24 setembro 2007

Falta bola


Coisa inadmissível é perder os 3 jogos do ano para o maior inimigo. Desses 3 jogos, em dois tivemos onze (mais reservas que entraram) pessoas sem o mínimo de dignidade. Por desconhecimento ou omissão, não têm a noção do que é um Corinthians e palmeiras. Mais uma vez, esses bisonhos que vestem o manto não honraram a tradição. E ficaram com medo de jogar.

Não sou fã do jornalismo de estatísticas - até porque o futebol é tudo menos isso -, mas sou um tanto quanto supersticioso. Se pegarmos a quantidade de vitórias naquele lugar, ela vai ser ridícula. Não se trata de desculpa. Perdemos, e já disse que por incompetência. Tirando o goleiro, que fez umas 4 defesas milagrosas, o resto é resto. Mesmo assim, é de se reconhecer que aquele lugar também ajuda a má-fase.

Ontem vi o ex-jogador Rincón participando do mesa redonda. Uma das poucas coisas que se pode aproveitar naquele programa foi a fala do colombiano. Rincón afirmou categoricamente que falta hombridade. Pois esses bisonhos estão com o salário em dia. E por mais problemas fora de campo que existam, quando se está dentro das quatro linhas, isso passa desapercebido. É jogo de bola. Quantos de nós, por exemplo, não batemos uma pelada para esquecer dos problemas? Imagine se ganhássemos salários acima da média - e realidade - brasileira para isso...

Vislumbramos novamente a zona do rebaixamento (e digo que não cairemos). Porém, aos jogadores do Corinthians falta bola. No gramado e no meio das pernas.

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O próximo post será sobre a tal reforma ortográfica que está vindo por aí. Ainda não li muita coisa sobre o assunto, mas digo que irei continuar escrevendo do jeito que aprendi. Ou seja, buscando sempre a correção gramatical...


17 setembro 2007

Topicamente falando


Corinthians em tópicos:

- Prefiro os 5 mil: andam aparecendo, ainda - e apesar da má-fase -, inúmeros torcedores acéfalos nas arquibancadas do Pacaembu. Não cantam, só zicam e ainda se dão ao luxo de ficar pagando de malandro, tentando usar o já famoso "vamo chegar, família" sem autoridade. Para se ter idéia, o grito "Timão, EÔ" não consegue levantar os ânimos. Coisa triste. Por isso, prefiro que a gordura - termo copiado descaradamente do Filipe - fique em casa e deixe o nosso sagrado espaço em paz.

- O estádio: a imprensa brada, mas eu já tinha dado isso aqui há meses. O tal estádio corinthiano parece que sai por causa da Copa. Eu sou contra. Primeiro porque nossa casa é o Pacaembu. Segundo porque sou contra a Copa no Brasil. Terceiro porque não quero nada que venha da Federação e do dinheiro público.

- Só há mais dois jogos: com o fim do campeonato brasileiro (alguém discorda???), confirma-se a indecência que é a disputa por pontos corridos. À Fiel, só restou mais dois jogos, de vitória obrigatória: dia 23 próximo, contra a porcada, e dia 07/10, contra os bambis.

- Corinthians, assunto geral e irrestrito: belo texto do palmeirense Ugo Giorgetti (autor do genial Boleiros) no Estadão de domingo, que pode ser lido no fotolog do Corinthians. Mostra também que é ridícula a impáfia de uma certa diretoria, cujo plano é ultrapassar em número a Fiel Torcida. Não conseguem nem passar o palmeiras, que não ganha nada há séculos (vide pesquisa Datafolha do último fim de semana)...

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A semana passada ficou marcada pelo tal escândalo Renan Calheiros. Eu, assim como a grande maioria do Brasil, fiquei estupefato. Mas ao contrário dos grandes representantes da moral e da ordem, minha preocupação é no fortalecimento que se deu à figura do senador. Dali de dentro, realmente, não se tira nada de bom. É uma casa estéril e a serviço de oligarquias. Tá, tem o Suplicy, que é um banana do ponto de vista político, e a HH, que vai tanto à esquerda que chega na direita. E é por esses motivos que não prestam também.

No fim das contas, mais que o Brasil, perdeu a mídia golpista. A Falha de S.Paulo falhou outra vez. Na véspera da votação do pedido de cassação de Renan, deu um resultado. Resultado esse que era totalmente o oposto da realidade no dia seguinte. Já a Veja e a Abril agora tremem na base. Tudo por conta da ameaça de CPI do esquema Abril-Telefónica (espero que o senador faça valer suas ameaças para cima da família Civita). No fim, é mais uma tentativa de desestabilização do governo Lula que não deu certo.

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Acabaram-se as comemorações dos meus 26 anos. Mais por falta de recursos que por vontade. Este já velho que vos escreve agradece todos os votos de parabéns recebidos. E todos os 11 (!!!) presentes que ganhou de sua amada Evinha.


11 setembro 2007

Vale, vale a pena


Vai com um teco de atraso, mas não poderíamos deixar passar. Completo meus 26 anos - foi no domingo último - em um mundo turbulento. Digo, e repito, que não pretendo passar dos 50. Passo, então, para menos da metade da minha vida. E vejo o que vejo.

Nosso mundo é só frangalhos. O governo que eu apoio - hoje já sem tanto ânimo - me dá umas vaciladas. A cidade em que eu vivo está entregue nas mãos de gente conservadora, reacionária e que quer, a todo custo, acabar com o pouco de alegria que tem o paulistano. O time que amo vive a pior fase de sua história gloriosa, refém de ladrões sem escrúpulos que deveriam ser banidos da face da Terra.

Muitas desgraças. Mas há as compensações. Completei meus 26 ao lado de grandes pessoas, e também junto da maior delas. Minha Evinha me encheu de mimos e alegrias - são dez, DEZ presentes até agora! -, além de fazer cada ano envelhecido parecer uma década de felicidade. Amigos poucos mas muito bons estiveram comigo, e pretendo reunir mais alguns no próximo fim de semana.

Aí eu entro hoje no blog do mestre Edu Goldenberg, que saca esse texto da cartola, ou melhor, da Tijuca, ilustre bairro carioca.

Vejo como ainda vale estar vivo em meio a tanta merda.


01 setembro 2007

O campeão dos campeões.


Corinthians! Queria ter nascido antes para ter visto o primeiro, em 1914. Queria ser mais velho para ter visto Neco, o primeiro dos ídolos. Queria ter visto aquele ataque de ouro, com Baltazar, Luisinho, Cláudio, Carbone e Mário. Quantos gols, Corinthians! Meu xará - e também inspirador do meu nome - ainda é o maior dos artilheiros...

Ah, Corinthians, queria eu ter tido idade para ir à Venezuela ver você massacrar Roma e Barcelona, levando seu primeiro mundial. E também ganhando a Taça do IV Centenário, justamente em cima dos maiores inimigos. Histórico, Corinthians!

Me sinto culpado, Corinthians, em não ter te apoiado durante os tenebrosos 23 anos, e um pouco triste de não ter participado da grande marcha em direção da Cidade Maravilhosa. Mais de 70 mil, Corinthians! Só para te ver ensacando aquele timinho do pó-de-arroz.

E 1977, Corinthians? Honrados são aqueles que estiveram na noite de 13 de outubro empurrando o resto do time para cima do adversário. E gritando, finalmente, é campeão! E depois disso, continuar gritando a mesma coisa, ano sim, ano não. Você nos acostumou mal...

E chega 1981, quando eu entrei na sua vida, Corinthians. No meio da Democracia. E do time que jogava como um passe de mágica. Mas o primeiro título que tenho memória foi o de 88. Com o tão menino e ainda mais iluminado Viola fazendo aquele gol que tem a tua cara, Corinthians. A Telefunken já pequena ficou minúscula para a minha alegria.

Desde então, Corinthians, passei a fazer parte dessa nação. Nação que conquistou o mundo em janeiro de 2000 e o Brasil por quatro vezes. "Um pouco mais brasileiro"... Mesmo com as tristezas que você anda me dando, Corinthians, quero dizer que minha vida é tua. Na vitória ou na derrota.

Parabéns Sport Club Corinthians Paulista.

Acorda, Fiel!