29 abril 2008

Curtas de um longo post


- Um lunático globalizado: Paulo César Pereio já foi um dos grandes. Principalmente nos longíquos dias de Teatro de Arena em Porto Alegre. Na década de 60, foi um dos mais atuantes atores (triste trocadilho) no Movimento da Legalidade encampado pelo grande governador Leonel de Moura Brizola. Porém, como afirmou mestre João Nogueira, ao lado de outro Paulo Cesar, o Pinheiro, "e deu pra falar mal do Rio morando aos pés do Redentor/até no início você parecia que era um bom rapaz/mas com essa mania de estar todo dia em jornal falou demais". E o Pereio quer implodir o Cristo Redentor...

- Virada ainda preconceituosa: falar mal da Virada Cultural em São Paulo é uma bobagem. É claro que sabemos da necessidade de se criar centros de cultura por toda a cidade, ainda mais nas periferias, onde brotam talentos que não têm como desafogar sua criatividade. Mas a coisa já engrenou e é uma ótima oportunidade para o povo assistir a shows que, provavelmente, não conseguiriam pagar, já que a onda agora é apresentações a R$80 ou mais.

No entanto, a estrutura do evento paulistano precisa ser revisto, principalmente do ponto de vista ideológico. Colocou-se tudo que há de mainstream nos chamados "lugares nobres" do centro. E o hip hop, por exemplo, ficou lá no Pq D. Pedro, isolado, e com a molecada sendo tratada como bandido.

Depois de uma peregrinação desde o sábado à noite pouco produtiva, voltamos Evinha e eu no domingo de tarde. Quando já nos dávamos por derrotados pelo vexame ponte-pretano e pelas duas músicas escutadas até às 17h, eis que uma grandiosa Dona Ivone Lara cantava num palco perto do Arouche. Ao chegarmos lá, vimos que não era um palco, mas sim um grande boteco, com bambas daqui e do Rio. Precisa falar que foi a mais bela instalação da Virada? E precisa falar que estava num canto vagabundo do evento?

- Balada no Leonor: não contentes com o esdrúxulo horário das 21:50, os dirigentes da CBF passaram o jogo do Coringão nesta quarta, véspera de feriado, para as 22h. Só pergunto a esses imbecis como é que eles vão fazer para levar os prováveis 50 mil torcedores de volta para casa, já que naquele lugar não passa UM ônibus depois das 23...

E já que falamos em futebol, Christian? Nilmar? Luizão? Tão brincando comigo, é? Se é para encher o Parque São Jorge de traidor, então traz logo o velho de volta.

- Juntando as bolas: voltemos ao Rio e à Virada. Paguei extorsivos R$3 na lata de cerveja pelo centro de São Paulo. O ambulante (vale dizer, alguns sofreram represália da prefeitura, que não deixou os caras trabalharem, mas também não oferecia nenhuma estrutura de bares) até lotou a boca para falar "duas por R$5". No Carnaval carioca, lugar onde provavelmente se concentra a maior quantidade de renda per capita no mês de fevereiro, comprávamos tudo a R$2, e os mesmos R$5 davam conta de 3 latas. Daí, vocês tirem as conclusões sobre o currículo festivo de cada lugar...

É isso.


3 comentários:

  1. Não entendo como alguém é capaz de falar mal do Rio de Janeiro... pobres criaturas. Mas essa de implodir o Cristo eu não tinha visto. E prefiro não ver, tal é o absurdo.

    Tão absurdo quanto o horário das 22h. O que explica isso?

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  2. e Inezita levando a pequena massa mesmo sem microfone...

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  3. Tão zoando com a nossa cara, Japonês. Mas isso não vai ficar assim, putaqueopariu.

    Muito boa a foto do japonesinho com essa bandeira linda, daquelas da infância. A camisa é linda. A que eu mais gostava, desde essa idade.

    Dez da noite... Eles conseguiram, meus caros.
    22h!!!

    E eu não vi nada da virada. Queria ter ido no planetário e ter passado a noite lá.

    AMANHÃ É GUERRA
    Pois, se não for, será o terror.

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