28 fevereiro 2011

Carnaval, combustível de vida


Dizem os chatos, o sem-amigos, que o Carnaval é uma insuportável apologia à banalidade. Carnaval sob qual perspectiva, seus bufões? Os milionários e falseados desfiles, as excludentes orgias burguesas uniformizadas de Salvador ou os bailes de plumas certamente são a referência, e não são Carnaval. Os amargos não suportam ver o banguelo sorrir, o esfomeado deitar no mesmo meio-fio que o classe média e ambos terem suas bocas lambidas pelo mesmo vira-latas que procura afago.

Recorro ao mestre Luiz Antônio Simas para melhor e brilhantemente definir o sentimento que representa o Carnaval. Diz ele: "Sempre fui um vigoroso defensor de uma ideia que não tem lá muitos adeptos e que já apresentei alhures: os maiores foliões são os tristes. O Carnaval, definitivamente, não foi feito para os alegres, os festeiros escancarados, as globelezas, os baianos de ocasião, as polianas desvairadas do sonho bom, os colecionadores de abadás que depois da festa serão usados como uniformes de musculação. O verdadeiro folião - o triste - sabe que a experiência carnavalesca é uma pequena morte. Durante os dias de Momo, a máscara prevalece e todas as inversões sociais são urgentes e necessárias. É quando devemos esquecer o que somos, o que fazemos e, nos casos mais agudos, a quem amamos".

Não sei exatamente se o dito pelo professor foi o que interpretei, porém há, de fato, a necessidade extrema da tristeza do folião. Ela não é patológica, mas sim oriunda do cotidiano, e então temos ainda mais destacada a faceta renovadora da farra. Novamente, voltemos ao início desta digressão textual para lembrar os tais amargos (não confundir a canalhice com a tristeza pautada por Simas) e seus motivos de ojeriza a um bando de fudidos saindo às ruas para celebrar. "Celebrar o quê?", pensam com a bile.

Celebramos, seus otários, a liberdade. Mesmo tristes e levando seguidas cacetadas, enchemo-nos de vida durante 4 dias para conseguir passar pelos outros 361 - e nesse ponto tomo a ousadia de discordar do Simas, que entende o período como uma pequena morte na "quarta-feira de cinzas, quando [o folião] ressuscitará como burocrata, marido, professor ou escriturário, para o longo e medíocre intervalo cotidiano entre um carnaval e outro". Morte, para mim, é ficar restrito à pseudo-felicidade daqueles amargos, que enxergam plenitude no trabalho, no cartão de ponto impecável, na mesquinharia e nas babaquices que tomam conta do meu dia-a-dia. Morro um pouco cada vez que o despertador toca, pois ele diz que eu DEVO acordar em determinado horário para perder 10 horas do meu dia em troca de migalhas.

Que venha logo o próximo sábado, pois estamos com o tanque já na reserva. Este ansioso brasileiro já não agüenta mais pela sua alforria.

24 fevereiro 2011

Ingenuidade, uma arma poderosa


Eis que aconteceu um furdunço entre a classe dirigente futebolística do país. No tiroteio de interesses monopolistas, criou-se um clima de total desvio de foco na negociação dos tais “direitos de transmissão” dos jogos em que muitos viraram mocinhos, apesar de serem todos bandidos. A pauta, mais uma vez, se origina da visão cada vez mais distorcida do torcedor que valoriza a bunda grudada no sofá. Do lado de lá, cartolas, emissoras, imprensa, todos eles sabem o que estão fazendo – e fazem muito bem - para acabar de vez com o pouco de alma que ainda resta nas arquibancadas.

Não iremos ficar aqui explicando do que se trata o assunto, pois até os alienados da bola devem conhecê-lo. Façamos, então, a análise de alguns pontos que saltam aos olhos. Peguemos, em primeiro lugar, o grande totem que muitos ingênuos elegem como a salvação do futebol: a Rede Record. Sim, senhores, a emissora do bispo, aquela que toma dinheiro de gente pobre no dízimo e que transmite horas e horas de pregação numa concessão pública de um Estado laico, se apresentou como concorrente da Vênus platinada em uma disputa que, aos olhos desavisados, parece ser revolucionária. Só parece, porque temos aí a mera troca de mão da chibata.

Quem, por Deus do céu, acredita na boa intenção da emissora da Barra Funda? Quem garante que os horários esdrúxulos (os quais foram oficializados com o veto do generalzinho Kassab ao PL que previa término das partidas até as 23h15) irão acabar? Quem, pelo Santo do Pau Oco, não vê nessa investida crente mais uma movimentação tentacular da fé sobre outra esfera importantíssima do país, assim como é feito na política há algum tempo? Oremos, senhores, pois estamos diante de uma briga entre o Céu e o Inferno, e geralmente o
barbudo e o chifrudo são os únicos que saem numa boa.

Adiante, é necessário frisar a subserviência ainda gigantesca de todos os envolvidos – inclusive da Record – à Rede Globo. Os clubes construíram sua divulgação e até mesmo suas vendas de patrocínio a partir do índice de audiência no canal 5. Parece-me até lógico, haja vista o interesse geral em deixar os estádios às moscas ou repletos de torcedores-modelo. Espertamente, os Marinho passaram a funcionar como um BNDES do futebol brasileiro, adiantando as famosas cotas e instituindo um sistema quase escravocrata. Não seria cegueira demais imaginar que o Clube dos 13 tomaria decisões sem levar isso em consideração? Está mais do que na cara a improbabilidade de qualquer time fechar com a Record, ou porque deve à Globo ou porque deve muito à Globo. Na malandragem, o C13 aproveitou a determinação do CADE em vetar os privilégios de negociação para tentar arrancar uma grana maior usando o bispo na jogada.

E então chegamos ao ponto crucial: o esfacelamento dessa eminência falsa. O C13 é uma bobagem que vinha se sustentando porque garante, apenas e tão somente, certo status a dirigentes decaídos. É também uma modalidade de monopólio do futebol que, se outrora prestou serviço ao esporte, agora está parada no tempo. Não é possível esquecerem que os jogos no meio da semana às 22h é culpa exclusiva do C13 e da CBF, cujas ineficiências ou submissões permitiram a emissora carioca desenhar a tabela dos campeonatos de acordo com suas vontades.

Por essa razão, é louvável que o tampão do Corinthians, ao lado dos presidentes dos 4 grandes do Rio, tenham tomado a iniciativa de cavar a sepultura desse ajuntamento de lordes. Os elogios, porém, ficam por aí, e agora passamos a avaliar apenas o alvinegro. Um dos grandes problemas - entre os muitos - de Sanchez é sua vocação para tomar uma decisão acertada seguida de inúmeras cagadas. Novamente, ao solicitar o desligamento do C13, ele não tinha na manga o próximo passo. Quando, em 1913, promovemos o revolucionário estapeamento da elite ao colocar a várzea no futebol da Liga, as ações foram muito bem programadas, estudadas e discutidas. Quase 100 anos depois, vemos apenas um dirigente jogando fumaça na realidade, deixando de exercer a função social do Sport Club Corinthians Paulista na defesa do seu povo
e enganando trouxa sem sequer mencionar a questão indispensável: ou estatizam as transmissões ou cada clube possui sua própria emissora.

Antes que venham os gritos de “utópico!” por conta da suposta inviabilidade dessas duas propostas, é preciso reforçar que aqui neste espaço eu tento manter a coerência das idéias. E ser coerente é não conseguir aceitar que o futebol tenha seu destino traçado pela televisão. A televisão, ainda mais depois do crescimento gigantesco das novas e mais democráticas mídias, não pode mais ditar as regras. Ao mesmo tempo, clube que depende de dinheiro de transmissão de jogo cospe na própria história até meados dos anos 70, quando a TV não valia um vintém. De maneira que essas sugestões, além de atender os interesses dos torcedores, ainda garantem autonomia administrativa muito maior ao clube e acabam, definitivamente, com o futebol produto.

O mais assustador nesse papo todo é ver gente pensante, inteligente e freqüentadora de estádios caindo no conto de fadas elaborado pela mídia. Uma fábula na qual o Corinthians, notem, é a bruxa má (os times cariocas, de posição similar, são curiosamente poupados), tanto para a imprensa quanto para esses mesmos ingênuos que botam fé na Record ou em qualquer outra emissora. Na fábula, o Corinthians é o “advogado da Globo”, mas se esquecem de terem, os acusadores, defendido a emissora anos a fio. Dizem que é preciso “pensar coletivamente”, mas como trabalhar em conjunto com dirigentes do nível traiçoeiro de um Juvenal Juvêncio? Vou além, e digo que, se são tão nobres os reclamantes, para que precisam do Corinthians nas negociações? Será que não dão conta?

Pessoalmente, sempre me preocupo em avaliar muito a situação antes de esbravejar minhas opiniões. Consulto minha memória, avalio os fatos de acordo com minhas ideologias e, num último recurso, recorro ao inimigo para saber o que ele está dizendo. Fico contente em perceber que invariavelmente estou contra as vozes da verdade, malditos que usam os incautos para acabar com esse já combalido mundo.

21 fevereiro 2011

Pela simplicidade


Está chegando o Carnaval e me ponho a pensar seriamente naquilo que louva a frescura, a máscara da modernidade e as enganações típicas de um mundo sem alma. E o que isso tem a ver com a festa de Momo? Ora, o Carnaval é a hora do revés, é quando o pobre fica rico de alegria e o rico dorme bêbado na sarjeta. É o tempo do mais simples possível, sob a pena de se complicar.

Mentira, falei do Carnaval pois precisava mencionar os exploradores natos conhecidos como patrões. Desvalorizar os quatro dias de folia é nada mais que um ato terrorista dos pulhas, a grande maioria seres dotados de uma tristeza insolúvel: não ter amigos. Em não tendo amigos, presumem que o restante da população brasileira - sempre admirada a partir de uma superioridade garantida tão somente pelo poder econômico - não tem o direito de ser feliz. O imbecil que não dispensa funcionário do batente no Carnaval, portanto, é sinal de que o caminho atual leva às trevas.

Mas há outros exemplos de perdição na fuga do simples. Arthur Favela, figura simbólica da gloriosa e tradicional
Associação Atlética Anhangüera, outro dia veio a público, indignado, noticiar que o campo da referida agremiação do desporto paulistano sofreu uma intervenção assassina: instalaram lá na várzea do Tietê, desrespeitando a raiz do futebol popular, uma merda de gramado sintético. A prática, aliás, é recorrente. Na Vila Maria, zona norte da capital, o terrão que ficava nos fundos da escola de samba local recebeu idêntico tratamento estético.

Aliás, as escolas de samba... É cada dia mais vergonhoso o que vêm se transformando os ensaios nas quadras e barracões. Infestados de ex-BBBs (nessa modernidade toda, ex-alguma coisa virou profissão bem remunerada) e celebridades de todo baixo nível, vai chegar o dia em que não veremos um único preto sambando. Até o ato de sambar ficou meio esquisito. Com as baterias funcionando no 220 e soando tal qual liquidificadores, as passistas sugerem ter pó de mico no cu. Pulam, não passam.

Como também não passa a raiva quando se nota o oportunismo de alguns representantes do poder constituído. Desde os promotores de merda que atuam no futebol até deputados que propõem projetos absurdos, essa escumalha que deveria estar a serviço do povo usa seu cargo de trampolim pessoal. Peguemos os babacas que atendem pelo nome de Luis Yabiku e Vinícius Camarinha, cujos projetos de lei em diferentes esferas congruem na proibição de cigarros e que tais em locais públicos. Além de todas as balelas sobre "melhorias na saúde", uma das principais defesas é a de que a idéia funciona em Nova York. Ora, que se foda essa cidade de merda! Noves fora, o tal Yabiku tem umas influências na Cosan, empresa que degrada o meio ambiente com sua monocultura extensiva e é fornecedora de álcool combustível. Aí eu pergunto o que poluiria mais, um cigarro ou um escapamento de carro?

Nesse conjunto articulado de iniciativas, a palhaçada lentamente se oficializa. Vá a um estádio e tente comer um pernil na porta ou beber uma cerveja. Pergunte ao colega de trabalho desse escritório bacana na Berrini onde tem um PF bem servido para o almoço e note o nariz torcido para a falta de glamour. Tente comprar um camarão na praia. Eu vi o fim e ele é meu vizinho: no último sábado, adolescentes faziam churrasco no prédio ao lado de casa escutando música eletrônica. Pela simplicidade, devemos combater essas práticas desgraçadas, urgentemente.

14 fevereiro 2011

Breves


Senhores, eu tenho muito a falar sobre dois assuntos. O primeiro é com relação ao fardo que sai das costas do Corinthians, cuja oficialização acontece nesta segunda-feira. Resumo o que penso: com os palhaços indo embora, o circo de Andrés Sanchez baixa a lona e a bosta do cavalo começa a aparecer. Obviamente, melhor escreveu e descreveu o que o corinthiano precisa ter em mente nesse momento o Doutor Sócrates, esse nosso guia. O texto vai ali para a coluna esquerda, na seção "Corinthianismo", com o título "O peso da camisa do Corinthians". De chorar!

E o segundo assunto é sobre o que vieram me cobrar sobre o meu partido participar da administração Kassab. Tal acontecimento demanda ainda mais reflexão e tempo, mas já adianto que nada do que escrevi por aqui será limado, tampouco irá cessar. Continuo achando esse cara um merda, mas não cairei no discurso comum de quem vê a política com olhos cândidos.

Depois eu volto...

07 fevereiro 2011

Corinthians em III atos


I - O clássico:

O resultado diante da porcada tem implicações que não podem mascarar nossa realidade, mas também não devem ser ignoradas. Nem esse bando de vagabundo consegue minimizar a alegria de destruir os verdes e mostrar que o Pacaembu é sim a nossa casa. Apesar do rival ter sido maioria esmagadora - é preciso lembrar, porém, que só o Corinthians coloca mais de 30 mil em clássico por lá -, o barulho alvinegro comprovou a máxima "quem manda nessa porra é a torcida do Timão". O risinho da quinta sumiu no domingo e o corinthiano que foi ao Pacaembu dormiu com a sensação de dever cumprido.

Mais: ficou provado, A + B, que não precisamos de ex-jogadores em campo. O nojento, o sujo Gordo e sua claque de imbecis não fazem a menor falta e não voltar nunca mais ao Templo Sagrado. Quem estiver a fim de festa, favor dirigir-se a outros clubes que possuem essa faceta, porque no Timão o futebol deve ser levado a sério.

São dois anos de hegemonia no derby, apesar de tudo e de muitos. Apesar de Tite. Apesar de Andrés. Apesar de Gordo e filhos da puta agregados. Fora com todos eles, AQUI É CORINTHIANS!

II - Os "marginais":

Eis que no sábado a torcida retomou seu papel e foi ao CT tocar o terror necessário para colocar o Corinthians de volta aos eixos. Antes mesmo de qualquer avaliação compromissada com o factual, a imprensa abutre já estampava nas manchetes o serviço dos "vândalos e marginais", com sua "violência desnecessária". Ora, corinthiano, esses carniceiros querem convencer você a não ir ao estádio por puro interesse do patrão, de olho nas vendas de publicidade nas transmissões e no pay-per-view. Querem despolitizar o povo, como fizeram durante todo o regime militar, para depois se transvestir de arautos da moralidade e cobrar consciência e engajamento.

O ápice dessa campanha sórdida, aliás, é o circo de Flávio Prado, esse arremedo de jornalista que, curiosamente, não pisa em estádios há um bom tempo. Seu programa, mesmo visto por quase ninguém, ainda tem certo impacto por trazer reproduzir intensamente o discurso reacionário do dito "torcedor comum" (que, registre-se, abandonou o Corinthians e não foi ao clássico). O grande problema é definir como violência o que deveria ser chamado de mera reação. Violência de verdade é desrespeitar um manto que recebeu litros de suor para se tornar o gigante que é. Violência é tratar o futebol como produto e o elitizar, é usar uma instituição gloriosa para enriquecimento ilícito. Violência é se apropriar indevidamente da paixão de milhões.

Nesse meio tempo, a torcida vem debatendo e levantaram a hipótese de não comparecer ao clássico nem aos demais jogos. A meu ver, faríamos exatamente o que querem os vagabundos. Querem também boicotar produtos de patrocinadores, como se isso fosse afetar contratos cujos interesses são todos, menos o impacto em vendas - duvido que tenha havido qualquer incremento no faturamento das empresas que estampam seu nome na vestimenta do time. Sugeriram até boicotar o Fiel Torcedor, o único direito adquirido pela torcida nessa gestão lamentável. Levando adiante tais sugestões, aí sim estaríamos cometendo a maior das violências, absorvendo a visão mercantilista do esporte, ao mesmo tempo em que exterminaríamos nossa característica de construção contínua do clube a partir do povo das arquibancadas. A bandeira máxima, o nosso norte, precisa ser a ampla participação dentro do Parque São Jorge e, no momento, a única maneira viável para chegarmos lá é forçar via porrada.

III - Morte:

A morte de William Morais para mim foi um baque. Nunca o vi a não ser em campo, defendendo o Coringão, mas a maneira como o troço aconteceu e o período conturbado pelo qual estamos passando deixou as coisas mais tristes. Sem querer me aproveitar da tragédia, é bem sensato afirmar que há alguns assassinos indiretos, desde Mano Menezes até Tite, passando também pela diretoria. Esse moleque era para ser nosso camisa 9 desde o ano passado, mas sua, digamos, incompatibilidade com o banco de negócios que hoje toma conta do clube fez com que ele acabasse emprestado. Todos, todos vocês, crápulas, devem prestar contas à família desse garoto. Daqui de baixo, a família corinthiana pede para São Jorge recebê-lo em boa conta.

CORINTHIANS! CORINTHIANS! CORINTHIANS!

03 fevereiro 2011

Acorde, corinthiano!


Texto indicado pelo mano Filipe.

"ELITIZAÇÃO DO CORINTHIANS

por Wagner da Costa, quinta, 3 de fevereiro de 2011 às 11:09

Há 3 anos para se associar no SCCP no primeiro ano pagava apenas o titulo, hoje em dia paga o titulo e a manutenção, manutenção que custava R$ 50,00 e hoje custa R$ 80,00 sendo que qualquer atividade que faça no clube é pago a parte.

Era permitido a entrada de não sócio para visitar o clube desde que um sócio autorizasse na secretária, hoje e cobrado R$ 50,00 para visitar.

O presidente viu que o Povão estava se associando e esta dificultando a possibilidade do povo se associar, sua mascara caiu. Presidente que só pensa em dinheiro e divida que nunca diminui...
Sem falar nos preços dos ingressos, e um absurdo arquibancada que já ficamos um campeonato paulista inteiro sem entrar no estádio por que estava sendo cobrado R$ 20,00 e hoje esse presidente me coloca R$ 50,00 num jogo de libertadores para fazer a Fiel passar essa vergonha.

Fora Andres!"

Leia mais: Por uma crise corinthiana

A violência voltou


A noite, que começou péssima para mim, comprovou o ditado do "ruim que pode piorar". Ver esse juntado de vagabundos vestindo uma sagrada camisa e protagonizando um vexame indizível é algo que eu, realmente, não precisava testemunhar. Já tivemos derrotas que doeram no fundo da alma. Hoje, o problema é a falta dela...

Em momentos como esse, a razão é a única coisa da qual temos a obrigação de abrir mão. É preciso descer o braço, dar porrada em filho da puta que fez do Corinthians um loteamento de esquemas para enriquecimento ilícito e para a prática despudorada e escancarada do anticorinthianismo. A começar pelo presidente tampão, passando pelo diretor de marketing e chegando na socialite obesa. Todos precisam apanhar, todos!

Domingo, se não bastasse, é dia de derby. A improvável à enésima potência vitória não pode servir como outra maquiagem a um boneco de cera que começa a derreter. O apoio ao Corinthians é defender seu maior patrimônio, ou seja, sua origem popular e de lutas. O Corinthians, como maior movimento social do mundo, não pode ficar à mercê dos parasitas do mercado, da modernidade e das negociatas.

Acorde, corinthiano! Esse modus operandi valoriza exatamente aquele que nunca deveria merecer destaque. A diretoria do bizines quer tratar como rei os aproveitadores, os babacas de camisas coloridas que desprezam a nossa Centenária história e nossos bravos antepassados a troco de oba-oba. Em todas as partidas no Pacaembu, é nossa obrigação tornar a vida dos vagabundos um inferno, até que todos sumam do Parque São Jorge. Se você é um adepto da babaquice, alienação e higienização social, nem chegue perto do estádio.

É chegada a hora de declarar guerra! Temos de varrer o anticorinthianismo de dentro de nossa casa. PELO CORINTHIANS, COM MUITO AMOR, ATÉ O FIM!