14 outubro 2008

Rápidas e rasteiras


- Ainda não entendi o motivo do bafafá todo criado com a propaganda petista. Quem vê conotação homofóbica por lá é porque está vestido do mesmo preconceito que supostamente quer combater. A moralidade é ridícula neste caso. Deve-se sim perguntar quem é Kassab. E responder que ele é filho da ditadura e afilhado político de Pitta e Maluf.

Sobre esse tema, aliás, coincidentemente deparei-me com o post do jornalista Bruno Ribeiro, a quem não conheço e acompanho há algum tempo ao encontrar seu blogue em páginas de amigos. No texto "Lições do Racismo", ele mostra como jornalistas explicitam o próprio preconceito utilizando o discurso politicamente correto. A análise é certeira, basta ver os jornalões. Tanto lá quanto cá, aproveitam a oportunidade para obter bônus político e social, mas na hora de apoiar qualquer iniciativa contra intolerâncias se colocam neutros.

Dito isso, questiono por que a Falha de S.Paulo não patrocina a Parada? Por que O Globo, Estadão, JB e Correio Braziliense não fazem editoriais defendendo os direitos civis dos gays e lésbicas?

- Ontem, em mais um aniversário da conquista histórica de 77, fui atrás de uma fita que cresci escutando. A Basf laranjinha trazia uma gravação do jogo de 13 de outubro, acrescida do Show de Rádio, o fantástico programa criado por Estevam Sangirardi. Já era de madrugada e, por influência de São Jorge, achei a tal fita. A felicidade acabou quando eu a coloquei no rádio, já que, de tão velha, a bichinha se desmagnetizou de tal forma que hoje não se escuta nada. Era uma grande relíquia, e espero que alguém com mais sorte disponibilize essa jóia na internet algum dia.

- Falando em relíquias, na busca pela fita achei algumas coisas interessantes na bagunça lá de casa. Estavam escondidos no guarda-roupas três tabuleiros de jogos (ludo, gamão e xadrez chinês) e alguns pôsteres da Quatro Rodas, que meu pai deve ter surrupiado quando trabalhava lá. Também achei no armário do banheiro uma necessáire (eu odeio esse nome, mas ele já está consolidado e não lembrei de nenhum sinônimo) do Senhor N, produto famosíssimo fabricado pela Natura na década de 80. Por fim, tive a certeza de que japonês adora guardar uma tralha: havia na passadeira da sala um produto anti-traça, cuja validade era de 83. E você acha que eu joguei fora?

- Finalmente o calor. Ninguém é feliz no frio. Pegue, por exemplo, os países nórdicos. Certa vez, assisti a um filme finlandês. O protagonista havia sofrido um acidente, perdeu a memória e, por uma sucessão de fatos, acabou indo morar com uma mulher. Eles se apaixonam perdidamente e o ápice desse romance é a cena em que o cara se declara à amada. No carro, ele dirige. Imaginem uma pessoa carrancuda. Subitamente, ele se vira para a "sortuda" e exclama um eu-te-amo com a emoção de quem pede o açucareiro. A resposta não poderia ser menos calorosa. A moça devolve um "obrigado" quase que cuspindo pedras de gelo. Salve os trópicos!

-----------------------------------

Complementando o primeiro tópico, deixo aqui outras leituras interessantes que comprovam o que foi dito neste e no post anterior.

Leiam essa, essa e essa no Blog do Favre.

4 comentários:

  1. Eu tenho até hoje pendurado no cano do chuveiro um shampoo Senhor N! Era preciso comprar um "refil" para preencher a embalagem verde-escura, que termina na extremidade em forma de gancho, justamente para ficar pendurado onde até hoje está!

    ResponderExcluir
  2. Em tempo, Ninapie sou eu, que estava no login da minha patroa e mandei sem perceber, hehehe...

    ResponderExcluir
  3. Ah, por isso a embalagem é (argh) verde... rs
    Não, brincadeira.

    Mas brincadeira mesmo é ouvir do motorista do busão que tudo bem xingar mulher de puta, mas levantar suspeitas quanto à homossexualidade ENRUSTIDA de um calhorda, não pode... Vai ver ele também era, né, vai saber...

    Olhem a capa do agora, o apêndice escroto-popular da trolha, de hoje:
    "kassab diz não estar arrependido de ter DADO apoio ao maluf".
    É uma gozação só, né não??

    *******

    O caso da fita valeria até um funeral, regado a cerveja, não é não, Japonês?

    ResponderExcluir
  4. Raphael: pois é, minha madrinha era uma grande revendedora da Natura. Faturava uma graninha com os refis...

    Filipe: nem me fale na fita, fiquei puto. E eu me admiro com o senso de tolerância do povo de uma hora pra outra.

    ResponderExcluir