26 junho 2009

Hora da Patrulha


Esse
Hora da Patrulha será um tanto quanto conceitual. Em sua última edição, a seção de denúncia às bobagens e desmandosdo governo demo-tucano paulista citou uma tendência que se consolida cada vez mais nos meios de comunicação de massa. Falávamos sobre aquele discursinho pseudo-progressista que, na verdade, servia de escada para pelego. Na ocasião, citei o caso do Roger, do Ultraje a Rigor, que em seu blogue levantou a bola para o governador Serra cortar.

Nesse mesmo balaio podemos jogar o popular programa televisivo CQC. Sucesso nas telinhas, ele é mais humorístico que jornalístico, pois conta com "repórteres" que, na verdade, são comediantes e/ou atores - e aí a gente percebe o porquê de tanta mobilização contra a obrigatoriedade do diploma para jornalismo. O CQC aposta nas perguntas improváveis e foge da pauta padrão, mais para ser engraçado do que pelo compromisso com os interesses do povo. Porém, o bicho pega quando o denuncismo político entra em cena.

O que move o CQC são os anseios da classe média paulistana. É nítida, por exemplo, a diferença de tratamento aos políticos de PSDB e DEM. Serra e Kassab, aliás, são os queridinhos de Marcelo Tas e cia., sendo agraciados com cegueira irrestrita a tudo aquilo de errado que as administrações estadual e municipal apresentam. Ao mesmo tempo, um ímpeto investigador ímpar toma conta dos rapazes quando se trata de governo
Lula e de qualquer outro que não os capitaneados pelas aves bicudas. A cruzada contra Marta Suplicy durante a corrida pela Prefeitura em 2008 foi algo nojento.

A última dos homens de preto da Band é a campanha Fora Sarney. Não que haja alguma qualidade no poeta do Maranhão para se ressaltar, mas é nítida (e batida) a intenção desse novo factóide: desestabilizar o governo federal. Por que não promovem um levante semelhante contra, sei lá, o senador Arthur Virgílio, que pode ser melhor conhecido aqui. Pelo contrário, o pulha merece toda a cortesia.

Ainda no quesito "façam o que eu digo, não façam o que eu faço", houve recentemente outro caso de desmascaramento público da tendência prafrentex. Um tal Gravataí Merengue, que na verdade é o ex-assessor de Soninha ("eu não sabia e não sei de nada") Fernando Gouvêia, dizem ter sido o responsável por um blogue interessante contra aquela campanha ridícula do Cansei. Meses depois, e cooptado pelo homem de chapéu da Abril, Gravataí pulou a cerca e criou, no anonimato, uma página contra
Luís Nassif. Vejam: o sujeito era contra o Cansei e, em seguida, passou a servir a Abril, que apoiava veladamente o Cansei. Estranho, contraditório e perigoso, não?

As semelhanças nesses exemplos de denuncismo barato são o benefício pessoal - seja com prestígio profissional, fama ou dinheiro - e a desmoralização de terceiros via grande mídia, disseminando mentiras ou só um lado dos fatos. Como acredito que omitir informação também é condenável quando está em jogo a coisa pública, deixo abaixo algumas notícias que deveriam ter a mesma atenção por parte de Roger Moreira, CQC e Gravataí Merengue nas suas pregações.

- "Aqui jaz uma cidade"
- "FHC, Serra, Kassab: tá todo mundo lá no Sivam"
- "Um quarto do orçamento é repassado ao setor privado e corredores de ônibus não saíram do papel"

É nesse tipo de gente que o povo anda acreditando. Sorria, São Paulo.

3 comentários:

  1. Sem contar a anticorintiania HIS-TÉ-RI-CA desse cqc...

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  2. Eae....O que vc esta achando do "dossiê" do Inter???

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  3. Ih, mano... Isso é desculpa de quem está cagando de medo de entrar em campo. Não devemos cair nessa.

    Abraço!

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