até proposital. Mesmo que a culpa não seja nossa - ela tem nome, sobrenome e até endereço no Uruguai -, aceito o fardo dessa humilhação a que você nos submeteu. Aceito com a promessa de que irei lutar cada vez mais pela sua honra, na vida e na morte (porque corinthiano, sabe-se, tem umas coisas ali com as entidades).
- Outra impressão é a de que 2007 foi ano em que fortaleci - ou mantive - grandes laços fraternos. Separou-se o joio do trigo e quem veio para o lado de cá me dá a sensação de querer ficar para o resto da vida, ao lado de quem já estava. Aos velhos - FH, Barneschi, a italianada carmática (Luydy, Vitor e o grande Galuppo), Will, Coração, Janeiro, Carlão, Migué, mezzaniners (muitos, não dá pra denominar) - e aos novos - Arthur Favela e pessoal da Barra Funda, Edu Goldenberg (ao lado de todo o Alto-Comando carioca), que me veio via Fernando Szegeri, já dos velhos mas que mantemos contato mais virtual que real (infelizmente), Filipe e Luís (os guerreiros das arquibancadas) -, os meus mais sinceros abraços e a certeza de uma grande admiração. E que em 2008 a convivência seja mais em algum buteco por aí do que por emails, blogs e afins.
- Trabalho, se fosse bom, não teria horário pra começar nem acabar. Então a gente vai levando de acordo com a maré, cuidando só pra não dormir e a onda levar.
- Política, há de se lamentar que aquilo que eu digo desde 2003 ainda prevalece (imprensa golpista, elite amendrontada, cansada e cada vez mais separatista). A esperança é que o povo, principalmente o paulista, aprenda a votar.
Até 2008!
20 dezembro 2007
Mau sinal
O Corinthians acaba de acertar patrocínio com a Medial Saúde. Cujo material de divulgação, livro de convênio e carteirinha de associado é verde...
Péssima escolha.
FORA SANCHEZ! FORA CORJA! FORA MSI!
17 dezembro 2007
Futuro incerto
Muitos - corinthianos, inclusive - falaram que o rebaixamento à serie B faria bem ao Corinthians. Seria um momento de renovação, reestruturação e de moralização. Depois de mais de década com a nefasta administração do velho gagá, entrou Andrés Sanchez. Prometendo transparência e a retomada do corinthianismo. Colocou ao seu lado Marlene Matheus, cuja única glória é ter sido mulher de Vicente Matheus.
Analisemos esses dois perfis. Marlene era presidente do Corinthians no começo da década de 90. Foi ela quem lançou Dualib à direção do clube. Faziam, ambos, parte da mesma corja que, desde a década de 70, usava o Corinthians para se enriquecer. Depois que o velho fascista tomou conta do clube, ela foi deixada de lado e, com a morte de seu marido, ficou relegada às traças no Conselho. Já Sanchez foi (só) o vice-presidente de Dualib que "convenceu" todo o Conselho a aprovar a parceria com o MSI.
Já na presidência, Sanchez trouxe de volta Marlene, que ficará incumbida da área social. A mesma Marlene que, ao lado do Amarelinho Carioca, renega um dos títulos mais importantes da história do clube e que foi oficializado no último fim de semana - o Corinthians é, de direito e de fato, o 1º Campeão Mundial de Clubes.
Além de reanimar as múmias, o novo comando do clube ainda não cortou raízes com Kia Joorabchian, representante da "parceira". Haja vista a viagem recente para a Europa. Notem: a parceria ainda não foi rompida. Apesar de aprovado, o rompimento não está consolidado. Provas? Concretas não há. Mas há indícios: contratação de jogadores estrangeiros aos baldes, falta de compromisso com prioridades (Nilmar ontem e Felipe hoje) e a recorrente história da construção do estádio.
E aí, corinthiano? Você acredita mesmo nessa baboseira de reformulação e renovação? Eu já estou preparando a reza para 2008...
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Caso Felipe: minha opinião é bem simples. Catou muito no campeonato? Sim. Foi o único a honrar a camisa? Talvez. É importante para o elenco? Sim. Mas não fez nada demais. Caiu para a segunda divisão e tem que ficar satisfeito por ganhar 50 mil. Eu nunca vou ganhar isso por mês. A hora agora é de tomar vergonha na cara. Não está satisfeito, vaza. Goleiro bom tem aos montes. Quero ver a cara de bunda daquele monte de baba-ovo que ficava gritando o nome do goleiro (ao invés de Corinthians) quando ele virar as costas pra gente.
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Antônio Carlos: fascista. Não deveria estar no Corinthians. Aliás, deveria estar preso. É um mau-caráter. Não é a toa que seja amiguinho do Sanchez.
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Grande parte da torcida corinthiana parece ter saído de um título. Não! Estamos vivendo o pior momento da história do Corinthians. Temos que acordar e cobrar muito essa diretoria. É tudo muito bonito exaltar o corinthianismo, mas eu quero ver quem segura a bronca de verdade no ano que vem. Não estamos em um momento favorável a brincadeiras e não podemos cometer erros.
ACORDA FIEL!
10 dezembro 2007
Rio 2007
Toda visita ao Rio é motivo de alegria no peito. Estava precisando, depois de uma sombria semana de tristeza e revolta. Curiosamente, sempre que passo pela Cidade Maravilhosa é na correria. Dito isso, vamos aos fatos:
- a chegada se deu às 18h de um sábado. O motivo era o show do The Police, sobre o qual falo abaixo. Um provocador Edu Goldenberg avisa em seu blog: "larga esse show e vamos ao Trapiche Gamboa que vai ter Inimigos do Batente". Tal aviso não foi em vão, já que no dia seguinte fico sabendo que se tratou de uma histórica noite de samba. Porém, já havia comprometido mais de R$200 para ver os ingleses e, sobretudo, fazer uma visita ao Maracanã.
- O show. Chegamos (Evinha, Paulim e eu) no Maraca por volta das 19h. Corre-corre habitual para trocar os ingressos - até agora não entendi o porquê dos 16% de taxa de conveniência se não houve conveniência alguma - e lá vou eu fazer média com os assessores do evento. Depois de ter dado a riscada na lista de credenciados, me dirijo à sala de imprensa, localizada num dos vestiários do estádio. Nada de bom, nenhum lanchinho ou cerveja à mostra e resolvi sair para encontrar minha mulher e minha irmã.
O que valeu, ao menos, foi poder entrar no gramado do estádio pelo túnel. A sensação é indescritível e eu imaginei, por segundos, como seria as arquibancadas estivessem lotadas numa final de campeonato. Por essas e outras que deve-se afirmar: é o maior do mundo. Saindo do gramado, rodei por uns porões e corredores do lugar e pude ver que, na pressa de se ajeitar para a famigerada campanha pela Copa 2014, há muito lixo escondido por baixo do tapete. Finalmente, consegui achar a rua e entrar novamente, agora nas tais cadeiras laterais.
Eis que nas cadeiras laterais lembrei-me dos geraldinos. Os órfãos do Maraca. Triste saber que ali era o lugar do povo e que agora há placas pedindo um comportamento de colégio interno. Para shows, então, a coisa se complicou. O som, que já não era aquelas coisas, ficava incompreensível dali debaixo do cimento. Fugimos, então, para a área aberta.
Sobre o evento em si, nada muito a falar. Os Paralamas do Sucesso abriram a noite e, hit após hit, fizeram uma apresentação muito, mas muito mais animada que as estrelas da noite. Não que o Police tenha sido burocrático. O trio até mostrou empolgação e Sting se sentia em casa (ê, Juruna), mas os caras são ingleses, porra... O veredicto: tratou-se de um bom show, mas que não valeu de jeito nenhum os preços salgados que foram cobrados.
- O domingo. Sol de rachar mamona, fomos à praia encontrar a paulistada branquela. Torramos, mas torramos mesmo debaixo daqueles guarda-sóis, regados a muita cerveja e nada de comida. O resultado foi a bebedeira precoce. Paulim deu pt. Eva e eu fomos valentes. E partimos para a Tijuca, em encontro a um AMEAÇADOR e RANCOROSO Arthur Favela.
Deram sete, oito e nove da noite, e as pessoas bebiam (como diria FH) em quantidades oceânicas grande bairro da zona norte carioca. No fim da tarde, chegava-me via celular a mensagem: "daqui uma hora no Rio-Brasília. Edu Goldenberg". Ligo para o Favela para saber como estava o grau das pessoas e ele me dispensa lá pelas 21:30: "estou na rua, o Edu dormiu e tô indo pegar o busão na rodoviária".
Fosse eu um desonesto, daria meia-volta e iria pro hotel dormir, já que deveria acordar às 5 da matina para retornar a SP. Mas não. Estava na Haddock Lobo e, teimosamente, teria que pagar minha dívida (uma grade de cerveja) com o mestre carioca. Quando entro na Almirante Gavião, lá está uma grande mesa enfileirada na frente do Rio-Brasília, com todo o Alto Comando.
Além de não se tratar de uma mesa qualquer, havia também um cerimonial. Era ali a volta, o reencontro, o reatamento. Edu e Joaquim finalmente haviam sanado todas as suas divergências recentes e, num gesto muito bonito, lavaram a roupa suja e choraram como crianças. Coisas que não se vê muito por aí e que deve ser ressaltada.
Assumo: não paguei toda a grade. Mas é, claramente, uma desculpa muito da esfarrapada para voltar ao Rio. E quando pagar, prometo outra.
Pois é. Isso tudo em menos de 48 horas. Imagina se fosse uma semana...
05 dezembro 2007
A ressaca
Emails, fotos, torpedos, ligações... Semana duríssima para os corinthianos. Mas isso só nos fortalece. Triste, no entanto, é ver a serenidade dessa diretoria suja, que vai à imprensa e promete "time dos sonhos", que anuncia reforços tão ruins ou piores do que estão jogando e que dá voz ao causador maior disso tudo: Alberto Dualib
Imprensa suja, que está marcada e que, se aparecer no Pacaembu e na minha frente, vai ter o que merece. Além daqueles que são os responsáveis por essa grande vergonha (jogadores, diretores e até pseudo-torcedores). Segue a lista:
- Juca Kfouri (UOL)
- Alberto Dualib
- Nesi Cury
- Renato Duprat
- Antonio Citadini
- Marília Ruiz (Lance)
- Eduardo Arruda (FSP)
- Andrés Sanchez
- Marlene Matheus
- Renata Fan (TV BAND)
- Milton Neves (TV Record)
- Zelão
- Betão
- Iran
- Gustavo Nery
- Clodoaldo
- Lulinha
- Dentinho
- Fábio Ferreira
- Heverton
- Arce
- Finazzi
- Ailton
- Bruno Octávio
- Wilson
Os outros eu nem sei a cara, então não dá para ameaçar. Aliás, fica o registro: Dinelson, Ricardinho e Marinho ainda fazem parte do elenco. Acreditem!!!
Ah, e essa lista aumenta. Aos corinthianos que passarem por aqui, deixem a sugestão.
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No post Dona Antônia e Seu Venâncio, mencionei a epopéia desse último para vir assistir a um jogo do Corinthians na capital. Só algumas correções a fazer:
1) o Vô Venâncio demorou não 5, mas 11 horas para chegar a São Paulo de trem. E mais 11 horas para voltar para casa;
2) o jogo foi um lendário Corinthians 4x3 palmeiras, em 1971, numa virada fantástica do alvinegro;
Histórias de corinthianismo que devem ser exaltadas nos dias de hoje, pra ver se a torcida retoma o espírito guerreiro.
03 dezembro 2007
O dia mais triste do mundo
O domingo era de sol. A Fiel estava empolgada. Cerca de 2 mil guerreiros invadiram a cidade inimiga para tentar empurrar um time limitadíssimo e com jogadores que não deveriam nem passar perto da rua São Jorge.
No fim, a tristeza. O dia mais triste do mundo para mim e para cada um dos corinthianos em todo o país. O sentimento é uma mistura de revolta, impotência, melancolia. Mas, sobretudo, amor incondicional. Pelo que fez a torcida, o Corinthians não merecia cair. Pelo que vem acontecendo desde 2000, era algo que podia surgir e não queríamos acreditar. Hoje, tudo se materializou nessa tragédia.
Lado bom disso tudo não existe. O coração alvinegro está partido, dilacerado. Tamanha tristeza eu jamais havia sentido na vida - obrigado a minha Evinha por ter ficado ali, ao meu lado, mesmo sendo rival. É nessa hora, porém, que a gente separa o joio do trigo. A Fiel se fortalecerá e os torcedores sem alma que vieram com a MSI, argentinos e iranianos irão para o outro lado ou se recolherão a sua mísera existência.
Fortalece-se ainda mais o meu amor pelo Sport Club Corinthians Paulista. Algo incompreensível para alguns, até. Mas que na minha cabeça é uma das poucas coerências. Amo você, Corinthians. Jamais irei te abandonar. Por sua causa, gaúchos que se dizem os maiores rivais do planeta beijam uns as camisas dos outros, só para tentar te derrubar. Isso, Corinthians, só mostra sua grandeza (aliás, retiro tudo que disse sobre a torcida gremista. São ridículos).
Agora, as condições estão mais do que dadas. A Fiel tem que acordar. O Corinthianismo tem que voltar a imperar. Fora torcedores de bolacha! Fora torcedores de modinha! Fora torcedores mudos, que só dizem ser corinthianos nos momentos bons.
AQUI É CORINTHIANS! E ninguém muda isso. Ninguém acaba com esse amor e com essa instituição, que é maior que tudo.
EU NUNCA VOU TE ABANDONAR!!!