08 abril 2009

A melhor banda do mundo


Era 1984 e um japa chamado Seiji deu de presente para um molequinho dois LPs. Um deles tinha na capa quatro caras maquiados, vestindo roupas estranhas, e até tetinha postiça rolou. A contracapa trazia uma ilustração de um linguarudo também maquiado, além de fotos com cenas de sadomasoquismo e cross-dressing. Lúdico demais aos olhos de uma criança de apenas 3 anos.

O Seiji (que era noivo da Rosinha e largou a mulher às vesperas do casamento para se juntar com uma portuguesa) não deve ter, até hoje, a noção do que trouxe à vida deste que vos escreve. Além das músicas, os quatro Killers In Satan's Service faziam shows com muitas luzes, pirotecnia, cuspidas de fogo, vômitos de sangue, coreografias fanfarronas e vôos sobre a platéia. Inevitável a adoração, e se eu sou meio esquisito, culpem o Seiji...

25 anos depois, o barulhinho do vinil sendo cortado pela agulha do toca-discos voltou a ser ouvido. Estava eu no show do Kiss, chorando feito bebê desmamado, na noite deste 07 de abril inesquecível. A sensação proporcionada por aqueles segundos antes de "Got to Choose", música de abertura do disco "Hotter Than Hell" da descrição no primeiro parágrafo, esteve no ar durante as duas horas da última - literalmente - apresentação da banda norte-americana em São Paulo.

Há quem indique internação psiquiátrica no tratamento de pessoas que relatam ter voltado no tempo, mas esses incautos não sabem o que é escutar "Got to Choose" e "Parasite" no mesmo dia, ao vivo. O meu DeLorean de ontem foram aquelas luzes que formavam a palavra KISS, assim bem grande, no fundo do palco. Parecia estar em plena década de 70. Doc Brown estava certo: basta muita energia no capacitor de fluxo.

Apesar de ter visto a banda na turnê caça-níquel de 1999 (e qual turnê do Kiss não é caça-níquel?), aquela apresentação foi prejudicada pelo playback do baterista Peter Criss e pela visível alteração etílica de Ace Frehley, que enroscava seus dedos nas cordas durante os solos. Agora, Paul Stanley e Gene Simmons recrutaram os competentíssimos Eric Singer (que já tocou com o grupo durante muitos anos) e Tommy Thayer para as baquetas e as seis cordas, respectivmente.

O Kiss fez um legítimo show de rock. Extravagâncias, canções imortais e muita animação. Tudo aquilo que o Seiji me apresentou, e tudo aquilo que faz do quarteto de Nova York a maior banda do planeta.

4 comentários:

Bruno Ferraz (sOUL) disse...

Eu não fui, gostaria de ter ido.
Meu patrão foi pela descrição dele e o estado de espírito que ele apresenta hoje, da pra ver que é exagero seu.
Eu fiquei quase a manhã toda assistindo os videos que ele gravou do show.

FODA mano.

hahaha

Abração

Filipe disse...

Caralho, Japonês.

Qualquer mongol sabe que a MAIOR BANDA DO UNIVERSO É RAMONES...

Craudio disse...

Por isso mesmo o Kiss é a maior banda do planeta! hehehehe

mkaspary disse...

é RAMONES até que é legal mas KISS,KISS arrasa cara alem de seren criativos eles tem muita tecnica!...amelhor banda do mundo KISS...