03 abril 2008

Clareia e descarrega


Hoje o dia acordou cinzento. Apesar de chover, logo veio o sol. Mas é certo que vai chover de novo. Como é certo que saiu dos meus ombros um peso que eu não precisava mais carregar.

Denominam-me extremista, mas sigo apenas meus instintos e ideologias. Poucas, mas coerentes e profundas. Às vezes, elas me fazem errar por contestar aquilo que não pode ser contestado. Vai saber...

O que importa são os que me agüentam. Sabem que já é tarde e que eu não vou mudar. Aliás, mudar só para "pior", cada vez mais teimoso, cada vez mais convicto. São a elas a quem deve qualquer prestação de contas.

Preocupo-me só com o que vem por aí. Essa moçadinha tão precoce para certas coisas - como arrebitar o nariz e não escutar o lobo mais velho - e tão ingênua para lidar com as armadilhas do tal mercado.


Feliz, estou feliz! E aliviado.

4 comentários:

  1. temo, mas confio...

    sei que coisas melhores estão reservadas pra vc

    tem sido assim desde que te conheci

    admiro sua capacidade para ainda manter ideais e não se vender ao sistema

    um brinde ao futuro!

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  2. Anônimo9:51 AM

    Coragem, meu caro.
    Você pode mais.

    Mas falando em lobo mais velho... você já leu o primeiro capítulo do "O Livro da Selva", do Kipling, que inspirou o Mowgli, que veio o Valdisnêi e deu uma copiada/adulterada (mas pelo menos colocou umas boas músicas, que a Tetê adora)?
    É exatamente isso. Os lobos jovens começam a não ouvir mais o lobo velho, que começa a perder o posto de chefe da matilha...
    E começam a bandear para o lado do tigre assassino de crianças humanas, velho e manco, o Shere Khan.
    Acho que o autor quis fazer um paralelo com as sociedades humanas. É uma imagem muito verdadeira.

    Enfim, extremista é o escravo do falso conteúdo...

    E VAI CORINTHIANS!!!

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  3. O extremismo é um dom, meu caro.

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  4. É! De fato.
    Quis dizer, entretanto, que o escravo do conteúdo, no caso, é o extremista pois ele próprio denomina extremista aquelo que ele acha que é bitolado, quando é ele o bitolado, o "extremista" que acha que o outro, no caso, é.

    Abraço

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