30 setembro 2014

Voto e peito aberto


Estão aí as eleições deste 2014 e venho neste espaço manifestar meus votos como parte de minha estratégia de militante e de meu próprio caráter. Ao contrário de muitos, defendo meus ideais, representados nas candidaturas abaixo, de peito aberto. Minhas escolhas não são de agora e, apesar de ter naturais e necessárias discordâncias com todas, jamais me envergonhei ou me envergonharei delas. Mais ainda: é uma tomada de posição. E eu estou do lado do povo, estou do lado daqueles que sempre ficaram à margem até pouco tempo atrás - para ser exato, 12 anos.

É inegável, meus caros, que o Brasil avançou. Como ignorar que o país tenha saído do mapa da fome, que tenha tirado da miséria mais de 36 milhões de pessoas? Como ignorar que aqueles sem perspectiva nenhuma de vida passaram a cursar uma faculdade e entrar no mercado de trabalho? Não avalio política com o fígado, muito menos me deixo levar pelas insanidades irresponsáveis que saem diariamente na imprensa, esse verdadeiro partido de oposição ao governo federal e a todos nós. Política é um troço do dia-a-dia e ela mostra que nossa vida melhorou sim depois dos mandatos populares de Lula e Dilma.

Até 2002, mesmo a classe média vivia em apuros. O desemprego era uma epidemia, o salário era arrochado e a inflação estava muito mais alta do que mostram os indicativos atuais - naquele ano, o IPCA fechou em 12,5%, contra 5,9% de 2013. Porém, eu falei do dia-a-dia e a ele voltarei porque a lembrança não nos trai. É só puxar pela memória e lembrar do que tínhamos - seja bens ou direitos civis - há 12 anos e como estamos agora. Obviamente que há ainda muita coisa a ser feita, mas não tenham dúvidas: só existe um grupo político compromissado com esse direcionamento.

A presidência precisa de mais 4 anos de Dilma Rousseff. Só assim poderão ser consolidadas iniciativas como a utilização correta dos recursos do pré-sal na Educação e na Saúde já previstos por lei. É só no governo de Dilma que será possível o tensionamento para realizar reformas. Somente com Dilma é que está garantida a manutenção de políticas sociais como o Bolsa-Família, o Luz Para Todos e o Prouni. Com mais ênfase nessas eleições, entraram no debate os direitos LGBT e, curiosamente, a presidenta é acusada de omissão. No mínimo injusto, pois foi em seu mandato que se organizou a 2ª Conferência LGBT, na qual foram assumidos compromissos importantes com a causa. Não tenham dúvidas: o governo atual é obrigado historicamente a dialogar; já aqueles que querem entrar resolvem as coisas na porrada.

Isso nos leva à escolha para governador. O Estado não pode mais conviver com esse faraônico domínio tucano instalado por aqui há 20 anos. São duas décadas de borrachada, de repressão, de baixíssima representatividade - governam para poucos -, de aburda seca, de pedágios extorsivos, de professores assediados e de Metrô superfaturado num dos maiores casos de usurpação do dinheiro público. São Paulo precisa de uma mudança de perspectiva que, a meu ver, só virá com a eleição de Alexandre Padilha. É o mesmo voto de confiança que demos a Fernando Haddad, que vem revolucionando a capital paulista.

Com relação aos deputados e senadores, torno a repetir que o meu voto tem lado e, para garantir o máximo de independência possível a esse lado - o do povo -, é essencial a escolha por legisladores que sigam o mesmo princípio dos cargos executivos. Dessa forma, irei de Suplicy para o Senado, em respeito a seu histórico na casa e por ser o único representante de qualquer força progressista - há outros dois inomináveis na disputa que não é bom nem citar para não trazer mau-agouro.

Para deputado federal, votarei em Orlando Silva, que já foi ministro dos Esportes, realizando a Lei de Incentivo ao Esporte, e vereador de São Paulo, focando seu mandato em projetos na área do esporte e da cultura. Finalmente, meu voto para deputado estadual é em Gustavo Petta. Esse eu conheço de algum tempo, mais precisamente dá época do movimento estudantil, e ele sempre foi um militante ferrenho da Educação. Na presidência da UNE, por exemplo, colaborou de maneira decisiva na elaboração do Prouni. 

É preciso salientar que não quero obrigar ninguém a nada com isso. Trata-se apenas de uma manifestação legítima daquilo que penso como política, coisa que em tempos sombrios era impensável. Dessa maneira, caso alguém passar por aqui e tiver alguma dúvida, estão aí os links dos candidatos e até mesmo a caixa de comentários para o debate - papinhos de "petralha" e outros infantilismos sonháticos ou de discursos "apartidários" serão obviamente ignorados. 

Termino reproduzindo a cola da minha cédula:

Dilma - 13
Padilha - 13
Suplicy - 131
Orlando Silva - 6565
Gustavo Petta - 65100

Avante, Brasil!

01 setembro 2014

Sobre o que comemorar


Neste Dia de Corinthians, aquele que quiser visitar o Parque São Jorge para renovar seus votos irá dar com a cara no portão. A parte diretiva do clube, mantendo sua tarefa diária de afastar o Corinthians de todos os ideais propostos pelos antepassados, quer também distância de todos nós (apesar de mirar ansiosa o nosso bolso). O desrespeito e o descompromisso provavelmente dará o tom das ações de celebração promovidas pelas instâncias ditas oficiais, mas pouco legítimas e representativas da coletividade alvinegra. 

A nós, cabe a reflexão. É o Corinthians que todos aprendemos a amar que precisa ser comemorado. Hoje, família corinthiana, é dia de lembrar as lições de Antônio Pereira, Anselmo Correa, Carlos Silva, Joaquim Ambrósio e Rafael Perrone. É dia de celebrar os benfeitores Miguel e Salvador Bataglia, Alexandre Magnani, Alfredo Schürig, Alfredo Ignácio Trindade e Vicente Matheus. Dia de contemplar as obras dos artesãos Francisco Rebolo e Lourenço Diaféria. De agradecer ao mantenedor da história corinthiana Antoninho de Almeida. De louvar heróis de verdade que nos representaram no campo de batalha, e não os vagabundos milionários de agora. 

Em troca de uma inexplicável ostentação, a Fiel Torcida não conhece mais o porquê de sua existência e, conseqüentemente, o próprio clube acaba em crise de identidade. Saber de onde viemos é o primeiro passo para não errarmos o caminho adiante. Pois vamos lá: o Corinthians existe para dar alegria e voz ao seu povo. O Corinthians é a revolução, é o maior movimento social do mundo.

Neste 1º de setembro, portanto, o corinthiano deve avaliar o que está fazendo pelo Corinthians. Será que você está levando adiante a missão que lhe foi confiada pelos antepassados e por São Jorge? Será que não estamos entregando nosso amor de mão beijada a meia dúzia de bandidos enganadores, nos deixando convencer por desculpas esfarrapadas? Tomar conta do Corinthians é nossa obrigação e desavisado deve procurar outras bandas. Corinthians é compromisso, é dedicação de corpo e alma, não um hobby ou uma distração. 

Foi a partir dessas reflexões que me pus a sonhar, para não chorar de desgosto. Vislumbrei um movimento de massa tomando o Parque São Jorge de assalto e despejando de lá a corja que deita e rola às custas do nosso suado dinheiro. Vi o clube cheio de gente, debatendo Corinthians e tomando decisões que objetivam somente o bem da instituição. Da sede social, saíamos todos carregando na mão o ingresso comprado a preços realmente populares para nos juntarmos ao povão de Itaquera, que agora sim pode freqüentar o estádio. É esse o Corinthians que eu quero para nós e para as futuras gerações. E você?

PARABÉNS, CORINTHIANS! OBRIGADO, CORINTHIANS! 

CORINTHIANS! tum-tum-tum
CORINTHIANS! tum-tum-tum  
CORINTHIANS! tum-tum-tum
CORINTHIANS! tum-tum-tum
CORINTHIANS! tum-tum-tum
CORINTHIANS! tum-tum-tum
CORINTHIANS! tum-tum-tum
CORINTHIANS! tum-tum-tum
CORINTHIANS! tum-tum-tum
CORINTHIANS! tum-tum-tum