01 junho 2009

Hora da Patrulha


Surpreendente a pesquisa da Falha de S.Paulo que aponta aprovação de 56% do governador José Serra. É para se pensar nos critérios utilizados, assim como nos quesitos avaliados. Teriam perguntado os entrevistadores, por exemplo, algo sobre livros escolares? Em caso afirmativo, eis aí a prova de que os paulistas são cínicos e adoram usar dois pesos e duas medidas para julgar os tucanos e o resto, a quem chamam de "esquerdistas ultrapassados".

Ou não seria cinismo aceitar tranqüilamente a notícia enviada pelos amigos
Carlinhos - Botucatu e Seo Cruz, em que o Serra manda os alunos estuprar, e não amar? É pior que o Maluf. Voltando ao cerne da questão, há inúmeras obras distribuídas na rede escolar sem nenhum critério - uma delas, de Arnaldo Antunes, traz textos complexos que tratam de sexo com aquela insanidade peculiar do compositor, mas que acabaram nas mãos do ensino primário. O problema não é a qualidade dos livros, e sim o mau uso a que eles foram submetidos.

Pesquisando rapidamente no Google, a gente vê que os responsáveis pela escolha do material didático correspondem a cargos políticos e são ocupados por gente sem preparo técnico e/ou intelectual. Por que raios, então, não houve afastamento dessa gente e, mais ainda, por que esses cargos não são concursados? A resposta para todos os enigmas está no nome Paulo Renato Souza, secretário de Educação cujo papel de lobista junto a grandes editoras foi desmascarado pelo blogue
Cloaca News.

De toda forma, as avaliações positivas de Serra vieram em boa hora, já que sua vitória presidencial sobe cada vez mais no telhado. Boto fé que a pesquisa foi realizada
pela Polícia Militar paulista, numa das operações que há três meses aterrorizam os moradores da Paraisópolis. Tenham certeza de que Serra fará tudo para garantir sua morada no Palácio do Planalto, até mesmo atropelar os leonores (juntamente com a famosa estrutura de proteção midiática e política) e construir um estádio novinho em Piratininga para a Copa 2014, usando o generalzinho solteiro e sem filhos como laranja e, conseqüentemente, mantendo o Palácio dos Bandeirantes sob seu controle. A sorte é que o Brasil não se resume aos limites dos rios Pinheiros e Tietê...

Sorria, São Paulo.

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