20 junho 2008

BH (e o Dunga)


A capital mineira é uma grande cidade. De interior. Passamos (Eva e eu) o último fim de semana em BH, ficando na famosa Savassi. Caiu por terra o mito de que o bairro é um grande núcleo boêmio. E reforçou-se aquele que dá conta da quietude do mineiro. As coisas fecham nos finais de semana.

Mas sempre tem uma pérola, que só quem procura acha. E ela ficava a poucos metros do hotel. O lugar chama-se Sopa Carioca. A tal sopa, aliás, é um grosso caldo de carne com legumes muito cheiroso e saboroso. Porém, havia outras delícias, como os salgados gordurosos e o fantástico frango a passarinho com alho.

Próximo dali, o Parque Municipal é bem agradável, e na lagoa central do lugar pode-se dar um rolê de barco, alugado a míseros R$5 por pessoa. No domingo, a avenida do mesmo Parque abriga uma gigantesca feira, da qual só vimos o fim.

Tudo muito calmo. Tudo muito "jeitadim". E quieto, muito quieto. Esse costume paulistano de achar que o mundo gira no mesmo ritmo de nossa cidade é chocante quando nos deparamos com algo como BH. Não é, a capital mineira, um lugar inesquecível. O que não lhe tira o título de simpática.

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E BH foi palco do início do fim de Dunga como técnico da seleção. Empatou o jogo, mas perdeu o apoio dos brasileiros. A campanha global contra ele é gritante e covarde. Mexe errado? Sim. Convoca errado? Sim. A culpa é dele? Não.

A seleção, hoje, é uma bolsa de valores do mundo da bola. Dali, só saem contratos. Me admirou muito Dunga ter topado participar de uma presepada dessas. Por causa, principalmente, do seu passado. No entanto, acredito que ele já tenha começado a patinar em 98, ao se omitir na final com a escalação do Ronaldinho Gordo.

O Carlos Caetano cai depois das Olimpíadas. Mas devia ter pedido demissão hoje, quando o crápula Ricardo Teixeira escalou o outro Ronaldinho, o Gaúcho, para disputar os jogos em Pequim. Fosse esse aquele Dunga que todos nós admiramos, ele já teria voltado para os pampas.

2 comentários:

evaodocaminhao disse...

só achei q foi muito rápida essa viagem

Filipe disse...

BH é uma capital que eu ainda não conheço. Não farei esforço pra conhecer...

Mas quanto ao meu ídolo (sim, quando eu tinha seis anos Dunga era meu ídolo, que me cumprimentava nos treinos, que me guiava na entrada em campo, que me levava para o gramado. Porra, pra um moleque isso é inesquecível), já havia dito que deveria nem ter começado essa historinha. Que merda. É triste vê-lo assim.