29 maio 2010

São 5!


E não é que já são 5 anos que a Evinha agüenta carregar esta mala aqui? Nada como muito amor e paixão para suportar minhas manias de velho, minhas intolerâncias e teimosias. Confesso que ela merece um bom lugar lá no buteco do Jesus quando for, bem velhinha, trocar uma idéia com o Pedrão e mencionar a boa ação que já dura 1825 dias. Por tudo isso, como não ser cada vez mais apaixonado e agradecido por quem fingiu cair no meu xaveco furado e viu que, por trás das imbecilidades que eu sempre falo, havia um amor que eu nunca senti ou sentirei por ninguém.

Adoro, por exemplo, as fanfarronices de nossa trajetória. Ela me pedir em namoro, ambos fazendo o sacrifício de pisar em arquibancadas inimigas, a total falta de vontade em atender a necessidade pequeno-burguesa de meter uma aliança na mão esquerda, o asco e o pavor pela idéia de ter um filho, a ojeriza por telefones, a aventura de ficar num puteiro durante o Carnaval carioca e até mesmo a compreensão quanto ao incrível potencial de funcionamento do meu intestino.

Lembrando dessas passagens, entro num daqueles flashbacks hollywoodianos, em câmera lenta e com a luz esganiçada de tão clara. Vejo-a em filmes, ouço-a em músicas e sempre me pego imaginando a gargalhada que ela daria se se deparasse com qualquer cena minimamente esdrúxula na rua. No fim das contas, são esses pequenos detalhes que se juntam e fazem do troço algo importante (como diria o Robertão, que ela odeia e eu sempre acho um jeito de provocá-la com isso).

Amo-te, minha ídala!