01 setembro 2012

Corinthians: no coração e na alma


Quando o corinthiano entra em um estádio para ver o seu Corinthians, não é qualquer coisa. Não se trata do cotidiano, do comum, de mais um jogo. É o sentido da existência do cidadão. Para o bem e para o mal, a vida do sujeito gira em torno do amor a esse que é o maior movimento social do mundo. Ao corinthiano, basta renovar sua fé, reviver em cada guerra toda sua história e também a história dos outros. Ora: quem nunca chorou vendo o gol de Basílio, de Tupã ou de Luizinho, talvez os três tentos de maior importância em nossa trajetória que hoje completa 102 anos?

Não só isso. Quem não se imagina na sagrada esquina do Bom Retiro, fazendo escudo para que o vento não apague a vela que ilumina a ata de fundação? Quem não busca inspiração naqueles operários guerreiros que consolidaram o sonho do Time do Povo? Quem, por São Jorge guerreiro!, não esteve lá vigiando os muros enquanto o Neco "roubava" nossa taça pra preservar o patrimônio? Quem não ajudou a instalar os parafusos de Alfredo Schürig no Monumental da Fazendinha? Quem não articulou idéias para combater a intervenção da madame em 1941? Nossa história é belíssima, e ela nos basta.

Aliás, não só nossa história, mas também nossa luta. Esse papo de que "corinthiano gosta de sofrer" é uma tremenda inverdade. O sofrimento é apenas a conseqüência natural da sucessão de fatos que vêm ocorrendo desde 1º de setembro de 1910. O corinthiano gosta mesmo é de lutar. Por isso somos o que somos, foi esse o legado deixado pelos ancestrais.

Tudo que foge das concepções de luta, inclusão e fraternidade não é o Corinthians. Atribuam nomenclaturas como "modernidade", "evolução", "civilidade", o diabo. Esses termos não querem dizer nada - ou melhor, querem dizer o anticorinthianismo. O Corinthians se resume à guerra, ao proletariado revertendo a ordem por meio da disputa em nível de (quase) igualdade. O Corinthians, senhoras e senhores, é coisa muito séria.

Portanto, neste dia de Corinthians, grite como nunca! Faça a saudação a todos os milhões que nos acompanham, no céu e na terra, na batalha diária do corinthianismo. Exalte a força que nos faz sorrir e cair em prantos, de joelhos, quando o símbolo sagrado se agiganta. E, principalmente, saiba que seus atos determinarão o Corinthians que iremos deixar para as próximas gerações.

Obrigado, Corinthians! VIVA O CORINTHIANS! VAI, CORINTHIANS!


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