01 julho 2010
A verdade, simplesmente
Circula pelos bastidores das agências de publicidade algumas informações que provavelmente explicam a última e estrondosa cagada da Falha de S.Paulo. Na última terça-feira, o jornal dos Frias estampou um anúncio errado da rede Extra de supermercados, programado para entrar em caso de eliminação da seleção brasileira. Todo mundo que já trabalhou com veiculação de mídia sabe como funcionam as coisas nesses casos: produz-se duas peças e, ao final do jogo, entra aquela que diz respeito ao placar. A Falha, porém, trocou tudo e a balbúrdia estava feita.
Pois um e-mail enviado para um amigo meu na manhã desta quinta dá conta de toda a estratégia que esteve por trás do suposto erro de publicação. Esse amigo, diga-se, conta com inúmeros contatos no Grupo Pão de Açúcar porque atendeu a família Diniz por anos. Como os indícios são bastante contundentes, resolvi publicá-los aqui para que vocês vejam a que nível chegam as negociatas envolvendo o futebol.
É conhecida a participação do Extra junto à CBF: a marca é uma das patrocinadoras oficiais da canarinho. Mais ainda, Abílio Diniz ou qualquer outro empresário não gosta de jogar dinheiro no lixo. Desconfiado com o péssimo negócio que teria feito ao apostar em Dunga e no papo de Ricardo Teixeira, Diniz procurou a confederação, ainda antes da convocação final para a Copa, fazendo cobranças, ameaças e, pasme, sugerindo a inclusão de alguns jogadores que, segundo suas convicções, evitariam outro papelão. Nada mais justo, segundo a visão do empreendedor, afinal a dinheirama colocada nos bolsos da CBF ultrapassa a casa dos milhões.
Feita a convocação, Diniz teve o primeiro sinal de que Ricardo Teixeira não estava o levando a sério. Mais do que indignado pela exclusão de atletas do spfc, seu time de coração, ele pensava no futuro. Grande visionário comercial que é, poucos lembraram de fazer a relação entre o patrocínio à CBF e o time Pão de Açúcar Esporte Clube, que nesse ano quase subiu para a primeira divisão do futebol paulista. Os investimentos no PAEC serão pesados, vale dizer, pois vislumbram grandes lucros com jogadores que poderm estar no escrete nacional em 2014 e depois negociados com algum clube da Europa.
Tendo isso em mente, ao ser ignorado por comissão técnica e dirigentes, Diniz se sentiu traído e abandonado. Estava realmente disposto a quebrar o contrato e levar o caso para a justiça, mas seu departamento jurídico recomendou calma, até porque, prejuízo por prejuízo, era melhor manter a marca do Extra em exposição durante a Copa. Diniz recuou, mas ficou amargando a bile. A gota d’água, porém, veio com a exclusão do panetone como sede paulista para o Mundial no Brasil. Para quem não sabe, o grupo Pão de Açúcar era uma das parcas garantias de verba conseguida pelos leonores, em troca de um belíssimo espaço no projeto de reforma para a construção de um gigantesco centro comercial no entorno do Morumbi.
Como ficou nítido que Ricardo Teixeira não fez nenhum esforço para promover o estádio são-paulino, Diniz o elegeu inimigo número um a ser destruído. Nesse ponto, voltamos ao caso do anúncio da última terça. Contam os passarinhos que nunca houve a outra versão que contemplasse a vitória do Brasil sobre o Chile. O Grupo Pão de Açúcar, apostando no seu status de um dos maiores anunciantes da América Latina, forçou a Falha - que não nutre amores pela CBF e tampouco ficou feliz quando seu clube querido não foi contemplado com as verbas da Copa 2014 - a embarcar na campanha.
O que vimos nos dias seguintes, como o palavrório de Diniz no Twitter e o pedido de desculpas da Falha, foi tudo encenação. Pior ainda, parece que a pressão do Extra sobre a CBF fez efeito. Teixeira sabe que “eliminar a seleção” no anúncio foi um recado a la máfia siciliana de Diniz, que tem o real poder de congregar todos os outros patrocinadores da entidade e secar a fonte. Lenda ou não, a CBF parece estar disposta a, inclusive, abrir mão do caneco em 2010 para fazer valer a premonição do anúncio “errado” e demonstrar o bacio la mano. Para quem já entregou 1998 por muito menos, não seria exagero considerar o jogo contra a Holanda nossa última partida na África do Sul.
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* Amigos, é claro que o texto acima é fruto da minha fértil imaginação. Na verdade, uma homenagem às cagadas da imprensa dos últimos dias, que foram esmiuçadas pelo Vinícius Duarte. Vale dizer ainda que a idéia para o post nasceu de uma conversa com o amigo vascaíno João Medeiros. E eu garanto que vai ter nego acreditando e reproduzindo isso tudo por aí, basta esperar. A questão é: este blogue e a grande maioria das páginas pessoais que eu visito têm muito mais responsabilidade na hora da publicação que os veículos tradicionais. Estes, aliás, recebem milhões se vendendo como arautos da moralidade e da credibilidade jornalística. Para finalizar, um videozinho demonstrativo do nível de (in)competência dos profissionais que trabalham na grande mídia. Divirta-se!
KKKKKKKk
ResponderExcluirQue susto mano, parecia que o 1nho tinha escrito o texto uhahuauha e dá-lhe a teoria da conspiração.
Uma justificativa pra derrota é menos dolorido q assumi-la.
Cara, e o que você acha dessa história de que o Brasil vendeu a Copa de 98 para a França? Parece que agora é oficial mesmo, e eu recebi umas informações muito confiáveis sobre o complô que envolveu adidas e Nike para escolher os próximos campeões a partir daquele ano. É muito dinheiro rolando e aí o Brasil teve que perder aquele jogo para a França. A convulsão do Ronaldinho foi uma encenação!!!
ResponderExcluirComo a Puma se viu fora do negócio e ameaçou denunciar o complô da adidas e da Nike, as 3 empresas se reuniram e decidir colocar a Puma na maracutaia também. Por isso que a Italia foi campeã em 2006, e o Zidane, que é garoto-propaganda da adidas, aceitou dar aquela cabeçada no Materazzi só para garantir a vitória da Italia nos pênaltis. Porque a Puma pagou muito caro para entrar nesse complô e alguns jogadores daquele time da França se rebelaram contra a obrigação de entregar o jogo. Foi aí que entrou o Zidane.
Aliás, ontem mesmo um outro amigo meu, bastante influente nesse mundo do marketing esportivo, veio me dizer que a bola da vez é a Olympilkus. Eles querem aproveitar esse momento favorável dos países sul-americanos para ganhar mercado em toda a América Latina. Como a Copa de 2014 é no Brasil e como a Olympikus é, segundo a propaganda deles, a maior marca esportiva que temos aqui, a Nike está disposta a rescindir o contrato com a CBF para que a OIympikus seja a nova fornecedora de material esportivo do Brasil. Aí o Brasil vai ser campeão em casa na próxima Copa e a marca vai ficar conhecida em todo o continente.
Estou com nojo desse mundo do futebol... é muita maracutaia! E pode confiar nessas histórias, mano: esses meus amigos têm contatos muito bons com essas empresas todas. Eu fiquei assustado com alguns detalhes da história...
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Viva as teorias conspiratórias!
A sorte do ricardinho é que o abílio é só um purtugueizinho sanguessuga.
ResponderExcluirFosse ele um siciliano...
Cara,
ResponderExcluirNão sei que é melhor: você ou o Barneschi. As duas histórias são de arrepiar os cabelos. O futebol está perdido mesmo.
Dessa vez não sei. Mas que em 98 houve maracutaia, isso houve. Onde há fumaça, há fogo, meu caro Barneschi. No meu caso, onde há fumaça, tem uma carninha queimando. É só chegar.
Agora, essa parada da Olimpikus ter entrado na maracutaia também, tem tudo a ver. Ou você acha que os mulambos ganharam o brasileiro ano passado por merecimento? Já é fruto dessa treta que o Barneschi falou. Só espero que não fiquem dando muita moral para eles. Vai ser foda aturar a favelada campeã de novo.
Abraços.
KKK, muito bom...
ResponderExcluirMas vamos falar a verdade: esse final em letra miúdas é a mais pura MENTIRA!!!
Eu tenho amigos de amigos -- gente de dentro, que trabalhou no bloguespot.com entre 1999 e 2001 -- que confirmam que você foi pressionado a escrever as letras miúdas.
Clayton, o 1nho escreveria tudo em frases curtas hahahahahhahaha...
ResponderExcluirBarneschi, a mesma fonte que trata do Abilio Diniz afirmou que em 98, o Edmundo deu aquela comida de rabo no Rivaldo justamente por conta de um arranca-rabo por patrocínio na época do parmera. E eu também ouvi essa da Olympikus.
Filipe, o ricardinho prometeu que nunca mais entra no Carrefour!
João, esse seu churrasco é com carne do Extra?
Alvaro, as letras miúdas são, na verdade, um oferecimento do patrocinador! Aqui é jornalismo com credibilidade.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirNão, esse é com carne do Carrefour, em homenagem à derrota em 98. Deixa a derrota desse ano se confirmar, que a gente faz um com carne do Extra. Já estão convidados.
Ah, regado a Quilmes!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirNão, esse é com carne do Carrefour, em homenagem à derrota em 98. Deixa a derrota desse ano se confirmar, que a gente faz um com carne do Extra. Já estão convidados.
Ah, regado a Quilmes!!!