06 novembro 2009
Sonhei com ela
Faz menos de um mês que ela foi embora. Mais que uma muleta para todos que ficavam debaixo da sua aba, ela se tornou uma referência natural. "O que ela faria nessa situação?" era o que eu quase sempre pensava. De fato, era bom ter duas mães, principalmente depois que eu "matei" meu pai.
Confesso que ainda não me caiu a ficha. Quinta-feira à noite. No milésimo de segundo após o susto, me veio nitidamente nos ouvidos aquela porcaria de música do Abba que ela tanto gostava e a imagem da dancinha com as mãos postadas na altura da cintura, como que se estivesse segurando uma corda de pular. Creio até que ficha só vai cair daqui algum tempo. Outro dia mesmo me peguei discando o número dela para perguntar algo. Vai entender...
Até que, nessa noite, eu sonhei com ela. Um sonho confuso, numa casa desconhecida. Ela apareceu daquele mesmo jeito de sempre, comendo aquela pururuca comprada no posto de estrada. Abracei-a como nunca e, quando começava a chorar, ela me pediu que parasse porque isso não ia ajudar nem a ela e nem aqueles que ficaram. Sequei como um deserto, ganhei um beijo na testa e o sonho acabou.
Hoje eu acordei pesando uma tonelada a menos. Para o caralho o inconsciente! Era ela e pronto.
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3 comentários:
Claro que era ...
Eu fui muito apegada aos meus avôs paternos... e sempre qdo a saudades aperta coincidência ou não sonho com eles,no velho apartamento que moravam e minha avó fritando pastéis de queijo que eu tanto gostava.
Existe uma verdade universal que está ainda acima da nossa compreensão... cabe a nós na nossa humildade reconhecer sem questionar a sua veracidade.
;)
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