11 outubro 2010

Corinthians, urgente


Enquanto os amigos se deliciam com as bobagens que a imprensa abutre diz por aí, aproveitando a demissão do técnico para, finalmente, vender jornal e banner em site com nossa "crise", cá neste abandonado espaço a gente faz a análise a partir da arquibancada. Do que aconteceu em campo não há muito o que dizer, a não ser destacar a presença do William Morais como centroavante e a necessidade de retorno do Bruno Bertucci à lateral esquerda. Ainda no que diz respeito ao elenco, Thiago Heleno deveria ser demitido juntamente com seu padrinho e o Moacir deveriam mandar para a seleção do Mano Menezes.

O que mais dói na alma é a canalhice daquela gordura - termo muito bem criado e aplicado pelo mano Filipe - que fica em volta dos 5 mil de sempre. Depois de encarnar a imbecilidade jucakfouriana e aplaudir um time apático na eliminação da Libertadores, os filhos da puta repetiram o ato diante de uma humilhante derrota para um time de merda. Sim, houve aplausos. E aí, cabe também a crítica a quem deveria liderar os 5 mil de sempre: foi boa a tour pelo novo CT?

A pergunta fica aqui aos Gaviões da Fiel porque a torcida, a meu ver, tem seu poder de mobilização cada vez mais indo para o vinagre. A maioria aqui sabe das minhas restrições à valorização excessiva que a instituição dá ao desfile de carnaval, quando na verdade o que criou e fez crescer essa entidade foi sua atuação firme e intempestiva em defesa do Corinthians. Mais grave ainda: dos pouco mais de 100 que lá estivemos em frente ao portão 23 na gélida noite de domingo, é incrível a falta de politização e consciência ideológica dessa molecada. Para se ter uma idéia, a polícia soltou dois morteiros e o pessoal da bateria já estava com os instrumentos na mão subindo a rua Itápolis. Porra, é só gritar mais alto que nego já corre?

A passividade em relação a nossa própria destruição também toma conta das outras organizadas. Não se viu um pano de Camisa 12, Pavilhão 9, Estopim, Chopp e demais agremiações pressionando a saída do vestiário. Finda a partida, todos foram para casa assistir ao Faustão. E o que toma conta do Pacaembu - repito para que isso se torne uma campanha - são as palminhas hipócritas.

E batem palmas para o quê? Talvez para as bobagens marketeiras do senhor Roxemberg, haja vista a enormidade de camisas roxas que ainda imperam pelos estádios onde o Corinthians joga. Ou então para as ignomínias proferidas pelo Gobbi Cadeirada, que é o diretor de futebol mais ausente da história do clube. Para quem não percebeu, senhores, gritar contra Andres Sanchez agora é pura cegueira estratégica. Temos na diretoria esses dois supracitados como pilares de sustentação do presidente, atualmente tão aclamados e pouco combatidos pelo dito torcedor comum - fato que se repete nos organizados.

Os Gaviões precisam retomar sua formação de lideranças e intensificar as reuniões educativas. Membro de torcida que consegue ir até o vestiário para nos representar precisa ter inteligência o suficiente para explicar ao jogador o motivo da porrada que ele vai levar dali a instantes. Caso contrário, irão predominar cada vez mais aqueles que consideram radicais, intolerantes e inconseqüentes nossos protestos contra um bando de merdas que desonram nossa camisa.

A Revolução Corinthiana urge e precisa eclodir antes de 2013, quando o estádio em Itaquera ficar pronto. Chamem de volta à ativa Chico Malfitani, Roberto Daga e demais ideólogos do cimento. Honrem a memória de Flávio La Selva e Joca. Estudem nossa história e se lembrem do teor popular e altamente participativo que sempre rondou as decisões corinthianas. Se há alguma coisa boa que podemos extrair da fase horrenda no modorrento campeonato de pontos corridos é o retorno da ebulição constante no Parque São Jorge.

Chega de bom mocismo. PELO CORINTHIANS, COM MUITO AMOR, ATÉ O FIM!

4 comentários:

  1. Sim, este último parágrafo é crucial, Samurai! É necessária e exatamente isso: ebulição. O Corinthians tem que ser um vulcão pra funcionar. O gobbizinisse tem que cair, entre outras coisas.
    AQUI É CORINTHIANS!!!

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  2. Aplausos no fim do jogo foi palhaçada. PALHAÇADA! Tava ouvindo pela Rádio Coringão e não acreditei...

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  3. Eu não ouvi esses aplausos...

    Acho porque estava orientando o Adilson a ir para o inferno!

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  4. Aplausos pipocaram (termo proposital) à nossa esquerda. Estávamos na amarela. Partiu principalmente da laranja, mas atingiu um naco da amarela. Preocupante.

    O incrível não foi a forma como caímos nessa crise. "Sem querer querendo".
    O inacreditável é que houve quem acreditasse que o Corinthians pode viver sem essas crises. Não pode.

    O Corinthianismo é o pão de cada dia.

    E pelo bem do CORINTHIANS, também, devemos impedir que o fascínora filho da puta e palestrino fascista do vampiro çérra ganhe as eleições.

    E quem não for CORINTHIANO, vá pra puta que o pariu.

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