17 agosto 2009
Eu não sei ser hipócrita
Recebi do Mandioca referência ao texto de um jovem de 13 anos, indignado quanto à perseguição da torcida leonor ao Felisbino. Antes de reproduzir aquilo que considerei necessário fazer - ou seja, minha resposta ao e-mail -, algumas observações para mera contextualização.
1) o troço foi publicado numa semana em que muita gente na imprensa tentou defender o "amável" jogador (palavras da mãe do Felisibino), com o pretexto de seu "ótimo desempenho" (palavras da mídia) em campo. Não entendi até agora o motivo disso.
2) o autor do texto em questão, ao que consta, é filho de uma das piores jornalistas deste país, Renata Lo Prete. Tal impressão pude confirmar durante as aulas que ela fingiu dar na Cásper Líbero. Tudo isso diz muito, ao menos para mim.
3) desconfio que o texto, na verdade, tenha sido totalmente modificado por algum adulto ou responsável.
4) o menino-autor é fã, entre outros, de Juquinha, que foi o responsável por disseminar essa bobagem. O arquivista e agora jornalista (por conta do fim do diploma) mostra de novo sua especialidade: espalhar lixo pela internet.
5) se esse moleque é assim com 13 anos, deve apanhar todo dia na escola e vai ser um porre quando crescer.
6) mais alguém detectou o mais novo membro da máfia juquiniana?
Segue o link para o tal texto e a resposta que me vi obrigado a tornar pública.
"Francamente, esse discursinho politicamente correto só comprova o fim do futebol. Sobre a forma como a homossexualidade é tratada socialmente, eu costumo dizer que a regra aplicada a isso é a do "bonito fora da minha casa". Tal qual no caso do racismo, há uma hipocrisia latente, que se materializa em textos como o desse rapaz.
Dito isso, passemos a outras ponderações. Primeiro, que não são nada salutares os exemplos de jornalistas que o moço utiliza - tanto os pais quanto o "ídolo" Juca Kfouri, uma enganação por excelência. E a mãe, se não me engano, é aquela que escreve o Painel da Falha de S.Paulo. Segundo, que o mundo do futebol é movido por sentimentos totalmente contrários à racionalidade, e isso inclui os preconceitos como forma de se alimentar rivalidades e de manifestar as tais "brincadeiras" e "provocações" tão exaltadas por aí. Não vejo ninguém defendendo corinthianos, por exemplo, de sermos chamados de bandidos, trombadinhas e/ou ladrões. Pelo contrário, nós absorvemos esses termos pela necessidade da criação de uma identidade e eles não nos incomodam e não fazem de nós ladrões. Cada um na sua...
Afirmo todas essas coisas levando em consideração o meu engajamento e apoio às causas do movimento LGBTT, mas isso como cidadão. Da mesma forma que, como corinthiano, irei chamar um são-paulino de viado quando estiver nas arquibancadas sem sentir um pingo de remorso ou apresentar sinal grave de incoerência. É preciso entender que o torcedor, o verdadeiro torcedor, incorpora condutas que não condizem com sua realidade fora dali, como se fosse um transe.
Por fim, fosse o referido jogador alguém que merecesse crédito, por que ele não assume o que todo mundo já sabe? Pelo contrário, ele apareceu na mídia com uma periguete, reforçando o machismo e o preconceito que o texto quer combater."
Não posso deixar de combater mais uma tentativa de moralização do futebol, neste caso por meio de debates oportunistas sobre a tolerância sexual dentro de um cenário totalmente incompatível. Vale ressaltar, ainda, que não se quer aqui defender qualquer atitude irresponsável da geração vitrine, mas sim dizer que é preciso considerar diversos fatores antes de julgar uma realidade. Por fim, quem me conhece que me condene.
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7 comentários:
Feio mesmo é se aproveitar da nobreza do infante para fazer valer a coisa da qual ele mesmo é vítima.
É o juquinha se superando na maldade.
O blog a que você se refere me dá ânsia! rs
bjosss
Eu também. Nada como colocar Felisbino e seus juqinhas no devido lugar.
Tô de volta Claudião !
E São PAUlino é tudo boiola mesmo, falo sem remorso e meu pai é tricobicha .. nem ligo..
FOda-se
Abraço
VAI CORINTHIANS !
hahaha..
aprendeu rapido o "moleque".
levei toco.....
Só porque lembrei o míudo que mamãe adora um Ctrl C e Ctrl V.
Hahahahhaa, sério mesmo cara? Bom, essa de bloquear comentários contrários é a primeira lição da escola juquinha, além de dar indícios que é mesmo a mamãe quem escreve e administra o blogue.
http://www.youtube.com/watch?v=1270cn0YxSo
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