31 julho 2012

Corinthians, modéstia à parte - A melhor fé



Após a falta de assunto imposta pelo Corinthians no último dia 4 de julho, a abutraiada vem tentando colar ao clube uma nova mácula para compensar tamanha perda. São incautos, esses pobres diabos, que não sabem do que o corinthiano é capaz. Talvez consigam convencer essa geração mais recente, acostumada a adorar os penduricalhos de puta que a mídia inventa. Mas nada abala a fé corinthiana, essa força que já se provou invencível por diversas vezes. No décimo primeiro capítulo da série "Corinthians, modéstia à parte", o pernambucano Nailson Gondim trata exatamente dela, nossa crença no Coringão. Mais um excerto emocionante dessa brilhante obra em prol do corinthianismo.


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A melhor fé


Há quem acredite em Cristo, Iemanjá e horóscopo. Fé não se discute. Cada um na sua - diz a gíria. Mas a fé corinthiana não é dessas indiscutíveis. Ela existe - forte, contagiante e provocadora - para ser discutida por quem a quiser discutir. Direito de fé reconhecido. Cristo salva, Iemanjá protege, o horóscopo prevê... E o Corinthians? O Corinthians motiva, polemiza e incomoda; alegra e entristece também, sem se desfazer, sem se deteriorar, sem se diluir. Coisas da fé corinthiana, que tem como característica-símbolo a mobilização geral. Abençoa os prós e os contras, mesmo os que lhe rogam praga, os que só sentem na ponta da língua o dissabor do "ainda hei de ver...". (Hás de ver nada, fé-dorento!) A fé corinthiana é ponto de discussão na certa. Não precisa de templo para ser debatida. A discussão começa em qualquer lugar. É uma fé que se alastra sem cruz de martírio, sem maços de cravo, sem mapa zodiacal. Um fenômeno. Cristãos, espíritas e maníacos juntam-se muitas vezes, fazem rodinhas e passam tempo preocupados com o que procuram e não encontram: razão para compreender o que jamais entendem - a fé corinthiana. E se coçam sem ter sarna, pigarreiam sem ter tosse, tropeçam sem ter batentes. Eles se irritam com as contradições da vaia e do aplauso, da derrota e da vitória, da morte e da ressurreição, que não se desviam dos caminhos corinthianos mas não acabam com a fé. Fé corinthiana que não se sabe de onde vem. Mas os agourentos querem conhecer, analisar, justificar (por conta deles) a fé que os atormenta. Por isso rezam, pede e se sugestionam. Nada conseguem. Sofrem com a sua fé que não é discutida, não mexe, não realiza, não satisfaz e só é concebida em dia de jogo. A fé corinthiana é diferente. Tão diferente que não os tem como adeptos. É a melhor fé. Ora, se é!...

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