30 outubro 2009

Sangue nos olhos, Corinthians!


O feriado também se aplicará a este blogue a partir de hoje e até terça-feira, período em que estaremos no Pantanal para acompanhar, vejam vocês, um clássico paulistano. "O" clássico, aliás, a maior rivalidade do mundo, que, por culpa do conluio das diretorias de Corinthians e porco, foi tirada de sua cidade de origem - e lá se vão dois anos.

Apesar de se tratar do jogo do semestre, é muito difícil ir a Prudente/MS sentindo o que se deve sentir antes de uma partida como essa. A gente já imagina os 700 km de distância, aquela caipirada boba que só vai ao estádio para fazer festinha e proferir imbecilidades, a falta de compromisso dos próprios jogadores por não estarem sob a pressão devida e fica bastante preocupado... Como diria Edil, a besta, "a senhora não sabe o que é um parmera e Corinthia".

Que esses bostas, assim como os torcedores, compensem a pífia apresentação do primeiro turno. Se for preciso, quebrem pernas, chutem cabeças, façam o diabo. Mas saiam de lá com a vitória sobre o rival, porque isso é uma dívida moral com a Fiel Torcida. Vistam, de fato, o Manto Alvinegro e se impregnem de corinthianismo antes de entrar em campo.

Como preparação, deixo aqui novamente o vídeo que me foi enviado pelo Filipe. Uma tarde inesquecível para todo corinthiano.



VAI CORINTHIANS!


29 outubro 2009

Tapa na cara da Fiel


Às vésperas do jogo mais importante do segundo semestre, a diretoria do Corinthians deu outro tapa na cara da Fiel Torcida. De maneira maquiavélica, esperou uma vitória para anunciar o golpe já sugestionado e mastigado na mídia há tempos, e que diz respeito ao preço dos ingressos na Libertadores do Centenário. Entre as principais incoerências, a principal é saber que o Time do Povo vai custar a seu torcedor R$50 por partida, no mínimo.
Tudo em prol do bizines e da modernidade injustificáveis que afrontam os que construíram toda nossa história de caráter popular e revolucionário.

Ainda assim, tratemos de bizines. A previsão é de R$3 milhões de renda por jogo, obtidos a partir da faixa de preços que varia dos já citados R$50 até R$500. Na primeira fase, são R$9 milhões brutos, quantia ínfima se pensarmos numa outra alternativa popular, inclusiva, democrática e que, primordialmente, não criasse essa dependência de venda de ingresso. Há 30 milhões de corinthianos pelo Brasil. Usando como base, sei lá, uma taxa de conversão padrão das campanhas de mídia da internet (algo em torno 1% do número de cliques em banner convertidos em venda), suponhamos que o título do clube custe R$300, em dez vezes. Seriam 300 mil corinthianos se associando, pagando R$30 por mês e gerando o mesmo montante de R$9 milhões. SÓ COM A COMPRA DO TÍTULO.

Ganha o Corinthians uma fonte de recursos que, posteriormente, induziria a uma renda fixa com a taxa de manutenção, e ganha o torcedor, que teria a possibilidade de participar politicamente no Corinthians e não seria assaltado toda vez que coloca sua cara na frente da bilheteria. Ou alguém aqui não estaria disposto a pagar R$300 em dez vezes e R$50 de mensalidade? Só que tem um probleminha: fatalmente, a corja teria de se explicar a todos esses 300 mil corinthianos e iria perder muitas boquinhas ali dentro. Dessa forma, é impossível pensar no óbvio quando se trata desses imbecis das salas ar-condicionadas do Parque São Jorge.

Existem ainda outras contradições nesse processo de elitização. Por que raios o ingresso do Brasileirão modorrento não baixou ainda? Segundo a lógica de mercado, estabelecemos valores do - perdão pela expressão - "produto" de acordo com a qualidade. Assim, pelo que andam apresentando Gordo e cia., nada mais justo que pagar uns R$5, só de caridade, para assistir a esse bando de vagabundos em férias remuneradas. Outro ponto: o tampão vem a público dizer que a torcida não pode tratar a Libertadores como obsessão (no que eu concordo), mas aí o cara se contorce todo para fazer uma graninha lazarenta num torneio cuja credibilidade garante atropelamento de fase por conta da gripe suína.

A caminho de Prudente, e com o prejuízo estimado em uns 300 conto nessa viagem até o Pantanal, vou encarar os 700km matutando sobre como dar conta de pagar, além dos jogos que faltam neste 2009, o cambista oficializado da Libertadores. Eu, que só não fui no jogo-balada contra o Coritiba durante o ano inteiro, valho menos do que aqueles aproveitadores sempre ovacionados pela moderna diretoria. É assim que ela prepara nosso espírito para o derby.

27 outubro 2009

Parabéns para O cara


O aniversário deste ano do presidente Lula não poderia passar batido e, fosse este um país em que a mídia não doutrinasse a opinião pública a partir dos interesses de uma minoria elitista, o Brasil deveria estar em festa. No ano em que apaga 64 velinhas, Lula trouxe ao Brasil os Jogos Olímpicos e, com isso, consolidou sua posição de político mais influente no mundo. Foi o coroamento de um governo que ainda tem um ano e meio de duração e que pretende, além de fazer o brasileiro tomar café da manhã, almoçar e jantar todo dia, entregar uma pátria de verdade a seu povo.

Em 2009, Lula nadou de braçada e repeliu qualquer tentativa de crise que a imprensa golpista criou. Se em 2006 ainda havia ecos de resistência a quem mais investiu em políticas sociais e na inclusão da base da pirâmide na sociedade, agora ele quebra recorde atrás de recorde de aprovação. O melhor de tudo é perceber a humildade em reconhecer os feitos, o que deixa a elite branca com os cotovelos ardendo de dor. Imaginem se FHC - mas é preciso imaginar muito - conseguisse popularidade similar a de Lula? É a mesma imagem que a daquele teu colega de trabalho que mora em Higienópolis e que vive a arrotar a arrogância palatável aos paulistanos de classe média e/ou alta...

A fase anda tão boa que até mesmo o ímpeto de secador do Corinthians anda enfraquecido. O alvinegro mandatário comemorou os dois principais títulos do futebol brasileiro disputados no primeiro semestre, um deles ganho invictamente. Aqui também cabe lembrar a constante analogia que fazemos entre o anticorinthianismo e o anti-lulismo (representações máximas da ojeriza ao povão) para dar ainda mais ênfase ao significado dessas conquistas. Noves fora, reconheçamos: é bom saber que o presidente desse país - como nunca na história - irá comemorar seu aniversário tomando uma cachaça e pitando um tranca-peito, como qualquer cidadão honesto.

Depois do sucesso de ProUni, Bolsa-Família, Pré-Sal, Luz para Todos, Minha Casa Minha Vida, Olimpíadas 2016, PAC e o Plano de Desenvolvimento da Educação, entre outros, Lula pretende, no último ano de seu mandato, unificar tudo isso em um conjunto de leis, além de integrar o Brasil com internet de banda larga.
Aos que, mesmo assim, odeiam a idéia de um operário - aquele que sempre foi chamado de analfabeto despreparado e que, mesmo sem falar inglês, se tornou referência mundial - tendo fenomenal desempenho, faço aqui o apelo. Deixem a birra pessoal de lado por um segundo e avaliem, fria e coletivamente, o que significaram todas as mudanças estabelecidas a partir de 2003. Para ajudar, é o mesmo exercício que temos de fazer quando julgamos o papel de grande estadista de Getúlio Vargas na criação da CLT e da Petrobrás, apesar de sua ditadura do Estado Novo (que, diga-se, permitiu instaurar a própria CLT em prol dos trabalhadores).

Daqui 30 anos, não haverá um brasileiro que não se lembre de Luiz Inácio Lula da Silva com orgulho. Se houver, não é brasileiro convicto.

26 outubro 2009

O Corinthians e seu povo


Nenhuma palavra será dita sobre outra apresentação vexatória em casa, a terceira derrota no Pacaembu em quatro jogos. Contando o empate diante do Botafogo, são onze pontos perdidos - um a menos que a diferença entre nós e o líder do campeonato - que nos colocariam na briga pelo caneco. Isso, obviamente, se os vagabundos tivessem feito apenas e tão somente a obrigação em campo. Mas repito, não vou falar nada sobre o jogo.

Cheguei meio cedo ao Templo Sagrado no último domingo e resolvi aguardar o Janeiro na Praça Charles Miller, aproveitando para observar o ambiente antes da partida. Fiquei ali pelo jardim redondo, logo na entrada do Portão Principal, tomando algumas cervejas. Assim que me abundei no banco de concreto, a primeira cena curiosa. Ao meu lado, uma família de caipiras bastante alterados. Eis que chega o patriarca, torto de bêbado e feliz por ter dado uma entrevista para a globo. Ignorem o fato dele usar aquela bosta de camisa roxa que em nada representa o Corinthians, porque o cabra, além de tudo, foi um tremendo boa-praça.

O tiozinho logo sacou uma senhora que estava no mesmo banco que a gente. Corcoviando, ele escorreu para o lado da "moça" e ofereceu uma lata de Brahma - detalhe: todos os outros bebiam a intragável Itaipava no latão, por ser mais barata. Papo vai, papo vem, o véio contou a história da falecida esposa e a "moça" desabafou sobre a perda do ex-marido (ela havia se separado, mas estava triste com a morte do traste, vai entender). Em cinco minutos, o Seo João, como era chamado pelos netos, conseguiu o telefone da dita cuja e, pasmem, marcou um tititi posterior. Um dos moleques não se conteve: "quando eu tiver sua idade, quero ser igual a você!" E todos gargalharam.

O mesmo Seo João, depois de ensinar os herdeiros como galantear uma dama, puxou papo comigo contando suas lembranças do título do IV Centenário. "Garoto, eram 60 mil pessoas aqui, sem o Tobogã! Luizinho, Baltazar, Cláudio... Ô timaço! E aí a gente vê esses pernas-de-pau de hoje e fica triste". Aproveitei que ele citou o Pequeno Polegar e perguntei da história dele ter sentado na bola. "Não só sentou como humilhou o zagueiro. Coisa de louco era ver ele jogando, um mirradinho desse tamanho deitando e rolando".

Quando o papo começava a me interessar, os netos do Seo João o tiraram dali porque queriam entrar e, provavelmente, ver o Gordo. Só que não demorou nem cinco minutos e fui abordado por um baita de um criolo, falador à beça, e que vestia uma surrada camisa do Timão. Sem cerimônias, ele veio com aquela boca cheia de dente: "Caralho, e eu nem sabia que tinha corinthiano japonês!" Respondi que já era terceira geração e ele se emocionou: "Tá brincando? Tira aí uma foto comigo, que lá em Santa Rita do Sapucaí" - tinha mineiro a rodo -"ninguém vai acreditar nisso". Foto tirada, o cara ainda agradece: "Porra, e falam que japonês não gosta de preto! O Corinthians mistura tudo mesmo".

Vendo aquele mundaréu de gente, percebi que histórias como essas devem se repetir à exaustão nos momentos pré-jogo. Como disse sabiamente o negrão, a entidade Corinthians é capaz de eliminar qualquer diferenciação ao levar a seu povo a força necessária para acordar cedo na segunda-feira e ir trabalhar, mesmo depois de uma triste derrota. De um jeito ou de outro, as energias se renovam a cada ida ao Pacaembu - por isso o Templo Sagrado. Comove demais a característica inclusiva do futebol (ainda que muitos queiram acabar com ela), ao mesmo tempo que preocupa o fato de serem poucos os jogadores que saibam o significado de entrar em campo vestindo a camisa corinthiana.

24 outubro 2009

Povo sem memória não tem nada


Assistindo a uma pérola que o pessoal do Resistência Corinthiana encaminhou por e-mail para diversos amigos, me deparei com uma denúncia preocupante
nos vídeos relacionados. Confira abaixo:



É assim que essa prefeitura de merda trata a maior cidade do país, e é nesse estado que está a homenagem a um dos maiores jogadores de futebol que esse país já teve - e provavelmente o maior ídolo do Corinthians, ao lado de Neco e Basílio. A praça Luiz Trochillo, que presta tributo ao nosso Pequeno Polegar, se encontra largada, tal qual milhares de outros espaços públicos paulistanos.

Além de reclamar, a gente também precisa fazer nossa parte como cidadão. Procurei o vereador Jamil Murad, grande corinthiano, em conversa aqui reproduzida:

"Olá Jamil e camaradas do gabinete!

Recebi esse vídeo e me vi na obrigação de compartilhar com vocês, até porque o Jamil tem a possibilidade de encaminhar algumas providências junto à administração municipal.

Como sei que o Jamil é um grande alvinegro, poderia desenvolver, a partir dessa praça do Luizinho, uma pressão para que a prefeitura cuide com mais freqüências dos inúmeros locais que estão com o mesmo problema.

Abraços a todos!

Claudio Yida Jr."

A resposta veio em seguida:

"Olá, Cláudio

Recebi seu e-mail. Será encaminhado ao vereador e também a nosso chefe de gabinete, Alberto Saraiva.

Um abraço,

Railídia Carvalho

Assessoria de Imprensa do Vereador Jamil Murad (PCdoB)"

Conhecendo a trajetória política de Jamil e seu compromisso com a coisa pública, acredito que o troço será brevemente solucionado. O Corinthians, a cidade e, principalmente, Luizinho não merecem tal descaso. Parabéns também ao autor do vídeo pela divulgação do problema.

23 outubro 2009

Febre Alvinegra


Corinthians 2 x 0 Juventus - 05/05/1993
Pacaembu - São Paulo

Quase um mês depois da minha estréia na arquibancada, era chegada a hora de dois grandes irmãos pisarem pela primeira vez no Templo Sagrado. Vale dizer que, desde o jogo contra o Ituano, eu vivia contando vantagem para cima do Migué e do Guinho por conta da fantástica experiência que era ver o Corinthians em campo, a Fiel Torcida, o barulho do povo e toda aquela atmosfera que faz o mais insensível dos homens se apaixonar pelo futebol e pela vida nos estádios. Começava ali também um bonde que só veio a se separar cerca de seis anos depois, por culpa daquele papo estranho de trabalhar e se formar na faculdade.

Como éramos muito moleques, tivemos de pedir as devidas bênçãos maternas, convencendo-as de que o Bôia, o motorista oficial do bonde, era responsável o suficiente por todos. Pobres velhas que acreditaram no papo do insano mezzo oriental/mezzo português... Alheios a essas convenções, nossa única preocupação era com a ansiedade das horas anteriores à epopéia, tratadas com a devida pompa. O cerimonial teve início assim que chegamos da escola e cobrimos nossas carcacinhas com o manto. Impacientes, fomos à rua bater bola, imaginando quantos gols o Viola faria naquela noite e aguardando nosso Jarbas kamikaze chegar com seu Passat Pointer sem freio.

Ah, a espera pelo Bôia... Se o corinthiano já sofre por definição, a gente penava antes mesmo de sair de casa, já que o barulhento escapamento do Pointer só dava pinta na esquina uns 15 minutos antes do horário da partida. Pior ainda era o caminho até o Pacaembu. Para se ter uma idéia, sem trânsito e pegando toda a seqüência da avenida Rebouças em sinal verde, gasta-se no mínimo 20 minutos até o estádio. Não me perguntem como, mas o Bôia fazia o trajeto em 10.

Por sorte, ainda havia ingressos nas bilheterias naquela quarta-feira de tempo ameno e, dado o adiantado da hora, não pegamos filas nem para comprar as entradas nem na catraca. O público não passou dos 25 mil pagantes, mas a pequena multidão, as bandeiras e os cantos vindos dos Gaviões da Fiel foram suficientes para os olhos do Migué e do Guinho brilharem mais que os refletores.

O Coringão jogou para o gasto e, pelo que me lembro, só abriu o placar no segundo tempo. Também não recordo muito bem dos autores dos gols, mas acho que o primeiro deles foi marcado pelo Paulo Sérgio, entrado por trás da zaga grená. Naquele momento, no entanto, mais importante que a partida em si era o espírito de irmandade renovado pelo Corinthians a partir de um novo elo criado entre aqueles amigos de infância. Coisas bonitas que só a Mística Corinthiana proporciona.

Saímos os três
anestesiados do Pacaembu. Os debutantes por terem conhecido in loco a loucura impregante chamada Corinthians. De minha parte - e isso só é possível ter noção hoje em dia -, era como se tivéssemos completado um ciclo da vida, encontrando uma razão de viver que só se compara à própria amizade que estará para sempre impressa em nossas almas.

22 outubro 2009

E gente tem cara de palhaço


A palhaçada não tem limites. Depois do acordo entre as diretorias de Corinthians e palmeiras de levar o maior clássico do mundo justamente para o cu desse mundo, eis que os mandatários rivais surpreendem nós marginais com mais uma bela notícia: ingressos a R$50 - notícia publicada no site verde e recebida por mim via Junior, do Aqui é Palestra.

Que fique bem claro: não vamos cair na besteira de institucionalizar o fato, já que nossa diretoria faria o mesmo se o mando fosse corinthiano. Não é o Corinthians, não é o palmeiras. O erro foi cometido por pessoas que não enxergam o futebol como ele deveria ser visto, tanto do lado de lá quanto de cá. Preferem valorizar um bando de caipiras descompromissados com a seriedade que o clássico exige, tudo isso por conta de uns trocados.

Lembro que, no 1º turno, a partida contou com pouco mais de 29 mil pagantes, injustificando o deslocamento dos times até o Pantanal sul-matogrossense. Se naquela ocasião o estádio (??) não encheu com ingressos a R$30, o preço de R$50 e o jogo em véspera de feriadão irá garantir um público menor ainda.
E eu nem vou chorar as pitangas por conta dos gastos de cada torcedor para ir a Prudente...

Aí quando utilizamos palavras mais ríspidas contra essa decisão absurda de realizar um Corinthians x palmeiras em qualquer lugar que não sua cidade de origem, muita gente tem a coragem de nos chamar de radicais, intolerantes e até de bairristas.

À merda com Prudente! Pau no cu dos caipiras! Clássico é na capital!



A demência na Globo


Este post será politicamente incorreto e já adianto que não irei entrar no mérito das dificuldades dos portadores de deficiência mental. Farei referência à quantidade de demente na Rede Globo de televisão, fruto do fortíssimo projeto de inclusão - vai saber - dos bobos-da-corte e da deturpação do próprio termo inclusão, com a presença dos piores representantes das ditas minorias na programação da emissora.

Quem nunca engasgou o almoço assistindo às imbecilidades daquele Tiago Leifert no Globo Esporte? Esse boçal é a tentativa desesperada de se fugir ao padrão do telejornal quadradão, só que às custas da idiotice. Ao mesmo tempo que faz piadas que não fariam nem a minha mãe sorrir (e olha que ela adora Zorra Total, outro cúmulo da bobagem), o mocinho paga de galã e, no final das contas, não agrada ninguém.

O troço, no entanto, começou nas novelas. Se antes contávamos com Tonho da Lua e Tião Galinha (dois gigantes!!!), recentemente fomos obrigados a agüentar Clarinha e Jatobá. Aquela menina com síndrome de down era insuportável, assim como o ceguinho que falava tal qual uma narradora de balé - curiosamente e paradoxalmente, o ceguinho e o Tonho foram encarnados pelo mesmo ator. Ao invés de personagens marcantes e com sangue nos óio, esterilizaram até quem já é discriminado socialmente, numa higienização nojenta - vale lembrar que, na Globo, bicha vira ex-bicha.

Outros exemplos pululam. Tadeu Schmidt, Mocotó do Video Show, César Tralli, a insuportável Denise Fraga, as mais insuportáveis ainda Heloisa Perissé e Ingrid Guimarães, Márcio Canuto, Regis Rösing... Todos lembram aquele amiguinho de infância com o dente para frente, meio corcundinha, que vivia de boca aberta e comendo a própria catota.

Teorizando a partir da batida idéia de que a televisão é o espelho de quem a assiste - e vice-versa - por que não considerar que, tratando o telespectador como imbecil, a Globo não esteja mostrando seu modelo de sociedade? Pior ainda, que ela esteja despejando, na hora do boa noite do Bonner e da Fátima, uma doutrina nociva para fabricar ainda mais idiotas que consolidem seu reinado?

Mas também não adianta você trocar para a Gazeta que não vai melhorar muita coisa...

21 outubro 2009

Por onde andará?


Quando o time estava voando, ganhando títulos e sendo considerado "o melhor elenco do Brasil" - numa daquelas baboseiras que os abutres inventam -, havia um senhor bonachão e falastrão que dava entrevista todo dia para rádio jornal e TV.

Ele procurava microfones feito louco e falava, falava por horas. No ápice de seu anticorinthianismo, chamou o torcedor de arquibancada de ralé, de vagabundo, de bandido, e que a diretoria - e nunca o Corinthians, que fique claro - não queria "esse tipo de gente" no estádio.

Mas agora, quando estamos penando dentro e fora de campo, quando alguns pernas-de-pau - os mesmos que ajudaram o velho gagá a nos levar para o inferno - têm a coragem de processar o Corinthians, quando um bando de vagabundos não se esforçam o mínimo para representar nosso manto dentro de campo, o tal dirigente sumiu. Por onde andará Mario Gobbi? Alguém viu? Por que jornalista babaca não vai atrás dele perguntar se, sendo o futebol bizines, não é óbvio baixar o preço dos ingressos?

Por onde andará Mario Gobbi?

20 outubro 2009

Hora da Patrulha


Começou neste dia 20 de outubro o ponto alto da
presepada armada pela parceria Serra/Kassab na Marginal Tietê, quando teremos a interdição de 3 pontes ao longo da via. Já tratamos do tema anteriormente e agora ele volta à tona por conta da incompreensível tolerância da mídia quanto ao caos instalado na capital paulista. Não precisamos ir muito longe para lembrar o que foi a cruzada contra a construção dos corredores de ônibus e túneis nas avenidas Rebouças, 9 de Julho e Cidade Jardim, obras que, apesar de tudo, trouxeram um benefício real ao trânsito por valorizarem o transporte coletivo. Só que agora, com os demo-tucanos devastando a região varzeana do poluído cartão postal de SP e gastando milhões numa empreitada que não será solução, motorista não reclama e jornalista não grita.

Antes de irmos ao ponto crucial, no entanto, é necessário trazer à tona uma informação que passou batida. As primeiras aferições de lentidão feitas após a proibição de fretados na capital detectaram uma piora na fluidez. Em comparação ao ano anterior, o mês de setembro registrou alta superior a 10%, contrariando a redução de 11% prevista pela prefeitura. Diante desse cenário desfavorável, o generalzinho bradou à rádio Bandeirantes na última sexta-feira que os dados foram colhidos por gente má-intencionada e que o trânsito
"tinha nítidos sinais de estar muito bom". Resumo da ópera: se me contestam, não prestam, e eu minto sem corar.

Curiosamente e na mesma sexta-feira, o secretário de transportes municipal, divulgando a tal interdição, previa um aumento de 40% nos congestionamentos da cidade. Quatro dias depois, o decrépito aparece na imprensa se contradizendo, garantindo um impacto negativo de, no máximo, 14%. Fica a pergunta: dá para acreditar no sujeito ou em qualquer membro desse governo?

Não dá, senhores. A vil estratégia deles é muito simples e perceptível a qualquer demente, menos a quem foge deliberadamente da realidade. Somem os 10% dos fretados com os 40% das pontes e teremos o lastimável acréscimo de 50% no índice de imobilidade urbana (isso em números oficiais, que não consideram diversas avenidas tão ou mais empacadas que os corredores centrais contabilizados). Cria-se um desnecessário e insuportável cenário que, concluída a construção das novas pistas da Marginal, validará a realização das obras por meio de uma melhoria mentirosa.

Os despudorados governantes ainda têm a coragem de exaltar, com a ajuda midiática, o "planejamento" da coisa, ressaltando que a merda será amenizada por acontecer durante as férias escolares. Basta acionar dois neurônios para duvidar dessa bobagem. Primeiro que nunca vi férias em novembro. Segundo, eles não se lembram que as aulas, por culpa deles mesmos, irão perdurar até perto do Natal, por conta daquela outra ingerência relacionada à gripe suína? Mais ainda: o aumento natural do tráfego na época das festas de fim de ano, com o povo todo saindo às compras, ninguém levou em conta?

Portanto, quem acreditou em propaganda de TV (a mesma que mostra alguém saindo da estação
Corinthians-Itaquera para ir ao privadão ha-ha-ha) e pegou o dedinho para cravar 45 e 25 nas últimas eleições, já sabe onde enfiá-lo agora. Sorria, São Paulo!

18 outubro 2009

Vão tudo à merda


Obviamente que, para finalizar essa porcaria de fim de semana, o Corinthians tinha que fazer esse papelão. Tomar gol de Arce e Wilson não dá!

Tô sem paciência alguma para escrever e provavelmente este blogue ficará meio deserto durante a semana.

Portanto, aproveito o ímpeto do sangue quente para desabafar: FORA FELIPE! FORA BALBUENA! FORA MANO MENEZES!

15 outubro 2009

Os salvadores da pátria


Há mais de 4 anos, conheci o outro lado da trincheira e comecei a entender o porquê das provas-surpresa, dos puxões de orelha e dos gritos. É preciso um pouco de alegria na vida dura daqueles que hoje e em todo 15 de outubro deveriam ser louvados em praça pública, com parada militar e tudo mais.

Apesar de nunca ter sido lá muito endiabrado, pelo menos até o colegial eu via um inimigo na figura de qualquer professor. Pô, é ele quem passava lição de casa, torturava seu cérebro durante boa parte do dia e ainda cagüetava para os seus pais todas as cagadas que você apronta. Como quase tudo que fiz na minha adolescência, essa postura me envergonha demais hoje em dia - e provavelmente envergonhe qualquer um que tenha o mínimo de decência.

Paradoxalmente, as lembranças que ficaram da época de escola são todas positivas. Defendo, aliás, a tese de que pouco conhecimento intelectual se consegue depois da alfabetização. Daí em diante, o convívio diário nas salas de aula serve para moldar nosso caráter e a nossa capacidade de sobrevivência em sociedade.

Ainda assim, mesmo que todos saibam do papel fundamental dos profissionais do ensino, a desvalorização sempre foi vergonhosa. O que escrevi ano passado sobre o assunto continua valendo, infelizmente:

"Homenageio hoje os professores mirando minha Evinha, que todo dia acorda e vai para a guerra. Ela luta contra essa infeliz mentalidade popular e contra intervenções imbecis de um governo que também a proíbe por lei de se manifestar contra tais imbecilidades. Imaginem, senhores, o que é encarar diariamente seu trabalho como uma guerra? O que é chegar em uma escola no meio de uma favela e ver que nem a própria comunidade local respeita aquele espaço que deveria ser sagrado?"

Por conta de tudo isso, nesse 15 de outubro pense em quem te ensinou o mundo e mande seu axé. Batam palmas pra eles!


Maradó! Maradó!


Bravo Dieguito!



A poco que debutó
"Maradó, Maradó",
la 12 fue quien coreó
"Maradó, Maradó".
Su sueño tenía una estrella
llena de gol y gambetas...
y todo el pueblo cantó:
"Maradó, Maradó",
nació la mano de Dios,
"Maradó, Maradó".
Llenó alegría en el pueblo,
regó de gloria este suelo...

Olé, olé, olé, olé, Diego, Diego.

14 outubro 2009

Cabo neles!


O belo projeto do governo federal de cabear todo o país com fibra ótica ter sido ignorado pela mídia consolidada era algo esperado. Afinal, numa sapatada só, Lula deverá estabelecer um novo paradigma na comunicação na web ao valorizar a pluralidade e democratizar as fontes de informação, criará uma concorrência real no setor de provedores e irá enfraquecer as famiglias Marinho, Frias, Mesquita, Sirotsky e Civita.

A quantidade de pessoas que serão atendidas pelo plano é de extrema relevância. Segundo o Valor Econômico, o cabeamento "vai interligar 4.245 municípios (76% do território nacional) e beneficiar com o acesso à banda larga 162 milhões de pessoas (87% do total)". Notem que é para esse contingente de brasileiros que a imprensa vendida dá de ombros. Mais números de pouca importância dentro das grandes redações: o investimento inicial será de R$1,1 bilhão e a conexão terá taxa de transferência de 1Mbps, inexistente em 90% dos casos no Brasil.

Dentre as questões que podem surgir, a principal diz respeito à gestão do sistema. O governo terá a imperdível oportunidade de reaver as rédeas de uma área essencial e estratégica, inclusive com o ressurgimento da Telebrás. Também não dá para não falar da riqueza de conteúdo que a rede, sendo ampliada, irá proporcionar. Teremos, por exemplo, fontes espalhadas por todo o território, retratando as peculiaridades regionais, ajudando na diminuição dos bairrismos, eliminando preconceitos inúteis e até mesmo incentivando o turismo interno.

De nossa parte, é essencial apoiar a idéia de controle estatal e cobrar cada vez mais verbas para a inclusão digital. O Conversa Afiada, por exemplo, mostra alguns modelos bem-sucedidos, com destaque para o australiano, cujo orçamento ficou na casa dos R$65 milhões. Fora isso, dinheiro nenhum vai pagar a alegria de nosso troco na Telefónica ou na Net, após nos livrarmos com escárnio do porco serviço que elas oferecem atualmente.

A este governo e ao próximo (não tucano, se Deus quiser), fica evidente a necessidade de peito para enfrentar o lobby das empresas de telecomunicação - um reforço pode vir das corporações de varejo online, a maioria delas já de olho grande nesse público consumidor em potencial. É preciso, ainda, muita atenção e cautela no encaminhamento de qualquer projeto censor semelhante ao do senador Eduardo Azeredo. A integração e inclusão não podem ficar restritas ao mero acesso; deve-se garantir aos usuários o usufruto pleno da plataforma.

Os golpistas tremem desde já. E o povo vai ter, em breve, outro motivo para abandonar de vez o complexo de vira-latas que vem estagnando o país desde 1500.

13 outubro 2009

Ainda o 13 de outubro


Nesse dia tão especial ao corinthiano, chovem homenagens ao título de 77. Porém, ao lado da emocionante e essencial narração de Osmar Santos do gol salvador de São Basílio, é necessário publicar também a entrada do time em campo, brilhantemente descrita pelo José Silvério assim:




Precisa falar mais alguma coisa?

Curtas


- Em 13 de outubro de 1977, os guerreiros Tobias, Zé Maria, Moisés, Ademir, Wladimir, Ruço, Luciano, Vaguinho, Geraldão, Romeu e o pé-de-anjo Basílio, sob o comando de Osvaldo Brandão, devolviam à Fiel o direito a um grito emperrado por 23 anos. Obrigado a todos esses heróis, que hoje serão novamente lembrados e homenageados por todo o Brasil.

- Está no ar mais uma pérola que só a internet pode proporcionar. Mesmo fazendo uso do anonimato, essa prática tão deplorável, desde 11 de outubro você pode se divertir com o Blog do Putinho. Denuncismo com imbecilidade, confira!

- Falando em denuncismo, o da "credibilidade" atingiu seu grau máximo de imbecilidade. Colocou em xeque o Nobel da Paz que Barack Obama irá receber. Com isso, cresce a lista de pessoas e instituições que o arauto da moralidade não legitima, não respeita e não dá aval - a relação inclui Lula, Poder Judiciário, os fatos e até uma conta na locadora que ele não paga...

- Juquinha também fez sua sessão "reclame aqui", dando espaço a um "cliente" que foi ao Pacaembu no sábado e quis reclamar das filas no banheiro. O talzinho interpelou o presidente tampão e cobrou providências, sendo prontamente humilhado e, posteriormente, segundo o relato, intimidado pelo mandatário. Quatro observações: 1) na arquibancada, aquele antro de bandidos e marginais, não há filas nos banheiros; 2) se o cara se considera cliente, deveria mesmo apanhar; 3) se o cara escolhe Juquinha e sua máfia para "denunciar", deveria apanhar de novo; 4) bem feito para a diretoria de merda que valoriza esse tipo de babaca e fica sujeita a escutar tais reclamações e expor o Corinthians a processos de aproveitadores. ÓDIO AO FUTEBOL MODERNO!

- E o Gordo voltou a ser Gordo depois da vitória de sábado. Antes ele era o quê? Bando de abutres...

12 outubro 2009

A vingança é um prato que se come frio


Eu bem me lembro de 2 de dezembro de 2007. O placar que fizemos no último sábado (puta que me pariu, jogo de sábado é o fim da picada!) era aquele que precisávamos, mas que não veio. Desde então, passamos um desgastante 2008 por conta de um verme que vendeu nossa paixão e encheu o próprio bolso. E vermes, quando passam, sempre deixam rastro, porém isso é papo para outra hora.

Menos de dois anos depois, chutamos a cabeça daquele time sujo - cuja torcida separatista e nazista se uniu ao maior rival (os que choram e colocam tudo num DVD) - e botamos as coisas em ordem. Aliás, nada como uma comida de rabo pública para o departamento médico do Corinthians esvaziar... Como sempre é dito aqui, jogar bola a maioria sabe; precisam só de vergonha na cara.

2007 em dia, é hora de colocarmos 2008 no seu devido lugar. O Coringão irá ao cu do mundo no próximo domingo para enfrentar os separatistas do norte. Não só iremos remediar aquela trágica noite na ilha do retiro como também daremos um empurrão para a queda do ixpót.

É o mundo, meus caros, dando suas voltas. Vale dizer: a Fiel deveria ter aprendido isso há dois anos, mas muita gente ainda não entendeu nada.

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Amanhã, dia 13, a RSJ fará merecida homenagem aos guerreiros Campeões de 1977 na Choperia Museu Preto e Branco, no Tatuapé. Mais informações no Blog do Pulguinha.

10 outubro 2009

Essa minha memória


Recomendação única para o jogo de hoje no Pacaembu: lembrem-se do dia 2 de dezembro de 2007. Principalmente quem esteve lá e passou o que passou.

Se vir um gremista na rua, chute a cabeça.

Sem mais.

09 outubro 2009

Vade retro


Devemos reconhecer: a gente joga dinheiro no lixo assinando canais fechados de televisão. Tá certo que é muito culpa dessas operadoras que, ilegal e imoralmente, nos empurram pacotes com inúmeras emissoras absurdas como Canal Rural, as TVs européias e aqueles troços de imbecilizar crianças (a molecadinha adora uma merda chamada Pocoyô). De qualquer maneira, é muita grana para pouca utilidade, já que, segundo o brilhante Classe Média Way of Life, acabamos sempre assistindo à Globo ou ao SBT.

Tirando os seriados, a maior diversão, portanto, acaba sendo cravar o dedo no controle e ficar passeando pelas milhares de inutilidades transmitidas via satélite. Eu só não cancelo essa porcaria de Net porque dá para encontrar algo mais interessante que aqueles infomerciais vendendo máquina de suco ou mangueira para jardim. Dias desses, passei pelo Sci-Fi e me deparei com um belíssimo documentário: o Caçadores de Fantasmas.

A história é simples: dois malucos e sua equipe são chamados a lugares assombrados e, uma vez lá, eles tentam encontrar provas materiais sobre as supostas aparições sobrenaturais. Para tanto, utilizam vários equipamentos bem bacanas, como gravadores fudidões, câmeras noturnas e uma outra, térmica, que mistura a imagem com a variação de temperatura (o troço mais bacana do programa).

É lógico que os caras carregam na edição e forçam a barra de vez em quando, fato que motiva alguns vídeos no Youtube "desmascarando" a atração, mas há cenas incríveis. Eles conseguem muitos EVPs - aquelas manifestações de voz bastante comuns nessas investigações de fantasmas - e imagens que fazem o mais valentão borrar na tanga. Em certo episódio, usando a câmera térmica, eles captaram a silhueta de uma pessoa que, obviamente, não se encontrava, ao menos em carne e osso, no recinto; noutra oportunidade, um fio de energia de um equipamento foi desenrolado violentamente sem que ninguém tenha chegado perto de onde ele estava preso.

Deixo abaixo um aperitivo do que é o Caçadores de Fantasmas, exibido toda terça-feira, às 21h (há uma versão internacional bem ruinzinha que passa na segunda e serve para os mais cagões se aquecerem). Não perDa!


08 outubro 2009

Cornetar (e pressionar) é o que nos resta


Em mais uma apresentação lamentável, o Corinthians não se deu ao trabalho de ganhar do lanterna do campeonato. Já disse e repito: saber jogar esses merdas sabem, só que estão com a cabeça em qualquer outro lugar que não o campo de futebol. De todas as caras novas, o único que parece ter a noção do lugar onde está jogando é Jucilei, o Beckenbauer de ébano, que segura a bronca sozinho.

Comedor de acarajé ganhou aumento e tomou mais um frango. Elias ganhou aumento e não acerta um passe. Argentino demorou um mês, custou uma nota e não completa uma jogada (mas devemos reconhecer que ele está jogando no lugar errado). Dentinho também ganhou aumento, fez um golzinho e mais nada. O inominável, desde o começo do ano, só marcou 3 gols - todos de pênalti - e continua jogando. E o técnico mexeu errado de novo, só para variar.

Nos resta, até janeiro, só a cornetagem, além da cobrança forte pela vitória obrigatória no dia 1 de novembro, e talvez seja o momento de ir para cima. Pressão mesmo, para mostrar a certas pessoas que bizines é o caralho e que AQUI É CORINTHIANS! Umas visitas no treino, uns rojões na porta de casa, uma intimada caso encontrar vagabundo em balada. Às vezes, é preciso uma limpeza no ambiente, tirar as zicas para o troço engrenar.

Pode parecer pedante, mas vamos lá. Não vejo muito segredo de como armar o time, que tem duas variações.

- Cenário 1: Felipe, Alessandro, Chicão (outro que está se formando em medicina esportiva), William, Marcelo Oliveira; Marcelo Mattos, Elias, Jucilei, Edu; Jorge Henrique e Dentinho. Como opção, Defederico e Edno para o ataque; Moradei no lugar de Elias para segurar o jogo.
- Cenário 2: Felipe, Alessandro, Chicão, William, Marcelo Oliveira, Marcelo Mattos, Jucilei, Edu, Jorge Henrique, Dentinho e Gordo. As mesmas opções ao ataque e a alternativa de Edno no lugar do Edu.

Estou muito errado? Palpitem aí.

QUEM NÃO FOR CORINTHIANO VÁ PARA A PUTA QUE PARIU!

07 outubro 2009

Entre a cerveja de ontem e hoje


O bem-estar de um sujeito no intervalo entre uma carraspana e outra depende exclusivamente daquilo que foi ingerido antes ou durante tal atividade. Se teremos mais ou menos dor de cabeça, se seremos acometidos por uma bela caganeira, se acordaremos ou não com aquele gosto de estopa na boca...

Segue aqui uma lista com alguns pratos bem comuns, ordenados sem nenhum critério e que ajudam na sobrevivência do bêbado nos períodos da vida em que ele não é tão feliz - lembrando sempre que bêbado que se preze não dá vexame: ou dorme na mesa ou sai dignamente do estabelecimento e vai para casa dormir, e sempre feliz.
Deixando de lado o fator "marca da cerveja", já que Skol é um veneno, Bohemia e Itaipava são laxantes e Kaiser e Schin sem comentários, ficam estabelecidas como CNTP a Brahma, a Antarctica Faixa Azul e a Original. Os amigos podem e devem deixar outras dicas.

- Feijoada: é o amigo nº 1 do bebum. Coma um belo prato e carregue bem nas carnes, couve e pimenta. A partir daí é só alegria, e os trabalhos vão até enquanto houver o que cavucar na tigela. No dia seguinte, o mundo é uma maravilha e nada parece ter acontecido, o que abre caminho para o recomeço da irresponsabilidade etílica logo pela manhã. Não exagere, porém, na batida de limão que sempre acompanha.

- Churrasco: apesar da combinação com a cerveja ser certeira, o churrasco é perigoso. Mesmo aquecendo e amaciando o estômago e o figueiredo para a quantidade industrial do líquido amarelo que será sorvida, o problema aparece ao acordar. A ressaca do churrasco manda reis para o trono na mesma freqüência com que passa o Vila Gomes/Jd. Miriam.

- Coxinha: pode parecer café pequeno, mas o óleo e a massa do quitute criam uma espessa gororoba que funciona como um filtro dentro da barriga. O dia seguinte também é tranqüilo, mas há o risco de se levantar da cama com uma fome descomunal.

- Pizza: depende da cobertura. Prefira sempre aquelas carregadas no queijo e que tenham algum defumado (calabresa ou pepperoni). Lembre-se ainda que pizza, sozinha, já é sinônimo de complicações intestinais posteriores e, portanto, é grande o risco de se passar boas horas no banheiro. Como precaução, deixe um bom livro à mão.

- Batata frita: fuja! Além de não ser comida, mas sim complemento de prato, ela causa problemas logo ao bater no estômago. Grandes riscos de ter que sair da mesa, abandonando os amigos, para dar aquela gorfada de limpar o radiador.

- Fast food em geral: outra cilada. Hambúrgueres, esfirras e até essas comidas mexicanas expressas são ilusão e causam uma sensação semelhante a do crack - o barato dura, no máximo, uns 5 minutos. A fome que não é saciada e você terá pago uma fortuna por algo que não consegue ter o mesmo efeito nem mesmo de um caldo verde.

- Comidas de casas do norte: outra bela pedida para se evitar problemas. Eu sempre fico entre a vaca atolada e a galinha, mas preciso mencionar uma paçoca de carne-seca que comi no Rancho Nordestino, um templo que fica na Rua Manuel Dutra, na Bela Vista.

- Conservas: apesar de deliciosas e bastante apropriadas para acompanhar aquela grade de Brahma ao fim do expediente, há de se restringir o papel das conservas. Elas são tira-gosto e a expressão deve ser levada ao pé-da-letra. Comece na batatinha de casamento, na berinjela curtida e na sardinha apimentada, mas depois parta para algo com mais sustância.

06 outubro 2009

De schlap


- No sabadão, a TV Cultura exibiu um belíssimo filme que costura muito bem a relação entre futebol e política. Trata-se do documentário "O Dia em que o Brasil esteve aqui", dos diretores Caíto Ortiz e João Dornelas. Eles contam a passagem da seleção brasileira pelo Haiti em 2004, naquilo que ficou conhecido como o Jogo da Paz. O longa retrata o povo haitiano e sua paixão pelo futebol do Brasil, para eles um elixir de paz e de alegria frente ao miserê e à guerra civil que os assolam. Destaco duas impressões: os jogadores, essas estrelas de Hollywood, não tiveram (e muitos ainda não têm) a noção do que significou aquilo; o Brasil já despontava como a referência no continente e no cenário político mundial - apesar da nossa mídia nativa -, troço que só se consolidou na última semana com o Rio 2016. Trailer aqui.

- Por falar em filme, em menos de uma semana fui chamado de amargo e radical duas vezes. Uma aqui e outra no Cruz de Savóia, onde publico minha Hora da Patrulha. Reitero que, para tratar de certas coisas, não consigo ter uma postura fria e equilibrada, nem usar o bom humor. Ontem, por volta da meia-noite, a mesma TV Cultura transmitiu um documentário sobre a Guerrilha do Araguaia, mostrando como os governos, desde a ditadura militar, preservam as forças militares da responsabilidade nessa indecente violação dos direitos humanos. Ouvindo as histórias de quem passou maus bocados nas mãos dos milicos, eu realmente não enxergo outra forma de me expressar a não ser pela revolta. Caso uma atrocidade dessa lhe faça sorrir, sugiro uma revisão de valores.

- E por falar em futebol, o Barneschi, recém-chegado da gélida e fétida Europa, nos brinda com uma grave denúncia. Fazendo jornalismo com J maiúsculo (e com D de diplomado), ele mostra como a diretoria do Atlético de Madrid pretende aderir à imbecil modernidade, praga que se alastra por todo o velho mundo. Texto fantástico e obrigatório para quem se engaja nessa luta. ÓDIO ETERNO AO FUTEBOL MODERNO!

- Para quem usa o Twitter e não gosta muito da falta de recursos da página, fica a dica: use o Hootsuite. Ao contrário do Tweet Deck, ele abre no navegador - ou seja, não sobrecarrega tanto a memória do seu 286 -, além de oferecer cinco janelas de visualização para gerenciamento do perfil, possibilitar a organização dos followings em grupos e possuir uma navegação mais ágil (principalmente para respostas e RTs). Também dá para cadastrar vários perfis, caso você seja bipolar.

- Era pra ser de schlap, mas ficou longo este post.

05 outubro 2009

Hora da Patrulha


Uma patrulha deveras especial. Estamos escrevendo contra os desmandos demo-tucanos em SP depois de um fim de semana redentor para o povo brasileiro, aquele povo verdadeiro, porém marginalizado e odiado pela grande maioria dos paulistas e paulistanos. Para os modernos e civilizados cosmopolitas, essa cidade de merda - e que cheira merda por causa da própria merda jogada no Tietê - é o paraíso na Terra, enquanto o
Rio de Janeiro, merecidamente escolhido como sede das Olimpíadas de 2016, não passa de um lugar sitiado e atrasado.

Numa sapatada só, essa gente reacionária e separatista engoliu um operário nordestino sendo elevado ao posto de figura política mais importante do planeta,
a consagração da Cidade Maravilhosa como a cara do país e o Ministro dos Esportes Orlando Silva, achincalhado injustamente na "crise da tapioca", fazendo o que nem Pelé - um negro cada dia mais branco - havia conseguido. Com os narizes se torcendo e o recalque gritando, os porta-vozes da gentalha luxuosa logo saíram em defesa da manutenção da nossa subserviência perante o mundo, decretando: vai ser uma roubalheira porque o Brasil não presta.

Bom mesmo é SP e seus 4 mandatos de (d)eficiência tucana. Aqui não há desperdício de dinheiro público. Males havendo, a culpa é do povinho miserável que não pode ver um montinho de dinheiro, uma casa abandonada ou um terreno improdutivo que já vai tomando de assalto. Em São Paulo há disciplina do cercadinho do Serra, uma ação autoritária e excludente que segue os moldes do Cidade Limpa (de limpa isso aqui não tem nada) e busca embelezar o caos diário que se instala na estação Sé do Metrô.

E já que falamos em Metrô, por que não lembrarmos - é sempre necessário lembrar - como o choque de gestão tucano vem, há 15 anos, enfiando a mão no bolso do contribuinte paulista e jogando nosso dinheiro nos cofres da Alstom e de políticos de bico grande, num esquema que faria Fernandinho Beira-Mar corar? Ou então mencionar os remendos (mal)feitos nas escolas estaduais no começo de 2009, tudo mera maquiagem para esconder o péssimo estado de conservação dos prédios que já começam a ruir? É gasto sobre gasto, em medidas que nunca são definitivas e jamais têm a finalidade de sanar problemas.

Não é uma Olimpíada que irá fazer corrupto roubar mais ou menos. O que abre as portas para ladrão - e eles estão sempre de terno e gravata - é essa síndrome de inferioridade, felizmente curada na última semana depois que um de nós foi até a Europa e, sem saber falar o inglês tão adorado pela classe média, convenceu o mundo de que o
Brasil e seu povo merece respeito. O Brasil é gigantesco e o orçamento da Saúde e Educação não dependem do dinheiro que será aplicado nos Jogos Olímpicos - pelo contrário, devemos nos preocupar com a reserva bilionária destinada anualmente ao pagamento de juros da dívida pública. Só em SP, com todo o desmoronamento moral e estrutural da maior cidade e do Estado mais "rico" do país, o governador desdenha da festa bonita na Praia de Copacabana porque anda muito preocupado se a banana na feira será vendida a quilo ou à dúzia.

Sorria, São Paulo.

04 outubro 2009

Virou putaria


Não é que não sabem jogar - tirando o Marcinho. Não é que estão com salário atrasados - alguns receberam pomposos aumentos. Não é que faltou torcida - até os zicas, impressionantemente, estavam a fim de apoiar. Trata-se de sem-vergonhice, cara-de-pau, mau-caratismo ou qualquer outro adjetivo que atinja em cheio a conduta desses seres que pisaram no Templo Sagrado vestindo o manto do Corinthians.

Putaria generalizada que me permite dizer: é um bando de vagabundo desgraçado, do elenco à diretoria. Por que raios eu tenho que pagar um preço absurdo no ingresso para assistir a gente desmotivada entrando em campo? O delegado do olho roxo não disse que era biziness? Então, meu caro, é hora de baixar os ingressos para R$10. Com esse futebolzinho que andam apresentando, tá até muito caro.

Destaco ainda a filhadaputice desse Gordo desgraçado e a imperdoável falha - mais uma na sua curta passagem pelo Parque São Jorge - do comedor de acarajé. Ano que vem, meus caros, isso é inadmissível. Imagine tomar um frango desse numa decisão? Ou então ficar 90 minutos com a mão sobre as ancas? Quer ir para a balada, festinha da MTV ou o escambal, que vá. Mas quando voltar, é obrigação meter uns gols e jogar bem. Senão, é rua para todos que não assumirem seu compromisso com nosso Centenário.

QUEM NÃO FOR CORINTHIANO VÁ PRA PUTA QUE PARIU!

02 outubro 2009

Pitacos sobre o Rio 2016


Antes de tudo, é sempre bom lembrar: sou totalmente contrário à realização da Copa 2014 no Brasil. Aqueles que me acompanham já estão cansados de saber os motivos e eles podem ser conferidos aqui, aqui e aqui. Dito isso, passemos à pauta do dia.

Estava aguardando a divulgação da cidade-sede das Olimpíadas de 2016 para dar alguns pitacos. Em primeiro lugar, falemos sobre a postura governamental que tomou conta (literalmente) do país a partir de 2003. Ao ascender à presidência aquele pernambucano operário que a elite adora odiar, foi-se embora a síndrome de vira-lata do nosso povo. E quando digo povo, é povo na sua forma mais representativa. O sujeito que trabalha todo dia e faz mágica para colocar comida em casa, o aposentado que pegou no batente a vida inteira e ainda se vê na dureza, o favelado, o marginalizado. Povo, enfim.

Há a esperança em cada brasileiro - aquela que venceu o medo - e esse espírito talvez tenha sido decisivo para que o Rio de Janeiro fosse escolhido. Trata-se de um trabalho de recuperação moral e estrutural encabeçado pelo governo Lula e, nos esportes, especificamente, pelo PCdoB. Mais ainda, é o fruto do suor da nossa juventude socialista, aquela que jornal e revista adora chamar de incompetente e "chapa-branca". Enquanto a imprensa golpista se preocupava com tapioca, Orlando Silva, o ministro, mostrou extrema competência nas costuras e no projeto entregue ao COI.

O Brasil, mesmo com um monte de problemas ainda pendentes em todos os níveis, deixa para trás aquele injusto posto de coadjuvante e agora briga (e ganha) entre os grandes. Nada que um Estado forte não consiga, é sempre bom ressaltar, e isentar Lula da "culpa" pela papel de protagonista mundial é fanfarronice. Alerto, ainda, para que a gente não caía nesse papo furado de que haverá lavagem de dinheiro, corrupção, roubo e o escambau. Nas obras do Metrô paulistano, por exemplo, o roubo tucano é explícito, mas alguém aí é contra a construção?

Conjuntura política à parte, não haveria melhor lugar que o Rio. O Rio, não canso de repetir, é covardia! Lamentável apenas ter lido um monte de comentários
preconceituosos saídos da boca de paulistanos recalcados. Bobagens que só podem ser ditas por quem adora ficar sentindo a fedentina do rio Tietê durante os congestionamentos na Marginal...

Por fim, a parte esportiva. Todo mundo sabe que esporte mesmo é futebol e o resto é educação física. Ou melhor, futebol é guerra. Portanto, todo apoio aos investimentos nas modalidades esportivas que servirão, melhor de tudo, para promover uma maior inclusão social.

Parabéns Rio! Parabéns Brasil! Que fase, hein Lula? Petróleo, "the man", Olimpíadas...

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Atualizando: vejam só essa fala do Lula. Ignorem, porém, as caras e bocas das antas globais...




01 outubro 2009

Passando a limpo


Desde fevereiro, resolvi meter as caras no lado publicitário da força e meu expediente passou a incluir estudos sobre como trabalhar marcas nas redes sociais. Nesse tempo, percebi uma coisa bastante irritante da área, o tal viral. Toda agência digital quer (e às vezes até promete para o cliente) a fórmula secreta para disseminar uma idéia, boa ou ruim, por meio de blogues, Youtube, Twitter e o escambau, do mesmo jeito que Susan Boyle, o molequinho do dentista e tantos outros astros da web ganharam o mundo. Como se fosse simples assim.

Por causa da obsessão pelo "vamos fazer um viralzinho", algumas ações passam do limite e, vira e mexe, aparecem os tais posts pagos, outra terminologia nebulosa. Vale esclarecer: por que um post é pago, isso não significa que ele seja imoral, é apenas uma forma de divulgação segmentada e relevante. Porém, há a estrita necessidade de deixar bem clara a vinculação da parte editorial com a publicitária. Lembremos o belo case da Samsung, que se uniu à torcida verde na divulgação de um celular. Mesclaram muito bem a paixão futebolística, o pagamento pela veiculação em páginas pessoais e a propaganda, tudo sem romper nenhuma barreira da decência.

No outro lado da moeda, houve situações bastante controversas. Este espaço mesmo recebeu uma oferta, mas na ocasião achei que não era o caso de adequar minhas normas à proposta. Isso não faz daqueles que a aceitaram (o Seo Cruz, por exemplo, topou) melhores ou piores. Eu apenas não gostei da abordagem. Mais grave foi o caso do Futepoca, solicitado de um modo um tanto quanto descarado e sem regras claras. Ambas as ações citadas foram criação da Riot, que agora parece ter encontrado uma boa maneira de convocar blogueiros e me procurou novamente para participar de um Concurso Cultural interessante.

Resumidamente, farei um post por semana - e adianto que eles levarão a tag riot -, a partir de uma notícia publicada em diversos sites participantes do portal MSN. O escambo é simples: eu faço a referência (o que não difere muito do que já acontece) e concorro a prêmios semanais e um Xbox por mês - uma equipe da agência irá escolher os melhores textos. O regulamento do concurso pede que eu cite a fonte e, como contrapartida, terei à disposição fotos, vídeos e até informações exclusivas e antecipadas, vindas dos portais parceiros. Me é garantido, ainda, a total liberdade quanto ao teor daquilo que vou escrever.

Adianto que a maior motivação não é ganhar brinde ou o video-game, mas sim fazer um estudo de campo -
digo, porém, que irei promover noites de FIFA Soccer, PES e muita cana aos amigos caso seja premiado. Vislumbro aí uma bela oportunidade para que se consiga estabelecer uma regra de conduta nesse casamento entre redes sociais e publicidade, além de captar alguns dados mais precisos quanto ao retorno que esse tipo de iniciativa traz ao consumidor e à marca.

Chuta que é macumba, um poço de revolta que agora se vendeu ao sistema e traiu o movimento, véi!