São as pontas do seu olhar
Quando um amor desponta, encanta
Qual o brilho do luar
Chegou feito ondas brancas
Trazendo o cheiro do mar
Meu coração balança, menina
Você me faz sonhar
Seu corpo já traçou seu destino
Vem pode navegar
O navio apitou
Tem festa pode aportar
Batuque samba de roda
O meu dengo vai estar
Quero te ver de saia rendada pra saracutiar
Ficar a noite inteira sambando
Até o sol raiar
Dodo cantou pra naná na Ribeira ô ô
Vovó foi lá perfumar a ladeira ô ô
Eu quero ver mô jogar capoeira ô ô
Na festa do beira-mar"
Era para ser uma festa daquelas. Eu, pelo menos, já estava planejando desde o ano passado todo furdunço de 15 anos. Carne, pagode, futebol, cerveja, o diabo. Tudo isso que é tão importante para mim ainda seria pouco para representar o tamanho da sua importância, do seu impacto e da sua influência na minha vida.
E aí veio essa merda de pandemia e acabou com a nossa alegria. Lá se vão dois meses e meio sem eu ter com a minha nega. Sem chamego nem enrosco, sem a mesa do buteco onde armamos conspirações e crimes perfeitos, sem o toque e o cheiro. Ah, como me faz falta.
Nesses tempos de perdas e ausências, o que tem me salvado é escutar sua voz, te ver na telinha, ouvir sua mensagem espocando no celular e recebendo teus mimos pelo correio. Até nessas situações de extrema agonia, vejam só, minha preta me faz ganhar.
Não pense, no entanto, que a bagunça não vai acontecer. Não pense que eu vou deixar de confabular coisas absurdas e fanfarronas para a gente rir de nós mesmos. Cada dia longe é um dia a mais que eu passo pensando no que ainda temos para fazer. Vou logo avisando que temos um monte de coisa pela frente.
Amo um tanto que não cabe no peito! E tenho um orgulho danado de estar ao seu lado.
Nóiski!
Ai, Neguim... vamos juntos dar um jeito de seguir adiante, né? Amo um tanto...
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