09 dezembro 2013

Não esqueçam 2013


Este post tem como objetivo encerrar o posicionamento oficializado em agosto de 2011, quando prometi não mais tratar neste blogue sobre qualquer opção tática do então técnico do Corinthians para não ficar me repetindo. A era do "gênio" acabou e, mesmo que as notícias não nos dêem motivos para comemorar, já é um alívio não ter mais que ver ali no banco alguém que foi elevado a postos que pouco condizem com o homenageado.

Aliás, quantas homenagens, não? Exageradas, até. De minha parte, para cada grande vitória do Corinthians no período tite, há um vexame histórico. Derrotas para times inexpressivos, resultados desfavoráveis em pleno Pacaembu e, principalmente, a consolidação de um modo de jogar que desrespeita a trajetória de lutas e entrega característica do Coringão. Foi isso, aliás, o que mais me incomodou nesses 3 últimos anos e que também culminou na vagabundagem explícita dos jogadores.

Ora, meus caros, não dá para dissociar a displicência de todo o milionário elenco corinthiano e seu comandante. Para mim, o chefe de uma equipe vagabunda é no mínimo conivente com isso e, portanto, vagabundo também é. Se o responsável pela escalação e treinamento do time escala mal e não coloca jogador para treinar e eliminar deficiências apresentadas, ele tem a maior parcela de culpa na crise ideológica que se vê em campo.

Mas isso são percepções. Aos fatos. Destaco abaixo o desempenho do Corinthians no modorrento Brasileiro de pontos corridos deste ano. Isolei os confrontos para ver como seria nosso desempenho se eles fossem no sistema de mata-mata. O cenário é desolador, já que contaríamos com eliminações para botafogo, goiás, ponte preta (rebaixada), cruzeiro, portuguesa, atlético/mg, inter e náutico (rebaixado e dono da pior campanha da história recente). São  adversários que, na maioria das vezes, foram derrotados por nós em decisões.































De forma que nossa participação no Brasileiro deste ano não poderia ter se encerrado de maneira mais propícia para ilustrar o que foram esses anos de tite. Aliás, a derrota para o náutico, justamente um dos piores ataques do torneio ao lado do próprio Corinthians, impossibilitou outra marca recorde negativa: 18 empates na competição.

O amigo Domingos Sala Vargas, corinthiano de quatro costados e dono de um blogue riquíssimo em imagens do Timão, vem dizendo em suas participações sempre imprescindíveis na Rádio Coringão que não devemos esquecer 2013. Faço coro com ele, porque é inédita a falta de respeito. Há diversos indicativos práticos e subjetivos, e aqui citei apenas alguns deles, que desenham um paradoxo assustador. Se hoje conquistamos títulos importantes, eles vieram à custa de perda de identidade e total alienação da torcida.

É preciso ter 2013 muito claro em nossa memória para não repetirmos erros graves e até criminosos. Tivemos o centenário da Revolução de 1913, ignorada institucionalmente pelo clube. Trata-se, talvez, da nossa maior vitória, mas aquela parte da história em que o povo se sobrepõe e garante o bem coletivo não anda sendo muito bem vista ou valorizada. Que cada corinthiano reflita sobre o seu comportamento e tenha este ano como algo a se evitar na conduta daqui para frente.