28 julho 2008
Ai meu cuil
Reitero que sou uma pessoa com aversão às assessorias de imprensa. Apesar de saber que a grande maioria de meus colegas estão em empresas dessas e que são elas que pagam os melhores salários na comunicação, isso não dá o crédito necessário para que eu considere sua existência como positiva.
Vejam, aliás, que contra-senso: jornalistas trabalham para clientes que querem enganar... jornalistas! Quem já passou por redações ou já recebeu algum release sabe que esses textos nada mais são do que a pior parte da divulgação de qualquer produto. E quem escreve os releases também sabe que está escrevendo mentiras (o Barneschi, outro dia, deve ter tido uma grande vontade de cortar os pulsos - ele que fale aqui o porquê). Como diria a máxima, a pauta se vende por si só. Se ela é boa, há interesse. Se não, fica ali na caixa de e-mail.
Hoje, vejo dois portais dando destaque a um novo site de buscas na internet, o cuil. Ele se diz revolucionário e pretende, segundo seus criadores, desbancar o Google e as premissas da web. Prometem mundos e fundos. E aí a gente vai lá no tal site que, dizem de novo os criadores, não está em fase beta (de testes). Trata-se, portanto, da versão definitiva.
Depois de carregá-lo (fundo preto, para economizar energia... é ecologicamente correto, veja você), faça o teste básico: coloque o nome do próprio buscador na janela de busca. Para nenhuma surpresa, o cuil não se acha na rede! Totalmente revolucionário.
O que me faz concluir que, em primeiro lugar, os jornalistas de merda que escreveram essas matérias só copiaram o release e não se deram ao mínimo trabalho de testar a ferramenta. Depois, é triste ver que basta você utilizar palavras-chave em seu texto (no caso, revolucionário, inovador, nova tendência etc.) para que ele chame atenção. Independentemente do valor da informação.
bom (?) saber que tem gente tosca nas mais diversas áreas
ResponderExcluirÉ incrível (?) isso.
ResponderExcluirSegredo corporativo, japonês. Alguém precisa pagar o leite das crianças lá em casa...
ResponderExcluirSobre o cuil, é genial. Fico a lembrar da época em que o Credicard Hall aceitava pagamento com cartão de crédito Visa, mas não Credicard. E também de quando fui a uma Panashop comprar um som Panasonic e a menina me disse que "não tem Panasonic; só Toshiba, Sony e Philips". Ou quando fui ao Rancho da Pamonha e tinha acabado a pamonha... genial!
ResponderExcluirRealmente, eu peguei essa do Credicard várias vezes.
ResponderExcluirE só você faz compras na Panashop, seu preiboi!