11 setembro 2010

A que custo?


Há uma semana, o
Barneschi colocou lá no blogue dele um post muito bom com relação ao tal estádio do Corinthians. Palavras, aliás, muito mais corinthianas do que a grande maioria das que eu vi por aí, apesar dele ser palestrino...

Hoje, recebo por e-mail outro texto parmerense, desta feita de
Adriano Pessini - mais um grande amigo que essa tal de internet me deu. Reproduzo abaixo a caneta precisa do Pessini, que sintetiza brilhantemente muito do que eu penso sobre o que está se passando no Coringão.

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República Popular de quem?


No meio das comemorações do centenário do Corinthians, vi milhões de documentários, depoimentos, matérias especiais etc e as duas frases _onipresentes_ que mais me chamaram a atenção foram "é o time do povo" e "vamos ter a nossa casa".

Vendo de longe, no meio da empolgação, realmente seria um sonho consumado de todo trabalhador brasileiro: o povo conseguir sua casa própria.

Mas, analisando a fundo, não vejo um futuro assim tão altaneiro para quem realmente move o Corinthians: o seu torcedor.

Longe de mim colocar água no chope alvinegro, mas até agora ninguém explicou quanto vai custar um ingresso para a nova arena. Estipula-se a venda dos direitos do nome do estádio em valores irreais, fala-se em ganhar dinheiro até de pontos de venda de cachorro-quente, mas a realidade é que, na ponta do lápis, quem vai pagar a conta pela sua paixão será o torcedor. O condomínio da nova casa vai ser caro.

Espero que os dirigentes corintianos não se esqueçam da frase de Miguel Bataglia, primeiro presidente do clube: "O Corinthians é o time do povo, e é o povo que vai fazer o time".

No último feriado, passeando por um shopping endinheirado de São Paulo, deparei-me com uma enorme propaganda da República Popular do Corinthians. Um painel muito bonito, muito bem-feito, expondo a camisa do centenário, vendida a módicos R$ 300. Popular para quem?, questiono-me.


2 comentários:

  1. Apesar de concordar em diversos pontos com os nobres palestrinos, devo dizer que estou satisfeitíssimo com a moeção de cotovelo da anticorintianada.

    Mas devemos considerar que essa porcada é neurótica, e por mais que estejamos combatendo um inimigo comum, como Corinthiano questiono a essência da assertiva "não vejo um futuro tão altaneiro". Ora, olhe pro seu próprio quintal e veja a decadência da modernidade, caro palestrino.
    E entenda que a Resistência haverá, e o futuro Corinthiano é mais promissor do que estão imaginando os anticorintianos - eis então o fundamento e a razão do próprio questionamento do palestrino do texto.

    Portanto, respondo: POPULAR PARA OS CORINTHIANOS.

    O Corinthians não é uma camisa, não é um estádio, não é um time, não é uma diretoria.
    É muito, muito mais do que isso.
    Está nos Corações.
    A questão, portanto, terá de ser respondida nesses termos.
    Mas se você tem ódio mortal do Clube do Povo não poderá responder a tal questão. É simples. Até porque a questão é rasa para um coração que não é Corinthiano.

    Desta feita, devo dizer que estou cagando e andando para o que pensam os anticorintianos.
    Cada qual com seu cada qual.

    Até porque pouco me interessa saber de quem é o palestrinha, se é do conde matarazzo que pagou a entrada do palestrinha na liga com serviços prestados da companhia antarctica à própria liga, se é do proto-fascista ragogneti, que iniciou e ensinou a abutraiada a achincalhar o Corinthians, se é de italianos, de gente que acha que é italiana, se é de brasileiros que querem ser italianos, enfim.

    E como alguém que realmente se dará mal, por perder o Alambrado nesse suposto estádio da República Popular do Corinthians, finalizo essa manifestação com um grandioso va'fan'culo, porcada em particular, e anticorintianada em geral.

    O CORINTHIANS É COISA NOSSA.

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  2. O ingresso vai para 100 pilas o mais barato.

    E seremos o time com a torcida mais elitizada de Sampa.

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