11 março 2009
Hora da Patrulha
Demorou um pouco, mas chegou. O período de hibernação fez com que se juntasse muito material para esta Hora da Patrulha e, por isso, irei separar as coisas em tópicos. Aproveitando o tom de denúncia do post, lembro todos da nova tentativa de golpe da vez. Depois da ditabranda da Falha, a Veja não deixou quieto e apresentou mais uma de suas, atingindo novamente o delegado Protógenes Queiroz, da PF. O grampo, porém, ninguém sabe, ninguém viu, e mais mentiras começam a pipocar. Vamos aderir à campanha de cancelamento de assinatura dessas merdas!
Às notas:
- pipocou há uma semana a história da pirâmide de enriquecimento ilícito na polícia civil. O esquema envolve gente graúda, tem criminosos como intermediários e circula valores altos. O silêncio da mídia foi proporcional à grandiosidade do escândalo. Até mesmo o governador José Serra, questionado sobre o assunto, retirou-se de entrevista coletiva e usou o (banana) secretário de segurança pública como escudo. É essa a postura de um gestor?
- ainda no quesito “coisas antigas”, a merenda azeda e o ralo de dinheiro público não foram suficientes para garantir uma CPI, e as investigações ficam para depois. No lugar, entra uma importante comissão para discutir o que pode ser feito na bacia do Jurubatuba. Brilhante!
- eu tinha falado aqui em algum lugar de 2007 sobre a falcatrua da prefeitura em dar aos professores uma assinatura da revista Nova Escola, da Abril. Tratava-se, na verdade, da compra do silêncio da editora, que já fechava os olhos para os problemas de São Paulo por ordem do Serra. O presente em 2008 ficou maior: a Nova Escola também será distribuída na rede estadual, ao preço de quase R$4 milhões. A revista faz sua parte, defendendo idéias absurdas como o pagamento de bônus por desempenho, e não menciona problemas como o sucateamento de escolas, o arrocho salarial dos professores e as artimanhas do convênio prefeitura-governo do estado para evitar o acúmulo de cargos do corpo docente. Dizem que isso prejudica o ensino, já que o professor não se dedicará integralmente nos turnos. Concordo. Mas aumentar o piso e pagar um salário decente não entra em questão, no entanto.
- e já que o assunto é Educação, onde estão as creches e os CEUs do generalzinho? Estão no mundo das idéias. Usadas como um dos carros-chefe na campanha, as creches têm hoje um déficit registrado pela Justiça de 5 mil vagas. Outro recurso que ficava bonito na TV era o leite, mas o solteiro sem filhos resolveu diminuir o benefício depois de eleito. Há notícias de muita confusão na distribuição dos leites atrasados do ano passado, inclusive.
- o que os jornalões trouxeram e destacaram foi o belo desconto de 20 centavos na tal taxa da madrugada no metrô. Ao mesmo tempo em que promovia um reajuste na tarifa dos ônibus municipais, o governo do estado divulgava a maravilha de se economizar R$1 por semana, ou R$4 por mês, ou R$48 por ano. Seria cômico se não fosse trágico, isso sem mencionar o aumento anterior na passagem, que chegou a R$0,15. Aí, no mesmo período de um ano, o cara que poderia economizar seus R$48 acordando de madrugada, vai pagar R$72 a mais. Prejuízo dos grandes, potencializado pela piora constante do serviço...
Com tudo isso, São Paulo, sorria!
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