29 junho 2010
Dois em um
Dois posts em um, relacionados umbilicalmente, no entanto.
- Pitacos verdamarelos:
O Brasil passou pelas oitavas e pelo Chile com um futebol muito mais decente do que o apresentado naquele cumprimento de tabela contra os patrícios. Apesar de ainda nem um pouco empolgante como estão Alemanha e Argentina - nossos possíveis adversários na final -, a canarinho teve melhoras com relação ao desempenho na fase de grupos. O meio de campo se transforma completamente sem Felipe Melo e Elano, mas deveria ter Robinho no lugar de Daniel Alves, armando o jogo ao lado de Kaká. No ataque, aquele que nunca ganhou do Corinthians junto de Nilmar.
De todo modo, o que mais dói é a total falta de identidade desse time com o brasileiro. E quando falo de identificação, não é aquela baboseira de futebol-arte, muito bem resumida pelo Barneschi na assertiva "o futebol não é essa viadagem idealizada por Armandos Nogueiras da vida" (por sinal, o Barneschi segue impecável nessa Copa). Digo que há uma aura de falsidade em torno de cada jogador que só me resta vibrar com Dunga, principalmente depois que ele se transformou no inimigo número 1 dos abutres.
Agora, pegamos a freguesa Holanda, num jogo que promete ser teste para cardíacos. Minha esperança, por mais contraditório que possa soar se levarmos em conta tudo que falo com relação à postura de um torcedor de verdade, é que a final Brasil x Argentina se concretize. A festa e o churrasco, ao menos aqui em casa, estarão garantidos.
--------------
- Os canalhas e suas opiniões sem sentido:
Dois fatos chamaram atenção nos últimos dias de Copa do Mundo. O primeiro é a baboseira da inserção de aparatos tecnológicos como forma de reduzir erros de arbitragens voltando à pauta dos debates futebolísticos tupiniquins. É que nas partidas de Alemanha e Argentina, duas cagadas antológicas deram as caras. Na eliminação da Inglaterra pelos bardos de Berlim, o juiz e o bandeira não validaram um gol nítido e, indiretamente, promoveram a reparação histórica de 1966. Já nossos hermanos tiveram um gol impedido validado - e foi AQUELE impedimento!
Nesses momentos, como sempre, aparecem os assassinos do futebol. São aproveitadores que querem utilizar a polêmica inerente ao esporte para obter vantagem pessoal e acabam contribuindo para destruir o pouco de dignidade que restou dentro das quatro linhas. Pois vejam que a abutraiada, corneteira e cagona, se indignou com os erros supracitados em favorecimento aos possíveis adversários do Brasil na final da Copa e agora clamam por bola com chip, VT para o quarto árbitro e outras bizarrices - não se ouviu menções semelhantes quando do gol três vezes irregular do 9 brasileiro contra a Costa do Marfim. O problema real, a má formação dos canalhas do apito, ninguém quer discutir. Pois imaginem os senhores um belo quebra-canelas no Desafio ao Galo de domingo ser interrompido por um videozinho para determinarem se fulano estava ou não impedido? Ou então um sujeito querer enfiar um chip numa bola de meia para ter a certeza de que a pelada de rua não foi prejudicada por uma malandragem do arqueiro? Tais medidas só serviriam para elitizar e desfigurar ainda mais futebol, popular e democrático na essência.
Falar em elitização, aliás, nos leva à rabugice da semana, cujo tempero foi a inveja e certas demonstrações patológicas de desinformação. Nosso caríssimo arquivista, nossa voz da verdade, meteu novamente os pés pelas mãos em sua coluna na Falha de S.Paulo. Dispensando seus habituais laranjas e sendo incisivo na contestação à mídia (risadas, pessoal, risadas), Juquinha, no mesmo texto (texto?), fez críticas ao peleguismo de Dunga, ao esquerdismo de Dilma, ao apoio dos correligionários de Dilma ao Dunga na briga com a vênus platinada e a ex-jornalistas globais que conseguiram alforria e hoje exercem jornalismo decente, com especial relevância na internet - dando nome aos bois, Paulo Henrique Amorim, Luiz Carlos Azenha e Rodrigo Vianna.
Já influenciando a leitura, notem que, entre tantas incongruências e barras forçadas, Juquinha deixa escapar inocentemente suas predileções políticas, mesmo tentando parecer progressista. Nada surpreendente para um apoiador de Maluf. E menos surpreendente se lembrarmos o modus operandi dos Marinho, famiglia para a qual Juquinha presta serviços de maneira muito mais servil em comparação aos funcionários do bispo, posto que se dispõe a defender a cada vez mais indefensável Rede Globo. Fiquem com a pérola:
"A dupla D-D
Sem nenhuma responsabilidade nem de Dunga nem de Dilma, juntaram os dois na campanha
DUNGA E DILMA nada têm em comum a não ser suas casas no Rio Grande do Sul.
Dilma Rousseff, como se sabe, nem gaúcha é. E é de esquerda, fiel ao seu passado que não renega.
Dunga, ao contrário, é de direita, quase feroz, a ponto de nem tirar a mão do bolso para cumprimentar o presidente Lula.
Dunga também tem um passado a zelar como jogador e, mais uma vez, agora na Copa do Mundo, atingiu seu primeiro objetivo, qual seja o de classificar a seleção brasileira em primeiro lugar em seu grupo e sem derrotas.
Aliás, são façanhas de Dunga até agora como técnico da seleção brasileira: as conquistas da Copa América, da Copa das Confederações e do primeiro lugar nas eliminatórias, com direito a classificação antecipada e vitórias sobre o Uruguai, em Montevidéu, e sobre a Argentina, em Rosario. A primeira não acontecia havia 33 anos, e ganhar da Argentina tornou-se comum para ele, que a bateu em amistoso e na decisão da Copa América. O que, é claro, não justifica que tenha dado a resposta atravessada que deu ao jornalista argentino que quis saber de uma eventual final entre ambos na Copa.
Mas Dunga, agora, porque contrariou a TV Globo, virou ídolo de uma certa gente que apoia a candidatura de Dilma.
E como essa gente, incapaz do contraditório, é inimiga da Globo, embora lá tenha trabalhado servilmente, como serve a certos bispos, resolveu, é claro, que inimigo do meu inimigo é meu amigo. Dá pena de Dilma e de Dunga, que, certamente, se conhecerem tanta mediocridade contrariada em suas ambições mais mesquinhas e carreiristas, alguns até lacerdistas na juventude, quererão distância.
O pior é que, na sua infinita burrice e incompetência, é gente que tem na sociedade a resposta inversa de suas campanhas, haja vista a audiência da Globo, que cresceu no joguinho contra Portugal, numa sexta-feira, em relação ao jogo melhor, e num domingo, contra Costa do Marfim.
Politizar as posições de Dunga é tão patético como pedir à Dilma que escale a seleção de 1970, quando ela, como tanta gente de valor, lutava como podia contra a ditadura militar.
Ao contrário, por sinal, desses oportunistas que misturam alhos com bugalhos.
25 junho 2010
Pitacos verdamarelos
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz Nilmar zzzzz
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz xinga, Dunga! zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.
Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz xinga mais, Dunga! zzzzzzzzzzzzzz
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
falhou Júlio César zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.
Ao menos terminamos em 1º...
22 junho 2010
Corinthians nas mãos erradas
Na calada da Copa do Mundo e numa época em que os torcedores se encontram meio anestesiados, uma verdadeira bomba caiu no meu colo na noite desta terça-feira. Não, não foi a decisão do comedor de acarajé de ir para o expressivo Genoa, da Itália - oh, onde estão os gritos histéricos?. A partir de uma iniciativa do Departamento de Marketing do Corinthians, a Comperio Research enviou uma pesquisa para cadastrados do Fiel Torcedor para levantar informações sobre perfil do público que supostamente freqüentaria o famigerado novo estádio.
Antes de mais nada, aproveito para reforçar duas coisas que este humilde espaço sempre defendeu. Primeiro, que o Fiel Torcedor talvez seja a única coisa boa na gestão de Andres Sanchez, pois valoriza o torcedor de verdade (aquele que sempre vai ao jogo) com descontos e prioridade de compra. Segundo, que o Corinthians não precisa de estádio próprio. Temos o Pacaembu e pagar pelo aluguel do Estádio Municipal não é demérito para ninguém.
Dito isso, vamos ao conteúdo da tal pesquisa, que inclusive será ilustrada com prints de tela para fins comprobatórios. Achei curioso, aliás, que ao invés das tradicionais maquetes, a diretoria nos brinda agora com algumas imagens ilustrativas via e-mail, tentando parecer high tech. Enfim, vamos ao que interessa. A corja trabalha com três locais para o estádio alvinegro: Itaquera, Parque São Jorge e Pacaembu.
A maldita modernidade e o malfadado padrão europeu são as premissas que regem toda a pesquisa, como pode ser visto a seguir.
Tais fios condutores, obviamente, influenciam negativamente a vida daqueles que freqüentamos a sagrada arquibancada e sustentamos anos a fio a instituição Corinthians e a Mística da Fiel. Nessa toada, o marquetim de Roxemberg determina que teremos muito em breve a venda de carnês de temporada, com preços a partir de R$29 para ingressos atrás do gol - os valores crescem à medida em que os setores vão se aproximando da linha central do campo.
É a senha para que a exclusão do povo entre em cena. Os nobres senhores das salas ar-condicionadas daquele belo prédio com fachada em mármore nos vêem como inimigos e não nos querem ao lado do Corinthians. Preferem dar ênfase ao setor VIP do projeto e oferecem nojeiras como restaurante, lounge, espaço de eventos e o diabo, esquecendo-se do mais simples: paixão e alma.
Está aí, para quem quiser ver, mais uma facada nas costas do torcedor corinthiano. Esqueçam a festa da favela, guardem bem na memória aquelas fotos com a Fiel balançando bandeiras, esticando faixas e soltando rojões. Sanchez e sua horda vão jogar no lixo o maior patrimônio do Centenário Sport Club Corinthians Paulista. Termino este texto um tanto quanto emocionado, e ainda na esperança que a Revolução da Arquibancada reverta esse processo. Não podemos deixar que nossa vida, nossa história e nosso amor se transforme em um mero CNPJ.
ACORDA FIEL! FORA SANCHEZ! ELEIÇÕES DIRETAS E DISSOLUÇÃO DO CONSELHO JÁ!
PELO CORINTHIANS, COM MUITO AMOR, ATÉ O FIM!
No Cu dos Juquinhas - edição extraordinária de Copa do Mundo
por Carlinhos
Este espaço pândego abre parênteses (graças a sugestão do @hiran7 ) para publicar um toco em terras sulafricanas!
Juca “Valdívia no São Paulo” Kfouri, considerado pelo Querelado Escriba sua “mãe de cuecas” , usou seu espaço crível para discorrer sobre a contusão do craque evangélico Kaká; todos que já praticaram algum esporte – o que não é o caso do cientista social – sabem que sempre há uma dor na joanete aqui, uma unha encravada ali ou uma fisgada no ciático acolá – faz parte: “no pain, no gain”. Imaginem os senhores, se isso não é comum em atletas de alto rendimento?
Mas claro, os Arautos do Apocalipse querem capitalizar num futuro fracasso de nossa Seleção Canarinho, é praxe, só que Juquinha se deu mal uma vez mais.
Transcrevemos abaixo o toco levado ao vivo e a cores por Juquinha dado pelo Kaká:
“Há algum tempo os canhões do Juca Kfouri são disparados contra mim e o que me deixa triste é que essas críticas não são pelo futebol, mas porque ele tem problemas comigo por causa da minha religião. O problema dele em relação a mim é minha fé em Jesus Cristo. Da mesma forma que respeito ele como ateu, queria que ele me respeitasse pela minha fé em Jesus Cristo”. (via Terra)
Depois dessa, NCDJ´s cederá 10% dos donates recebidos neste mês à Igreja da Bispa! E cá pra nós, esse tal canhão tá mais pra traque de festa junina!
21 junho 2010
Pitacos verdamarelos
- O estilo de jogo da Seleção para essa Copa é isso mesmo que vimos no domingo último, com o belo placar brasileiro diante da Costa do Marfim. Esquema truncado, dois volantes na correria e dependência de um bom desempenho do menino crente (oh, expulso! Pecado!) e do centroavante que nunca ganhou do Corinthians. As falhas de marcação, principalmente nas costas de Michel Bastos e na avenida Felipe Melo pelo meio, são facilmente corrigíveis e provavelmente só ocorrem porque ainda não enfrentamos nenhuma equipe digna de atenção redobrada.
- Minha preocupação atual não é com o escrete nem no seu posicionamento em campo, mas sim com o gol irregular que fizemos. O troço foi descarado e o juiz fingiu que não viu, em primeiro lugar, uma falta; depois, a primeira mão na bola e, finalmente, a matada de bíceps. Pior ainda, o árbitro teve a cara-de-pau de perguntar ao infrator se havia ocorrido a infração, isso tudo com transmissão mundial. Tal cena, provavelmente, irá nos custar muito caro, ainda mais se levarmos em conta que não precisávamos disso para ganhar de um fraquíssimo adversário.
- Se Dunga ainda não é unanimidade como técnico, ao menos seu comportamento diante da imprensa é exemplar. Depois de barrar os corneteiros jornalistas que foram para a África do Sul com o único objetivo de tumultuar os treinos da canarinho, ele deu uma bela entortada no babaca do Alex Escobar, da Globo/Sportv, na coletiva pós-jogo. Temos de parabenizar Dunga pela maneira correta com que ele vem tratando esses abutres, além de levantar dois questionamentos: 1) se jornalista está em coletiva, por que não presta atenção no entrevistado – até para evitar o risco de falar bobagens depois – ao invés de ficar tricotando pelo celular? 2) por que o referido jornalista, ao invés de responder no mesmo nível, corroborou o “cagão” dito por Dunga e foi chorar no colo dos chefes globais que, covardemente, iniciaram campanha contra o técnico? Pelas costas, todo mundo é valente...
- Dados soltos: Itália é uma vergonha. Comparar Luis Fabiano a D10s é uma cretinice. Apanhar em campo da Costa do Marfim é assinar atestado de cuzão.
17 junho 2010
Ah, que isso? Elas estão indignadas
Corria o ano de 2007 quando foi decretado que a Copa de 2014 seria realizada aqui no Brasil. Rapidamente, este blogue, mais alguns outros e o espaço do meu velho irmão Barneschi sentenciaram que isso significaria o fim do futebol no país, pelo menos do jeito que ele tem sido disputado há mais de século, arrebanhando multidões. Naquela época, também adiantei que a minha preocupação jamais residia em moralismos baratos com relação a uso e desperdício de dinheiro público, até porque isso é um requisito para que torneios do tipo aconteçam em qualquer país do mundo.
A cada oportunidade em que tratávamos do assunto, gritos surgiam como trovões raivosos contra esses humildes torcedores de arquibancada, preocupados tão somente com a paixão que nos move. A tragédia, porém, estava com data marcada e certa malta mostrou-se ouriçadíssima com a possibilidade de salvar seu anti-estádio (cito o Filipe), utilizando-o, além de espaço para buffets infantis e academias de bacana, como uma das sedes do mundial de seleções. A nós, restou torcer para que dois erros não se repetissem: o primeiro, de 1938, com a maledeta promoção do Jogo das Barricas; o outro, da década de 1950, quando o tal anti-estádio começou a ser erguido, público e notoriamente, com recursos do governo militar.
Tamanhos absurdos não poderiam ter replay, mas até pouco tempo atrás o cenário era desanimador: presidente da república, ministro dos Esportes, governador do Estado e prefeito estavam empenhados em bancar a reforma do Morumbi, novamente dando dinheiro do povo a usurpadores. Os amigos podem perguntar: "ora, mas você não disse que não iria citar o moralismo quanto ao dinheiro público?" Sim, caso essa grana não fosse beneficiar uma entidade particular, principalmente uma que é reincidente no desfalque ao erário. Mais ainda, afirmar que o cascalho viria de empréstimos do BNDES é de uma vilania sem tamanho, comprovada inclusive pelo sumiço dos supostos investidores privados interessados na parceria público-privada.
Depois de muito blablablá e pouca ação, a Fifa acabou por humilhar a corja na última quarta-feira, vetando o panetone e provavelmente condenando madame à falência. No instante seguinte à desmoralização em nível mundial, um caso patológico de sem-vergonhice se manifestou. Rejeitado o Morumbi, a assessoria de abutres gritou, a torcida se descontrolou e arranjaram até mesmo um jeitinho de colocar a culpa no Corinthians. Para provar que não estou mentindo, o Barneschi listou todos os despautérios a que estivemos expostos nas últimas 48 horas. Disseram também que erguer um novo espaço seria desperdício, pois a cidade está bem servida e um novo estádio ficaria às moscas. É mais ou menos a mesma premissa do outrora prefeito de SP José Serra que, em 2005, retirou boa parte da frota de ônibus das ruas porque eles circulavam vazios...
Tudo seria muito coeso se a preocupação da malta com relação ao uso das verbas governamentais tivesse aparecido durante os quase três anos em que ficou na pauta essa enrolação, mais precisamente enquanto o panetone seria seu beneficiário. Ninguém no Jardim Leonor se revoltou (e seria até questão de comprovar a famigerada excelência em administração clubística) com a sugestão de receber uma benção monetária do poder público para reformar aquilo que é impossível melhorar - quem pisou no antro concorda. Era como se os desvios e a corrupção não fossem ocorrer por conta do "modelo diferenciado de gestão" que os leonores adoram ostentar. Eis a bizarra linha argumentativa característica desse pessoal que adora distorcer a realidade: "para quê ampliar o patrimônio do povo se podemos tratá-lo como lixo? Porém, se o agrado vier para o nosso bolso, tá tudo certo."
Dessa maneira, valorizar a derrocada da malta, ao contrário do que possa parecer, não significa apoio à devassidão que provavelmente teremos na construção de um estádio público zero km. É simplesmente deixar a hipocrisia de lado para defender, uma vez feita a merda, que a merda seja de todo mundo. Quando avisamos há 3 anos sobre os perigos da Copa em terras brasileiras, tacharam-nos de apocalípticos para baixo. Pois eu solicitei que não viessem reclamar os desavisados, e aí está. Ao menos, temos um fio de cabelo a comemorar...
15 junho 2010
Pitacos verdamarelos
Começando o Brasil na Copa, começa aqui também minha cornetagem (e não vuvuzelagem, que é uma besteira) sobre a apresentação da Seleção na África do Sul. E eu não consigo compreender como é que pode a gente ter medo de oriental no futebol. Nos computadores talvez, nos seriados de super-heróis com certeza, mas no futebol não! Pois foi assim que o escrete canarinho se apresentou durante todo o primeiro tempo, com direito, inclusive, a entortada de um japonês-coreano sobre o Juan. Se eu tomo uma entortada semelhante de qualquer oriental, me dou um tiro na cara...
É nítida a falta que faz um meia-atacante nesse elenco, cujo nome poderia ser Ronaldinho Gaúcho. Ficou evidente, ainda, a falta de variação tática do Brasil, assim como o nervosismo do tal centroavante - falou mal do Corinthians, acontece essas coisas...
Contra a Costa do Marfim, tivéssemos no banco o Dunga que eu aprendi a admirar, a seleça entraria com Daniel Alves no lugar do fraco Michel Bastos (que Galvão Bueno chamou, a certa hora da transmissão, de Michel Alves), além de Nilmar no lugar do camisa 9. Kaká, cujo desempenho ficou muito próximo do Raí em 94 - leonores, vai confiar... -, precisa acordar e parar de pensar na porra do dízimo. Finalmente, goleiro que se preza não vai de encontro ao atacante virando as costas, nem zagueiro central toma drible de coreano.
Haja vista todas as bizarras partidas até agora, ainda dá para acreditar no título. Porém, se pegarmos uma Argentina ou uma Alemanha, a coisa pode ficar preta, senão vergonhosa. É preciso muito mais do que vimos hoje,.
P.S.: quero ver vagabundo reclamar da bola depois do primeiro gol...
--------
Atualizações em 16/06:
- Aparentemente, Mano Menezes foi o único brasileiro a ficar plenamente satisfeito com o futebol apresentado pela seleção em sua estréia.
- Essas transmissões em sinal digital é uma verdadeira merda. No primeiro gol, eu fiquei sabendo cinco segundos antes porque a TV em que eu assistia à partida tinha um delay impressionante. Tive de mudar de lugar...
- Falando em transmissão, outro dia comentava com a Evinha que aquela música "Replay", gravada pelo Trio Esperança e que serve de trilha na Jovem Pan AM a cada gol marcado, deveria ter ido junto com José Silvério para a Band. É tão complementar ao berro de Silvério quanto o feijão ao arroz (abaixo, a íntegra da obra-prima).
- Aliás, que saudades dos bons tempos da Jovem Pan AM, que é tema recorrente por aqui...
14 junho 2010
Prevalecendo o óbvio...
Lançadas oficialmente no último fim de semana as duas candidaturas que irão, de fato, disputar a presidência em 2010, uma particularidade se repete nesse pleito. Nos discursos feitos por Dilma Rousseff e José Serra durante as convenções de petistas e tucanos, há uma clara divergência de conteúdo que resume bem os dois principais projetos administrativos e serve de base comparativa ao eleitor.
De um lado, a representação máxima das forças conservadoras e do liberou-geral privatista encarnada em José Serra não apresentou uma proposta sequer de campanha. Limitou-se a demonstrar desespero gerado pelas últimas pesquisas de intenção de voto no ataque ao melhor governo que o Brasil já teve, além de ecoar denúncias não comprovadas de uma mídia que hoje repousa em suas mãos. Dessa forma, a mensagem que o candidato neoliberal deixa nas linhas e entrelinhas é uma só: não sei o que vou fazer e não me interessa dizer ao povo o que pretendo realizar quando souber.
A prova cabal do descompromisso e da falta de planejamento na candidatura de Serra é a indefinição quanto ao postulante da vice-presidência. Depois que seu predileto José Roberto Arruda teve o mandato de governador do DF cassado por suspeita de corrupção, o tucano caiu na própria armadilha e hoje colhe os frutos de sua famosa truculência nos bastidores políticos. Serra isolou-se até mesmo dentro de seu partido. Assim, o tempo que poderia e deveria ser gasto com a formulação do plano de governo é utilizado na composição de alianças e na briga de egos.
No outro corner do ringue, ainda que a unidade de pensamento e ação não sejam o forte, os petistas definiram com muita rapidez o discurso de valorização e ampliação das conquistas sociais do governo Lula e, simultaneamente, escolheram Michel Temer como vice para agregar o poder de fogo do PMDB na propaganda eleitoral. Dilma, portanto, já era candidata meses antes dessa oficialização e, sabiamente, absorveu as demandas que chegam à administração federal a fim de elaborar novas sugestões aos próximos anos.
Divergência estabelecida, façamos a análise a partir do que há de concreto para afirmar, nesse primeiro arranque da corrida eleitoral, que a bandeira de uma candidatura é o denuncismo sem comprovação, sempre alardeado por uma imprensa partidária, e a outra prevê a continuidade e ampliação do que está bem encaminhado, acompanhada da proposta robusta de reformulação no sistema tributário.
Pode parecer raso, mas por conta da dicotomia partidária dos últimos anos, o debate também não se aprofunda e o óbvio acaba prevalecendo. E ao prevalecer o óbvio, é compreensível o esforço dos conservadores e seus meios de comunicação em ocultá-lo o máximo possível. Seria uma lavada de Dilma logo no primeiro turno...
11 junho 2010
Curtas
- Então começou a Copa do Mundo e, na cerimônia de abertura dessa quinta, o único espasmo de futebol do evento foi a aparição do Doutor Sócrates Brasileiro. E tem gente que luta contra os fatos e acusa o corinthiano de ser megalomaníaco. Corinthians, um gigante mundial!
- Falando em Copa, não dá mesmo para confiar num camisa 9 que diz a seguinte frase, em réplica a uma provocação do argentino Veron: "Estamos todos felizes de estar aqui. É normal a gente ter essa alegria durante o nosso trabalho. Mas tem pessoas que são amargadas na vida". Em contraposição, vemos D10s abrindo o bico assim: "Quando aconteceu o problema com Togo, um senhor moreno disse por aí que não haveria Copa do Mundo na África do Sul. Hoje estou aqui e posso dizer que amo a África. Aqui se pode viver tranquilidade com sua família". Acho que ficou bem clara minha intenção...
- Diversão mesmo é ler as baboseiras postada no Twitter pela Bispa Sônia, aquela que já teve condenação da Justiça por contrabando de dinheiro, casou o bambino de ouro e derrubou uma igreja na cabeça de crente. O mais recente pitaco mostra que a Renascer amplia cada vez mais seu império e já ministra cultos além da atmosfera. "Esta semana foi so estúdio CD DVD Tidao e agora Salvador!mas domingo as 10 to pregando no Espaço! T vejo lá!", disse a astronauta do senhor.
- Sai-me nesta sexta na Falha de S.Paulo a manchete "Comitê do PT usa notas frias para pagar sua equipe". Deixando de lado o fato de que a acusação do título da matéria não se comprova no restante do texto - expediente sempre usado pelo jornal do Frias -, fiquei pensado cá com meus botões como é que o pessoal que trabalha na Barão de Limeira faz para receber seu "salário", já que a maioria lá é contratada no esquema PJ.
10 junho 2010
Sem João há 10 anos
"Sofri uma entrevista essa manhã
'Quem é o João Nogueira?'
Nada mais que um operário
Compositor de primeira"
Entrevista - Aniceto do Império
Este texto era para ter saído no dia correto, mas acabou passando da data por puro esquecimento. Grave crime, pois não há brasileiro que se esqueça de um dos maiores compositores desse país. Acontece que no último 5 de junho completou uma década que João Nogueira partiu, deixando para nós todo seu legado de fantásticas canções. Particularmente, ele ocupa o lugar mais alto no pódio das minhas preferências, ao lado de Candeia. A devoção é tamanha que não passo um dia sem cantarolar, citar ou assobiar uma música de João.
Além da produção artística, sempre é bom lembrar dos feitos de João Nogueira no que diz respeito à preservação da cultura popular. A fundação da Tradição, sua participação na Portela e, principalmente, o maravilhoso trabalho no Clube do Samba são sua rica herança.
Por tudo isso, o vácuo que ficou desde sua morte é tremendo e, ainda assim, não houve uma linha sequer reverenciando esse pilar da música brasileira na última semana - e olha que João nem era tão marginalizado assim pela mídia enquanto vivo. Nem mesmo o filho dele fez qualquer especial em seu programa na TV Brasil, o que é de se espantar e lamentar.
Homenagens a João Nogueira, portanto, não podem ficar restritas a este e alguns outros blogues; pelo contrário, deveria ser cantada ao mundo e (por que não?) uma de suas canções mereceria ter sido o hino oficial da seleção canarinho nessa Copa 2010. Pouco para alguém de tamanha notoriedade, mas é um bom começo para que esse imortal artista permaneça vivo, se não em carne e osso, pelo menos no ideário do povo.
Salve, João Nogueira!
08 junho 2010
Da série frases feitas...
Durante os períodos de estiagem futebolística, a principal artimanha da imprensa para compensar a falta de assunto nas inter-temporadas é tratar sobre venda e compra de jogadores. Na mesmice de perguntas e respostas, jornais e sites são inundados por aqueles termos manjadíssimos e, no referido caso das transferências ,a regra é dizer "quem decide isso é meu empresário e a diretoria".
Em primeiro lugar, a frase feita citada desmonta toda a tese – corretíssima, diga-se - da luta contra a lei do passe. Apesar dos equívocos na elaboração da Lei Pelé, é verdade que libertaram os atletas dos clubes. O problema é que não conscientizaram esse pessoal quanto aos seus direitos trabalhistas, tampouco falaram da necessidade de organização de classe. Não sei se minha restrição com relação a patrões e espertalhões influencia, mas o fato é que me causa certa revolta escutar um gaiato de salário milionário entregar de bandeja sua vida a terceiros. Como pode o cara não saber se quer permanecer no clube, ir para um outro país, ganhar mais ou menos, ter retorno com publicidade etc.?
Mais triste, no entanto, é extrair desse comportamento a total falta de comprometimento dos jogadores com tudo aquilo que realmente importa no futebol: a instituição que ele supostamente deveria defender, a torcida que mantém essa instituição e o seu próprio interesse pessoal.
Outro dia eu escrevi sobre nossa incompetência nacional em não conseguir eleger um ídolo brasileiro e o assunto converge nesse papo de agora. Particularmente, desde 1998, quando meu último herói corinthiano deixou o Parque São Jorge, não saúdo nenhum jogador da arquibancada. E isso não é nada bom...
07 junho 2010
Lições, lições, lições...
Acaba o primeiro trecho do modorrento campeonato de pontos corridos e um alerta preciosíssimo veio em boa hora para o Corinthians. O mais importante, manter a liderança, foi feito, mas algumas lições devem ser encaradas como guia de conduta até dezembro se quisermos ganhar o Brasileirão. O que vínhamos falando se comprovou nesse domingo: as boas apresentações nos últimos dois jogos foram por conta do compromisso assumido pelos jogadores e apesar de Mano Menezes.
Durante o embate contra o botafogo, tivemos um meio de campo omisso e desatento, além de uma falta de criatividade crônica dos atacantes (as falhas da zaga e/ou do goleiro são recorrentes). Tudo isso deixou as coisas muito difíceis para o Coringão, que ficou na dependência da genialidade do golaço de Bruno César, achado depois que Elias acordou para cuspir e emendou um passe milimétrico. Durante a maior parte do jogo, porém, só deu o time adversário dominando as ações na meia cancha. Tanto que empatamos a fórceps, no último segundo, corinthianamente.
Vale deixar registrada aqui uma postura que jamais se espera de um treinador decente. Ralf foi sacado após o segundo gol adversário, como se fosse culpa exclusiva dele o mau futebol corinthiano e o próprio tento. Curioso é que estávamos com 4 volantes em campo naquele momento - o gênio do banco de reservas fez a substituição quando o "ótimo" empate estampava o placar - e, diante dessa formação defensiva, é inaceitável levar o contra-ataque que levamos. Pura falta de orientação de Mano no posicionamento do time.
A importância do gol de Paulo André nesse período de estiagem, portanto, é considerável sob todos os aspectos. Ontem mesmo, durante as transmissões da partida, só se falava em desmanche (alguém se lembra dos papinhos semelhantes de 2009?). É como uma válvula de escape para a anticorinthianada de merda, o ar que essa corja suja respira. Se vão sair jogadores ou não, isso acontecerá sempre e é apenas fruto do que se transformou o futebol. Atletas sem amor à camisa e sem inteligência para gerenciar a própria carreira, empresários safados e dirigentes idem, todos interessados apenas na grana. Por isso, corinthiano, não sofra por antecipação nem se desaponte. Quem se interessa pelo Timão é apenas a sua Fiel Torcida. Que o bom senso prevaleça nas férias e que o Corinthians siga forte até dezembro, até porque o Brasileiro é obrigação.
04 junho 2010
Curtas
- Mais um capítulo no DVD chorolado: na noite desta quinta, com um Pacaembu lotadíssimo, o Corinthians deu um vareio de bola na gauchada de merda e consolidou sua boa fase no Brasileirão. Domingo é pegar o Botafogo e enfiar mais um saco para ficarmos tranqüilos nessa estiagem de futebol durante a Copa do Mundo. Mas como vale a prudência, dá para achar o lado negativo: as vitórias não deixam muito espaço para a gente posicionar nossas críticas às cagadas do treinador, que mais uma vez deixou o time com cinco volantes e quatro laterais em campo. Apesar disso, a assertiva a seguir é sim verdadeira: somos líderes, apesar do Mano. #soumanodowilsonmano
- Você aí, que fica maravilhado com aquela propaganda bonita da campanha do Serra na televisão sobre a estrondosa melhoria na educação pública estadual, vale dedicar alguns minutos também para a realidade. Esse post da Evinha é definitivo para denunciar o sucateamento do troço e prever o futuro do Brasil caso a Dilma não vença as eleições de 2010.
- O Edu Goldenberg me perguntou via Twitter e eu faço questão de espalhar uma notícia que ninguém deu muita pelota. Aqui em SP, o generalzinho afirmou categoricamente que vai intensificar sua jornada anti-povo recolhendo faixas, bandeiras e demais adornos em apoio à Seleção Brasileira colocados nas ruas. É a sanha higienista de uma adminstração pública que também bota a culpa nos mendigos pelos buracos das ruas e avenidas cada vez mais abandonadas da capital paulista...
- Vem aí o Jogo das Barricas! 3 de julho, haja o que hajar.
- Quando o frio chega, eu fico, definitivamente, de ovo virado.
01 junho 2010
Manias de velho
Dizem que virginianos são metódicos e que essa conduta chega a irritar as outras pessoas. Tal signo, segundo os entendidos na astrologia, tem como característica uma moderada propensão ao famoso Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Quadros tortos na parede incomodam, as roupas precisam ser organizadas em cores e CDs guardados em ordem alfabética nos armários, a seqüência específica para a realização de uma tarefa deve ser seguida à risca. Apesar de nascido em 9 de setembro, jamais apresentei esses sintomas, exceto algumas maluquices cotidianas que vão listadas abaixo e me inspiram auto-galhofas constantes:
- quando eu limpo a bunda, dobro o papel em retângulos perfeitos para um melhor aproveitamento e para evitar problemas com possíveis rasgos. Aliás, economizo em tudo, menos no papel higiênico;
- falando em cagar, faço isso no mínimo 3 vezes por dia. Mando um barro ao acordar, outra vez depois do almoço e, finalmente, antes de dormir. Dependendo do cardápio, podem haver outras visitas entre essas demandas principais;
- o banho tem uma ordem rígida. Primeiro, lavar o cabelo. Posteriormente, o rosto, a fim de retirar toda a oleosidade da área. Depois, aplico o condicionador e, enquanto espero sua ação, dou um trato no resto da tralha;
- azulejos e pisos cerâmicos me prendem a atenção. Fico procurando padrões nos desenhos e tento descobrir qual a lógica e o local de origem da instalação;
- meia e calçados, sempre o pé direito primeiro;
- ao ir para o Pacaembu, tento sempre estacionar o carro na mesma rua e seguir o mesmo trajeto até meu lugar na arquibancada. Quando há mudanças, é fatal para o Corinthians;
- na mesa do buteco ou de um restaurante, sento-me sempre de frente para a rua;
- para rachar a conta da cerveja, é favor deixar valores múltiplos de R$5. Irrita-me profundamente os miseráveis que largam moedas, dificultando a soma final. Aliás, também economizo em qualquer coisa, menos na cerveja;
- ao ligar o computador, abro duas janelas do Firefox. Na primeira, acesso o Twitter, depois o Orkut, depois o blogue e depois o e-mail. Na outra, abro os sites de esportes. Só então o meu dia começa;
- não decoro números de telefone, mas sim o desenho que se forma ao pressionar as teclas;
- aliás, prefiro mandar e-mails a ligar para alguém. Odeio telefone;
- ao caminhar nas calçadas, procuro não pisar nas divisórias ou linhas;
- não vou a cinemas de shopping centers. Quando faço esse sacrifício, só entro em salas de rua que vendam cerveja;
Acho que é isso.