02 julho 2007

Dois em um


Devido à escassez de posts, vai um em dose dupla.

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* Duas vidas, várias histórias

Sexta-feira entro no blog de Fernando Szegeri - o mestre - e me deparo com uma notícia que gerou-me
espanto num primeiro momento. E, logo depois, um remorso que me corría como um rato no estômago. A notícia falava do falecimento de Armando Colacciopo. Ou Armando dos Bichinhos, como era conhecido (eu o chamava de "Toli-Toli-Tolá").

Para quem não sabe, esse cara era uma lenda urbana, só que real. Vagueava pela região da Paulista e pela Vila Madalena vendendo bichos de pelúcia. Mas era muito mais. Não vou me estender, mas digo de bate-pronto: não gostava dele. E digo com muita vergonha, porque não o conhecia. E é esse remorso que me corroeu na última sexta. Não me dei, em quase oito anos freqüentando o Puppy (ou bar do Bigode, como alcunhou o Fernandão), o trabalho de conhecer essa peça única e cada vez mais rara na nossa terra da garoa.

Nessa mania de não prestar atenção a detalhes tão essenciais do nosso dia-a-dia, deixamos passar essas figuras raras. E ainda nos damos o direito de difamar com mentiras alguém tão honrado. A epopéia de Armando está lá no blog do Fernando. E, já com vontade de vomitar por causa de minha mesquinharia, achava Armando um mala. Porque conhecia só um décimo daquele personagem merecedor de páginas na história do mundo. Eu sabia somente do vendedor, e nem um mero vendedor ele era. Mas só depois de sua morte eu me dei conta disso...

Do mais baixo de minha baixeza por esse meu achismo, registro aqui um protesto contra mim. Por ter caído na armadilha que tanto combato. Por ter me deixado levar pela ignorância. Por ter, enfim, não conhecido Armando. E a dor bate mais forte, por saber que meu avô está próximo de seus últimos dias. E se, repentinamente, eu o perder, estarei novamente deixando ir embora alguém que mereça muito mais a minha atenção.

Espelhos se quebram e não os fazemos refletir em nossas vidas...

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* Até quando?

Até quando, Corinthians, você vai deixar de ser reabilitação de rivais? Até quando, Corinthians, dará alegria a sua Fiel? Até quando, Corinthians, irá se deixar nas mãos de ladrões que usurpam seu dinheiro, sua glória e sua história? Até quando, Corinthians, fará valer a máxima "vingança do povão"? Até quando, Corinthians, seus jogadores irão entrar em campo sem a noção do manto que vestem? Até quando, Corinthians, irá dar pauta a essa imprensa suja, doida para ver seu fim?

E até quando, Fiel, iremos ter essa postura passiva? Revolução Corinthiana já! A invasão e tomada do Parque São Jorge é iminente! E nem pela derrota para a porcada. É pela sucessão de imbecilidades que há dois anos são ministradas nas salas ar-condicionadas da rua São Jorge. São quase 97 anos de história. E a corja conseguirá acabar com tudo se não tomarmos a frente. A torcida é que tem um clube, mas estão roubando ele da gente.

ACORDA, FIEL!

P.S.: e nego ainda acreditava nesse time só por causa das primeiras rodadas. Eu avisei...

P.S.2: bons os empresários desses bostas do Dinélson e Willian. Um não vale nem pra jogar aqui na rua. O outro já está na Europa e nem um golzinho pelo profissional no Brasil marcou. MORTE À IMPRENSA!!!


8 comentários:

Rodrigo Barneschi disse...

Grande japonês,

Peço desculpas se contribui para este seu remorso. Não era a intenção.

Nestes anos todos, nunca entendi direito a sua implicância com o Toli-Toli-Tolá (como você o chamava).

E fiquei igualmente surpreso ao ler a (excelente) biografia dele no blog do Fernando. História tocante. Se é de se lamentar que poucas pessoas a conhecessem, é bom também que ela venha agora ao nosso conhecimento.

E assim o Armando entra para a nossa história como uma daquelas grandes figuras que passam a fazer falta assim de repente, sem nos darmos conta.

Prevalece a história dele, excelente por sinal.

E eu fico um pouco feliz por ter guardado aquela pantera cor-de-rosa até hoje. Fica como uma homenagem inconsciente, desde aquele dia...

Quanto a seu avô, força ae! Se precisar, estamos por aí, você sabe!

Abraços

Craudio disse...

Barneschi, só uma nota: o véio tá bem, é só que ele às vezes dá uns sustos e tá bem velho mesmo.

Graças que temos gente com o conhecimento do Fernando. Não fosse isso, não teríamos nem essa minoria que sabe das coisas.

Anônimo disse...

Genghis Khan,

Eu quase não entro por aqui, mas lhe falo:

Deixa dessa viadagem de remorso!!! Voce nao tem culpa nenhuma de gostar ou desgostar de alguem. Trata-se de oportunidades. Voce não se permitiu uma oportunidade, mas tenho certeza que outras figuras tão lendárias quanto o Armando surgirao no seu aprendizado/vida...

E não se esqueça, o Armando se eterniza em suas obras e, por ironia do destino, uma delas simboliza a nossa amizade e de toda a galera naquela Panterinha cor de Rosa, a qual mesmo que indiretamente voce contribui para isto!!!

E só para lembrar, chupa CÚrintia!

Abraços,
Fernando Galuppo
FORZA VERDAO

evaodocaminhao disse...

1. não me venha agora querer trocar idéia com tudo q é nego q vier vender coisas, tá?!

2. cadê timinho?

eva, subindo na tabela

Craudio disse...

Gallupo: caraio, mano véio... Vc entra aqui pra cornetar??? hahahahahahahhaha.

Evinha: pode deixar. Mas irei aumentar meu nível de tolerância, isso é fato. E vcs só ganham com esses pênaltis arranjados no fim do jogo...

Rodrigo Barneschi disse...

Viva a Pantera!

Daniele Moraes disse...

É isso aí, viva a Pantera!!! De certa forma sempre soubemos que ela era mais que um mascote! É um símbolo de amizade!
Hehehe ...
Bjs

Anônimo disse...

Japonês, o negócio é BLITZKRIEG BOP.
Mas jamais de brincadeira.
Ocorre que vem uma aurora tenebrosa por aí. Dia 24/7 é dia de pressão, mas para que a pauta seja ampla. A coisa que deveria ser boa acaba sendo aquilo que só vê a si. Fica falando de si.
É indecente.
Virá a Redenção. Pela Revolução, que é Corinthiana.
...E quem não for Corinthiano, limpe a bunda com bombril.

Mas, hein, fosse o mundo mais decente e você não se remoeria por um desconhecido e sua desconhecida genialidade. Pois o não reconhecimento de alguém é em parte culpa do alguém, e outra parte, do mundo. Esse remorso é uma parte da parte, enfim...
Quando meu Vô se foi eu senti exatamente isso, essa coisa de não ter dado atenção devida, ter sido um mesquinho babaca... Com minha Vó, a Palestrina, também... E com o meu Velho querido... É assim, mas tende a piorar, viu?...