27 abril 2007
Cadê o Corinthianismo?
Mais uma derrota vexatória. Mais um dia de vergonha para a Fiel Torcida. E, mais uma vez, perdemos a chance de ganhar um campeonato que tinha tudo para ser fácil. Mas não dá nem para colocar a culpa neste ou naquele jogador. A culpa é na essência. Falta Corinthianismo. Falta jogar pela camisa alvinegra. E essa ausência de amor ao Corinthians começa lá no topo, com o senhor que atende pelo nome de Alberto Dualib.
Ladrão de marca maior, ele vem usurpando o patrimônio histórico do Timão há duas décadas. Diz que foi o maior vencedor na história do clube, mas é também o maior perdedor. E a única solução para que essas vergonhas parem de acontecer é a saída desse velho gagá da presidência.
A questão é: ele só sai se for tirado à força. O Conselho, nomeado em sua maioria por ele, tira ele e coloca um pior. Então, a Fiel tem sua chance histórica de mostrar sua força e é a grande responsável por trazer o Corinthianismo de volta.
A continuar nesse ritmo, daqui alguns anos poderemos chegar num destino tenebroso. O que era grande, pode sumir. É chegada a hora da Torcida se unir e fazer valer aquela máxima: "No Corinthians, a torcida é que tem um time".
Fora Dualib ladrão! Fora Conselho vendido! Fora não-Corinthianos do Pq. São Jorge!
Breves da partida:
- Uma coisa que me incomoda há algum tempo é essa postura morna da família Gaviões. Ontem, acabou o jogo e nada. As lideranças têm que se mostrar como tal e convocar, ali mesmo na arquibancada, uma reunião para decidir a tomada de postura. Adianta ir uns poucos no vestiário, sendo que a massa já estava dispersa? Sei não.
- Na saída do jogo, surgiu uma bela idéia: pegar todas as taças no Pq. São Jorge e levar para a quadra. E só devolver quando dissolverem toda a diretoria e convocarem eleições diretas para presidente e conselho.
- Acabo de saber que a repórter Marilia Ruiz, que se diz Corinthiana, apanhou ontem no Pacaembu. Bem-feito. Jornalistinha que paga de fiscalizadora e tem "contatos" com a diretoria vendida não merece respeito.
- O bonde Rebouças-Fco. Morato aumenta!
24 abril 2007
1 ano!
Há exatamente um ano, me desprendia das garras do Blig e migrava para este blogspot.com. Outras histórias, outros tempos, outras memórias... E tempos melhores, com certeza.
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Morreu Boris Yeltsin. Um dos nossos! Bebia em quantidades exponenciais...
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Conhece a origem do zorro? Não? Então veja aqui.
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Ganhei um primo novo: Mathias Minoru Kenji Morel de Oliveira. O coitado do moleque vai demorar muito mais tempo pra aprender o próprio nome que os colegas. Foto do pirralho em breve no /saizica.
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Tá bom né? Já deu...
20 abril 2007
Mácula na Heitor
Alarmado e pesaroso. Assim estou ao receber a notícia da minha irmã. A Sabesp, sem o menor constragimento, abriu um buraco na Heitor. Sob o pretexto de consertar o esgoto do vizinho, eles fizeram um rasgo bem ali, na frente de casa. Sem me perguntar se podiam.
Moro nessa rua desde sempre. Ela fica ali no Jardim Bonfiglioli, Zona Oeste de São Paulo. Até meus 3 anos, ela ainda era de terra. Quando chovia, a molecada saía em carreira para brincar nas corredeiras cheias de lama.
Aí veio o progresso. Asfalto cobriu nosso chão. Minha mãe gostou porque não iria mais quebrar seus saltos de sapato. Meu pai gostou porque o carro - branco - não iria ficar mais tão sujo. E eu gostei porque brincaria com os tratores e caminhões e promoveria corridas de carrinhos de rolimã naquela ladeirona.
Depois de pavimentada, ficou realmente muito bom. Além das corridas, virou arena para vários eventos desportivos. O pessoal da favela da esquina se juntava aos domingos e fazia campeonatos de vôlei. A gente entortava os portões dos vizinhos jogando bola das 14h às 22h. Todo dia. Deixei grande parte do meu joelho ali naquele asfalto.
Assim como meu joelho, hoje ela foi maculada. Ao contrário de 99% das ruas de São Paulo, a Heitor não tinha um buraquinho. Nada. Aqueles remendos mal-feitos? Esquece. Asfalto lisinho, plano, perfeito. Até hoje. Vai ficar lá agora, na frente da minha casa, a cicatriz. Muito mais significativa e dolorosa que a do meu joelho.
15 abril 2007
Aerosmith: coerência sonora
Muito mal se falou da apresentação do Aerosmith em São Paulo, no último dia 12 de abril. As críticas mais ferrenhas se focaram no excesso de "hits FM" que a banda originária de Boston tocou na sua passagem pelo Brasil, em detrimento a um repertório mais hard rock. Mas a verdade é que Steven Tyler, Joe Perry e companhia se mostraram uma banda competente, coerente e, principalmente, ainda incomparável com a média.
Apesar do som péssimo - além de jogos, o Morumbi se comprova o pior estádio para se assistir a shows -, é notável a qualidade dos músicos. Perry, a máquina de riffs dedilhados, é de uma clareza incrível. Solos matadores e técnica apuradíssima, que ficou ainda mais evidente na parte bluesera da noite. Joey Kramer e Tom Hamilton garantem a cozinha redonda e Brad Whitford segura a onda para que Perry debulhe nas seis cordas. E Steven Tyler, ah, esse cara é simplesmente um dos grandes vocalistas da história do novo rock. Lembro-me de uma homenagem que a MTV americana fez ao Aerosmith. Lá pelas tantas, a cantora Pink entrou no palco para cantar "Janie`s Got a Gun" e foi até a tribuna de onde Tyler recebia as honrarias. Eis que ela coloca o microfone na grande boca do cantor, que solta um berro ensurdecedor. Era latente o constragimento de Pink...
Voltando ao show, não dá para entender o porquê de tanta falação com relação aos hits. Depois de seu retorno, na segunda metade da década de 80, com a re-explosão de "Walk This Way" junto ao Run DMC, o Aerosmith assumiu de vez sua pose mainstream. O direcionamento mudou radicalmente, mas desde então, e até hoje, é possível reconhecer muito do peso do começo da carreira. E quem reclamou, o fez de barriga cheia. Tivemos no set do show "Toys in the Attick", "Sweet Emotion", "Dream On" e a já citada "Walk This Way". Apareceram, ainda, “Baby, Please Don’t Go” e “Stop Messin’ Around”, do álbum de blues Honkin' on Bobo.
Interessante saber que, se os eles tivessem tocado só a fase setentista, seriam chamados de ultrapassados, nostálgicos e apelativos. Mas era só olhar para a platéia para entender o porquê do repertório mais pop. Meninas preocupadas com a chapinha e playboys da Vila Olímpia eram maioria. Culpa, em parte, da glamourização já citada aqui, que cria uma demanda de público irreal e pouco fã da banda. No final das contas, eles agradaram a todos, fazendo uma verdadeira viagem pela própria história.
Outra coisa que se deve lembrar são os quase 40 anos de carreira dos caras. Fica impossível fazer um set list impecável sem que se sinta falta de alguma música. Padecem do mesmo "problema" bandas como Kiss, Rolling Stones, Deep Purple... Cito também os Ramones, que faziam shows com 31 músicas e, mesmo assim, sempre deixava algum clássico essencial de fora. Reafirmo que isso é para poucos. De minha parte, já posso morrer tranqüilo e deixar o registro para as gerações futuras: eu vi Aerosmith ao vivo!
09 abril 2007
Povo meu, tão intolerante
Saiu lá, lá na Falha de S.Paulo. O instituto prostituto de pesquisa deles - o Datafalha - que revelou. Estudo de abrangência nacional mostrou que 49%, sim, 49% dos brasileiros reprovam a união civil entre homossexuais. Outro dado alarmante aponta que 52% não aprova a adoção de crianças por casais gays.
Sustos. Primeiro, porque o Datafalha se propôs a fazer uma pesquisa séria. Piadas à parte, partamos para o lado sério e problemático da coisa. É certo que, por outro lado, 42% e 43% são, respectivamente, a favor do casamento gay e da adoção por casais desse gênero. Mas é alto o número de rejeição para uma coisa que, ao meu ver, não deveria nem ser colocada em questão.
Desde muito tempo, sempre tive um contato muito próximo com os homossexuais. Pedido de calma aos machões que passarem por aqui, já que não vai adiantar o esperneio desesperado em favor da virilidade heterossexual. Aprendi, na convivência amistosa e harmônica, a obviedade de não julgarmos o caráter de ninguém tendo como pressuposto sua orientação sexual. Você não vira gay, você nasce gay.
Qual seria o absurdo se eu chegasse para alguém e não aceitasse que ele casasse com um semelhante só pelo fato de ele ser, por exemplo, negro? Ou manco? Ou o raio que o parta? Eu adoro, por exemplo, ver as pessoas esbravejando a famosa frase: "não tenho nada contra". Essa é, talvez, a expressão que mais contenha preconceito e intolerância. E ela nos traz de volta o assombro da primeira exposição ali em cima, os tais 49%.
E sim, são esses 49% que acham bonito os gays na rua, no Carnaval... Mas só na casa dos outros. Só de longe é bonito, como se os homossexuais fossem bichos de zoológico. Assim como aconteceu naquela hipocrisia da última novela global, em que os portadores de Síndrome de Down foram glamourizados e provavelmente cairão no esquecimento tão rápido quanto um participante do BBB.
A Parada GLBT em São Paulo ser a maior do mundo - e ter crescido exponencialmente - não é algo surpreendente, mas ineficiente, pois não conscientiza na mesma proporção. Ao mesmo tempo em que queremos vender nossa imagem liberal, temos metade da população insegura sobre sua própria sexualidade, a ponto de intolerar a diversidade. De incoerência em incoerência, vamos construindo uma realidade em que se justifica agressões a gays, em plena Avenida Paulista, só porque o cara é gay. E já dá para ter uma idéia das conseqüências trágicas disso tudo.
Sem querer cagar regras, proponho uma reflexão. Iria você negar um filho, um pai, um amigo ou um irmão, só porque ele se descobriu gay? Se a resposta for negativa, acredito que você esteja bem direcionado. Se a resposta for positiva, digo que você estaria colocando em xeque toda a estrutura familiar sob a qual vive a humanidade. Além de demonstrar um medo terrível de poder a vir gostar do babado.
03 abril 2007
E piriri, e pororó
Semana curta, post curto.
- O cara tava fudido na vida. Aí ele entra pra uma colônia de férias, passa três meses numa mansão com festa duas vezes por semana, comida e bebida à vontade. Fica famoso, ganha um carro, vários eletrodomésticos e eletrônicos, um milhão e três mil reais (mais cachê de direito de imagem proporcional aos 3 meses de confinamento) e não vai ter que colocar a mão no bolso pra nada até o fim do ano. Projeto de vida: ir pro BBB8 hahahahahahahahahahahahahaha...
- Show do Ary Toledo nas arquibancadas. Levantar bandeirão de ponta-cabeça, pra mim, foi o fim...
- Show do Ary Toledo na cartolagem internacional. Copa Rio valer mundial, pra mim, é o fim...
- Show do Ary Toledo no Pq São Jorge. Chamar um ex-porco incompetente para "administrar" o futebol Corinthiano é o fim...
- Piscina, sol, cerveja, churrasco, vuco-vuco... Tem coisa melhor? Faltou só o um milhão de reais...
No mais, segue o jogo. E tempos felizes!
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