07 junho 2010
Lições, lições, lições...
Acaba o primeiro trecho do modorrento campeonato de pontos corridos e um alerta preciosíssimo veio em boa hora para o Corinthians. O mais importante, manter a liderança, foi feito, mas algumas lições devem ser encaradas como guia de conduta até dezembro se quisermos ganhar o Brasileirão. O que vínhamos falando se comprovou nesse domingo: as boas apresentações nos últimos dois jogos foram por conta do compromisso assumido pelos jogadores e apesar de Mano Menezes.
Durante o embate contra o botafogo, tivemos um meio de campo omisso e desatento, além de uma falta de criatividade crônica dos atacantes (as falhas da zaga e/ou do goleiro são recorrentes). Tudo isso deixou as coisas muito difíceis para o Coringão, que ficou na dependência da genialidade do golaço de Bruno César, achado depois que Elias acordou para cuspir e emendou um passe milimétrico. Durante a maior parte do jogo, porém, só deu o time adversário dominando as ações na meia cancha. Tanto que empatamos a fórceps, no último segundo, corinthianamente.
Vale deixar registrada aqui uma postura que jamais se espera de um treinador decente. Ralf foi sacado após o segundo gol adversário, como se fosse culpa exclusiva dele o mau futebol corinthiano e o próprio tento. Curioso é que estávamos com 4 volantes em campo naquele momento - o gênio do banco de reservas fez a substituição quando o "ótimo" empate estampava o placar - e, diante dessa formação defensiva, é inaceitável levar o contra-ataque que levamos. Pura falta de orientação de Mano no posicionamento do time.
A importância do gol de Paulo André nesse período de estiagem, portanto, é considerável sob todos os aspectos. Ontem mesmo, durante as transmissões da partida, só se falava em desmanche (alguém se lembra dos papinhos semelhantes de 2009?). É como uma válvula de escape para a anticorinthianada de merda, o ar que essa corja suja respira. Se vão sair jogadores ou não, isso acontecerá sempre e é apenas fruto do que se transformou o futebol. Atletas sem amor à camisa e sem inteligência para gerenciar a própria carreira, empresários safados e dirigentes idem, todos interessados apenas na grana. Por isso, corinthiano, não sofra por antecipação nem se desaponte. Quem se interessa pelo Timão é apenas a sua Fiel Torcida. Que o bom senso prevaleça nas férias e que o Corinthians siga forte até dezembro, até porque o Brasileiro é obrigação.
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6 comentários:
De fato. Importa se chega peça de reposição, uma vez que peças inevitavelmente sairão, por conta da "modernidade" que arrasta nosso Futebol Brasileiro pro limbo.
Boas férias!
E, Família Corinthiana, todos os dias destas férias vista CORINTHIANS, e assista a Copa em traje a rigor.
VIVA O CORINTHIANS!!!
Cláudio, falou tudo... Não sei porquê, não consigo concordar com esse negócio de MM armar o time pra jogar tão covardemente, em qualquer situação (mesmo ganhando, ou perdendo), fora do Paca... deve ser o tal estilo de MM, jogando pelo empate sempre. Na boa, se não fosse essa postura tática do time, poderíamos até ter ganho, mas aí o Botafogo se apercebeu da situação e se postou bem em campo, tanto que levamos a virada num contra-ataque infantil, básico. E o Danilo, quando essa invenção da imprensa rosa vai estrear no time, hein? Sei lá, parece que o corpo entra pra jogar, mas o espírito tá longe... de bom, só mesmo a confirmação de que Bruno César foi a melhor contratação do que qualquer jogador de empresário que nós já fizemos este ano. Agora é esperar o fim dessa Copa com a Seleção menos Brasileira que nós já tivemos e (caso não haja desmanche - toc, toc, toc) embalarmos no Brasileiro de vez - que é OBRIGAÇÃO, mesmo.
Abs.
Filipe, mano, exatamente. E no ano passado isso aconteceu, vide Ralf, Jucilei e, vá lá, Roberto Carlos. Mas a gente era chapa-branca...
Fernando, meu velho, se nem você que é da família do homem tá agüentando hahahahahahaha! Mas falando sério, o segundo gol é típico de time que está desatenta taticamente - e corrigir isso durante a partida é função do técnico. Sobre as vitórias, eu insisto em dizer que elas aparecem por pura desobediência dos jogadores, que, teoricamente, entram em campo sempre pra ganhar e ficam de saco cheio com a postura cuzona do Mano.
Opa, aí já é demais, chapa! Eu sou Menezes também mas não tenho nada a ver com ESSE Menezes aí... eu sou é Mano do Wilson Mano, hahahahahah!!
E por falar, uma vez encontrei MESMO o Wilson Mano com a família dele numa pizzaria que tinha no Tatuapé e na Penha, a Micheluccio. Eu tinha uns 8 anos na época e pedi um autógrafo. Apesar de pirralho e de estar enchendo o saco do cara, ele me atendeu numa boa. Gente finíssima.
No mais, concordo com você, acho que os jogadores já estão jogando para si mesmos, dá realmente a impressão que eles já estão de saco cheio de MM. E essa notícia saiu no Chico Lang e no blog do Silvinho há um tempo atrás - antes do jogo contra o Santos - e eu desacreditei, mas agora...
A fonte é um tal jornalista Marcelo Bianconi. Não sei se o cara faz parte dos abutres cri-cri da imprensa rosa, mas até que procede. Pra quem quiser ver a notícia, no Blog do Silvinho:
http://blogdosilvinho.wordpress.com/2010/05/28/como-enfrentar-o-santos/
Fernando, o Wilson, nosso MANO, sempre foi um dos caras mais sangue-bom que já passaram pelo Coringão. Sempre humilde, sempre agregador no time, um exemplo de ser humano. E, claro, dos mais dedicados nos treinos e, como é observável, em jogos.
Agora, se está todo mundo de saco cheio do Mano Menezes, não sei; se isto fosse fato ele já teria saído. Ou ele controla muito bem a situação, ou é só mais uma coisinha tipo fumaça rosa mesmo.
VIVA O CORINTHIANS!!!
Quanto ao lance de relacionamento com o técnico, também acho que exageram. O que não significa dizer que não existam insatisfações. Mas jogador percebe quando a orientação do técnico é insuficiente para vencer, e geralmente acaba mandando pras cucuias porque precisa enfiar bola na rede.
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