23 junho 2009
A alegria de um povo
De todos os lances inesquecíveis da quase centenária trajetória do Sport Club Corinthians Paulista, talvez o gol de Basílio na final do Paulistão de 1977 seja aquele que todo corinthiano jamais se cansa de ver. Vou além: há pessoas, como eu, que assistem ao épico feito periodicamente, tal qual um mantra. Alimentados de tanta emoção e inúmeras histórias que rondam esse marco alvinegro, os diretores Di Moretti e Julio Xavier mandaram ver no documentário "23 anos e 7 segundos - O fim do jejum corinthiano".
Fui conferir o petardo na noite passada, ganhando via Twitter (@craudio99) um concurso promovido pela assessoria de divulgação. Não esperava ter uma segunda-feira turbulenta, principalmente depois da felicíssima semana que passamos. Ao me abundar nas confortáveis cadeiras do caríssimo Cine Bombril - dias desses estive lá e me recusei a desembolsar quase R$40 para entrar -, tinha somente uma certeza: iria tomar outro banho de corinthianismo, por pior que fosse (e não é) o filme.
Aos olhos racionais, pode parecer uma imbecilidade alguém que nasceu em 1981 se emocionar e chorar feito criança com algo que aconteceu 4 anos antes do parto. Só que todo corinthianinho pós-77 foi ou deveria ser criado e educado ouvindo as narrações e vendo incessantemente os replays daquele tento redentor. É exatamente esse sentimento inexplicável que Moretti e Xavier conseguiram reproduzir em seu trabalho.
Há, claro, alguns escorregões. Talvez porque a Fox quis tornar o troço mais "vendável" aos jovens - como se isso, e não a HISTÓRIA CORINTHIANA, garantisse público -, nos deparamos com lamentáveis depoimentos de Sabrina Sato (dizem que ela tomou o lugar do presidente Lula) e do juquinha, que logo de saída dá provas de seu anticorinthianismo. Também passou batido o causo dos números do placar, pegos por um gaiato que, anos depois, procurou Basílio para entregar o Santo Graal a quem é devido.
Nada disso, no entanto, diminui a bela iniciativa de se registrar um período ao mesmo tempo sofrido e de grande afirmação da Fiel Torcida - e, conseqüentemente, do próprio Corinthians. A compensação pelas indesejáveis criaturas supracitadas vem nas palavras de gente como o preparador físico e técnico José Teixeira, os craques Wladimir, Zé Maria, Vaguinho e Geraldão, o próprio Pé-de-anjo, o xodó Neto, doutor Sócrates e o mestre Toquinho. Confesso, ainda, que quase tive um treco quando dona Elisa apareceu caminhando pelo campo na segunda partida da final...
"23 anos" necessita de pelo menos umas dez assistidas. Quando as imagens nos impactam pela primeira vez, é impossível conter as lágrimas e não lembrar de tudo aquilo que já passamos no cimento da arquibancada. Por isso, fica difícil captar detalhes e dar um veredicto seguro sobre a produção. Não vou fazer avaliações de bom ou ruim, pois opinião é que nem cu. Digo apenas que o filme merece toda nossa atenção porque valoriza uma das noites mais importantes do mundo, vista, inclusive, a partir de ângulos inéditos. Eis aí um retrato muito bonito da alegria imensurável que tomou conta do mundo na noite de 13 de outubro de 1977 e que significou, e ainda significa, muita coisa para nosso povo sofrido.
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ResponderExcluirFiquei arrepiada...
ResponderExcluirVc viu ontem ... VOU HJ hahahaha
Mas acredite meu caro amigo 1977 foi tudo isso e um pouco mais.
Eu era uma menininha e estive lá foi sem duvida nenhuma uma senão a mais marcante historia que vive com o CORINTHIANS!
AI CORINTHIANS CACHAÇA DO TORCEDOR!
Tem histórias incríveis do eterno Matheus também. É um filmaço!
ResponderExcluirMinha irmãzinha predestinada tava na barriga que zanzou pela Festa do Povo...
ResponderExcluirShow!!!!
ResponderExcluirUma coisa do filme que me deixou com um certo incômodo e não mencionei foi o tratamento dado a Rui Rei. O gênio Osmar Santos desancou o atacante durante a narração, por conta dos xingamentos ao Dulcídio. E aí o juquinha arrematou: "o que o Gordo teve na Copa, o Rui Rei teve na final: síndrome de pânico".
ResponderExcluirPuta mal-estar desnecessário, principalmente porque o cara estava presente. No fim do filme, ele saiu da sala e disse: "eu queria era ganhar o jogo".
Trata-se, no mínimo, de um sujeito de respeito...
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ResponderExcluirRs Claudio amanhã venho aqui dar minha opinião rsrs... to muito ansiosa!!!
ResponderExcluirEu estava vendo o Trailer no pacaembu e fiquei impressionado com uma imagem que eu acho que nunca vi: o Basilio comemorando o Gol sendo filmado por alguém no gramado.
ResponderExcluirÉ verdade aquilo ou é montagem?
Verdade. Segundo consta, é uma imagem que estava perdida na Cinemateca. É fantástica e dá pra ver a cara do Basílio em detalhes.
ResponderExcluirClaudio
ResponderExcluirCheguei agora ... gostei de muitas coisas como as imagens e alguns depoimento e outras ficaram e muito a desejar...
Amanhã com calma vou escrever no blog...o porque dessa minha opinião.
Eu participei dos depoimentos por isso talvez esperasse muito mais...
A Sabrina é a parte absolutamente DESNECESSARIO em um documentario para registro de uma historia como a de 77.
Amanhã posto... se quiser vai lá na Bodeguita.
VAI CORINTHIANS!
porra... só o trailer do filme já é de encher os olhos...
ResponderExcluirprecisa sair em dvd logo
a frase sobre o basílio foi: "vai pro banheiro de castigo"?
ResponderExcluirHahahahahahhahahaha... E aí ele cagou fora da bacia.
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