19 maio 2009

Hora da Patrulha


Segundo o governo do Estado, a América do Sul tem dois Paraguais. A informação veio num livro fornecido às escolas públicas e a única explicação para isso deve ser a tal liberdade poética. Se a desculpa colou, por que não tacar uns palavrõezinhos e ensinar aos alunos da terceira série do Fundamental a vida como ela é? Caso os amigos achem que eu estou mentindo, basta ver as imagens no Blog do Favre.

Não pregaria aqui o falso moralismo, pois as crianças escutam esse tipo de coisa na rua, em casa e até mesmo na TV. Achei até bom que uma das tirinhas descreve com precisão as duas torcidas gaúchas. Porém, certos limites devem ser respeitados e palavrão não pode nunca ser ensinado na escola, até para não perder o seu teor reacionário e contestador.

A questão maior, que não vi sendo levantada nem na época dos Paraguais e nem agora, é saber por que raios a elaboração desses livros fica por conta de empresas terceirizadas. O material didático, logicamente, deveria ser produzido pelos próprios professores, já que são eles quem irão utilizar as obras durante o ano letivo e sabem quais demandas elas devem suprir. Porém, o ímpeto privatista (alô, Petrobrás!) da tucanada, sempre vendida como modelo de eficiência, dá provas de sua falência funcional e moral. O prejuízo com esses livros gira em torno de R$35 mil, o mesmo gasto por qualquer deputado na "farra das passagens aéreas". Mau-uso do dinheiro público idêntico, mas não vemos classe média indignada no caso do pau-no-cu do Serra.

Vale fazer a indagação: como essas coisas passam pela Assembléia e pelo Tribunal de Contas? Será que os fiscais são iguais ao da Lapa, distrito comandado pela moça Soninha (você acreditou nela? hahahahahahahhahaha)? Para quem não viu, o gaiato foi pego vendendo pontos para camelôs a R$3 mil. Qualquer semelhança com a Máfia do Pitta não é mera coincidência...

Ou então os responsáveis pela fiscalização na educação sejam os mesmos que aprovaram para a Prefeitura a creche que funciona sobre uma loja de material de construção - e cabide de emprego é com o generalzinho, pergunte ao Roberto Freire. Creche na sobreloja, respirando pó de areia e cimento, brincando com arame farpado, tudo isso sob o comando de uma ONG humm... terceirizada - ah, essas ONGs.

Sorria, São Paulo.

2 comentários:

Seo Cruz disse...

é impressionante: vc posta aqui, linka e os bichos escrotos da vigília de Reinaldo Azevedo só vêm encher o MEU saco, rsrsrsrs... e gostei da auto-definição do blogue, acima!!!

Craudio disse...

É a fama, mano hahahahahhahahaha...