28 fevereiro 2008
Santa previsibilidade
Em 1º de maio de 2007, escrevi no post "Que fria" a seguinte frase: "Do baixo do túmulo, Frias deve estar fechando sua derradeira primeira página para este dia do Trabalhador. Pegará as manifestações e chamará de baderna. Dirá invasão às ocupações dos movimentos sociais Sem-Terra e Sem-Teto. E, no ano que vem, provavelmente teremos uma festa (10 para 1 que será da Força Sindical) na 'Avenida Octávio Frias'".
Aí, abro hoje a Folha de S. Paulo e vejo que o prédio do Instituto do Câncer, chamado Edifício Doutor Arnaldo, será reinaugurado com um outro nome: Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.
Errei só o objeto. Como é cara de pau esse José Serra, não? Depois o que eu falo são teorias conspiratórias...
25 fevereiro 2008
Sou brahmeiro é o caralho!
Muito me espanta esse termo utilizado pela nova propaganda da Brahma. Sou fã da número 1, que, vale lembrar, faz 120 anos em 2008, assim como a abolição da escravatura (muito bem observado por Julio Vellozo no Carnaval carioca). Ela é minha número 1 de fato, seguida pela Original e Faixa Azul - antes gostava mais da Faixa Azul, mas a Antarctica de SP conseguiu estragar esse clássico.
Bom, voltando ao assunto, o reclame da Brahma usa o tal termo brahmeiro. Primeiro que isso é coisa de micareteiro. E micareteiro, pelo que eu saiba, só bebe lixos como Schin ou Itaipava. Aliás, é uma raça de alienado babaca que nem sabe o que está bebendo.
A premissa é boa, até. Exalta aqueles que querem reunir os amigos no bar, que ralam a semana inteira e sentam num botiquim para celebrar a vida etc. Mas esse termo é o cu da cobra. Mais respeito com a Brahma, senhores.
A obra - tinha que ser - vem da mente do sr. Nizan Guanaes, o propagandista tucano. De fato, ele é perito em usurpar valores populares e vendê-los por aí. Um recadinho a ele, então: brahmeiro é o caralho! Não me venha querer equiparar a grande Brahma Chopp a lixos vindos de Itu. Já basta nos ter empurrado goela abaixo o digníssimo governador paulista e sua corja...
20 fevereiro 2008
Ressuscitaram a mulher!
19 fevereiro 2008
Aos amigos
Antes do post, primeiramente algumas considerações. A rede Globo é um lixo, uma emissora nefasta que corrompe opiniões por todo o país e sempre serviu ao que há de mais sujo na política brasileira. Seus jornais têm como finalidade emburrecer o povo, assim como a maioria das suas (boas) novelas. Quem não possui o mínimo de discernimento acredita que o Brasil é aquilo que está na tela da vênus platinada. Porém, quando eles querem, eles fazem coisas boas. Sempre no lado ficcional, obviamente.
Dito isso, vamos ao post.
Estreou na última segunda a minissérie "Queridos Amigos". A história se passa em 1989 e mostra um sujeito que descobre ter pouco tempo de vida. Ele decide reunir um grupo de amigos que, por acasos da vida, se separaram. Assim como ficaram separados os conflitos entre eles. A festa promovida pelo protagonista é uma grande oportunidade para que grandes merdas aconteçam, com atritos de outrora vindo à tona como avalanche.
Escrevo essa opinião assistindo ao segundo capítulo. Despi-me de ideologias - logo no primeiro capítulo, tive que me deparar com um daqueles comunistas da Globo, caricatos e tão conservadores quanto quem eles combatem, elogiar Victor Civita - e me identifiquei de imediato com a premissa. A premissa, aliás, é muito parecida ao filme "Invasões Bárbaras", filme canadense com o qual tive sensação semelhante à sentida com a minissérie global.
Na verdade, tudo que remete aos amigos me deixa um tanto quanto emotivo. O papo de bicha é sério. E, assim como o protagonista de "Queridos Amigos", sempre tive essa responsabilidade inata de ser aquele que reúne pessoas (a semelhança pára aí, não estou morrendo). O impulso é tamanho que cheguei a fazer um belo churrasco para 5 pessoas, comigo incluso. Chego até a ficar mal-visto quando tento misturar turmas e a coisa não engrena. Fazer o que, sou assim...
Vendo o programa, me inseri naquela história e fiquei imaginando a cena: velho caquético, consegui juntar 3 meses de aposentadoria. Comprei uma quantidade indecente de cerveja. A carne é de primeira e o fogo já em brasa. Samba de primeira puxado por uns velhos caquéticos como eu. E as lembranças já meio embaralhadas de vidas que, de uma forma ou outra, tornam-se uma coisa só cada vez que se encontram.
Mas isso é só o futuro. Há ainda muito a ser feito para que existam memórias. À sensação boa que me dá a cada casa cheia com aqueles que prezo, um geladíssimo copo de cerveja e uma idéia para o capítulo final do meu livro de memórias.
---------------------------------------------
* Apêndice:
Retira-se Fidel, mas a revolução ainda vive! A mídia imbecil, que o trata como o diabo encarnado, irá tentar desconstruir a imagem do comandante. Aliás, tratam seu afastamento como uma morte, estendendo isso ao regime cubano. De minha parte, prefiro acreditar num ditador que garante condições básicas ao seu povo a um democrata que mata de fome milhões de pessoas que ele sequer representa.
12 fevereiro 2008
Nojo
Algumas coisas que me deram nojo nos últimos dias:
- uma aproveitadora sai com um tapa(???)-sexo de 4 cm e faz sua escola cair. Hoje, vejo na Falha que ela irá posar na Playboy. Conseguiu o que queria.
- "crise" dos cartões. E a mídia golpista sofreu uma virada antes do previsto.
- modo de operação nefasto da prefeitura e do governo estadual com relação à educação.
- ex-jogador(???) Caio comentando jogo na Globo.
- cerveja sem álcool nos estádios.
- camisa roxa.
Por essas e outras, eu continuo acreditando em todas as minhas teorias de conspiração.
08 fevereiro 2008
Enquanto isso, na alta roda...
Enquanto o povo se divertia à beça nas ruas durante o Carnaval, bailes chiquérrimos abalavam as estruturas dos clubes. Presenças de vips e bacanas, muita música e, claro, Narcisa Tamborindeguy. Sim, aquela que joga ovo nas pessoas no ponto de ônibus.
Vejam a descontração da jovem senhora, que sentiu bastante calor no baile.
07 fevereiro 2008
Esqueceram...
O Carnaval passou, a quarta de cinzas acabou. Mas esqueceram...
Esqueceram de avisar a uma multidão que o Cordão do Bola Preta e seus 90 anos é uma instituição brasileira, mesmo sem nenhum incentivo de ordem governamental. Esqueceram que quando junta um bando de gente disposta a beber, viver as alegrias e sair pelas ruas cantando, a coisa fica bonita demais.
Esqueceram de avisar aos usurpadores da alma do povo que, mesmo com uma tormenta sobre o Rio de Janeiro, o Cordão do Boitatá saiu e ficou lá o dia inteiro. Esqueceram que na Praça XV os foliões, encharcados e sem lugar para mijar, estavam extremamente felizes.
Esqueceram da Portela e do Salgueiro, da Unidos da Vila Maria e da minha Peruche. Todas elas, campeãs do Carnaval para quem realmente interessa: o povo. Esqueceram de trazer o Império Serrano à festa principal (mas ano que vem, ele está de volta).
Esqueceram de falar que, numa súbita vontade de farrear, meia-dúzia de gatos pingados saem por ruas de terra batendo panelas e cantando, nem que seja só para a alegria deles e de mais outra meia-dúzia.
Esquecendo, fazem o povo esquecer. Mas tem muita gente por aí pra fazer lembrar. Lembrar que, no Carnaval, as coisas são do jeito que o povo quer!
01 fevereiro 2008
Ao Rio de Janeiro
Desloco-me pela BR-116 em direção à Cidade Maravilhosa.
Desligo-me do mundo a partir de agora e só volto à realidade na quarta-feira de cinzas.
Beberei toda a Baía de Guanabara e um pouquinho do mar de Copacabana.
Vou pro Bola, meu bem...