16 julho 2009
A bunda-molice
O último Hora da Patrulha falava sobre a inútil obra de ampliação da Marginal Tietê que não irá trazer benefício algum ao caótico trânsito paulistano e devasta a área verde da via. Mas é preciso dizer também que, além da desvalorização do transporte coletivo pelos governantes, os congestionamentos têm ainda outra origem. Há uma enorme quantidade de barbeiros pelas ruas, uma legião de bunda-moles que não sei como conseguem carteira de motorista e saem por aí fazendo barbaridades.
Já havia mencionado alguns desses pés-de-breque quando tratei da guerra santa no tráfego urbano. Além dos peixinhos e da santinha, podemos citar outros nichos de desgraçados que contribuem de maneira eficaz para atrapalhar a fluidez no trânsito. Os taxistas, por exemplo. Por faturarem com o tempo de corrida, esses desgraçados acham que podem andar belos e felizes na faixa da esquerda a 40 km/h. E não há Cristo que os faça sair de lá, os donos do pedaço.
Temos ainda as madames. Geralmente, essas vacas possuem veículos gigantescos, já que precisam de espaço para levar os filhos no clube, os cães no veterinário e o amante na academia, além de carregar as compras da Oscar Freire ou do Iguatemi. Folgadas como um quê, essas senhoras nunca foram apresentadas ao espelho retrovisor e, portanto, acham que eles não devem ser usados. Pior, acreditam que o simples ato de acionar a indicação da seta dá livre passagem e preferencial. E tente buzinar para elas para alertar sobre a cagada. Você será presenteado com o dedo médio em riste - se bem que, certa feita, em plena avenida Paulista, uma moçoila se portou dessa maneira e viu dois marmanjos mostrando a benga como retribuição (mais sobre isso eu não digo).
Agora vem a polêmica. Respeito muito os velhos e são eles os responsáveis por moldar o caráter das novas gerações. Mas não é possível aceitar que idosos ainda tenham permissão para dirigir. É uma questão física até, já que eles perdem muito do reflexo, da visão e da audição com o passar dos anos. Defendo, inclusive, que se estabeleça um limite máximo de idade para a emissão de CNH, assim como há o limite mínimo de 18 anos. Outro dia estava ali pela Consolação quando uma perua enorme atrapalhava duas das três faixas da avenida. Obviamente, meti meio corpo para fora da janela e, ao proferir impropérios contra a cabeça branca ao volante, dou de cara com ninguém menos que Glória Menezes, acompanhada do Tarcisão. Se nem Glória Menezes consegue mais se portar dignamente num automóvel, qual ancião conseguirá?
Era esse o meu desabafo e ele explica peculiaridades como a pista expressa das marginais ficar parada, mesmo não existindo semáforos. Ou então a Rodovia Imigrantes, uma imensa reta que liga a capital ao litoral, simplesmente travar nos feriados e finais de semana. Genialidades da bunda-molice.
Alexandre
ResponderExcluirboa…hahahhaha
Uma vez fui chingado pelo Pai da “Monica” o Mauricio de Souza…..o baguá estava sussegado andando pela esquerda na 23 como se estivesse em porto de galinhas passeando.
Ultrapassei o lerdo e dei-lhe uma fechada com meu “poçante” chevette ano 77, o cara ficou transtornado e puto. Só sossegou qdo emparelhou seu jaguar ao lado da verusca e mostrou o dedo pra mim…..
Caraio, esses ídolos de infância não podem nos decepcionar assim hahahahahaha...
ResponderExcluirnossa, hj dirigindo eu percebi a falta das árvores mais do q qdo estou de passageira com tu... caraio, tá virando deserto!
ResponderExcluirfala craudio
ResponderExcluirfrequento sempre o Cruz e venho aqui sempre que ele faz alguma referência a vc....
cara, este teu post é exatamente o que eu falo pra todo mundo....
se tirar todos os nó cegos do transito...vc pode triplicar o nº de carros que não vai ter transito...
essa cambada de féla é que fode com o transito....
Cláudio, apenas uma correção: sobre os taxistas, eles não "faturam pelo tempo da corrida". A tarifa do táxi leva em conta 2 fatores: os km rodados e a hora PARADA (que começa a contar quando o carro anda a menos de 10 km/h).
ResponderExcluirPortanto, "andar a 40 km/h na faixa da esquerda" não encarece em nada a corrida. Aliás, seria até uma burrice do profissional, uma vez que fica mais tempo com um passageiro, quando poderia terminar mais rápido e pegar outro.
Como fui taxista, posso dizer: muitas vezes esse comportamento meio "errático" do profissional é devido ao PASSAGEIRO, que não sabe direito para onde vai, e fica passando informações desencontradas ao motorista do veículo, ou, pior, fica falando feito uma matraca no banco de trás, tirando a concentração necessária. Mais ou menos como o comportamento dos motoristas que dirigem falando ao celular. Esses, sim, são um perigo.
Fala Vinicius, valeu pela correção. Mesmo assim, os taxistas ainda continuam trafegando a 40 km/h na faixa da esquerda.
ResponderExcluirPara a defesa dos taxistas, aliás, sugiro a leitura do post do próprio Vinicius em seu Com Fel e Limão.
Valeu, Claudio. Responder nesse post acabou "parindo" o meu.
ResponderExcluirSim, continuam. Eles, as velhinhas, os babacas falando ao celular, os desorientados e muitos outros componentes da intragável fauna automobilística paulistana. Devo a todos eles o fato de ter largado o táxi e estar tentando ganhar a vida de uma forma menos massacrante.
Abraço.
ps.: eu não era "bração", nem molenga, hehehe...