30 junho 2009

Os dias não passam


Caríssimos, e essa hora que não passa? Duas noites sem dormir direito e incapacidade de me concentrar em qualquer outra coisa. Isso é Corinthians!

Coisa que alguns idiotas - geralmente aqueles que sempre aparecem com papinho de modernidade - não entendem e me vêm perguntar: mas é sério que você já está nervoso uma semana antes? Para não parecer antipático, respondo com um leve balançar de cabeça, gritando dentro de mim: "é, seu imbecil! Aliás eu fico nervoso o ano inteiro por causa do Corinthians!"

É essa força que devemos manter. Foco, Fiel! Até amanhã, a receita é exercer fervorosamente o corinthianismo, direcionando aos nossos guerreiros toda a energia alvinegra para sairmos do sul com mais um título.

Falando em título, deixo abaixo um vídeo de nossa última conquista na Copa do Brasil, em 2002. Noite histórica, cujo ritual irei repetir quarta-feira. Ficarei em casa, isolado, quando a bola rolar. Eu e minha caixa de Brahma. Fora isso, recomendo outra essencial leitura, o último post do Filipe no AnarCorinthians.

VAI CORINTHIANS!


29 junho 2009

A semana que vale o ano


Senhores, adentramos à semana decisiva. Se a conquista do Paulista de forma invicta foi nossa redenção, levar para o Parque São Jorge a taça de mais uma Copa do Brasil significará a consolidação do Corinthians como o anti-Cristo. Aqueles que todos querem derrubar. E, obviamente, a gente adora esse posto.


Teremos na quarta-feira um jogo que vai valer por todo o ano, a única partida em que não é permitido vacilar. Portanto, a concentração deve ser intensificada desde hoje. Comecem a fazer suas rezas e preparem o copo. Coloquem seu manto e façam o mar negro das arquibancadas tomar conta de todo o Brasil. Novamente, sem vacilos.

Para ajudar a amenizar essa mistura de angústia, nervosismo e ansiedade que só tende a aumentar até quarta, segue um compacto com os melhores momentos da primeira vez que o Corinthians conquistou o Brasil. Um dia histórico, com um gol histórico e uma festa impressionante.


** Atualização** Aos amigos que passam por aqui, um pedido: não caiam nessas baboseiras de dvd e nem dessa tentativa de invenção de crise sobre concentração. Foco, Fiel!

26 junho 2009

Hora da Patrulha


Esse
Hora da Patrulha será um tanto quanto conceitual. Em sua última edição, a seção de denúncia às bobagens e desmandosdo governo demo-tucano paulista citou uma tendência que se consolida cada vez mais nos meios de comunicação de massa. Falávamos sobre aquele discursinho pseudo-progressista que, na verdade, servia de escada para pelego. Na ocasião, citei o caso do Roger, do Ultraje a Rigor, que em seu blogue levantou a bola para o governador Serra cortar.

Nesse mesmo balaio podemos jogar o popular programa televisivo CQC. Sucesso nas telinhas, ele é mais humorístico que jornalístico, pois conta com "repórteres" que, na verdade, são comediantes e/ou atores - e aí a gente percebe o porquê de tanta mobilização contra a obrigatoriedade do diploma para jornalismo. O CQC aposta nas perguntas improváveis e foge da pauta padrão, mais para ser engraçado do que pelo compromisso com os interesses do povo. Porém, o bicho pega quando o denuncismo político entra em cena.

O que move o CQC são os anseios da classe média paulistana. É nítida, por exemplo, a diferença de tratamento aos políticos de PSDB e DEM. Serra e Kassab, aliás, são os queridinhos de Marcelo Tas e cia., sendo agraciados com cegueira irrestrita a tudo aquilo de errado que as administrações estadual e municipal apresentam. Ao mesmo tempo, um ímpeto investigador ímpar toma conta dos rapazes quando se trata de governo
Lula e de qualquer outro que não os capitaneados pelas aves bicudas. A cruzada contra Marta Suplicy durante a corrida pela Prefeitura em 2008 foi algo nojento.

A última dos homens de preto da Band é a campanha Fora Sarney. Não que haja alguma qualidade no poeta do Maranhão para se ressaltar, mas é nítida (e batida) a intenção desse novo factóide: desestabilizar o governo federal. Por que não promovem um levante semelhante contra, sei lá, o senador Arthur Virgílio, que pode ser melhor conhecido aqui. Pelo contrário, o pulha merece toda a cortesia.

Ainda no quesito "façam o que eu digo, não façam o que eu faço", houve recentemente outro caso de desmascaramento público da tendência prafrentex. Um tal Gravataí Merengue, que na verdade é o ex-assessor de Soninha ("eu não sabia e não sei de nada") Fernando Gouvêia, dizem ter sido o responsável por um blogue interessante contra aquela campanha ridícula do Cansei. Meses depois, e cooptado pelo homem de chapéu da Abril, Gravataí pulou a cerca e criou, no anonimato, uma página contra
Luís Nassif. Vejam: o sujeito era contra o Cansei e, em seguida, passou a servir a Abril, que apoiava veladamente o Cansei. Estranho, contraditório e perigoso, não?

As semelhanças nesses exemplos de denuncismo barato são o benefício pessoal - seja com prestígio profissional, fama ou dinheiro - e a desmoralização de terceiros via grande mídia, disseminando mentiras ou só um lado dos fatos. Como acredito que omitir informação também é condenável quando está em jogo a coisa pública, deixo abaixo algumas notícias que deveriam ter a mesma atenção por parte de Roger Moreira, CQC e Gravataí Merengue nas suas pregações.

- "Aqui jaz uma cidade"
- "FHC, Serra, Kassab: tá todo mundo lá no Sivam"
- "Um quarto do orçamento é repassado ao setor privado e corredores de ônibus não saíram do papel"

É nesse tipo de gente que o povo anda acreditando. Sorria, São Paulo.

24 junho 2009

Uma reuniãozinha desprezível


Afora nossa boa fase em campo, as coisas andam meio estranhas dentro das salas ar-condicionadas do Parque São Jorge. Diria que um tanto quanto nebulosas. Eu não embarco nessa de ficar fazendo denuncismo e achando que o Corinthians precisa de uma limpeza moral e ética, já que a única forma disso se concretizar é tornando a administração participativa e seguindo moldes verdadeiramente democráticos. Mas há de se manter nossa essência e nossos valores, aqueles mesmos que nos fizeram ser o que somos desde 1910.

Nesta terça-feira, Andres Sanchez foi fazer sala ao presidente Lula - que decepção, você que é O cara - no panetone. Lobby ridículo para tentar salvar aquele clube da iminente falência e tentar apagar a má-impressão da FIFA sobre esse que é o pior lugar para se jogar e assistir ao futebol. Sanchez faltou com a palavra e mostrou que seu corinthianismo é falso. Para que isso não fique na base do achismo, seguem as palavras do eterno tampão, publicadas pelo Globoesporte.com:

"- Hoje, não tem cabimento a abertura não ser no Morumbi. São Paulo não tem estádio mais pronto do que esse atualmente. O primeiro jogo tem de ser na capital, porque é onde está a nata do futebol – comentou Sanches (sic)"

Por essas e por outras, caros corinthianos que eu digo e repito.

FORA, SANCHEZ!

ACORDA, FIEL!


23 junho 2009

A alegria de um povo


De todos os lances inesquecíveis da quase centenária trajetória do
Sport Club Corinthians Paulista, talvez o gol de Basílio na final do Paulistão de 1977 seja aquele que todo corinthiano jamais se cansa de ver. Vou além: há pessoas, como eu, que assistem ao épico feito periodicamente, tal qual um mantra. Alimentados de tanta emoção e inúmeras histórias que rondam esse marco alvinegro, os diretores Di Moretti e Julio Xavier mandaram ver no documentário "23 anos e 7 segundos - O fim do jejum corinthiano".

Fui conferir o petardo na noite passada, ganhando via Twitter (@craudio99) um concurso promovido pela assessoria de divulgação. Não esperava ter uma segunda-feira turbulenta, principalmente depois da felicíssima semana que passamos. Ao me abundar nas confortáveis cadeiras do caríssimo Cine Bombril - dias desses estive lá e me recusei a desembolsar quase R$40 para entrar -, tinha somente uma certeza: iria tomar outro banho de
corinthianismo, por pior que fosse (e não é) o filme.

Aos olhos racionais, pode parecer uma imbecilidade alguém que nasceu em 1981 se emocionar e chorar feito criança com algo que aconteceu 4 anos antes do parto. Só que todo corinthianinho pós-77 foi ou deveria ser criado e educado ouvindo as narrações e vendo incessantemente os replays daquele tento redentor. É exatamente esse sentimento inexplicável que Moretti e Xavier conseguiram reproduzir em seu trabalho.

Há, claro, alguns escorregões. Talvez porque a Fox quis tornar o troço mais "vendável" aos jovens - como se isso, e não a
HISTÓRIA CORINTHIANA, garantisse público -, nos deparamos com lamentáveis depoimentos de Sabrina Sato (dizem que ela tomou o lugar do presidente Lula) e do juquinha, que logo de saída dá provas de seu anticorinthianismo. Também passou batido o causo dos números do placar, pegos por um gaiato que, anos depois, procurou Basílio para entregar o Santo Graal a quem é devido.

Nada disso, no entanto, diminui a bela iniciativa de se registrar um período ao mesmo tempo sofrido e de grande afirmação da
Fiel Torcida - e, conseqüentemente, do próprio Corinthians. A compensação pelas indesejáveis criaturas supracitadas vem nas palavras de gente como o preparador físico e técnico José Teixeira, os craques Wladimir, Zé Maria, Vaguinho e Geraldão, o próprio Pé-de-anjo, o xodó Neto, doutor Sócrates e o mestre Toquinho. Confesso, ainda, que quase tive um treco quando dona Elisa apareceu caminhando pelo campo na segunda partida da final...

"23 anos" necessita de pelo menos umas dez assistidas. Quando as imagens nos impactam pela primeira vez, é impossível conter as lágrimas e não lembrar de tudo aquilo que já passamos no cimento da arquibancada. Por isso, fica difícil captar detalhes e dar um veredicto seguro sobre a produção. Não vou fazer avaliações de bom ou ruim, pois opinião é que nem cu. Digo apenas que o filme merece toda nossa atenção porque valoriza uma das noites mais importantes do mundo, vista, inclusive, a partir de ângulos inéditos. Eis aí um retrato muito bonito da alegria imensurável que tomou conta do mundo na noite de 13 de outubro de 1977 e que significou, e ainda significa, muita coisa para nosso povo sofrido.

22 junho 2009

A semana que passou


- A semana que findou não poderia ter sido mais alvinegra. Já na quarta, houve a bela vitória contra o moranguinho, além dos rivais caindo fora de sua obsessão. Um dia depois, a eliminação daqueles que não foram gerou uma enorme crise que nem a mídia conseguiu camuflar, culminando na saída do técnico e tendo como desfecho o Corinthians empurrando moribundo para a cova. Ainda que assustado com a notícia daqui, devo dizer que a reza será grande para que as boas energias perdurem até o dia 2 de julho. Vamos, Corinthians!

- Vez por outra, testo a dignidade humana. Na segunda-feira, cometi o milagre de mandar lavar meu carro, já que seu azul de fábrica tinha sido substituído pelo cinza-poluição. Fiz a limpa devida, tirando CDs e blusas - meu carro parece um guarda-roupas - e deixando no cinzeiro algumas moedas. Devia ter ali uns 60 ou 70 centavos. Larguei o carro no posto e fui trabalhar. Na volta, depois de verificar se o estepe ainda estava em seu lugar devido (e isso é uma recomendação a todos que param carros em estacionamentos ou utilizam serviço de lava-rápido), fui ao cinzeiro. Sabe quantos reais eu encontrei lá? Pois é... O ser humano, que adora reclamar de político desonesto, se vende por muito menos. Por centavos, para ser mais exato. Maquiavelicamente, eu chego a achar até bom que nossos ladrões profissionais sejam um pouco mais ambiciosos.

- Consta que, após a desobrigatoriedade de diploma para exercer o jornalismo, o presidente do STF abriu jurisprudência para que outras profissões que, segundo o próprio, não exijam conhecimento científico específico, também caminhem para a baderna. É a reforma trabalhista segundo os interesses dos patrões. Eu tenho só mais duas perguntas com relação a isso: 1) quem disse que a escrita e o pensamento não exigem conhecimento específico? 2) advogar e, mais ainda, ser juiz não exigem nada mais que uma leitura de códigos. Vais desobrigar o diploma de advogado, ó nobre jurista?

- E o Dunga, hein?

- As pautas desse espaço estão acumuladas (só de Hora da Patrulha tem um monte de coisa). Vou tentar desemperrar os textos e publicá-los até sexta-feira.

19 junho 2009

Indigestão profissional


Rapidinho, só por questão de registro: não vou falar nada sobre a decisão do STF em desobrigar a formação superior em jornalismo para o exercício da profissão. Não quero repetir o que está no blogue da Renata Mielli e do grande Leandro Fortes. Só reitero a bobagem (mais uma) proferida pelo presidente do Supremo ao justificar seu voto a favor dessa indecência. Quem dera eu ter vocação para cozinheiro. Aliás, agora que sou um sem-profissão, vou começar a ler o Código Penal e me tornar um advogado criminalista. Ou então estudar um pouquinho de química e virar farmacêutico. Segundo a lógica do brilhante jurista, é assim que funciona...

Mais tarde eu volto.

18 junho 2009

Belíssima noite corinthiana


São noites como a da última quarta-feira que fazem com que nós lembremos do grande orgulho de sermos e termos nascido corinthianos. Se na semifinal o clima estava meio esquisito, as arquibancadas do bom e velho Pacaembu estremeceram com a ensurdecedora Fiel durante toda a partida. Resultado belíssimo no placar. Uma imensa vantagem que, no entanto, ainda não garante nada a não ser a vontade de massacrar o adversário em sua própria casa.

O técnico finalmente usou o bom senso e tratou de colocar o time para jogar bola. E quando o Corinthians joga bola, fica difícil segurar. O aclamado e badalado "melhor time do Brasil" sucumbiu diante do Todo-Poderoso e sua Torcida. Mostraram também que não sabem perder e, tal qual um vinil riscado, ficam repetindo o mesmo choro há mais de 4 anos. Coisa chatíssima. É inútil, ainda, qualquer tentativa a fim de diminuir nossa vitória com a desculpinha dos desfalques, porque se eles não têm um reserva a altura para o aleijado atacante, não é culpa alvinegra. Digo apenas que no Parque São Jorge, saiu André Santos e entrou o obstinado Marcelo Oliveira, cuja bela exibição fez muito neguinho engolir corneta por aí...

Competência dentro de campo, competência fora dele. Que festa bonita, meus caros! Que barulho. Que dedicação da Fiel, como há muito não se via em jogos "mercadológicos". Manter esse espírito em nossos corações e esquecer da soberba e da falastrice que não nos caracterizam
será essencial para que a vitória se concretize no dia 1º de julho.

Foi uma noite regada a cerveja e Corinthians. Foi uma noite inesquecível e totalmente corinthiana. Totalmente mesmo, se é que vocês me entendem...

VAI CORINTHIANS! Falta 1 jogo.

16 junho 2009

Bate-pronto


- Hoje é aniversário da pessoa jurídica Fernando Henrique Borgonovi. Eu só quero saber quantas grades de Brahma ele vai pagar para os amigos... Mais sobre o sujeito que cultua a prática do sono em butecos e no metrô aqui.

- O Filipe nos traz um texto corinthianíssimo sobre o símbolo do Timão. O que me faz lembrar de um certo jogo no ano passado. Tarde fria de sábado e a PM ainda promovia aquela divisão imbecil nas arquibancadas entre cadastrados e não-cadastrados na FPF. Eu, obviamente não-cadastrado, agonizava do outro lado da grade por conta da companhia indesejada de uns tipinhos nojentos (eram três daquelas moças macérrimas e um babaca pagando de bonitão acompanhando). Eis que, no telão do Pacaembu, começam a ser exibidas algumas pinturas do mestre Francisco Rebolo, a quem reverenciei imediatamente. Alguns segundos depois, o pleibói babaca solta essa: "Rebolo, quem é esse?" É esse tipo de filho da puta que precisa ficar longe do Templo Sagrado, mas são esses mesmos filhos da puta que a diretoria de merda quer valorizar...

- Como até quarta-feira este blogue estará mais do que monotemático, adianto que para a semana consta na pauta um desenrolar do que eu havia dito sobre o discursinho pseudo-progressista disfarçado de propaganda, além da Parada do último domingo e uma dica passada por um leitor deste blogue, o Luis(z)inho - é com s ou z? -, que me pediu algo sobre o violonista Macumbinha.

- Finalizo com mais um vídeo, emocionante aliás, chamado "23 anos em 7 segundos". Trata-se de um teaser do longa metragem que vem por aí, homenageando o título de 1977. A única ressalva, novamente, é a presença do juquinha. Haverá um dia em que as pessoas irão abrir os olhos, passando a boicotar esse cara e sua máfia? Enfim, ignorem tal aparição sórdida e fiquem com mais uma demonstração do que é o Corinthians e o seu povo.


15 junho 2009

Sugestão


A torcida corinthiana enfrentará nessa semana um dos principais jogos do ano. É hora de nos livrarmos de toda e qualquer vaidade para manter o foco em um só objetivo: apoiar o Corinthians no Pacaembu e garantir um resultado expressivo no primeiro jogo da final. Receio de jogar no sul? Não. É por pura prevenção, já que sabemos o que farão os canalhas do apito na decisão da Copa do Brasil.

Por isso, fica aqui a sugestão para toda a Fiel. Esqueçam do noticiário esportivo até a hora do jogo. Não leiam nada nos portais da internet, emudeçam os rádios e sequer pensem em mexer no controle da TV. Não movimente a indústria carniceira que inventa crises no Coringão. Já adianto, assim como fez o Filipe, que a pauta será: crise na zaga, crise no meio de campo, crise no ataque e jejum do Gordo. Vê-se que não há nada a perder...

É momento de nos concentrarmos. Exaltar as glórias e as lutas que nos fizeram grandes. Convido todos os blogueiros que passarem por aqui a fazer o mesmo em seus espaços. Contem histórias, como fizeram aqueles que nos ensinaram o corinthianismo, justamente para que esse sentimento esteja 100% presente na noite de quarta, em Templo Sagrado e por todo o Brasil. De minha parte, começo com um vídeo incrível que traz de volta a recente conquista do Paulistão 2009, de forma invicta. Até quarta, é só isso que teremos.


12 junho 2009

A bola é minha, não brinco mais


Trata-se de um sucesso a inserção da Petrobrás nas redes sociais. Já defendemos aqui, há uns meses, que a comunicação mudou de paradigma e que as fontes de informação não ficam mais restritas aos jornalões. O que fez o blogue da petrolífera ser o hit do momento foi exatamente a reversão (ou seria a destruição?) de um sistema viciado e que precisava ser chacoalhado. Talvez fosse mais interessante se essas transformações tivessem partido da própria imprensa, mas, ao que parece, os colegas jornalistas se acham melhores que todo mundo quando fincam a bunda nas redações e se acomodam. É a empáfia atrapalhando até mesmo as mentes mais brilhantes.

Apesar de não ser inédita, já que há inúmeros blogues denunciando o mau jornalismo e/ou dedicados a disseminar uma outra premissa comunicacional, a iniciativa é referência porque não investiu nas redes sociais para espalhar viralzinho ou vender mais gasolina. A Petrobrás buscou nos instrumentos da web uma maior eficiência de comunicação e deu a cara a tapa, colocando como garantia seu grandioso status e sua aceitação pública. É óbvio que será publicado conteúdo de interesse corporativo, o que não deixa de ser edificante, pois desmistifica a baboseira da imparcialidade. O ponto a ser ressaltado, na realidade, é o enfraquecimento da dependência da estatal com relação à boa vontade dos jornais, TVs e revistas no que diz respeito à publicação do "outro lado", e isso pode até motivar ações semelhantes.

A postura até certo ponto revolucionária irritou profundamente os barões da mídia, que agora se portam como molequinhos mimados. Batem o pé, fazem bico, brincam de ficar roxinho e chegam até a ovular. Abaixo, palavras dos principais porta-vozes dos abutres, seguido de alguns comentários meus. Os depoimentos foram reunidos pelo crápula Ricardo Noblat, aquele que chama Gilmar Mendes de Gilmar "Dantas":

- Eurípedes Alcântara, da Veja: "Atropelar a apuração jornalística é uma forma de censura, muito criativa, sem dúvida, mas censura".
Comentário: apuração jornalística sem criatividade é fácil de ser batida. A Petrobrás só cansou de ser ridicularizada pelas informações distorcidas que são praxe na semanal dos Civita.

- Sérgio Lírio, da CartaCapital: "
Cheira um pouco a intimidação, incompatível com uma empresa que afirma não temer as investigações. (...) Inútil, em todos os casos, pois acaba por gerar um noticiário negativo à empresa, justamente o que os estrategistas de comunicação da Petrobras almejam evitar".
Comentário: inútil? Noticiário negativo? A blogosfera, meu caro, está em festa. É a consolidação e massificação daquilo que defendemos. Intimida desnudar os bastidores da notícia? Então sejam corajosos de fato e façam o mesmo com os bastidores da empresa.

- Luiz Antonio Novaes, d'O Globo: "O que podem estar querendo, atropelando a ética dessa forma, é tumultuar e impedir a reportagem, para supostamente provar que, no jornalismo, tudo é opinião. É um erro, um abuso e um disparate – que merece o repúdio de todos".
Comentário: engraçado ver um serviçal da família Marinho falando publicamente, e sem corar, de ética. Repúdio merece o golpe da CPI apoiado pelo jornal O Globo, tão indignado porque foi o primeiro a ser desmentido pelo blogue da Petrobrás.

- Octavinho, da Falha: "Não considera adequado, porém, que questionamentos jornalísticos endereçados à empresa sejam tornados públicos por meio daquele blog antes que as respostas possam ser avaliadas e utilizadas pelos veículos que enviaram as interpelações".
Comentário: menininho, você foi até educado, mas quem te conhece sabe que essa frase está recheada de sarcasmo. Insisto em clamar pela criatividade jornalística. Vocês estavam precisando dela e agora terão de se virar, principalmente porque suas mentiras parecem encontrar mais obstáculos a partir de agora.

- Ali Kamel, do país sem racismo, ops, da TV Globo: "Todos nós que trabalhamos em redações de jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão e sites da internet temos a noção exata do valor de uma informação exclusiva: revelar um fato em primeira mão é um atributo da qualidade do trabalho jornalístico, que o público reconhece e valoriza. Não há 'nova era' que modifique isso".
Comentário: negão (posso te chamar assim né?), se a fonte de informação exclusiva for um delegado da Polícia Federal, isso é muito imoral. E, na nova era, é mais do que sabido que a revelação do fato em primeira mão vale menos que nada; o que vale é sua repercussão e discussão LIVRE, onde quer que isso aconteça (um blogue é um bom lugar).

- Ricardo Gandour, do Estadão: "A Petrobras – tenho convicção, não por má fé, mas por falta de compreensão e aprofundamento de um assunto complexo e contemporâneo – caiu numa armadilha conceitual que foi a de achar que a sociedade pode prescindir da edição. (...) A sociedade não pode prescindir da imprensa e dos valores da edição".
Comentário: a sociedade não tem capacidade nem mesmo de distinguir esses valores, ela compra aquilo que você coloca como verdade. Só porque a verdade do Estadão não prevalece, isso não quer dizer que aqueles que a desmentem não têm importância. No mais, para um veículo que há tempos vem falando abobrinhas dos blogues, mencionar falta de compreensão e aprofundamento de um assunto complexo e contemporâneo parece discurso ao espelho.

Notem que é nítida a falta de conhecimento dos principais veículos com relação ao que os cerca. Como bem definiu o Pedro Alexandre Sanchez, eles estão agindo tal qual a indústria cultural com relação à pirataria. Você não dominar um conceito não o faz menor. Pelo contrário, isso ridiculariza quem, a partir da ignorância e da soberba, promove um embate desnecessário. O novo modelo de comunicação interdependente está consolidado e cabe à mídia se adaptar ou sumir.

11 junho 2009

Ah, que isso! Elas estão descontroladas


Depois do grande sucesso da reunião de caporegimes, os amigos Barneschi e Seo Cruz publicaram outro arrasa-quarteirão cinematográfico do futebol. Sem mais delongas, segue a preciosidade abaixo.


10 junho 2009

Hora da Patrulha


Em 1968, o Brasil estava em polvorosa. Era iminente o fechamento político total pelos militares que, quatro anos antes, tinham dado um golpe em nome da família, de Deus e da liberdade. Por conta disso, as ruas das grandes cidades se tornaram campos de guerra e a polícia descia o porrete indiscriminadamente nos estudantes, responsáveis pelas principais manifestações contra o autoritarismo. Na resposta dos milicos, a conta apresentou algumas mortes, inclusive a de Edson Luís, assassinado com um balaço no peito e que, ironicamente, não fazia parte da mobilização. Ao fim daquele ano, o governo soltou o seu Ato Institucional nº 5 e acabou de vez com todos os direitos civis.

Quarenta e cinco anos depois, imaginar cenas como essa seria caso de internação e acompanhamento psiquiátrico, afinal de contas estamos sob os braços da tão aclamada democracia. Mas quando a Tropa de Choque da PM – aquela mesma que desovou mais de uma centena de presos do Carandiru – invade a USP para bater em estudantes, professores e trabalhadores, há sinais claros de que algo muito pior do que o cenário de 68 está em curso.

O autoritarismo de José Serra chegou ao limite. Afora camuflar os problemas e cagadas de sua administração, é ele o principal responsável pela política de cerceamento do direito coletivo em terras paulistas. Na Prefeitura, mesmo não cumprindo seu mandato e nos deixando o solteiro e sem filhos de brinde, promoveu uma caça aos ambulantes no entorno dos estádios, instituiu o toque de recolher aos butiquins e destruiu a vida cultural da cidade (Virada Cultural não é política pública), entre outras coisas. Já no Estado, tentou golpe para reduzir orçamentos e acabar com a administração participativa nas universidades, constrangeu e ainda constrange todos os profissionais da educação e chegou ao cúmulo de restringir o direito de ir e vir ao instalar praças de pedágio no Rodoanel. Assim, as bombas e balas de borracha disparadas na USP nessa última terça nada mais são do que outro AI-5.

Não precisa rodar muito pelos blogues para saber as possíveis causas de outra inabilidade de uma polícia que deveria proteger o cidadão – e, pelo contrário, transformou-se numa milícia armada do Palácio dos Bandeirantes e de alguns promotores de merda. Basta ir a sites que fazem jornalismo decente e deram voz a algum massacrado pelo tal choque de gestão de Serra, como fez
PHA ao entrevistar um diretor do sindicato dos funcionários da Universidade de São Paulo. O que eu não recomendo é a leitura de jornalões decadentes que, sem nenhuma vergonha, estampam em suas manchetes que “os estudantes enfrentaram a PM”. Enfrentaram com o quê? Canetas e cadernos?

Aqui, abro parêntese e o fecho no fim do parágrafo para dizer que não se espera outro posicionamento da mídia, atualmente desesperada com a concorrência blogueira e que, semana passada, tomou o troco por ter bancado aquela CPI anti-Brasil da Petrobrás. Para quem não viu, a
MAIOR EMPRESA DO MUNDO criou uma página para responder, às claras, todas as perguntas dos abutres. Bravinhos por terem sido desnudados, os carniceiros passaram a requisitar direitos autorais de perguntas (veja aqui um exemplo da cara-de-pau).

Nessa salada toda, a preocupação maior não são as ações trogloditas do governo estadual nem a parca cobertura midiática. Já dissemos por aqui que Serra irá fazer de tudo para ser eleito presidente, e isso inclui tirar de seu caminho qualquer obstáculo, nem que seja debaixo de cacete. O espanto é fruto da facilidade com que as desculpinhas inventadas pelo tucano colam e de como alguns discursos aparentemente progressistas exaltam a imagem do führer. Na década de oitenta, Roger Moreira e seu
Ultraje a Rigor divertiam a molecada com músicas cheias de sacanagem e sacadas inteligentes, como “Inútil”, um hino juvenil na reabertura democrática. Não é que agora o músico usa a psicologia inversa e se presta a fazer escadinha para seu candidato em 2010? Dizem que o moço tem QI alto, mas pelo visto esse QI não são as iniciais de quoeficiente de inteligência...

Sorria, São Paulo!

09 junho 2009

O que nos chama


Uma boa diversão é ficar brincando no Google Analytics e ver quais palavras-chave trazem visitantes para este humilde blogue. Há coisa surreais, sobre as quais jamais pensei em escrever. Há gente fuxiqueira, que procura pelo nome de outras pessoas ou pelo meu. E também há algumas expressões intrigantes, que servem de pauta para um post e garantem uma sacanagenzinha na indexação de busca.

Segue abaixo uma relação de impropérios que no último mês tiveram como destino o Chuta que é macumba. Aliás, esse nome nem eu sei muito bem por que está aqui. Quando criei o blogue, ainda no iG, meu primo Jaga falava isso de 5 em 5 minutos e a frase grudou na minha cabeça tal qual hoje está aquela música "Chora, Me Liga", de uma porra de dupla pseudo-sertaneja chamada João Bosco e Vinícius (ainda bem, hoje eu não estou com vontade de criar nenhum blogue). Pois bem, a alcunha da página ocupa o óbvio primeiro lugar nas buscas, mas o que vem a seguir mostra como tem gente maluca nesse mundo. A listagem, semelhante a outra que eu já fiz algum tempo atrás, é aleatória e alguns termos têm comentários inevitáveis entre parênteses.

- como burlar o relógio de agua (e nego reclama de político)
- só no cu
- avallone x milton neves
- comando da madrugada prostitutas
- edgar alencar (chupa, babaca!)
- como cantar pomtos de mestre na macumba

- marlene mateus e vaguinho (momento contigo!)
- "carlos bazuca" blogspot
- a caçimba foi furar, agua cristalina encontrar, lindos
- blog assustador japones (obrigado)
- bucetas charmosas
- claudio uida (???)
- como fazer macumba pra pega ladrao
- cronica de juca quifure
- cu rasgado com braço videos (meu Deus!)
- dercy falando fui puta em amaury jr
- entra e chuta a velha jantando
- esse souza do corinthians é um filho da puta (hahahahahahaha)
- ilze scamparini é casada (e sortuda)
- jade barbosa vai participar da copa em 2014? (vai, ao lado do Kaká)
- macumba da xuxa (incrível, macumba tem umas cem variações nas buscas)
- pebloi adrina galisteu
- se eu como seu cuzinho ninguem tem nada com isso
- tiago leifert punheta

Como se vê, só Pinel...

08 junho 2009

Modernidade esfarelada


A recente notícia sobre as dívidas astronômicas de TODOS os clubes da Premier League passou batida pelos principais formadores de opinião no futebol. Porém, aqui na independência, na pirataria ou no lado esquizofrênico da rede blogueira, como queiram, a gente não vai virar o disco porque estamos vislumbrando o assassinato daquilo que nos move. O Seo Cruz, por exemplo, publicou os dados no sábado e, frente a tantos números vermelhos contrapostos à idéia de que na Europa tudo é lindo e cheiroso, logo de cara remeto o leitor ao post do Barneschi sobre a reportagem "O esporte que vendeu a sua alma" (para cadastrados no site).

A realidade começa a esfarelar aquela máxima de que o futebol deve seguir os preceitos da modernidade e as tendências de mercado para funcionar. Ao olharmos a lista dos devedores, notamos que quanto maior o investimento e profissionalismo, maior é sua a dívida. Apelando para uma lógica barata e que é regra nos jornalões e em alguns blogues de credibilidade, só com isso já poderíamos concluir que modelo administrativo, nesses termos, leva à falência.

Mas não vamos ficar no raso e façamos uma analogia do cenário decadente do esporte bretão à recente e devastadora crise do capitalismo. Da mesma forma que a mídia ignorou os verdadeiros motivos da quebradeira geral - a imoralidade da especulação financeira, vale lembrar - a fim de não contradizer décadas do blábláblá liberalista, os jornalistas esportivos têm grande dificuldade em assumir que o paixão do torcedor é, de fato, o elemento essencial. E aí resta a pergunta: se os resultados são conhecidos, seria responsável continuar nessa toada dentro e fora dos gramados?

De qualquer forma, as dívidas do campeonato mais rico do mundo expõem ao apedrejamento público as jogadas de marketing de tiro curto, a valorização de público-alvo cuja fidelidade é ínfima e as negociatas em benefício de terceiros, além de colocarem em xeque
um modelo administrativo disseminado mundo afora como paradigma incontestável (parece alguém aqui do Brasil?). Novamente, é possível alinhar as crises: quando o calo apertou e a merda estava feita, empresas correram ao Estado; quando o bicho pegar, os cartolas irão buscar ajuda naqueles que foram expulsos dos estádios pelas medidas elitistas dos... cartolas!

Voltando ao texto do Seo Cruz, ele alerta que grande maioria das fontes financiadoras da Premier League são empresas com registros em paraísos fiscais. Eu vou além, e lembro que a Inglaterra se especializou em lavar dinheiro e dar asilo político à máfia russa. Imoralidades que ficam à margem de toda e qualquer análise de exaltação ao moderno e lucrativo futebol inglês, cujo único problema, segundo "especialistas", é a insistência dos hooligans (ah, esses marginais...) em comparecer aos estádios.

Na hora da bonança, o torcedor de arquibancada e as organizadas são bandidos, marginais e pobretões que reclamam de ingresso a preços altos e, por isso, deveriam ficar de fora do "espetáculo". Na hora da bonança, o Estado é um vírus ao capitalismo auto-suficiente, um monstro ultrapassado, e deve ficar de fora das decisões. A hora da bonança é a modernidade, mas assim como chega, ela vai embora. Cabe a nós evitá-la ou recolher os cacos.

O melhor é se informar


A coisa tomou grandes proporções e a repercussão midiática da briga entre corinthianos e vascaínos chegou num ponto em que a desinformação virou regra. Para saber o que os abutres escondem, é imprescindível acompanhar a cobertura do Mandioca no Vai, lateral!.

Destaco ainda o brilhante texto da Leonor Macedo, que fez o trabalho desse bando de preguiçosos que infestam o jornalismo esportivo e colheu depoimentos bastante esclarecedores.

Aprende, imprensa de merda!

*** Atualizando:

Recebi nos comentários alguns vídeos que já estão se espalhando pela internet. Eles foram linkados pela Thaís, do Resistência Corinthiana. Reitero que isso não é publicado a fim de exigir vingança e tampouco exaltar essa babaquice, mas sim para provar que o promotor Paulo Castilho e a PM mentem.

fjv chegando na mancha
http://www.youtube.com/watch?v=gTLsKh3SNvc

fjv saindo da sede da mancha
http://www.youtube.com/watch?v=b5jPeve5BAo

Moto sendo queimada
http://www.youtube.com/watch?v=ByvQJFyJR7Y

04 junho 2009

Promotor golpista


Acompanhando o noticiário sobre a briga, aqui alguns indícios de como foi e quem preparou essa armação.

Nesse primeiro link, o promotorzinho safado garante que foi emboscada e que, agora, a torcida responsável é a do Corinthians. Ontem, os culpados eram os palmeirenses, mas como o álibi dos rivais era uma reunião com o próprio promotor, ele logo tratou de mudar a versão. Ele garante também que viu arma de fogo e, na mesma entrevista, não comprova essa informação. Opa, mas se ele estava em reunião, como chegou a tempo na Ponte das Bandeiras para ver a briga? Por fim, a versão oficial da PM garante que foi um encontro casual entre as torcidas.

Conseqüência do golpe é esse lixo, sob o título "Corinthians degrada Pacaembu, diz associação". Para responder a esse absurdo, mandei o seguinte e-mail ao Terra Magazine:

"A matéria 'Corinthians degrada Pacaembu, diz associação' é sensacionalista e baseada em irresponsabilidade jornalística. Foi a repórter ao jogo ou escutou o outro lado? Não. Preferiu reproduzir em larga escala os preconceitos da elite paulistana que habita o bairro em volta do estádio. Foi a repórter saber do prefeito o porquê do veto ao projeto de lei que vetava o início de jogos depois das 20h30? Não. Preferiu valorizar a ação de meia dúzia de imbecis que prejudicam toda uma torcida e disseminam a associação errônea de violência e futebol. Aliás, vai saber quem colocou fogo nesse ônibus, já que ele estava estacionado em uma área totalmente vigiada pela polícia.

Antes de escrever bobagens sobre alguma coisa, é de grande valia conhecer o assunto ou, no mínimo, tentar se informar melhor sobre ele. O Corinthians não degrada nada, jornalista mal-intencionado é que degrada a imprensa".

Insisto em armação porque acredito que, a mando do promotorzinho, a PM deixou o pau comer. Usando esses imbecis inconseqüentes como massa de manobra, o tal promotor solta à imprensa que agora vai querer torcida única nos jogos. Sobre o ônibus incendiado, não é possível saber a autoria. Posso, por exemplo, dizer que foi a torcida bambi, na tentativa de tirar o foco do vexame imposto ao panetone pela Fifa. Só que eu não tenho a exposição midiática e o impacto na opinião pública que esse merda desse Castilho tem. Pior de tudo? 2010 tá aí e o cara, assim como o Capez, vai sair candidato e provavelmente ser eleito...

Contra toda a metade do país


A zica está forte, e anda sendo reforçada pelos sofás e pay-per-view. O clima estava estranho no Pacaembu. Porém, mesmo com essas adversidades e com uma imensa torcida contra (fica provado, de fato, que a maior torcida do mundo é a anticorinthiana), o Corinthians mostrou sua grandeza mais uma vez, jogando para o gasto e segurando o 0x0 que nos garantiu na final. De novo.

Diante do confronto com a gauchada babaca na decisão, pergunto-me cá aos meus botões: iremos ver os rivais do sul trocando carícias e beijos novamente, tal qual em 2007? E os abutres, irão ressucitar aquelas histórias para boi dormir? Podem falar, podem espernear. O Coringão transforma isso tudo em combustível.

O destaque dessa semifinal fica para a apresentação pífia do Gordo. Precisa tomar uns tapas na orelha e, já que nosso treinador não usa esse expediente, daqui eu suspendo temporariamente os vale-puta. Enquanto não voltar a jogar bola, mesmo aqueles de direito adquirido estarão confiscados e congelados. Gordo, entenda: AQUI É CORINTHIANS!

Por fim, chega a causar náuseas esse papinho de emboscada na briga que deixou um corinthiano morto. Trata-se de mais uma ação incompetente da Polícia Militar, que não conseguiu segurar o tranco, deixou o pau comer e abriu espaço para o promotorzinho safado desviar o foco do mico do panetone. Porque, convenhamos: como uma torcida visitante faria emboscada dentro de São Paulo e na Marginal Tietê, isso em plena hora do rush?

Faltam 2 jogos, Fiel. O título tem que ser nosso!

03 junho 2009

Hoje é dia!


Hoje é um dia difícil para trabalhar. Hoje está difícil ter idéias para postar aqui. Hoje é dia de fazer contagem regressiva até a hora de sair do trampo. Chegar cedo na rua Bahia e virar alguns cascos para esquentar a alma.

Concentração total e raça e coração em campo. Hoje é dia de Coringão!

VAI CORINTHIANS!

02 junho 2009

Eu sou a voz da verdade


O tema desse post nem é novidade, e o Blog do Sakamoto tratou dele com muita propriedade na semana passada. O jornalista discorre sobre a repetição de fontes para certos assuntos, o que faz com que elas assumam, inadequadamente, um posto de sumidade. O problema ocorre, geralmente, por conta da preguiça de jornalistas em pesquisar sobre aquilo que estão escrevendo. Vale realmente a pena ler o post do Sakamoto.

Aqui, manteremos o foco sobre a fonte-mor do esporte brasileiro. Com exceção ao Milton Neves, dez entre dez documentários, reportagens, posts ou até filmes se vêem na obrigação de citar Juca Kfouri. 99% dos livros sobre futebol têm orelha ou prefácio assinados pelo arquivista e pseudo-jornalista. E sempre há ali a reprodução de um discurso nocivo, porque politicamente correto e cheio de moralismos, isso quando não nos deparamos com um texto lotado de erros gramaticais.

Não acredito que seja maldade a obsessão por meia dúzia de palavras do Juquinha. Notem, por exemplo, que a jóia rara Boleiros, talvez o melhor filme sobre já produzido sobre a redonda, eleva JK como alguém que sabe "onde colocar os pingos nos is, as vírgulas, os veja bem, os entretantos". A realidade, pelo contrário, é dura, pois todos conhecemos a escrita pobre e semi-árida de Juquinha, baseada no "estilo" de frases curtas e sem nexo copiado por muita gente, principalmente pelo defensor da família brasileira que tem dois CPFs.

Caras como Juca Kfouri transformam-se em totens sem nenhum mérito e são fruto da maçante repetição. É um tipinho que cresce às custas do trabalho alheio e fica próximo de gente importante para, tal qual um corvo em ombro moribundo, destilar venenos. Juquinha ser o Disk Futebol nada mais é do que o retrato fiel da degradação de toda imprensa esportiva. Pior ainda, ele consegue enganar pessoas do naipe de Mino Carta, Ugo Giorgetti e Sócrates, além de angariar uma porrada de moleques que já nascem escutando que o melhor a fazer é escutar o Juca Kfouri.

Afinal, ele é a voz da verdade.

01 junho 2009

Hora da Patrulha


Surpreendente a pesquisa da Falha de S.Paulo que aponta aprovação de 56% do governador José Serra. É para se pensar nos critérios utilizados, assim como nos quesitos avaliados. Teriam perguntado os entrevistadores, por exemplo, algo sobre livros escolares? Em caso afirmativo, eis aí a prova de que os paulistas são cínicos e adoram usar dois pesos e duas medidas para julgar os tucanos e o resto, a quem chamam de "esquerdistas ultrapassados".

Ou não seria cinismo aceitar tranqüilamente a notícia enviada pelos amigos
Carlinhos - Botucatu e Seo Cruz, em que o Serra manda os alunos estuprar, e não amar? É pior que o Maluf. Voltando ao cerne da questão, há inúmeras obras distribuídas na rede escolar sem nenhum critério - uma delas, de Arnaldo Antunes, traz textos complexos que tratam de sexo com aquela insanidade peculiar do compositor, mas que acabaram nas mãos do ensino primário. O problema não é a qualidade dos livros, e sim o mau uso a que eles foram submetidos.

Pesquisando rapidamente no Google, a gente vê que os responsáveis pela escolha do material didático correspondem a cargos políticos e são ocupados por gente sem preparo técnico e/ou intelectual. Por que raios, então, não houve afastamento dessa gente e, mais ainda, por que esses cargos não são concursados? A resposta para todos os enigmas está no nome Paulo Renato Souza, secretário de Educação cujo papel de lobista junto a grandes editoras foi desmascarado pelo blogue
Cloaca News.

De toda forma, as avaliações positivas de Serra vieram em boa hora, já que sua vitória presidencial sobe cada vez mais no telhado. Boto fé que a pesquisa foi realizada
pela Polícia Militar paulista, numa das operações que há três meses aterrorizam os moradores da Paraisópolis. Tenham certeza de que Serra fará tudo para garantir sua morada no Palácio do Planalto, até mesmo atropelar os leonores (juntamente com a famosa estrutura de proteção midiática e política) e construir um estádio novinho em Piratininga para a Copa 2014, usando o generalzinho solteiro e sem filhos como laranja e, conseqüentemente, mantendo o Palácio dos Bandeirantes sob seu controle. A sorte é que o Brasil não se resume aos limites dos rios Pinheiros e Tietê...

Sorria, São Paulo.

O presidente sem palavra


Sexta-feira passada aconteceu a reuniãozinha forjada pelo presidente do time médio, mas como o dia estava corrido, não pude comentar as coisas com a devida profundidade. E para ser profundo, serei raso, curto e grosso. Alguém que bateu o pé e, numa das poucas ações acertadas de sua vida, se negou a nunca mais fazer com que o Corinthians mande seus jogos no panetone, não pode agora declarar à imprensa que "daqui seis meses posso mudar de idéia". A frase não deve ser formulada nem em pensamento. Porém, já que o nosso tampão fala sem pensar, a resposta daqui deste humilde espaço também é instintiva: FORA SANCHEZ!

Só para mostrarmos o que é o time médio e como atua seu presidente leva-e-traz de bambi, entramos hoje em campo com o time totalmente reserva. Ao contrário do que o placar de 3 a 1 tenta revelar, o time médio teve, de novo, de operar o apito para levar 3 pontos. Porque é assim, corinthianos: a gente pisa naquele amontoado de laje sabendo do assalto na cara-dura.

É com esse tipo de lixo que o areia mijada anda negociando. É gente dessa laia que o Corinthians se presta a escutar, e não sei o motivo. Talvez porque nosso mandatário não tenha boa índole. Ou então porque ele não seja corinthiano. Quem sabe ele não quer agradar alguém ou tem planos de crescer às custas do Timão - e isso nem é novidade para nós. Ao contrário dos arautos da moralidade e da credibilidade, o que se cobra aqui é apenas o compromisso com a palavra, valiosíssima para a Fiel. Se hoje é isso, o que virá amanhã?

Os corinthianos precisam acordar para a vida. Fosse o tampão alguém decente e digno do cargo que ocupa, ele teria feito tal qual o vídeo abaixo, uma belíssima produção, cuja comicidade se dá justamente nas verdades que precisam ser ditas. Apesar de "velho" (na sexta-passada ele já havia se disseminado na rede), é preciso que essa preciosidade tenha a maior divulgação possível.

Este blogue lança oficialmente seu movimento FORA SANCHEZ, com a tarja que vai na coluna da esquerda. Ainda que nesse momento não seja interessante fazer qualquer outra manifestação mais exaltada por conta da fase decisiva na Copa do Brasil, o limite do aceitável foi ultrapassado. É ingresso caro, é subserviência ao STJD, é aceitação dos roubos via apito...

Para entender melhor sobre o que queremos dizer, é obrigatória a leitura dos últimos posts do Anarcorinthians.