11 maio 2011

Higienópolis, um câncer


Talvez dois terços da minha vida tenham sido passados no caminho para Higienópolis. Por conta das idas ao Pacaembu, pelos porres no Ugue's ou na época em que trabalhei na Avenida Angélica, as visitas ao bairro chique sempre foram constantes. Tirando a labuta, as causas eram mais que nobres e contrastavam muito com quem mora na região, representantes daquilo que há de mais nojento na cidade de São Paulo.

É em Higienópolis que a visão tucano-reacionária prospera. Lá, é proibido falar de troços como Bolsa-Família, ProUni e que tais. O nome de Luiz Inácio Lula da Silva, se dito em voz alta, motiva chamados ao 190. Fica ali o Mackenzie, famoso pelo seu trabalho a favor dos milicos na época da ditadura ao matar comunistas com o seu CCC. Mas a última notícia que sopra a partir da Praça Villaboim é assustadora.

Dão conta que os moradores organizaram abaixo-assinado requisitando a remoção de uma estação de metrô prevista para as cercanias. As justificativas são dignas de Adolf Hitler: evitar "o aumento de ocorrências indesejáveis" e a transformação do lugar num "camelódromo". Deixe de lado o absurdo de alguém ser contra qualquer ampliação do Metrô - e aí a gente entende o motivo de 16 anos de PSDB - para atentar aos dois termos. "Aumento de ocorrências indesejáveis" seria mais povo? E "camelódromo" seria esse povo consumindo por conta do bolsa-esmola do Lula?

Indignações preconceituosas à parte, é lamentável o poder público prejudicar milhões de pessoas para atender os caprichos de 3,5 mil assinaturas arrecadadas no papel dos higiênicos paulistanos. É mais uma prova de que esse lixo chamado tucanato está cagando e andando para qualquer melhoria do lugar que governa há quase duas décadas. São Paulo, cidade e Estado, estão estagnados e são o anti-Brasil, com seus administradores trabalhando para uma minoria nojenta.

A solução, para mim, é drástica e única: o bairricídio. Radicalidade por radicalidade, fiquemos do lado da maioria. Preservem apenas o Ugue's, de onde verei esse lugar fétido e imoral definhar.

Sorria, São Paulo.

3 comentários:

Filipe disse...

hahahahahahahahaha
plutocracia de merda.

Põe o metrô na Charles Miller, caralho!

E os 15800 no aquário representam um público çeleçionadíçimo. E a mais nova apunhalada nas costas ao já combalido e mortificado Futebol.

VAI CORINTHIANS!!!

João Medeiros disse...

Caralho, Japonês. É isso. Não fosse pela existência de grandes amigos paulistas e por alguns lugares em São Paulo que me são muito caros, jogaria uma bomba nessa porra fácil, fácil. Na verdade, se tirar essa elite de merda, moro em São Paulo rindo. Não gosto mesmo de praia. O que me deixa bolado, é ter que parar de beber meia noite (a lei manda fechar meia noite ou uma da madruga?)É foda, quando começo ficar bêbado, a lei manda eu parar de beber...Isso não é de Deus, amigo. Abraços.

Ândi disse...

O metrô tem que passar pelo estádio. Mas diante de tais argumentos, faço questão que passe no meio da sala de estar dessa gente.

O que me indigna é que depois esses idiotas não consigam relacionar esses 20 e tantos anos do mesmo grupo político com enchentes, caos no trânsito, violência, e etc. Cara-de-pau ou burrice? Acho que um pouco de cada...