31 março 2010
Hora da Patrulha
Encerra-se nesta quarta-feira o governo que nunca começou. Talvez a pior gestão nos 16 anos de tucanagem vil no Estado de SP, José Serra deixa o cargo (ele nunca termina um mandato, notem) sem entregar nada de relevante aos paulistas. Em papo com o amigo Seo Cruz, o ronca-e-fuça foi muito feliz ao cunhar o apelido mais que perfeito: Serra é o governador Porcina, aquele que foi sem nunca ter sido.
De herança maldita, a Porcina deixa, entre tantas barbaridades, o arrocho salarial a quase todo funcionalismo público, o eficaz cumprimento de metas do processo de privatização dos bens do Estado, nenhuma linha nova de metrô - apesar das maravilhas na propaganda na TV -, uma desnecessária obra na Marginal Tietê entregue com canteiros de obras funcionando a todo vapor, as diversas bolsas-jornalista dos contratos milionários sem licitação junto à Abril e a Falha, o sucateamento dos serviços básicos à população, os pedágios caríssimos e os alagamentos.
A Porcina sai também em meio a protestos maciços. Os professores, indignados com as mentiras inventadas pela secretaria da área, continuam em greve. Tentam, assim, mostrar para a população que o tal bônus é uma falácia (quem trabalha de verdade recebeu menos que os encostados "combatidos" pela iniciativa, e isso eu comprovo*, mas só deixo o link de um depoimento com a fonte preservada por conta da lei da mordaça), que as apostilas dadas aos alunos são inúteis e prejudiciais (alguém lembra dos dois Paraguais?) e que Educação não pode ser vista como mero produto. Os trabalhadores da Saúde fazem as mesmas reivindicações salariais, alertando ainda para a falta de estrutura dos hospitais. O descontentamento na polícia é idêntico.
Diz a última pesquisa que Serra se afasta do governo que nunca assumiu com 55% de aprovação. Não duvido nada, e até acredito que SP ficará sob as asas dos tucanos por muito tempo. É tudo reflexo de um lugar maldito que se considera o supra-sumo da humanidade e ignora seus problemas enfiando-se no próprio umbigo. Nada surpreendente para uma população que, ao mesmo tempo, condena o direito de greve daqueles sem reajuste salarial há 5 anos, faz vista grossa a um desgoverno e perde seu tempo com bobagens como o BBB.
E já que o papo descambou para as produções globais, uma lembrança para refrescar a memória. A viúva Porcina era, entre todos os habitantes de Asa Branca, quem mais gostava e carecia de alimentar a mentira sobre Roque Santero.
Sorria, São Paulo!
* Depoimento de uma professora da rede: "Desde que entrei no estado nunca cheguei a dar as 6 (nossa tudo isso!) faltas abonadas anuais que tenho por 'direito' (não é direito, é concessão da chefia). Já corrigi SARESP de graça, nunca peguei licença, já troquei de escola para aplicar SARESP e há 4 anos nunca atingi a média esperada e muito menos o total que dizem nos jornais que recebemos.
Dessa vez foi pior. Como já disse anteriormente (mil vezes aqui), formei uma turma que foi da 1ª à 4ª série comigo. Nunca pensei na porra do bônus e sim na formação... minha e dos pirralhos. Fiz tudo que foi curso, pesquisei atividades inovadoras, tentei trazê-los pra era digital. Pra que? Subimos a média da escola, e vale dizer que a minha é uma das melhores do estado e por causa disso... como só conseguimos 107% da meta não ganhamos o total. Observem agora que escolas com nível baixíssimo, como a meta também é baixíssima receberam um bônus altíssimo."
29 março 2010
Para colocar as coisas no eixo
Uma vitória épica no Templo Sagrado era tudo que a Fiel podia ter como recompensa após sofrer com uma série de apresentações bizarras. Assim que sua diretoria desistiu de abdicar do mando de campo para se vender a Barueri e tomar prejuízo no estádio de papelão, o Corinthians voltou à casa e fez o que vem fazendo há três anos consecutivos e em toda sua história: ganhou da bicharada.
Mesmo jogando desde o início com um a menos, grandes melhorias foram perceptíveis. A parte tática se destacou - ela já havia aparecido no jogo contra o Cerro Porteño e, não se sabe o motivo, desapareceu - com o meio de campo funcionando muito bem, principalmente por conta da dupla Ralf/Jucilei (o Beckenbauer de Ébano). Elias e Danilo, ao lado de Roberto Carlos, também podem entrar nas menções honrosas por terem marcado golaços incríveis - o de RC, em especial, fez o narigudo mau-caráter ajoelhar novamente. A possível goleada ou a vitória tranqüila esboçada após o intervalo, no entanto, se transformou num deus-nos-acuda desnecessário. Tudo por causa das substituições equivocadas do treinador. Se Elias pediu para sair, não era Tcheco quem deveria entrar. Jorge Henrique comporia o meio, garantiria a manutenção da marcação eficaz que estávamos fazendo e o contra-ataque teria muito mais velocidade.
Mas por uma conjunção de fatores que só com a gente, nem os erros de um técnico que adora complicar a nossa vida, nem as falhas de um goleiro que não pode ser crucificado como está sendo (enquanto gente que não se mexe em campo e só é tirado aos 44 do segundo tempo continua blindado) e nem a angústia de ficar fora do campeonato por alguns minutos deixaram Iarley esquecer que ele todo dia acorda cedo e vai treinar na Rua São Jorge, 777. Colocado na partida para igualar o número de jogadores em campo e confiando no medo do jd. leonor diante do Manto, o atacante deu passe certeiro para o zagueiro adversário decretar nossa vitória, ampliando ainda mais a vantagem alvinegra no confronto direto, que agora registra 109 x 87. Houve de tudo, portanto: gol contra no fim do jogo, golaços de quem desempenhou bom papel e a recuperação moral de um atleta que preencheu um buraco negro no time, isso sem contar os chiliques típicos do adversário que nos custou a expulsão de Dentinho.
Heróico e salvador, o resultado, porém, não pode nos tirar da realidade. Temos mais duas partidas decisivas em que os 6 pontos são obrigação, até porque dependemos dos tropeços de terceiros. Contemos então com a raça vista nesse domingo, mais a nossa mística que escreve certo por linhas tortas. Crise? Que crise? Aqui é Corinthians e a gente só faz é cobrar comprometimento com nossa Centenária trajetória.
E o cachorro continua mijando no poste...
27 março 2010
Dia de Corinthians
Quando moleque, encontrei no meio de uma estante empoeirada o livreto "Corinthians, modéstia à parte", do jornalista Nailson Gondim. Trata-se de uma obra interessantíssima, cuja linguagem até certo ponto lúdica deve ter moldado o caráter de muitos corinthianinhos pelo mundo. O meu capítulo preferido é o "Diário de um corinthiano", em que Gondim descreve seu ritual - apesar de particular, cai como uma luva no procedimento de milhares de torcedores - num dia de jogo. Vamos a ele, a fim de preparar nosso espírito para domingo:
Diário de um corinthiano
Hoje vou ao estádio. Vou com a promessa de gritar mais alto. Da última vez meus gritos não foram ouvidos. Levarei a bandeira. Mas, antes, tenho que tirar aquela mancha de sorvete que respingou nela. Já remendei o buraco que aquela faísca de rojão fez na bandeira. Ficou bom, não dá para ver a costura. A camisa está lavada e passada novamente. Vou comprar outra. Esta já está desbotando e com a gola rasgada. Foi o puxão que tomei naquela briga do ano passado. Mas valeu: acertei uns 30... uns dois ou três, é verdade, e ainda fomos campeões. O ingresso comprarei no clube. Dá mais sorte. A não ser que lá na sede o pessoal tenha algum sobrando. Eu devia ter comprado quando estava lá, picando papel. Ando com a cabeça... Tem problema não, tod (eu ia dizer todavia só para parecer difícil. Melhor o feijão-com-arroz). Sim, não vou sair de casa com fome. O cachorro-quente que comi no último jogo me fez mal. Ou foi aquela lingüiça calabreza? Epa! Calabreza não. Lingüiça de porco, porque calabreza lembra... Dá no mesmo. Deixa pra lá. Preciso chegar cedo, preciso chegar cedo, preciso chegar cedo... Não posso esquecer-me disso. Esta repetição até parece o castigo que a dona Amélia me passava quando eu fugia da aula só para ver o time treinar: "Escreva cem vezes: não devo sair da aula para ver futebol". É isto que eu tenho vontade de fazer quando a gente perde um gol: "Escreva cem vezes: não devo perder gol". Ha, ha, ha... Estou rindo de minha bobagem. É que estou feliz, otimista e com o espírito em festa. Dia de jogo é assim. Ah, devo registrar meu sonho dessa madrugada: o time perdia de 10 a 1 e acabou virando para 11 a 10. Suei. Não era pra menos. E quero suar de novo, de verdade, se for para ser assim. Virar o resultado é bom demais! Aliás, nem é necessário virar. O negócio é ganhar e pronto. Por falar nisso, vou dar uma lida no jornal. Preciso saber o que estão dizendo e como vai jogar o time. Já sei tudo, é claro, mas quero apenas confirmar. O almoço está na mesa. Tem frango, polenta e ainda um pouco da dobradinha de ontem. Não vai chover. Está batendo sol aqui no meu quarto. E com a grama seca o toque de bola vai ser legal à beça. Estou até vendo um ataque arrasador, logo de cara. O primeiro gol vai sair depois de rebote. O segundo vai ser de cabeça, após cobrança de escanteio. O pênalti - vai ter pênalti - sei quem vai bater: goleiro para um lado, bola para outro.
Paradinha para um ritual: "Timão! plá-plá-plá...Timão! plá-plá-plá...Timão! plá-plá-plá..."
Acabei de almoçar, vou-me embora. Continuo na volta.
(Dia seguinte, o diário não teve registro. Também, pular um dia não faz mal. Que importa uma página branca a mais? Mas da próxima vez haverá algumas linhas. Ah, isto sim! Com gols. É. Muitos gols, muitos gols, muitos gols...)
26 março 2010
Curtas
- Cada vez mais isolado - e em um dia, recorde! - decidi que qualquer menção ao gordo neste blogue será, a partir de agora, espécie em extinção. Não que isso tenha me feito mudar de idéia, é apenas um posicionamento estratégico. Confesso, porém, sentir algo cá no peito parecido com o ano de 2005, principalmente por perceber que a eleição de ídolos corinthianos está cada vez mais sem critérios... Finalizando: a derrota do meu time, pelo menos do jeito que vem acontecendo, é uma ofensa pessoal para mim.
- Para quem não acompanhou a repercussão da audiência pública, vale dar um pulo no Maloqueiro e Sofredor para saber de alguns detalhes que a mídia vendida não publicou. Destaco o desvio de foco que a Globo vem promovendo para tentar pressionar o Kassado e forçar o veto.
- Falando em cagadas do poder público, estou temeroso em linkar um texto maravilhoso por causa da lei da mordaça que impera no governo Serra. De qualquer maneira, deixo um trecho daquilo que considero o retrato nu e cru da falácia tucana na Educação. Quem souber fuçar, não vai ter dificuldade em encontrar a obra inteira.
"Desde que entrei no estado nunca cheguei a dar as 6 (nossa tudo isso!) faltas abonadas anuais que tenho por 'direito' (não é direito, é concessão da chefia). Já corrigi SARESP de graça, nunca peguei licença, já troquei de escola para aplicar SARESP e há 4 anos nunca atingi a média esperada e muito menos o total que dizem nos jornais que recebemos.
Dessa vez foi pior. Como já disse anteriormente (mil vezes aqui), formei uma turma que foi da 1ª à 4ª série comigo. Nunca pensei na porra do bônus e sim na formação... minha e dos pirralhos. Fiz tudo que foi curso, pesquisei atividades inovadoras, tentei trazê-los pra era digital. Pra que? Subimos a média da escola, e vale dizer que a minha é uma das melhores do estado e por causa disso... como só conseguimos 107% da meta não ganhamos o total. Observem agora que escolas com nível baixíssimo, como a meta também é baixíssima receberam um bônus altíssimo. Dããããa
Como explicar pros guris que vale a pena estudar, se você é o clássico exemplo que isso é uma balela?"
- Ontem minha irmã chegou em casa e perguntou se as obras do Metrô na linha amarela (aquela que um bando de bambis vieram defender outro dia como um grande trunfo do panetone, se apropriando de outro patrimônio público) estavam atrasadas. E aí eu fui pesquisar. Prevista para 2008, a conclusão das obras iniciais do novo trecho vem sendo prorrogada desde então. A culpa, segundo o governo, é do buraco em Pinheiros que matou sete pessoas e que, como se sabe, apareceu por conta do acaso, e não da incompetência e desleixo de quem vem tocando a empreitada.
- Para relaxar nesta sexta, o vídeo que traz a piada pronta da semana. Fala, Dicesar!
25 março 2010
É preciso mais que palavras
A minha paciência, ao menos, já era. Outra derrota em casa e a provável eliminação no Campeonato Paulista são intoleráveis. Para uma equipe que está de férias desde agosto do ano passado, contusões e má vontade em campos são intoleráveis. Falta de compromisso com o nosso Centenário é, de fato, motivo para ser banido do Parque São Jorge. Quem não estiver em sintonia com a significância desse ano, pode vazar.
Não adianta vir à imprensa e fazer média, dizendo que tem costas largas. As costas largas a gente vê a quilômetros de distância, e só não é mais larga que a barriga. Também não me comove um outro irresponsável assumir a culpa no cartório diante da iminente desclassificação, se durante a partida ele não tira o peso morto do time. É preciso o comprometimento real, a vergonha na cara e, principalmente, a bola jogada dentro de campo. Discurso nessa hora vale menos que o gato enterra...
Dessa forma, e como minha paciência foi para o vinagre, digo que se faz necessário cabeças rolarem. Ou pelo menos a torcida ter o mínimo de dignidade e acabar de vez com a blindagem a certas pessoas. Para quem não é bom entendedor, talvez uma imagem seja mais esclarecedora. É isso que a baleia disforme pensa da gente, e eu avisei...
AQUI É CORINTHIANS! Se não ganhar domingo, quero ver sair do Pacaembu. Acabou a tolerância com o futebolzinho, acabou a compreensão. É apoio nos 90 minutos e guerra de nervos no restante do tempo. Até porque isso também é corinthianismo.
24 março 2010
Que nojo dessa gente
Eu ia postar algo muito bonito de um livro que reencontrei na minha estante, mas a pauta mudou totalmente quando recebi do Seo Cruz o texto que vem a seguir. Trata-se da confirmação do golpe mais descarado dos últimos tempos, pior do que as roubalheiras do Maluf, os dinheiros em roupas íntimas e os panetones das crianças. Chega perto do confisco collorido da poupança.
É o ápice da canalhice, o despudor de uma escumalha que desde o seu início vem usurpando dinheiro público. O poder público paulista, por sua vez, dá legitimidade ao projeto, destinando inclusive total empenho nas obras do privadão - nada surpreendente para quem está envolvido num caso desses. Já usaram dinheiro do povo para levantar essa merda de estádio e agora vão a mesma artimanha servirá para reformar aquele cemitério do futebol.
Nojo é a única palavra possível para descrever a postura dos governos municipal, estadual e federal no alinhamento a essa sub-raça. Confiram com o despautério.
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Prefeitura está organizando o Leonorduto: o mensalão do Morumbi!!! (Por Saulo Luz, do blogue Sal Com Pimenta)
Começou a roubalheira...
A Prefeitura vai bancar a reforma no estádio do Morumbi para a Copa. Além de levar o metrô, doar um terreno público ao SPFC(para construir um estacionamento particular) e destruir uma praça pública, a novidade agora é que a própria administração municipal está demonstrando que irá 'tocar as obras' do estádio. Mais, acredite se puder: A Prefeitura vai até desviar o curso de um rio para tornar possível as obras no interior do estádio.
Depois de ter seu projeto de 'puxadinho do Morumbi para sediar a abertuda da Copa de 2014' rejeitado pela Fifa um zilhão de vezes, os dirigentes e abutres do time do Jardim Leonor avançaram sobre o dinheiro do povo.
Primeiro, foi a "doação" da Prefeitura ao SPFC de um terreno de 50 mil metros quadrados para o clube construi um prédio de estacionamento particular (isso numa região de zoneamento que não permite esse tipo construção). Depois, anunciaram levar o metrô para próximo do estadio e até criaram uma linha de VLT (aquele Veículo Leve sobre Trilhos, apelidado de Monotrilho) apenas para garantir o trajeto estação de metrô-estádio (o que vai acontecer com essa linha nos 95% de dias em que não acontecem jogos? Ficará desligada?).
A mais nova estripulia da corja corrupta, segundo matéria do diário Lance!(clique aqui para ver), é que a Prefeitura de São Paulo deve bancar a própria obra da reforma do Morumbi. Detalhe, tudo com o dinheiro dos impostos pagos por mim e você (legal, não?).
Ora, todos sabem que, para a aprovação de uma obra desse porte, é a construtora (e não o poder público) que deve dar contrapartidas públicas e realizar obras para melhorar o acesso e a situação do tráfego na região. Exemplo disso é a obra de ampliação do estádio do Palmeiras, cuja construtora deverá pagar milhões para readequar o sistema viário da região. Porém, curiosamente, no caso do Morumbi acontece o contrário. O poder público é que banca o projeto particular.
Ao que parece, a Prefeitura do senhor Kassab vai até desviar um córrego que passa embaixo do Morumbi, tudo para o estádio abrir a Copa (ou para beneficiar o time do coração?).
Parece mentira, mas é isso mesmo que estão lendo:
A PREFEITURA VAI FAZER OBRAS NO MORUMBI E VAI ATÉ DESVIAR UM RIO QUE HOJE PASSA EMBAIXO DO ESTÁDIO!!!!!
O objetivo de tal obra é desviar o curso do córrego para piscinões que serão construídos na região e possibilidar o rebaixamento do gramado em até 3 metros. As informações são do Estadão (clique aqui para ver).
Isso é um ABSURDO. Esse Kassab tem que ser preso...
Como disse Jesus aos fariseus, digo a essa corja de políticos safados: 'RAÇA DE VÍBORAS!!!!!!!!'
É incrível como o São Paulo Futebol Clube só consegue aumentar seu patrimônio graças ao seu lobby e aos "favores", corrupções e desvios do dinheiro público. Foi assim na época da construção do Morumbi (feito com dinheiro, sacos de cimento e trabalhadores do governo do Estado e num terreno público, graças à Laudo Natel) e está sendo assim agora com a organização de uma espécie de LEONORDUTO (em alusão ao Valerioduto) para canalizar recursos para a reforma e ampliação do estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Panetone e que fica no Jardim Leonor.
A bancada sãopaulina na administração municipal, encabeçada pelo prefeito Kassab e seus comandados (o presidente da SPTuris, Caio de Carvalho, vereador Marco Aurélio Cunha e o secretário dos esportes, Walter Feldman) vem orquestrando um processo VERGONHOSO para beneficiar o SPFC, para alegria de Juvenal Juvêncio. O pior de tudo é que a maior parte da imprensa está inerte com tudo isso. Como se fosse normal, destinar a verba reservada para educação, saúde e habitação para reformar um estádio de futebol PRIVADO.
Dinheiro público no Morumbi, NÃO!!!!!!!!!
22 março 2010
Eu Rio
Há diferenças no estado de espírito do Rio de Janeiro e São Paulo que explicam muito da minha adoração pela primeira e ojeriza pela segunda. O comportamento diante das coisas mais valiosas da vida, o eterno ímpeto gozador e tantas outras facetas de um pessoal que prefere viver na boa, ao invés do individualismo e compromisso com as necessidades capitalistas típicos da terra da garoa, são alguns exemplos.
O problema é que essa minha preferência é defendida a partir de argumentos emocionais e, no caso de alguém não valorizar as mesmas coisas que eu, fica difícil arrebanhar mais aficionados pela Cidade Maravilhosa. No entanto, percebi algumas justificativas pontuais e factuais que talvez possam convencer o paulista mais fanático a, pelo menos, respeitar o Rio - calma, não vou citar passeata chapa-branca e nem governador chorão.
Notem a curiosidade: há nas duas principais cidades do país uma iniciativa muito forte de repressão social. Os estádios de futebol pouco a pouco são redesenhados para deixar o povão de fora, os vendedores ambulantes são cada vez mais tratados como bandidos, há leis proibindo o fumo dentro de bares e restaurantes e uma nojenta determinação federal que, nas grandes capitais, se tornou a oficialização da propina. Vamos nos ater a essa última questão.
Não julgo o mérito de tirar os motoristas embriagados das ruas. A questão é o auê criado em torno do aumento da fiscalização, deixando as ruas num estado de guerra permanente. Ao mesmo tempo, aqui em SP ainda é muito caro andar de táxi, tanto pelas grandes distâncias quanto pelos congestionamentos, e o sujeito acaba arriscando. O maior absurdo, porém, é criminalizar alguém que bebe duas cervejas depois do trabalho e sai dirigindo (e esse cara não está bêbado, vamos combinar). A fim de ajudar quem não é irresponsável e que não se submete ao fascista regime de internação alcoólica, criaram no twitter o perfil @LeiSecaRJ. Com mais de 43 mil seguidores e atualizações a todo instante, o troço demonstra claramente aquele estado de espírito citado no início do post. Deste lado da Dutra, apareceu bem depois o @LeiSecaSP, que possui a mesma finalidade do irmão carioca, mas conseguiu agregar apenas 2,5 mil seguidores e parcas informações.
Perceberam a diferença? O paulista, e principalmente o paulistano, é um cavalo domado que só vai para onde aponta o beiço. Ele aceita passivamente e até acredita nas bobagens de algumas regras visivelmente nocivas - e isso pode ter origem na valorização ridícula da dita "Revolução de 32" -, sem se dar conta que está jogando no lixo costumes e tradições riquíssimos. Para se ter uma idéia, se antes da lei antifumo era normal acender um cigarro num buteco, hoje em dia há que faça cara feia para qualquer sinal de fumaça na mesa ao lado.
Nessa toada, não seria exagerado afirmar que São Paulo vem passando por uma falência generalizada (talvez os 16 anos de tucanagem seja o princípal indício) e deve ser o lugar mais odiado pelo Brasil inteiro, principalmente por tentar se isolar a qualquer custo da pátria que a construiu. O paulista é metido a besta, é cagüeta, é conservador e é ignorante com relação à sua própria trajetória. Ele não se ajuda e prefere assistir ao CQC e votar no Kassado. E eu? Eu Rio. Rio demais!
21 março 2010
A conta fica maior
Já são, no total, 15 pontos desperdiçados de forma ridícula pelo Corinthians no Paulistão. Foram 9 graças ao comedor de acarajé e mais 6 por conta do treinador pau no cu. Alie a isso o fato do jogo desse domingo ter sido em Prudente/MS e o time ter entrado em campo vestindo aquela bosta do marquetim. Parabéns a todos os envolvidos pela falta de comprometimento com o nosso Centenário...
QUEM NÃO FOR CORINTHIANO, VÁ PRA PUTA QUE PARIU!
19 março 2010
Música de sexta-feira
Alguns temas para fechar o verão nesta sexta-feira. Daqui até outubro, começaremos a penar com aquele clima europeu nojento que cada vez mais toma conta de SP. Particularmente, fico meio depressivo nessa época do ano. Odeio frio, odeio ter que colocar um monte de roupa e odeio tomar banho quente. Assim, selecionei algumas canções belíssimas para dizer adeus à estação mais que preferida e combater essa imposição cruel de deixar o brasileiro sem o calor.
- Roberto Silva, "Escurinho"
Estávamos Evinha e eu num show do Osvaldinho da Cuíca, há coisa de duas semanas no SESC Pompéia, quando o velho sambista do Bixiga anunciou: "esse mestre que vem a seguir tem mais anos de carreira que eu de idade. Era cantor antes do Jamelão. Com vocês, Roberto Silva". Eis que o Príncipe do Samba chega sob holofotes e palmas intensas, além e olhares incrédulos com a sua presença - pelo menos para mim foi algo surpreendente e singular. Beirando os 90 anos de idade, Roberto Silva parece ter 20 quando empunha o microfone. Sua vitalidade, a voz suave, as décadas de histórias e sabedoria são comoventes.
- Osvaldinho da Cuíca, "Minha Vizinha"
Falando em Osvaldinho, é preciso fazer a ressalva. Mesmo sendo conhecido pela total falta de humor no trato com as pessoas, ele é uma das principais peças de resistência do samba paulista. Aquele feito na caixa de engraxate no Largo da Banana, com a tiririca comendo ao redor, e o próprio samba de bumbo do interior devem muito à luta de Osvaldinho em manter viva as tradições de Piratininga. A música citada aqui, no entanto, pertence a outra faceta de Osvaldinho que preenche a lacuna deixada pelo Rubinato. Trata-se de uma crônica fantástica da cidade da garoa.
- Alcione, "Rio Antigo"
Voltando ao outro lado da Dutra, nada melhor que saudar a Cidade Maravilhosa dos velhos tempos com um clássico de autoria de Chico Anysio, interpretado impecavelmente pela Marrom (até porque Rio de Janeiro, verão, calor e felicidade são sinônimos). Há também uma versão gravada pelo Mussum, com participação do próprio Chico, em que há uma troca de versos fantástica - no lugar de "Um bife lá no Lamas/Cidade sem aterro, como Deus criou" entra "O Beco das Garrafas/Mané fazendo João, Pelé fazendo goool".
- João Nogueira, "Terno Branco"
Sem muito blablablá, essa canção resume um domingo perfeito. É alma pura.
18 março 2010
Boa toada
O Corinthians conseguiu outro resultado importantíssimo fora de casa na Libertadores e fica muito próximo de uma classificação antecipada para as oitavas-de-final do torneio. Jogando com cada vez mais segurança defensiva - e apesar do Cerro Porteño ser um timeco -, não encontramos grandes dificuldades em sair com os 3 pontos do Paraguai.
Destaque para a dupla de volantes, que novamente deu gigantesca proteção à zaga. Jucilei, cada vez mais o Beckenbauer de Ébano, é um meia-cancha clássico e só precisa levantar um pouco a cabeça para enxergar a movimentação óbvia do ataque. Já o Ralf é um carniceiro implacável e está preenchendo muito bem a lacuna na cabeça da área. Danilo, enquanto teve fôlego, também se mostrou eficientíssimo tanto na ligação com o ataque quanto na cobertura das costas de Roberto Carlos, este muito bem em seu segundo jogo pelo Coringão.
O que não consigo compreender, no entanto, é essa determinação explícita de Mano Menezes em frear o time quando se é possível fazer mais gols. Era irritante ver os ataques morrendo na entrada da área, mesmo com o adversário não dando um chute contra nossa meta. Incomoda, ainda, a imobilidade da baleia, que fez nada mais que sua obrigação ao marcar o gol da vitória. Nesse quesito, o técnico precisa perceber que a bola não está chegando no Gordo, e isso influencia muito sua boa vontade em campo.
Noves fora, o Timão caminha bem na Libertadores e deixa os jornais sem pauta, principalmente por conta da tranqüilidade com que vem se apresentando. Que a ascensão seja constante, principalmente na fase eliminatória que pode ser garantida na próxima semana, aqui em nossa casa.
VAI CORINTHIANS!
17 março 2010
Santa subserviência
Curiosa essa mobilização para celebrar o padroeiro irlandês aqui no Brasil. Nos últimos anos, assim como no Halloween, o pessoal vestiu a camisa da subserviência e incorporou ao calendário datas muito pouco brasileiras, ao mesmo tempo em que muitos se orgulham em ignorar o Carnaval. Nacionalismos à parte, também chama atenção e não me entra na cabeça a desculpa para que o tal dia de St. Patrick seja tão esperado: beber cerveja.
Ora, e desde quando é preciso o dia de um santo que não tem nenhuma relação com nossa cultura ser justificativa para entornar umas geladas? Nesse 2010, por exemplo, a data caiu numa quarta-feira. Salvo aberrações promovidas pela Globo, quarta-feira é dia de futebol e, conseqüentemente, dia de beber com amigos num bar, na porta do estádio ou na frente da televisão.
Esse papo, aliás, me lembra de outra inversão de valores: a importação dos pubs. Causa-me pavor quando me chamam para esses lugares, primeiro porque são claustrofóbicos e, depois, por conta do que servem. Geralmente, o anfitrião se gaba pelos milhares de exemplares disponíveis na carta, vindos de lugares impensáveis e que custam preços astronômicos. E eu sempre passo vergonha perguntando se eles vendem Brahma... Só para não parecer chato, esclareço que não sou um xenófobo das ampolas. Gosto muito da mexicana Dos Equis, da norte-americana Miller e da uruguaia Norteña. Ainda assim, se juntar uma na bunda da outra, elas não me dão o prazer que a Brahma proporciona.
Talvez seja essa a razão de minha ojeriza pelo St. Patrick Day. É uma exaltação à cerveja de gosto ruim e, pior, à bebedeira inconseqüente. O bêbado é vulgarizado, desmistificado, banalizado por uma representação oportunista de um santo cuja significância está a milhares de quilômetros de nós. Eu gostaria de contabilizar, por exemplo, quantos corinthianos irão cometer a heresia de se vestir de verde nesta quarta, já que a cor é a marca registrada da data. Para vocês verem como o troço é constrangedor...
16 março 2010
Quem não tem cão...
Quem é músico ou já tentou ser músico alguma vez na vida - como é o meu caso -, invariavelmente segue o mesmo caminho: depois de escolhido o instrumento, vêm as aulas; das aulas, vêm os amigos que também tocam alguma coisa; dos amigos, forma-se o grupo; do grupo, as primeiras composições. O esquema sempre é muito sério e só permite a exceção de tocar canções de grupos conhecidos, geralmente influenciadores do tal trabalho próprio.
99% dessas empreitadas não vingam, seja por falta de oportunidade, de talento - como é o meu caso -, de sorte ou de insistência. É nas horas de indefinição e tristeza que aparece o que eu chamo de síndrome "Mamonas Assassinas". Você começa a tirar músicas do Só Pra Contrariar, da Jovem Guarda ou do Sérgio Mallandro só para fazer uma graça e relaxar nos ensaios e gravações. Em alguns casos, como no do falecido grupo guarulhense, o troço dá certo e muita gente começa a gostar.
Dias desses, vi no Youtube um tal de Fabrício Vinheteiro, pianista clássico que cansou de levar porta de orquestras na cara e resolveu interpretar temas de seriados famosos da televisão em seu instrumento. Para vocês terem uma idéia, fiquei quase duas horas assistindo a todos os vídeos relacionados ao cara, e a maioria é genial.
Deixo abaixo as duas obras que mais me agradaram. Vale visitar o perfil do Vinheteiro e conhecer um pouco mais da obra do sujeito. Sim, há demente para tudo nesse mundo...
15 março 2010
Dois em um
Fim de semana cheio de acontecimentos merece um post gigantesco, que será quebrado em dois para contemplar tudo o que eu tenho para falar.
- Fuck You, Axl Rose
Não, não é um protesto contra o cantor-símbolo da geração que cresceu escutando, a cada cinco minutos, "Sweet Child o' Mine" em todas as FMs, numa época em que as rádios ainda recebiam jabá para tocar músicas de qualidade. A expressão que abre o texto saiu da boca do próprio Axl durante a apresentação do Guns n' Roses aqui em SP e pode ser uma síntese da transformação pela qual passou essa que foi a maior banda do planeta na década de 90. Mesmo um pouco rouco, o agora tiozinho da bandana mostrou que ainda tem muita lenha para queimar.
A Evinha resumiu perfeitamente a apresentação: "foi o maior show que eu vi", tanto na duração quanto na imponência. Apesar de um som péssimo que fazia a voz do vocalista ir e vir constantemente (injustificável problema se você cobra R$200 num ingresso de pista), estávamos diante de um monstro até há pouco adormecido. O hiato desde o desmanche da formação clássica do Guns até o lançamento do "Chinese Democracy" - permeado por algumas tentativas de retomada às vezes constrangedoras - deve ter feito bem a Axl, que vem arrebentando nessa turnê.
Não há mais aquela rebeldia incontida e, obviamente, muito forçada do loirinho que tocou aqui em 1991 no Rock in Rio II. Também não dá para dizer que estávamos diante de um pároco, pois logo na primeira música veio a ameaça de sair do palco depois que ele foi atingido por algum objeto vindo do público da tal "Pista Vip"... Fato é que aquele espírito de porco se transformou em sarcasmo (vide o "Fuck you, Axl Rose" autofágico) e hoje o cara está se divertindo no palco, o que torna as coisas muito mais interessantes. O essencial, porém, não se perdeu: Axl ainda canta demais.
O gogó em dia ajudou na execução dos clássicos, os pontos altos que se contrapuseram às músicas do novo álbum, bem fraquinhas. Foi inesquecível a oportunidade de escutar, ao vivo, "Mr. Brownstone", "You Could Be Mine" e "Welcome to the Jungle", além de "November Rain", que fez a Evinha se desmanchar em lágrimas. Foram mais de 2 horas e meia de muito barulho, virtuosismo nas guitarras, luzes, explosões e tudo o mais que um grande show de rock deve ter. Na noite do último sábado, assisti ao filme de minha adolescência inconseqüente, e a trilha sonora era perfeita.
P.S.: vale falar do passa-moleque que Axl Rose deu nos babacas da casa noturna que disseram ter contratado o Guns para um "show surpresa" que todo mundo sabia. Resumidamente, ele preferiu tocar para um estádio cheio de fãs a agradar meia dúzia de paus-no-cu. Finalmente, não posso deixar de mencionar a péssima escolha do chiqueiro para receber a apresentação paulistana. Sair daquele lugar é missão impossível por conta das escadas montadas no vão entre as arquibancadas e numeradas e o campo.
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A estréia do Corinthians
O Corinthians finalmente estreou no ano do seu Centenário. Jogando de maneira organizada e matando a partida nos primeiros 15 minutos, o Coringão retomou o esquema com 3 atacantes de 2009 e desbancou um adversário direto na busca pela classificação às semifinais do Paulistão. Destaque novamente para Dentinho, que fez nosso gol de número 10 mil, e para Roberto Carlos, que chegou da Turquia, fez seu debut com um golaço e comemorou a la Neto.
Curioso foi ver que o time resolveu a parada quando a baleia disforme resolveu correr. Foi ele quem deu o passe para os dois gols, de maneira brilhante, mas parou por aí. Talvez satisfeito com sua performance, ele voltou à velha postura de pepino do mar, perdeu 3 gols imperdíveis e só mostrou mobilidade quando voltou a chover - as baleias, apesar de mamíferas, precisam de água para se locomover.
Além dos destaques individuais, o que mais a Fiel deve valorizar é o posicionamento tático. Ainda contando com algumas falhas da zaga com as quais estávamos desacostumados (o William precisa, de verdade, treinar jogadas pelo alto), é notável a melhora em relação às últimas partidas. Tabelisticamente, trata-se de um belo resultado, que dá moral para a batalha do Paraguai na próxima quarta-feira. Acredito numa vitória suada, do jeito que a gente gosta.
Mas suado mesmo é ir até aquela merda de Arena Barueri. Além de ficar longe de tudo (e eu moro do lado do Rodoanel), a tal propaganda de que se trata de um local moderno e confortável é mentirosa. Logo na entrada e nos banheiros, alagamentos por toda parte. O estacionamento é um caos e muito caro, a arquibancada não permite uma visão total do campo - não vi se o primeiro gol tinha entrado ou não porque a parte inferior da meta fica encoberta pelo muro que segura o alambrado - e os acessos ao estádio parecem igarapés. Mais ainda, é revoltante uma cidade com tantos problemas de infraestrutura como Barueri usar seu orçamento na construção de um lixo desses, ao invés de investir em melhorias básicas (não precisa nem ir muito longe, pois atrás do estádio tem uma favela que iria comemorar e muito a construção de, sei lá, uma escola).
Ao chegar em casa depois de uma hora e meia de trânsito, fiz um juramento: não piso mais naquela bosta. Se o Corinthians resolver mandar todos os jogos lá daqui para frente, encerro minha vida de arquibancada. Essa diretoria é brincadeira...
VAI CORINTHIANS!
12 março 2010
Previsível desmoronamento
Antes de tudo, uma história que merece ser repetida. Corria o ano de 2004 e o governo Lula já sofria com a irresponsabilidade da imprensa desde a campanha em 2002. Ainda não haviam transferido a maternidade do mensalão tucano aos petistas e qualquer deslize do presidente em discursos era motivo de crise, assim como a sua ortodoxia excessiva no campo econômico - ortodoxia que fora cobrada pela mesma imprensa ao mesmo Lula.
Assim como o mandato do metalúrgico, o Orkut também engatinhava e este que vos escreve criou, no dia 08 de junho de 2004, a comunidade Viva Lula, com a seguinte descrição:
"Como só existem comunidades que nasceram para falar mal do governo Lula, esta aqui se propõe a mostrar o quanto o país melhorou desde a saída do nosso tirano e entreguista FHC.
Desde já, o iniciador desta comunidade acredita que existe uma verdadeira conspiração por parte da imprensa - em especial a Folha de S.Paulo - contra o presidente, assim como já ocorre com Fidel e com Chávez.
Portanto, para aqueles aventureiros que querem causar polêmicas, fora. Você não é bem-vindo se for falar mal do presidente. Além disso, aqui não é um lugar democrático, é comunidade. Leia a descrição e veja se se enquadra. Discordou, nem entra. Discordou, entrou e falou coisas contrárias ao propósito da comunidade, tá expulso.
Simples assim..."
A postura golpista havia sido detectada pela nitidez do neolacerdismo desde a posse de Lula. Dois meses depois de fundada a comunidade, ela mereceu de uma menção na Falha Online. Da "reportagem" - não assinada, diga-se -, destaco a frase que se referia a mim: "A Folha tentou falar com o fundador, mas não obteve resposta." É óbvio que a Falha jamais me procurou, preferindo colocar em prática um artifício corriqueiro desse jornalismo moderno e imparcial que a mídia brasileira diz fazer. Para se vingar da descrição na Viva Lula, deixaram nas entrelinhas que eu era um sujeito intolerante ao ponto de não atender o jornal.
Procurei o ombudsman da época, exigindo retratação e a publicação de um direito de resposta. Meu e-mail nem foi respondido (quem é intolerante?), mas ainda assim repeti o pedido, falando então como assinante do jornal. O silêncio permaneceu, a assinatura foi imediatamente cancelada (ainda sinto pena da moça que me atendeu) e minhas suspeitas sobre como agia a Falha se comprovaram.
Por tudo isso, não surpreenderam as coberturas do mensalão e da reeleição de 2006, a criminalização dos programas e movimentos sociais, as fofocas sobre alcoolismo presidencial e as demais fábulas que toda a imprensa inventou e ainda vem inventando sobre Lula, assim como não surpreendem os golpes baixos que tornaram a aparecer com ainda mais intensidade neste 2010 eleitoral. Existe, no entanto, uma significativa diferença: em 2004, eu e alguns outros estávamos isolados, as redes sociais não tinham força e a mídia detinha uma credibilidade quase religiosa; hoje, os jornalões se enterram na cova que cavaram para um governo que tem tudo para eleger Dilma Roussef e têm de conviver com a migração de recursos cada vez maior para a mídia alternativa. Talvez por isso o desespero.
Peguemos o factóide Bancoop, em que não houve sequer apresentação de denúncia do promotor (ir)responsável, ou então a condenação midiática à EBC pela contratação de Luís Nassif, duas das pautas que bombardeiam a blogosfera política. No primeiro caso, há uma clara formação de quadrilha, com o já citado promotor convocando seus espalha-merdas nas redações para requentar denúncia não comprovada de 3 anos atrás. No segundo, é pura inveja e um troco ao profissional que realizou belo trabalho de desmascaramento da mídia com o Dossiê Veja. Sobre a Bancoop, o interesse não é o de ajudar quem ainda não conseguiu sua casa, mas sim favorecer a corrida eleitoral tucana. Na questão Nassif/EBC, não há nem denúncia - trata-se das regras de um mercado autorregulador que a própria Falha defende em qualquer ocasião. Por que, neste último exemplo, ninguém o relacionou com os contratos milionários firmados entre governo de SP e Editora Abril, Estadão e Falha, todos eles sem licitação?
Ao se descolar de seu princípio básico, ou seja, defender e ser porta-voz do bem social, o jornalismo de massa, consolidado nos jornalões e redes de rádio e TV, iniciou sua transformação decisiva, tornando-se simples panfleto de divulgação, geralmente das castas mais conservadoras deste país. Se há 10 anos um escorregão jornalístico era reversível, atualmente, com todas as possibilidades de se buscar informação, o fim é certo e está próximo. De minha parte, ao contrário da felicidade pelo acerto premonitório por conta do ocorrido em 2004, causa-me total angústia testemunhar o desmoronamento da profissão que escolhi.
11 março 2010
Outro recado
Não assisti ao jogo ontem. Dos lances que vi, tivemos ímpeto guerreiro e o golaço de Dentinho, mais uma vez deixando seu coração corinthiano falar mais alto. O empate foi bom resultado e lideramos o grupo. Pelo que ouvi, porém, devo novamente apelar para a republicação de um post, desta vez de dezembro de 2008.
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Corinthians e R9
Não dava para deixar passar O assunto do fim de ano. Esqueça Madonna, fim do RBD, crise econômica e o "sifu" do pizidente. Correu o mundo e à boca larga a contratação do Ronaldinho - Ronaldinho, porque Ronaldo só tem um e defendeu as traves corinthianas por 10 anos - pelo Corinthians. Uma grandiosa jogada de marketing e a maior negociação do futebol brasileiro dos últimos tempos.
Antes, porém, preciso lembrar o que sempre disse do tal fenômeno. Venho brigando com Deus e o mundo desde quando ele explodiu no Barcelona, pois via mais um craque da imagem que um craque da bola. Sei que ele fez muito em campo, principalmente na Copa de 2002, quando calou a boca de muita gente, inclusive a minha. Mesmo assim, nunca deixei de ficar com o pé atrás.
Recentemente, soube de umas histórias de bastidores da Copa de 2006. Consta que Ronaldinho, além de visivelmente fora de forma, tinha sua cabeça em qualquer outra coisa, menos no futebol. Ações na bolsa, bajulação de celebridades via msn, negociatas com multinacionais. Para mim, o ímpeto marqueteiro estava comprovado e havia chegado ao ápice, e o jogador passava a ser um empresário, ainda que sem abandonar o campo.
Esses dois fatores me fazem desconfiar demais do novo "reforço" corinthiano. Claro, ele sem joelho é melhor que Errei-rá, Otacílio Neto e Bebeto juntos. O que eu enxergo, no entanto, são duas coisas: a primeira, que se trata de mais uma jogada do departamento do Rosemberg, talvez a única estratégia certeira em toda a gestão Sanchez (FORA!) porque vai trazer receita ao Corinthians; a segunda é estritamente política, e o presidente tampão acaba de garantir sua reeleição. Como projeção, afirmo que sinto aí o mesmo cheiro que senti em 2004 com o MSI e Tevez.
Diante dessas reflexões, espero que no ano do Centenário não estejamos vendo o nome do Corinthians figurando novamente nas páginas policiais por conta da mesma corja estúpida e aproveitadora que ainda manda no Parque São Jorge. E também espero que o Gorducho cale minha boca mais uma vez, priorizando o jogador de futebol que ainda é em detrimento ao empresário que busca se tornar.
10 março 2010
Constatações (ou post motivador)
O resto do mundo que se posta contra nós, devotos do Time do Povo, invariavelmente nos tacha de megalomaníacos e pedantes. Dizem que exageramos na medida de nossa paixão pelo Corinthians, o que nos faz distorcer fatos. Até acredito que, a partir da década de 90, o corinthiano ficou muito mal-acostumado com os inúmeros títulos conquistados e isso ajudou a degradar um pouco nossa torcida. Porém, quase sempre falamos baseados na realidade - quando não é isso, é amor incondicional mesmo -, essa sim manipulada por uma mídia que, desde 1º de setembro de 1910, tenta devastar o Parque São Jorge.
A afobação para nos diminuir é tão grande que, na maioria das vezes, as manchetes e os textos dos abutres anticorinthianos acabam saindo pela culatra. Peguemos, por exemplo, o que diz nesta quarta-feira o site daquela emissora totem dos assassinos do futebol. "Timão disputa público com banda de rock" é a chamada, querendo impor uma obrigação à Fiel de lotar um estádio na longínqua Colômbia. Abstraiam a gigantesca possibilidade disso acontecer para notar que os carniceiros acabam comprovando o que todo alvinegro sabe: a nossa torcida não só é a maior do Brasil como, provavelmente, é a maior do mundo.
Nada enche mais de orgulho, no entanto, que duas torcidas rivais - e mais uma aspirante a rival - se juntando para dar eco ao discurso da imprensa. Navegava por blogues verdes na noite de ontem e me deparei com uma campanha que, além de ser digna de pena, joga o moral dos corinthianos lá para cima. Dos mesmos autores do movimento "Você já riu de um corintiano (sic) hoje?", criado em 2007 para tentar capitalizar sobre nossa pior tragédia, os invejosos reúnem-se desta feita para zicar a participação Centenária na Libertadores. Capitaneada por um torcedor de um clube que, há seis meses, assumia a autoria de nossa desclassificação na competição sul-americana (e que, risível, nem conseguiu se classificar para a dita competição), a cruzada anticorinthiana tem como objetivo "unir novamente Palmeirenses, São Paulinos e Santistas por um ideal em comum".
Eis aí a prova cabal do quanto incomoda o sucesso do Corinthians. O sentimento contrário à nossa existência é transformado num ideal e chega a comover, tamanha é a felicidade que uma derrota do Coringão proporciona a quem não tem o coração em preto e branco. É provável que essa lacuna na alma seja o motivo pelo qual tanta gente se propõe a nos destruir, ainda que sabendo da impossibilidade disso acontecer.
Dessa maneira, não se trata de pedância ou megalomania. Repito, são simples constatações de nossa grandeza. Há prêmio maior nesses 100 anos de existência, corinthiano?
CORINTHIANS MINHA VIDA, MINHA HISTÓRIA, MEU AMOR!
Leia mais:
- A Hora da Cimitarra VII (por AnarCorinthians)
09 março 2010
Ainda vale
Há um ano, este blogue publicava o seguinte post:
"Ronaldo só tem um
Só pra deixar as coisas bem claras.
VAI CORINTHIANS!"
Achei pertinente republicar isso hoje, não sei por quê.
08 março 2010
Curtas
- Coisa rápida, só para o registro. Parabéns ao Barneschi, mano véio vagabundo que faz anos hoje, no Dia da Mulher, e que está comemorando a data com a nova invenção da FPF: o futebol às segundas-feiras.
- Patrulha express! Estadão mancheteou: "Congestionamento de bicicletas na Ciclovia da Marginal Pinheiros, nesse domingo". Duvida? Dá uma olhada, então... Congratulações a todos os envolvidos, especialmente à Soninha Francine. Sorria, São Paulo!
- Duas cacetadas em Ali Kamel, aquele babaca que afirma não existir racismo no Brasil. Enquanto O Globo recusou um anúncio sobre o debate das cotas nas universidades públicas, o brilhante senador Demóstenes Torres (DEM), no mesmo evento, deu a seguinte declaração:
"Nós temos uma história tão bonita de miscigenação... [Fala-se que] as negras foram estupradas no Brasil. [Fala-se que] a miscigenação deu-se no Brasil pelo estupro. [Fala-se que] foi algo forçado. Gilberto Freyre, que é hoje renegado, mostra que isso se deu de forma muito mais consensual."
Brilhante, não?
- Ontem eu recebi uma mensagem que me deixou preocupado e que, por via das dúvidas, está guardada na minha caixa de e-mails para futura publicação. Digo que tem gente bem maluca na internet...
07 março 2010
Suficiente
Fizemos neste domingo o que deveríamos ter feito no jogo da última quinta: ganhamos. Era para estarmos tranqülos na classificação, mas as coisas quase sempre não acontecem do jeito que a gente quer quando se trata de Corinthians.
No entanto, foi o suficiente, até por se tratar de vitória fora de casa. Foi o suficiente para mostrar que as cornetas viradas contra o São Jorge Henrique estavam equivocadas e que o Dentinho chegou ao ano do Centenário com o Corinthianismo no coração. Foi o suficiente para vermos que Morais não tem a mínima condição de vestir nosso Manto (porra, porque não colocam o argentino???). E foi até o suficiente para que Roberto Carlos acertasse seu primeiro cruzamento jogando pelo Coringão.
Vamos à Colômbia sem o peso de outro resultado negativo no Paulistão, ainda que com o peso da baleia que veste a camisa 9. Aliás, vale o recado: ao invés de cair em ciladas dos abutres e ficar dando moral para críticas infundadas contra certos jogadores, a Fiel precisa acabar com essa blindagem ao obeso.
Quarta-feira é energia positiva e crença renovada. É o Corinthians contra a rapa, inclusive contra os canalhas do apito (só hoje foram dois pênaltis e pelo menos uma expulsão não dadas a nosso favor). Esqueçam, eu repito, esqueçam o que andam falando por aí e acreditem na nossa própria fé.
VAI, CORINTHIANS!
05 março 2010
O fim chegou antes da hora
Desde 2007, este blogue vem dizendo que a Copa de 2014 no Brasil seria um marco negativo para o futebol. O evento, tratado desde já com toda pompa e soberba, só irá servir à modernidade que está sendo imposta goela abaixo ao torcedor de verdade. No entanto, parece que houve um erro de leitura de minha parte, pois a morte anunciada para daqui quatro anos assombra as arquibancadas neste exato instante.
Senão, o que dizer do caso de proibição dos palavrões nos estádios da Paraíba, sob a alegação de que é preciso transformar o ambiente num lugar mais decente e favorável à família? Pior ainda é a aceitação passiva da massa, sem contestações ou revides. Como não ficar abismado com o relato preciso do nosso amigo João Medeiros, relatando que o sistema de som do Maracanã disparava ao público "para seu maior conforto e segurança, assista ao jogo sentado" durante a final da Taça Guanabara?
Essas são algumas facetas da tão propalada modernidade, que nunca trouxe nenhuma contrapartida. Acabaram com os campeonatos com confrontos diretos, sob a alegação de que os modorrentos pontos corridos seriam uma forma mais justa e organizada, evitando, inclusive, remarcação de jogos que era constante. Ao torcedor, prometeram mais conforto durante o "espetáculo" (a escolha da palavra foi proposital) e comodidade na compra dos ingressos. Tudo isso se comprova mentiroso, já que a Globo mexe na tabela como quem troca de cueca e os problemas na aquisição de entradas são os mesmos de sempre. Pior, quando alguém faz algo que valoriza o torcedor de verdade e cria um programa de fidelização, vem um canalha chamado Rafael Corrêa e faz um lixo de matéria criticando o troço, chegando inclusive a criminalizar quem se associa ao referido programa.
É um processo de elitização fortíssimo, aliás, de reelitização, já que as madames e os barões nunca aceitaram que o povo tenha tomado conta do futebol no início do século XX. As balelas, como sempre, são bancadas pela imprensa esportiva, que vive a condenar aqueles que nos dedicamos inteiramente ao time de coração. Os nobres jornalistas, do alto de suas pautas mal-feitas, só esquecem de informar aos brasileiros que, para essa festa de 2014, ninguém da baixa casta está convidado.
Como se não fosse o bastante a agonia diária, eis que o presidente da FPF vem à público justificar os injustificáveis horários esdrúxulos do Paulistão 2010, cravando em nosso peito a lança do destino. O Barneschi reproduziu as principais pérolas em seu blogue e eu destaco o trecho mais revoltante: "Para o presidente da FPF, o Paulista é feito para públicos distintos. E o trabalhador que tem de levantar cedo no dia seguinte, diz Del Nero, deve evitar ir aos jogos das 21h50.'O Paulista é 100% televisionado. Ele pode acompanhar a partida de casa'".
Aqueles que nos chamavam de lunáticos com mania de perseguição há 3 anos terão de rever seus conceitos, ainda que isso jamais signifique uma vitória, posto que o fim do futebol é o nosso próprio enterro.
Mais:
- Copa das Elites (ou 2014 parte II)
- Copa 2014: um monstro devastador
- Museu do Futebol: o engodo II
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*Atualização: No Paraná, aquele Estado da federação totalmente dispensável e que poderia ser incorporado por São Paulo e Santa Catarina, mais um engraçadinho quer se aproveitar do futebol para fazer campanha política. O secretário de segurança Luiz Fernando Delazari colocará bafômetros nos portões dos estádios para impedir a entrada daqueles que bebem sua cachacinha ou sua cerveja.
04 março 2010
Pendura na conta do Mano
Se o goleirinho mau-caráter havia rendido ao Corinthians menos 9 pontos no Paulistão, o "herói" do empate diante do Botafogo de Ribeirão foi Mano Menezes. Sem delongas, como eu posso ser paciente com alguém que me coloca dois volantes e o inominável num jogo em que era obrigatório ganhar? Como ficar calmo tendo de ir às 17h de uma quinta-feira no Pacaembu para assistir o treinador substituindo Dentinho, autor do gol, e deixando um pepino do mar obeso em campo? Como entender Edu na lateral esquerda?
Isso sem contar nego vaiando Jucilei, o único a apresentar bom futebol (como sempre, ao lado do já citado Dente), a intocável e imóvel baleia que veste camisa 9 sendo aplaudida com bola na canela e o Alessandro cagando de medo diante de uma equipe do interior. Tudo, vale repetir, às 17h de uma quinta-feira. O mano Janeiro chegou a uma conclusão precisa: só podem estar nos testando, fazendo de tudo para dificultar o Centenário. Os vagabundos não apresentam um futebol decente e a diretoria inventa partidas na puta que pariu e em horários ridículos, só para ver até onde vai a nossa teimosia.
Eu havia mencionado em outra ocasião que é hora de disparar críticas, é hora de cobrar e é hora de enfiar o dedo em certas feridas para não nos fudermos depois. Mas, ao que parece, tem gente que só quer fazer festa e, como disse o sábio Roberto Daga em tempos áureos, "que a gente fique batendo bumbo na arquibancada". Ora, vão fazer festa na casa do caralho!
AQUI É CORINTHIANS!
03 março 2010
Porra!
Não sei quando surgiu o primeiro e nem quando vai surgir o próximo, mas tem umas sacadas na internet que são inspiradoras. A série Porra! criada no tumblr, por exemplo. Ontem mesmo, eu fazia menção ao caso Turma da Monica maligna e um gaiato já tinha criado o "Porra, Maurício!".
O sacana se dá ao trabalho de escanear trechos dos gibis de Maurício de Souza que dão margem a dupla interpretações, só para "corroborar" as palavras insanas do tal Dioclécio Luz.
Fuçando nos tumblrs relacionados, é possível encontrar outras pérolas. A que mais me prendeu atenção e rendeu gargalhadas é o "Porra, Kassab!". A homenagem ao nosso cassado prefeito é prova da sua popularidade em alta.
Também curti o "Porra, Rafaela!", que penetra no cérebro doentio daquela menina diabólica da novela das oito. Aliás, vale o registro: é ou não é o troco da Globo para desbancar a Maísa do Silvio Santos?
O próximo destaque me fez lembrar do Edu Goldenberg, já que o "Porra, Ego!" faz paródias do (palavras precisas do Edu) "podre, fétido, infecto, putrefato, inconcebível, inacreditável e insuperável site EGO".
Finalmente, não podia faltar nessa lista a maior revelação das artes cênicas da última década. Fiuk, filho do rei da sacanagem Fábio Jr., está lá em seu "Porra, Fiuk!" com imagens bastante íntimas. A visita é altamente recomendável, principalmente porque é possível apreciar algumas fotos do prodígio com a Menina Luz.
Divirtam-se!
02 março 2010
Curtas
- O conluio entre imprensa, FPF e arbitragem contra o Centenário do Corinthians ficou claro e oficializado na última segunda-feira. As declarações de réu confesso de um jogador do time médio e os comentários do Coronel Marinho, responsável (???) pela Comissão de Arbitragem, servem como exemplo nítido de como o sucesso do Time do Povo ainda é intolerável.
- Ainda assim, o mano Filipe me manda por e-mail a declaração feita pelo comandante do tal Navio do Centenário, um italiano:
“Não foram os gritos de guerra incessantes até de madrugada (risos) nem foram as camisas do Corinthians vestidas por todos todos os dias o tempo todo: o que mais ficou marcado para mim foi o amor com que todo mundo, até os mais velhinhos, dizem ter pelo clube… O orgulho que se vê nos olhos. Agora também sou.”
- Dilma sobe nas pesquisas. Confesso que, há um ano, eu não acreditava que a força dessa mulher pudesse colocá-la no páreo para as eleições presidenciais. O registro dessa força está no Flickr da Dilma.
- O carcamano Seo Cruz faz anos hoje. Todas as felicidades para ele, menos as futebolísticas, obviamente!
- Um babaca escreveu ao Observatório da Imprensa criticando, veja só, a Turma da Mônica, leitura obrigatória de todo cidadão honesto na infância. Entre as incríveis bobagens, o autor do lixo afirma que a Mônica resolve tudo na porrada e que essa postura valoriza o machismo, que a Magali incentiva a obesidade e que o Chico Bento é uma visão burguesa do camponês. A contraposição, óbvio, é feita a partir dos quadrinhos gringos, que atualmente apresentam personagens com traços bem sexualizados a fim de atrair adolescentes punheteiros. Se você quiser perder seu tempo, leia. E depois confira isso aqui e isso aqui, caso tenha acreditado nas baboseiras do senhor Dioclécio Luz.