02 maio 2011

No dia do povo, triunfo do povo


A tarde do último domingo - um dia do trabalhador, como foram todos os nossos ancestrais fundadores - é daquelas para entrar na história. Um derby épico, embora cercado de muita falação de véspera e pouco futebol em campo, digno desses dias tão sombrios para o esporte. Ainda assim, o Corinthians exorcisou alguns demônios e, mais ainda, mostrou que definitivamente não precisa de estádio se temos o Pacaembu. Ganhar do porco, ali, nos pênaltis, com todas aquelas recordações, é para lavar a alma alvinegra.

Juro que havia sonhado com isso na semana passada. Algo me dizia que precisaríamos ir para os pênaltis, apesar do juízo lembrar de tudo aquilo que já passamos diante dos ex-polenteiros. Porém, mesmo com tilte, mesmo com toda a zica contra e mesmo com aquilo tudo que a gente denuncia aqui há tempos, nada superou o Corinthians no domingo. Nada!

A filodramaturgia gritante, portanto, é a representação máxima de uma raiva contra essa mística. Óbvio que não jogamos bem, e isso vem sendo feito desde o começo do ano. No entanto, a esquizofrenia e o cotovelo moído fez a porcada dançar na própria armadilha. Já do nosso lado, a gente sabe que batalhas são feitas para serem enfrentadas e fizemos apenas isso.

Todo derby deixa lições e espero que tenhamos aprendido (eu, por exemplo, acho que a diretoria deve ceder o Tobogã no próximo confronto em que o mando for nosso), o que não quer dizer que não devamos comemorar. Comemoremos sim, e muito, pois eliminamos o rival e ainda mantivemos a invencibilidade que já vai para dois anos.

Para terminar, ficam algumas considerações:

- acusam-nos de termos favorecimentos do apito, mas não há súmula de jogo do Corinthians que indique um gol de juiz;
- dizem que nossa história é "suja", mas esquecem-se de 1942;
- falam de PCO, mas nunca ganhamos um clássico com ele no apito. Aliás, ele é o cara que expulsou o Gamarra depois da Copa de 1998, em que o zagueiro jogou sem cometer nenhuma falta;
- defendem um cidadão que queria jogar no panetone a todo custo;
- insistem na antropologia aplicada ao futebol, ignorando até algumas coisas que eles próprios criaram tempos atrás, na tentativa de nos diminuir;

*atualizações:
- adversários agora querem dizer como o Corinthians deve jogar;
- patrulheiros agora querem proibir nossa comemoração;
- a verdade, a pureza, a clarividência, a moralidade eu achava que estava só na máfia juquiniana;

Diante disso tudo, vos digo:

VIVA O CORINTHIANS!!!

Um comentário:

Filipe disse...

Aliás, qual instituição já teve seu diretor de futebol punido com o exílio do mundo do Futebol por corrupção? Chupa essa bracciola que o chiqueiro é da mentira, porcada do fascistóide ex-colari.
Esse mimimi filodramatúrgico dançante, uma opereta sem graça, não fosse o talento para a comédia dessa porcada esquizofrênica, estará nos alegrando até o fim da semana, quando disputaremos o primeiro jogo da Final.

VIVA O CORINTHIANS NOSSO DE CADA DIA!!!