17 dezembro 2007

Futuro incerto


Muitos - corinthianos, inclusive - falaram que o rebaixamento à serie B faria bem ao Corinthians. Seria um momento de renovação, reestruturação e de moralização. Depois de mais de década com a nefasta administração do velho gagá, entrou Andrés Sanchez. Prometendo transparência e a retomada do corinthianismo. Colocou ao seu lado Marlene Matheus, cuja única glória é ter sido mulher de Vicente Matheus.

Analisemos esses dois perfis. Marlene era presidente do Corinthians no começo da década de 90. Foi ela quem lançou Dualib à direção do clube. Faziam, ambos, parte da mesma corja que, desde a década de 70, usava o Corinthians para se enriquecer. Depois que o velho fascista tomou conta do clube, ela foi deixada de lado e, com a morte de seu marido, ficou relegada às traças no Conselho. Já Sanchez foi (só) o vice-presidente de Dualib que "convenceu" todo o Conselho a aprovar a parceria com o MSI.

Já na presidência, Sanchez trouxe de volta Marlene, que ficará incumbida da área social. A mesma Marlene que, ao lado do Amarelinho Carioca, renega um dos títulos mais importantes da história do clube e que foi oficializado no último fim de semana - o Corinthians é, de direito e de fato, o 1º Campeão Mundial de Clubes.

Além de reanimar as múmias, o novo comando do clube ainda não cortou raízes com Kia Joorabchian, representante da "parceira". Haja vista a viagem recente para a Europa. Notem: a parceria ainda não foi rompida. Apesar de aprovado, o rompimento não está consolidado. Provas? Concretas não há. Mas há indícios: contratação de jogadores estrangeiros aos baldes, falta de compromisso com prioridades (Nilmar ontem e Felipe hoje) e a recorrente história da construção do estádio.

E aí, corinthiano? Você acredita mesmo nessa baboseira de reformulação e renovação? Eu já estou preparando a reza para 2008...

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Caso Felipe: minha opinião é bem simples. Catou muito no campeonato? Sim. Foi o único a honrar a camisa? Talvez. É importante para o elenco? Sim. Mas não fez nada demais. Caiu para a segunda divisão e tem que ficar satisfeito por ganhar 50 mil. Eu nunca vou ganhar isso por mês. A hora agora é de tomar vergonha na cara. Não está satisfeito, vaza. Goleiro bom tem aos montes. Quero ver a cara de bunda daquele monte de baba-ovo que ficava gritando o nome do goleiro (ao invés de Corinthians) quando ele virar as costas pra gente.

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Antônio Carlos: fascista. Não deveria estar no Corinthians. Aliás, deveria estar preso. É um mau-caráter. Não é a toa que seja amiguinho do Sanchez.

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Grande parte da torcida corinthiana parece ter saído de um título. Não! Estamos vivendo o pior momento da história do Corinthians. Temos que acordar e cobrar muito essa diretoria. É tudo muito bonito exaltar o corinthianismo, mas eu quero ver quem segura a bronca de verdade no ano que vem. Não estamos em um momento favorável a brincadeiras e não podemos cometer erros.

ACORDA FIEL!


10 dezembro 2007

Rio 2007


Toda visita ao Rio é motivo de alegria no peito. Estava precisando, depois de uma sombria semana de tristeza e revolta. Curiosamente, sempre que passo pela Cidade Maravilhosa é na correria. Dito isso, vamos aos fatos:

- a chegada se deu às 18h de um sábado. O motivo era o show do The Police, sobre o qual falo abaixo. Um provocador Edu Goldenberg avisa em seu blog: "larga esse show e vamos ao Trapiche Gamboa que vai ter Inimigos do Batente". Tal aviso não foi em vão, já que no dia seguinte fico sabendo que se tratou de uma histórica noite de samba. Porém, já havia comprometido mais de R$200 para ver os ingleses e, sobretudo, fazer uma visita ao Maracanã.

- O show. Chegamos (Evinha, Paulim e eu) no Maraca por volta das 19h. Corre-corre habitual para trocar os ingressos - até agora não entendi o porquê dos 16% de taxa de conveniência se não houve conveniência alguma - e lá vou eu fazer média com os assessores do evento. Depois de ter dado a riscada na lista de credenciados, me dirijo à sala de imprensa, localizada num dos vestiários do estádio. Nada de bom, nenhum lanchinho ou cerveja à mostra e resolvi sair para encontrar minha mulher e minha irmã.

O que valeu, ao menos, foi poder entrar no gramado do estádio pelo túnel. A sensação é indescritível e eu imaginei, por segundos, como seria as arquibancadas estivessem lotadas numa final de campeonato. Por essas e outras que deve-se afirmar: é o maior do mundo. Saindo do gramado, rodei por uns porões e corredores do lugar e pude ver que, na pressa de se ajeitar para a famigerada campanha pela Copa 2014, há muito lixo escondido por baixo do tapete. Finalmente, consegui achar a rua e entrar novamente, agora nas tais cadeiras laterais.

Eis que nas cadeiras laterais lembrei-me dos geraldinos. Os órfãos do Maraca. Triste saber que ali era o lugar do povo e que agora há placas pedindo um comportamento de colégio interno. Para shows, então, a coisa se complicou. O som, que já não era aquelas coisas, ficava incompreensível dali debaixo do cimento. Fugimos, então, para a área aberta.

Sobre o evento em si, nada muito a falar. Os Paralamas do Sucesso abriram a noite e, hit após hit, fizeram uma apresentação muito, mas muito mais animada que as estrelas da noite. Não que o Police tenha sido burocrático. O trio até mostrou empolgação e Sting se sentia em casa (ê, Juruna), mas os caras são ingleses, porra... O veredicto: tratou-se de um bom show, mas que não valeu de jeito nenhum os preços salgados que foram cobrados.

- O domingo. Sol de rachar mamona, fomos à praia encontrar a paulistada branquela. Torramos, mas torramos mesmo debaixo daqueles guarda-sóis, regados a muita cerveja e nada de comida. O resultado foi a bebedeira precoce. Paulim deu pt. Eva e eu fomos valentes. E partimos para a Tijuca, em encontro a um AMEAÇADOR e RANCOROSO Arthur Favela.

Deram sete, oito e nove da noite, e as pessoas bebiam (como diria FH) em quantidades oceânicas grande bairro da zona norte carioca. No fim da tarde, chegava-me via celular a mensagem: "daqui uma hora no Rio-Brasília. Edu Goldenberg". Ligo para o Favela para saber como estava o grau das pessoas e ele me dispensa lá pelas 21:30: "estou na rua, o Edu dormiu e tô indo pegar o busão na rodoviária".

Fosse eu um desonesto, daria meia-volta e iria pro hotel dormir, já que deveria acordar às 5 da matina para retornar a SP. Mas não. Estava na Haddock Lobo e, teimosamente, teria que pagar minha dívida (uma grade de cerveja) com o mestre carioca. Quando entro na Almirante Gavião, lá está uma grande mesa enfileirada na frente do Rio-Brasília, com todo o Alto Comando.

Além de não se tratar de uma mesa qualquer, havia também um cerimonial. Era ali a volta, o reencontro, o reatamento. Edu e Joaquim finalmente haviam sanado todas as suas divergências recentes e, num gesto muito bonito, lavaram a roupa suja e choraram como crianças. Coisas que não se vê muito por aí e que deve ser ressaltada.

Assumo: não paguei toda a grade. Mas é, claramente, uma desculpa muito da esfarrapada para voltar ao Rio. E quando pagar, prometo outra.

Pois é. Isso tudo em menos de 48 horas. Imagina se fosse uma semana...


05 dezembro 2007

A ressaca


Emails, fotos, torpedos, ligações... Semana duríssima para os corinthianos. Mas isso só nos fortalece. Triste, no entanto, é ver a serenidade dessa diretoria suja, que vai à imprensa e promete "time dos sonhos", que anuncia reforços tão ruins ou piores do que estão jogando e que dá voz ao causador maior disso tudo: Alberto Dualib

Imprensa suja, que está marcada e que, se aparecer no Pacaembu e na minha frente, vai ter o que merece. Além daqueles que são os responsáveis por essa grande vergonha (jogadores, diretores e até pseudo-torcedores). Segue a lista:

- Juca Kfouri (UOL)
- Alberto Dualib
- Nesi Cury
- Renato Duprat
- Antonio Citadini
- Marília Ruiz (Lance)
- Eduardo Arruda (FSP)
- Andrés Sanchez
- Marlene Matheus
- Renata Fan (TV BAND)
- Milton Neves (TV Record)
- Zelão
- Betão
- Iran
- Gustavo Nery
- Clodoaldo
- Lulinha
- Dentinho
- Fábio Ferreira
- Heverton
- Arce
- Finazzi
- Ailton
- Bruno Octávio
- Wilson

Os outros eu nem sei a cara, então não dá para ameaçar. Aliás, fica o registro: Dinelson, Ricardinho e Marinho ainda fazem parte do elenco. Acreditem!!!

Ah, e essa lista aumenta. Aos corinthianos que passarem por aqui, deixem a sugestão.

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No post Dona Antônia e Seu Venâncio, mencionei a epopéia desse último para vir assistir a um jogo do Corinthians na capital. Só algumas correções a fazer:

1) o Vô Venâncio demorou não 5, mas 11 horas para chegar a São Paulo de trem. E mais 11 horas para voltar para casa;
2) o jogo foi um lendário Corinthians 4x3 palmeiras, em 1971, numa virada fantástica do alvinegro;

Histórias de corinthianismo que devem ser exaltadas nos dias de hoje, pra ver se a torcida retoma o espírito guerreiro.


03 dezembro 2007

O dia mais triste do mundo


O domingo era de sol. A Fiel estava empolgada. Cerca de 2 mil guerreiros invadiram a cidade inimiga para tentar empurrar um time limitadíssimo e com jogadores que não deveriam nem passar perto da rua São Jorge.

No fim, a tristeza. O dia mais triste do mundo para mim e para cada um dos corinthianos em todo o país. O sentimento é uma mistura de revolta, impotência, melancolia. Mas, sobretudo, amor incondicional. Pelo que fez a torcida, o Corinthians não merecia cair. Pelo que vem acontecendo desde 2000, era algo que podia surgir e não queríamos acreditar. Hoje, tudo se materializou nessa tragédia.

Lado bom disso tudo não existe. O coração alvinegro está partido, dilacerado. Tamanha tristeza eu jamais havia sentido na vida - obrigado a minha Evinha por ter ficado ali, ao meu lado, mesmo sendo rival. É nessa hora, porém, que a gente separa o joio do trigo. A Fiel se fortalecerá e os torcedores sem alma que vieram com a MSI, argentinos e iranianos irão para o outro lado ou se recolherão a sua mísera existência.

Fortalece-se ainda mais o meu amor pelo Sport Club Corinthians Paulista. Algo incompreensível para alguns, até. Mas que na minha cabeça é uma das poucas coerências. Amo você, Corinthians. Jamais irei te abandonar. Por sua causa, gaúchos que se dizem os maiores rivais do planeta beijam uns as camisas dos outros, só para tentar te derrubar. Isso, Corinthians, só mostra sua grandeza (aliás, retiro tudo que disse sobre a torcida gremista. São ridículos).

Agora, as condições estão mais do que dadas. A Fiel tem que acordar. O Corinthianismo tem que voltar a imperar. Fora torcedores de bolacha! Fora torcedores de modinha! Fora torcedores mudos, que só dizem ser corinthianos nos momentos bons.

AQUI É CORINTHIANS! E ninguém muda isso. Ninguém acaba com esse amor e com essa instituição, que é maior que tudo.

EU NUNCA VOU TE ABANDONAR!!!


26 novembro 2007

Bolachas...


A mensagem abaixo foi enviada a alguns jornalistas esportivos, mas expressa a canalhice que é a troca de ingressos por bolachas da Nestlé. Durante todo o campeonato, os torcedores foram prejudicados com essa ação, que me cheira a lavagem de dinheiro das brabas. Na quase certeza de que ninguém vai falar uma vírgula sobre o caso, publico aqui também pra não passar batido. O motivo? Simples: a Nestlé banca publicidade em todos os veículos que trata de futebol. E ainda querem vir pagar de defensores da moral? Às favas, imprensa suja!

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Amigos.

Desculpe tomar-lhes o tempo precioso, mas não consegui conter os dedos no teclado diante do absurdo que se deu no último fim de semana com relação à troca de bolachas da marca Nestlé por ingressos do jogo Corinthians x Vasco. A divulgação para pessoas da imprensa esportiva é para que isso não fique restrito ao meu blog, cuja ridícula marca de 30 pageviews por semana se garante pela visita de amigos tão ou mais indignados com o assassinato que se comete ao futebol brasileiro dia-a-dia.

O caso é que me veio duas perguntas à mente. Como é possível que 30 mil ingressos se esgotem em menos de duas horas, já que cada torcedor pode retirar no máximo quatro? E mais: o que vou fazer com os pacotes de bolacha que comprei? Serei reembolsado pela Nestlé?

A entrada dessa empresa no futebol deveria, em princípio, ter levantado suspeitas. Porque é indício de prejuízo certo. O valor pago aos clubes com mando de jogo dificilmente foi atingido nas primeiras rodadas somente com a venda dos tais pacotes de bolacha. Me cheira muito a lavagem de dinheiro (e me lembra MSI).

Em não se levantando suspeitas com relação a isso, como explicar o fato de que cambistas já tinham ingressos das bolachas antes mesmo dos postos de troca terem iniciado as atividades - coisa que se repete desde o começo do Brasileirão e dá origem a coisas absurdas como o público presente ser muito menor que o público pagante.

Aí, temos confusões como a do último fim de semana ou como no último jogo do Flamengo. O velho esquema de distribuição privilegiada de ingressos toma conta até mesmo daquilo que é vendido pela própria imprensa como exemplo de "organização e da volta das famílias ao estádio". Ficamos obrigados a pagar extorsivos R$30 de cambistas - cuja atuação é descarada frente à polícia - e ainda temos que escutar que não devemos comprar para não alimentar essa indústria. Pois bem: eu jamais deixaria de ver um jogo do meu time por causa disso. O combate aos cambistas deve ser feito na origem, mas a opinião pública joga a culpa no torcedor.

Estranhamente, o caso é tratado pela imprensa até com certo desprezo. Ninguém menciona uma palavra sobre esse problema, talvez por restrições comerciais. Afinal de contas, os caras são anunciantes em potencial e trata-se de uma veiculação bem atraente. Mas seria isso o jornalismo responsável e a serviço do público?

Deixo, por fim, o desafio. Ao invés de irem aos estádios (aos que vão, obviamente, porque muitos comentam futebol e não pisam em um estádio há décadas) usando credenciais, experimentem as vias normais. Talvez assim a imprensa esportiva passe a ter uma visão menos distorcida do esporte e se indigne com esses e outros casos, como foi o fim das gerais no Maracanã.

Abraços.

Claudio Yida Jr.


22 novembro 2007

Copa das Elites (ou 2014 - parte II)


Pode parecer repetitivo, mas ao ler a cobertura sobre o último jogo da seleção no Morumbi não segurei a ânsia (só a de vômito). Reproduzo aqui o que postei sobre o caso no !ObaOba, com as devidas alterações estilísticas.

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Nessa última quarta-feira, a seleção brasileira parou a cidade de São Paulo. Antecipou, para muitos, o que vai acontecer daqui a sete anos, quando o país receber a Copa de 2014. A Rede Globo até fez uma festa (fajuta, diga-se) com o anúncio. O argumento principal são os benefícios que o evento irá trazer para o país, como estádios com boa estrutura, além de melhorias nos transportes coletivos e a geração de empregos.

Pois eu acho isso uma verdadeira balela. Não só não vai mudar nada como o poder público terá que colocar dinheiro, assim como foi no Pan deste 2007. Mas o fator principal - e que poucos estão enxergando - é a elitização do esporte, fato que desde já se faz presente.

Para não ficar só no achismo, tomemos como base o mesmo jogo supracitado. Em matéria da Falha de S.Paulo, algumas peculiaridades, vistas também no jogo do Maracanã em rodada anterior. Seguem alguns trechos da notícia de Luís Ferrari, sob o título "Ensaio de 2014 prevê Copa elitizada":

- "Outro reflexo disso eram os preços praticados nos estacionamentos: R$100, em parte decorrente da prefeitura paulistana para combater o comércio informal nos arredores do Morumbi (...) apenas três estacionamentos estavam abertos. E um deles havia firmado convênio para atender com exclusividade os freqüentadores de um dos camarotes"

- "No bolsão em que costumam funcionar barraquinhas de lanches, havia só duas tendas da prefeitura. O problema é que, dentro do estádio, não houve reforço na alimentação oferecida ao torcedor 'comum' (...) Para quem foi aos camarotes, porém, a fome não foi problema",

- "Bebidas alcóolicas também foram consumidas pelo público. Mais uma vez, quem esteve nos setores mais exclusivos teve maior tranqüilidade (...) Já o torcedor comum continuou sem autorização para beber cerveja dentro do estádio - e teve mais problemas que o de costume para fazê-lo fora."

Pois então, senhores. Vejam o que aconteceu. Isso sem citar o fato de que a maioria dos ingressos foi destinado à promoções. Os que foram vendidos, chegaram às bilheterias com o extorsivo preço de R$60 (arquibancada mais barata). Na mesma Folha, há fotos de um dos camarotes, que contava até com DJs e música eletrônica. A pergunta é: FUTEBOL E MÚSICA ELETRÔNICA???

Para concluir - e não me estenderei com relação aos problemas estruturais que essa Copa irá trazer para clubes e atletas -, deixo aqui indagações. A primeira: por que a lei só vale para os torcedores que pagam ingresso? A segunda: por que os mais ricos vão de camarote (gratuito) e o povo tem que pagar um absurdo por um ingresso? A terceira: os preços dos campeonatos regionais, nacionais e latino-americanos irão acompanhar o ágio da Copa?

Eis a elitização, caros. Querem acabar com mais uma alegria popular, é mais um desafogo do povo que vai parar na mão dos poucos endinheirados. No Maracanã, por exemplo, sumiram com as lendárias gerais e, no lugar, colocaram cadeiras e uma placa onde se lê que deve-se assistir ao jogo sentado. Daqui a pouco, e não demora muito, teremos que nos conter como no tênis ao gritar gol. E morre o futebol brasileiro. Pensem bem antes de comemorar a Copa por aqui...

19 novembro 2007

30


Você, que aos 30 me inspira viver mais uns 80 só pra estar ao teu lado.

Hoje o dia é só teu. Que ele tivesse 30 horas, só pra ser o dia mais longo do ano e fazer jus a quem o embeleza.

30 são os dias dos meses que os têm e os quais eu passo a pensar em você (os que têm 31 e o que tem 28 ou 29 também são dedicados a você).

Que 30 milésimos de segundo seja o tempo que passamos separados.

Amo-te infinitamente.

PARABÉNS!


09 novembro 2007

2014


Já faz um tempinho que saiu o anúncio da Copa do Mundo aqui no Brasil e, antes mesmo dele, sempre fui contra a idéia. Desde que confirmada a triste notícia, afirmei e reafirmei - ao lado do Barneschi - que isso representa a morte do futebol brasileiro. Muitos não entenderam e outros acharam exagero. Alguns, se quiserem cornetar, podem até achar algum comentário meu favorável ao Pan 2007. Então, vamos lá.

Sobre o Pan, realmente foi uma babaquice. Se fosse para defender candidatura eu também seria contra. Mas Inês já era morta nesse caso. O grande bafafá todo se deu na participação financeira excessiva do governo. Porém, eu exergo de uma maneira diferente. O Pan trata de diversas modalidades. E algumas delas realmente foram beneficiadas, já que funcionam à base do puro amadorismo - pra não dizer mendicância. Mas o essencial é: são mera recreação.

Esporte mesmo é o futebol. Movimenta massas e milhões. Desperta amores (ninguém aqui ficou sem dormir porque a Jade Barbosa errou aqueles pulos). É nessa essência passional que a Copa no Brasil irá mexer.

Vejam: os estádios, ao se adaptarem aos "padrões FIFA", terão cadeiras numeradas. Tendo cadeiras, teremos que assistir aos jogos sentados. Durante a Copa, foda-se. Mas eu NUNCA assisto ao jogo sentado. Isso é inconcebível! Outro grande problema vai ser a elitização do esporte. Os ingressos, que hoje já são caros, irão atingir um patamar estratosférico após o evento. Nunca mais o povo terá seu ópio. Provas? Acabaram com a geral do Maracanã e no Pq Antártica entrará em vigor um tal setor VIP, que está fazendo a porcada gritar até com a nonna.

Fora esses problemas de essência, muitos outros virão:

- consolidação dos pontos corridos
- europeização do futebol latino-americano
- definhamento dos clubes por conta da supervalorização de atletas
- atrelamento ao calendário europeu, dando fim aos charmosos campeonatos regionais
- fim das organizadas

É claro. A massa ignóbil não enxerga os males da realização da Copa porque está mais preocupada com o feriado de um mês que irá se instalar por aqui. Sem querer ser do contra demais, isso só dá motivo para eu achar que não há nenhuma possibilidade de aceitar reclamações de qualquer natureza (sobre política, políticos, violência) desse tipo de gente. Eu não entro aqui nem no mérito do financiamento público - não previsto mas que irá ocorrer sem sombra de dúvida. Se o problema do país fosse esse, estaríamos em melhor situação (assim como o problema do país também não é CPMF, amantes de senadores, leites e crise aérea).

Porém, num lugar onde o atual campeão nacional empenha uma campanha conhecida como "Dia da Conversão", em que estipula o amor ao time via contrato - leia mais aqui (só para assinantes Folha ou UOL) - é certo que dias cada vez mais sombrios estarão rondando a paixão do povo brasileiro. Repito: depois não venham os ignóbeis reclamar!


31 outubro 2007

Aqui tem um bando de louco


E é bom ficar esperto.

Time que leva gol de Roger é brincadeira!

Bom, mas quem disse que ia ser fácil?

TEM QUE SER HOMEM PRA JOGAR NO CORINGÃO!






30 outubro 2007

Dona Antônia e Seu Venâncio


Esse texto estava guardado aqui na cuca há algum tempo. Sei lá por qual motivo ainda não tinha colocado no blogue. Sentei-me aqui no computador disposto a atualizar o abandonado diário virtual, mesmo sabendo que poderia ficar torto novamente, já que estou com uma imensa dor nas costas. Aí a chuvinha subiu um ar de terra do interior que me fez lembrar esses dois modelos. Mas para falar de Dona Antônia e Seu Venâncio, primeiro devo explicar como cheguei a eles.

Desde 1981, é registrado no cartório e na macumba que sou afilhado de Jeanette e Miguel. Os dindos que supriram a falta dos meus pais quando estes trabalhavam de 10 a 12 horas por dia. Em nada difere o amor que sinto por eles do amor que sinto pela minha mãe - cortei relações com meu pai há 2 anos - ou pelos meus avós. Até mesmo as circunstâncias da vida que nos afastou, apesar de morarmos muro a muro.

Meus padrinhos me ensinaram o mundo. O mundo que respeita as diferenças e não julga as pessoas pelo tamanho da casa e nem pelo que tem dentro da carteira. Eles me mostraram que aquele pessoal vizinho, dos barracos de madeira, eram iguaizinhos a nós, só que mais explorados. Valores hoje cada vez mais escassos.

Antônia e Venâncio eram os pais da minha madrinha. Moravam em Monte Verde Paulista, no norte do estado, perto de Severínia e Olímpia. E nas férias, ganhavam dois netos japonesinhos: eu e minha irmã. Éramos verdadeiros ETs na cidade, já que o máximo de olho puxado por lá eram dos gaiatos bêbados. Passávamos semanas e nunca - sim, nunca - queríamos ir embora.

A casa dos velhos era do começo do século, e minha fraca memória não permite o relato da data exata cravada na fachada. Na frente, apenas um portãozinho que dava acesso ao corredor lateral. Nesse corredor, duas portas ficavam quase que o dia inteiro abertas para as dúzias de netos que quisessem entrar. Digo dúzias e não é exagero. Só de filhos, o casal tinha 8 ou 9. E uma média de dois netos por filho. Voltando à casa, o corredor acabava em um gigantesco quintal. Dois tanques de concreto, um balcão e um quartinho formavam a edícula. Nesse quartinho, Venâncio guardava a palha de seu cigarrinho diário, logo depois do dia na labuta.

Ainda na edícula, havia um pilão e um rolo de massa, onde Antônia preparava um pão delicioso que nunca vi igual. Mãos mágicas que foram herdadas por todas as filhas, cozinheiras de primeira linha. Ao fundo do terreno, um extenso pomar e um galinheiro garantiam a sobremesa da molecada e o frango assado do domingo.

Da edícula, acessava-se a cozinha. No canto, o fogão de lenha que era um verdadeiro altar. Coisas sagradas saíam de lá - aquele pão, inclusive - e provavelmente foi ali onde tive minhas primeiras aulas de refogado (mesmo que inconscientemente). Da cozinha, passávamos à sala de jantar e, logo em seguida, à sala da TV. O primeiro quarto, à direita, era onde o casal dormia. Os outros dois, um à direita e outro à frente, que dava com a janela para a rua, abrigava os constantes hóspedes.

Eu era pequeno, mas lembro-me de flashes das histórias de Dona Antônia e Seu Venâncio. De como se conheceram e se casaram. Da vida sofrida que tiveram e de como suaram para criar os filhos. Das loucuras que o Venâncio fazia para ver o seu Corinthians (numa aula de corinthianismo, o velho viajava mais de 5 horas para ver o Timão no Pacaembu e voltava logo após a partida). Mas nunca, nunca mesmo, escutei nenhum dos dois reclamar de qualquer dificuldade.

Hoje, depois de 15 anos ou mais sem vê-los, aqueles causos sempre voltam quando estou nas horas mais difíceis. Alentos e lições aparecem, juntamente com a saudade do pãozinho no forno e o café passado no filtro de pano. As milhares de coisas que me aconteceram por lá quando moleque estão na minha alma como cicatrizes de catapora.

Consta que a casa foi demolida... Podem ter derrubado a representação física, mas toda vez que olho para meus padrinhos ou meus irmãos - filhos dos dindos, obviamente -, reerguem-se aquelas antigas vigas e paredes que construíram e ainda constroem nossos caráteres.

Para Paula, Lúcia, Miguel (meus irmãos) e Jeanette e Miguel.


21 outubro 2007

ROUBO!


Foi o que acabou de acontecer naquela bosta de estádio. Os cabeça-chata comedor de farinha passaram a semana inteira pressionando e o senhor Héber Roberto Lopez não resistiu. Aos 43 do segundo tempo, marcou um pênalti inexistente contra o Corinthians.

Vamos ver se essa diretoria acorda. Aqui é Corinthians, caralho! Ficar sendo roubado por um bando de calangueiro do caralho é o fim do mundo.

Culpa também desses porras que não conseguem colocar a bola no gol. Fábio Ferreira, meu filho, você é um brincalhão!

FORA TODO MUNDO! APOIO É O CARALHO. OU JOGA POR AMOR, OU JOGA POR TERROR!

Cansei de defender perna-de-pau covarde.

TEM QUE SER HOMEM PRA JOGAR NO CORINGÃO!


18 outubro 2007

O Edu disse...



Coisa rápida. O mestre carioca Edu Goldenberg nos conta mais em seu blog o que se sucedeu na partida da Seleção Brasileira, realizada no Maior do Mundo.

Só para situar quem estava em Marte, esse foi o "jogo das famílias" inventado pelo pulha, pelo crápula, pelo lixo do Galvão Bueno. Dizia ele ser o jogo sem briga e sem palavrão. A única coisa que não teve, no entanto, foi cerveja. Resumo os posts do Edu - "Galvão Bueno" e "O modus operandi da canalha" - em tópicos. Mas vale muito a pena saber por completo (inclusive lendo os comentários) o que se sucedeu na peleja da Canarinho.

- Não foi vendido cerveja no Maraca, por determinação da FIFA (por essas e outras que eu abomino a Copa do Mundo aqui).
- Xingaram, e muito, o Galvão.
- Tiveram algumas briguinhas.
- O camarote da Globo tinha música eletrônica.

Como se vê, foi-se o tempo em que o futebol era entendido como uma coisa séria...


15 outubro 2007

Dias cinzentos


Segunda-feira depois de feriado deixa as pessoas mais amargas que o habitual. Aí cometo o erro mortal de abrir o jornal logo ao chegar no trabalho. Vejo a entrevista de Lula na Falha e chego à conclusão que:


1) essa merda de jornal comprovou seu ímpeto golpista contra o governo, já que, sem a munição de uma nova crise, imputa a idéia de que Lula fará manobra para se reeleger de novo.

2) só tem cuzão nessa merda de jornal. Eles batem diariamente no presidente e, na hora do confronto olho-no-olho, se borram todos.

3) faltaram só pedir para que o presidente passasse a receita pra curar a ressaca.

Preconceitos ridículos desse que se diz o maior jornal do país à parte, passemos a utilizar o blog do Paulo Henrique Amorim como base de pauta. Destaco algumas chamadas:

- Professor de SP não tem aumento há 3 anos (dentro, uma entrevista com o presidente do sindicato da categoria afirma que, além disso, a data-base de 2007 foi sumariamente ignorada)

- O último autoritário - III: À falta do que anunciar, Serra anunciou a proibição de celulares nas escolas.

- Tarifa do pedágio em SP sobe até 200% acima da inflação

E ainda clipando a imprensa, vejo uma pesquisa do CNT/Sensus mostrando que o governador e prefeito de São Paulo, José Serra - ele é o único nesse país que acumula dois cargos no executivo -, lidera as intenções de voto para presidente nas eleições de 2010.

Considerações. Primeiro, volto à entrevista com Lula. Por que publicaram isso no meio do feriado? Por que não foram com a mesma agressividade utilizada quando falam pelas costas? No entanto, agiram com rapinas. Quiseram imputar a personificação do tal mensalão - que hoje, se sabe, é mais tucano que petista - e deixar a Lula um fardo que é próprio da sujeira política como um todo.

No dia seguinte, e sob todas essas informações de PHA, surge a "bomba": Serra ganharia a eleição para presidente. Pura coincidência? Ou é mais um golpe orquestrado da mídia golpista? Fato é que a imprensa quer, a todo custo, o zéserra no Planalto. Não engoliram 2002 e 2006. E são representantes de uma classe que nem elite é. Aspiram à elite, mas estão sendo apenas usados por quem realmente detém o poder (financeiro, diga-se, para não ficar confuso).

Vejo tempos sombrios com essa possibilidade da volta dos tucanos ao cargo máximo da República. Vislubrem: zéserra presidente, o tal Alberto Godman governador de SP (no seu release oficial, vangloria-se o nobre por ter dirigido as privatizações de Dutra) e o geraldinho prefeito. Essa mesma corja que está sempre defendendo a propriedade privada irá se danar, porque o ímpeto de particularizar dos bicudos pode espirrar até no seu carro, na sua casa...

Teria outras críticas ferrenhas para comprovar esse temor pelos tucanos - e sempre lembro que as tenho também com relação ao governo Lula -, mas focalizo a coisa toda na mídia. O que dá mais matéria-prima para criar uma crise: desmandos e falta de compromisso com o povo ou uma ex-amante? No entanto, as redações parecem pensar o contrário.

A massa imbecil paulista continua a acreditar nesse conto burguês. Adoram o discurso moderado, prolixo e, acima de tudo, sem nenhuma proposta. Protestam contra a CPMF (criação tucana), mas esquecem que ficaram de bico calado quando ela apareceu. Cansam demais...

Cada vez mais convicto do que não quero para o meu país, fico dia-a-dia um pouco mais comunista.

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* Apêndice ao texto: citei o vice-governador
Alberto Godman. Entrem no perfil do cara no site do governo do estado e vejam um parágrafo curioso, que cita seu papel "oposicionista" como parlamentar (é o penúltimo parágrafo). Não seria, no mínimo, ilegal ou anti-ético fazer citações negativas contra adversários a partir do posto de Vice-Governador?


09 outubro 2007

Não mexe com quem está quieto...


Eu não ia escrever nada sobre o jogo entre Corinthians e elas do último domingo. Até porque meu time continua numa draga imensa, e mesmo com tal tabu inventado pela mídia ter sido apagado.

Até aí, tudo bem. Mas hoje, ao invés de ficarem quietinhas e se resignarem com o sabor da derrota, as bichas aparecem querendo se vangloriar desse título válido por um campeonato de merda. Sim, estamos na zona de rebaixamento, mas não vamos cair. Ao contrário de vocês e da porcada, que já sentiram o gostinho da segundona.

Só mais duas coisas. Primeiro que tabu é nossa vantagem de 19 vitórias no confronto direto. Segundo: CHUPA BICHARADA! Assumam a derrota e não tapar o sol com a peneira. Só porque tá dando medinho de perder o que era impossível de perder?

AQUI É CORINTHIANS, CARALHO!

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Atualização de postagem: Andréz Sanches venceu as "eleições" corinthianas e é o novo presidente do clube. Nada mais previsível. O lobo em pele de cordeiro deu o golpe certinho, certinho. MAS É TUDO DA MESMA LAIA!!!!

E se antes era Fora Dualib, agora é FORA SANCHEZ!!!

Acorda, Fiel!


01 outubro 2007

Sobre o Corinthians...


... não irei me manifestar porque a raiva é grande.

Só reitero o que disse no post "Falta bola"...

Certo pelo errado


Mês passado o tema voltou à tona e é certo que em 2008 a coisa já passará a valer oficialmente. É a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa. Sob o pretexto de uniformizar e simplificar a língua, a iniciativa, a meu ver, irá trazer grandes problemas para uma massa já iletrada e preguiçosa.

Primeiro de tudo: isso está a serviço da globalização, processo definido pelo sistema capitalista para nivelar (por baixo) culturas totalmente diversas e impor sobre elas o padrão neoliberal, consumista e predatório. Segundo: as mudanças propostas, em sua maioria, vão contra a evolução natural pela qual todo idioma passa. Explico.

Geralmente, justifica-se a reestruturação baseada no uso cotidiano - e cultural, mais importante - da língua. O "você", por exemplo, derivou de contrações de "vossa mercê" e "vosmecê", e o mais natural seria uma reforma que considerasse o "ocê" e o "cê". Porém, no caso em questão, querem acabar com coisas como o trema, o acento diferencial e o acento em ditongos abertos de paroxítonas. Não há nada que justifique essa mudança, a não ser o uso errado da língua.

Imaginemos, por exemplo, o caso de "para". Se eu disser "Um carro para José" sob as novas regras, poderemos ter uma confusão de significado. O carro seria destinado a José ou ele teria sido parado pelo veículo? A fala, é óbvio, pouco será influenciada. Mas a escrita, fator determinante de sobrevivência da língua e identificador cultural da mesma, será mutilada. Tirando a parte positiva, que inclui as letras w, y e k no alfabeto e exclui alguns provincianismos do português de Portugal, a tentativa é de juntar todos no mesmo balaio. E sabemos que, só no Brasil, são falados dezenas de idiomas.

A impressão é que isso foi definido por aquilo que muitos chamam de miguxês. "Vc", "tb" e outras expressões auto-explicativas até passam. Porém, há coisas na rede mundial que são ininteligíveis. É só pegar scrapbooks da molecada no Orkut para se ter uma idéia do que estou falando...

Seguindo minha mania de achar que tudo é uma conspiração, acredito fielmente que isso se trata de um emburrecimento progressivo do povo. A cadeia de raciocínio disso tudo termina - todos sabem - no poder de mobilização e compreensão da realidade cada vez menor da chamada massa de manobra. Ponto para a manipuladora mídia (a Falha de S.Paulo, por exemplo, deve estar aos pulos de alegria). Perde a cultura popular, que se faz refém (com acento!) cada vez mais dessa porcaria que atende pelo nome de globalização.

De minha parte, resistirei. Escrevendo sempre do jeito que aprendi ser certo, para manter o pouco de dignidade que ainda resta ao meu povo...


24 setembro 2007

Falta bola


Coisa inadmissível é perder os 3 jogos do ano para o maior inimigo. Desses 3 jogos, em dois tivemos onze (mais reservas que entraram) pessoas sem o mínimo de dignidade. Por desconhecimento ou omissão, não têm a noção do que é um Corinthians e palmeiras. Mais uma vez, esses bisonhos que vestem o manto não honraram a tradição. E ficaram com medo de jogar.

Não sou fã do jornalismo de estatísticas - até porque o futebol é tudo menos isso -, mas sou um tanto quanto supersticioso. Se pegarmos a quantidade de vitórias naquele lugar, ela vai ser ridícula. Não se trata de desculpa. Perdemos, e já disse que por incompetência. Tirando o goleiro, que fez umas 4 defesas milagrosas, o resto é resto. Mesmo assim, é de se reconhecer que aquele lugar também ajuda a má-fase.

Ontem vi o ex-jogador Rincón participando do mesa redonda. Uma das poucas coisas que se pode aproveitar naquele programa foi a fala do colombiano. Rincón afirmou categoricamente que falta hombridade. Pois esses bisonhos estão com o salário em dia. E por mais problemas fora de campo que existam, quando se está dentro das quatro linhas, isso passa desapercebido. É jogo de bola. Quantos de nós, por exemplo, não batemos uma pelada para esquecer dos problemas? Imagine se ganhássemos salários acima da média - e realidade - brasileira para isso...

Vislumbramos novamente a zona do rebaixamento (e digo que não cairemos). Porém, aos jogadores do Corinthians falta bola. No gramado e no meio das pernas.

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O próximo post será sobre a tal reforma ortográfica que está vindo por aí. Ainda não li muita coisa sobre o assunto, mas digo que irei continuar escrevendo do jeito que aprendi. Ou seja, buscando sempre a correção gramatical...


17 setembro 2007

Topicamente falando


Corinthians em tópicos:

- Prefiro os 5 mil: andam aparecendo, ainda - e apesar da má-fase -, inúmeros torcedores acéfalos nas arquibancadas do Pacaembu. Não cantam, só zicam e ainda se dão ao luxo de ficar pagando de malandro, tentando usar o já famoso "vamo chegar, família" sem autoridade. Para se ter idéia, o grito "Timão, EÔ" não consegue levantar os ânimos. Coisa triste. Por isso, prefiro que a gordura - termo copiado descaradamente do Filipe - fique em casa e deixe o nosso sagrado espaço em paz.

- O estádio: a imprensa brada, mas eu já tinha dado isso aqui há meses. O tal estádio corinthiano parece que sai por causa da Copa. Eu sou contra. Primeiro porque nossa casa é o Pacaembu. Segundo porque sou contra a Copa no Brasil. Terceiro porque não quero nada que venha da Federação e do dinheiro público.

- Só há mais dois jogos: com o fim do campeonato brasileiro (alguém discorda???), confirma-se a indecência que é a disputa por pontos corridos. À Fiel, só restou mais dois jogos, de vitória obrigatória: dia 23 próximo, contra a porcada, e dia 07/10, contra os bambis.

- Corinthians, assunto geral e irrestrito: belo texto do palmeirense Ugo Giorgetti (autor do genial Boleiros) no Estadão de domingo, que pode ser lido no fotolog do Corinthians. Mostra também que é ridícula a impáfia de uma certa diretoria, cujo plano é ultrapassar em número a Fiel Torcida. Não conseguem nem passar o palmeiras, que não ganha nada há séculos (vide pesquisa Datafolha do último fim de semana)...

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A semana passada ficou marcada pelo tal escândalo Renan Calheiros. Eu, assim como a grande maioria do Brasil, fiquei estupefato. Mas ao contrário dos grandes representantes da moral e da ordem, minha preocupação é no fortalecimento que se deu à figura do senador. Dali de dentro, realmente, não se tira nada de bom. É uma casa estéril e a serviço de oligarquias. Tá, tem o Suplicy, que é um banana do ponto de vista político, e a HH, que vai tanto à esquerda que chega na direita. E é por esses motivos que não prestam também.

No fim das contas, mais que o Brasil, perdeu a mídia golpista. A Falha de S.Paulo falhou outra vez. Na véspera da votação do pedido de cassação de Renan, deu um resultado. Resultado esse que era totalmente o oposto da realidade no dia seguinte. Já a Veja e a Abril agora tremem na base. Tudo por conta da ameaça de CPI do esquema Abril-Telefónica (espero que o senador faça valer suas ameaças para cima da família Civita). No fim, é mais uma tentativa de desestabilização do governo Lula que não deu certo.

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Acabaram-se as comemorações dos meus 26 anos. Mais por falta de recursos que por vontade. Este já velho que vos escreve agradece todos os votos de parabéns recebidos. E todos os 11 (!!!) presentes que ganhou de sua amada Evinha.


11 setembro 2007

Vale, vale a pena


Vai com um teco de atraso, mas não poderíamos deixar passar. Completo meus 26 anos - foi no domingo último - em um mundo turbulento. Digo, e repito, que não pretendo passar dos 50. Passo, então, para menos da metade da minha vida. E vejo o que vejo.

Nosso mundo é só frangalhos. O governo que eu apoio - hoje já sem tanto ânimo - me dá umas vaciladas. A cidade em que eu vivo está entregue nas mãos de gente conservadora, reacionária e que quer, a todo custo, acabar com o pouco de alegria que tem o paulistano. O time que amo vive a pior fase de sua história gloriosa, refém de ladrões sem escrúpulos que deveriam ser banidos da face da Terra.

Muitas desgraças. Mas há as compensações. Completei meus 26 ao lado de grandes pessoas, e também junto da maior delas. Minha Evinha me encheu de mimos e alegrias - são dez, DEZ presentes até agora! -, além de fazer cada ano envelhecido parecer uma década de felicidade. Amigos poucos mas muito bons estiveram comigo, e pretendo reunir mais alguns no próximo fim de semana.

Aí eu entro hoje no blog do mestre Edu Goldenberg, que saca esse texto da cartola, ou melhor, da Tijuca, ilustre bairro carioca.

Vejo como ainda vale estar vivo em meio a tanta merda.


01 setembro 2007

O campeão dos campeões.


Corinthians! Queria ter nascido antes para ter visto o primeiro, em 1914. Queria ser mais velho para ter visto Neco, o primeiro dos ídolos. Queria ter visto aquele ataque de ouro, com Baltazar, Luisinho, Cláudio, Carbone e Mário. Quantos gols, Corinthians! Meu xará - e também inspirador do meu nome - ainda é o maior dos artilheiros...

Ah, Corinthians, queria eu ter tido idade para ir à Venezuela ver você massacrar Roma e Barcelona, levando seu primeiro mundial. E também ganhando a Taça do IV Centenário, justamente em cima dos maiores inimigos. Histórico, Corinthians!

Me sinto culpado, Corinthians, em não ter te apoiado durante os tenebrosos 23 anos, e um pouco triste de não ter participado da grande marcha em direção da Cidade Maravilhosa. Mais de 70 mil, Corinthians! Só para te ver ensacando aquele timinho do pó-de-arroz.

E 1977, Corinthians? Honrados são aqueles que estiveram na noite de 13 de outubro empurrando o resto do time para cima do adversário. E gritando, finalmente, é campeão! E depois disso, continuar gritando a mesma coisa, ano sim, ano não. Você nos acostumou mal...

E chega 1981, quando eu entrei na sua vida, Corinthians. No meio da Democracia. E do time que jogava como um passe de mágica. Mas o primeiro título que tenho memória foi o de 88. Com o tão menino e ainda mais iluminado Viola fazendo aquele gol que tem a tua cara, Corinthians. A Telefunken já pequena ficou minúscula para a minha alegria.

Desde então, Corinthians, passei a fazer parte dessa nação. Nação que conquistou o mundo em janeiro de 2000 e o Brasil por quatro vezes. "Um pouco mais brasileiro"... Mesmo com as tristezas que você anda me dando, Corinthians, quero dizer que minha vida é tua. Na vitória ou na derrota.

Parabéns Sport Club Corinthians Paulista.

Acorda, Fiel!