18 março 2009

Hora da Patrulha


Mesmo com 2 Paraguais no mapa da América do Sul e outros equívocos imperdoáveis, as cagadas promovidas pela Secretaria da Educação nos livros didáticos da rede estadual foram vistas com serenidade pelo governador José Serra. “Não é um erro grave”, disse ele à Falha. A mesma Falha que jamais cola à imagem do vampiro a palavra crise (ah, se fosse a dona Marta...) e ainda tenta mostrar serviço ao manchetear que “Serra critica secretaria”. Livro de escola com erro grotesco não é crise. Esquemas de corrupção na polícia e assaltos a estoques de armamentos não é crise. Buraco no metrô e aumento em passagem não é crise. Ou seja, o Serra nunca erra – até rimou.

No mesmo dia do pastelão educacional, a capital paulista viveu um dia de cão. Inundações inimagináveis e congestionamento recorde no ano fizeram com que muita gente demorasse até 9 horas para voltar para casa. O generalzinho, assim como seu chefe, é sempre esquecido nessas horas. O Datena da Band, por exemplo, resolveu “poupar os políticos e a prefeitura” porque, segundo ele, choveu demais. Ah vá! Mas a prefeitura está agindo. Gastou mais em propaganda do que em obras anti-enchente. Segundo a (má) administração municipal, verbas de propaganda foram utilizadas para combater o problema. Como assim? Foi campanha motivacional? Nesse ritmo, não demora muito e o Kassab vai privatizar as inundações para contingenciar os gastos, da mesma maneira que quer fazer na cessão dos bairros da Luz e do Bom Retiro às grandes empreiteiras.

Voltando aos Paraguais, a responsável pela edição do livro é uma tal Fundação Vanzolini, da Poli (por que não pegar uma da Pedagogia ou da FFLCH?), que por sua vez empurrou a bucha de canhão de volta ao governo estadual, dizendo que os elaboradores da publicação foram sugeridos pelo Estado. Fato é que a incorporação do Uruguai custou ao Paraguai mais de R$31 milhões, o que foi motivo de festa na capital Buenos Aires. Falando sério, é preciso rediscutir o papel dessas fundações, que enriquecem à base de dinheiro público, usam a estrutura e o “selo de qualidade” das universidades às quais estão ligadas e, por fim, não dão nenhuma contrapartida à população.

Com tudo isso, a secretária estadual da Educação, dona Maria Helena Guimarães de Castro, deveria ter seu salário indexado ao seu desempenho, assim como fez com os docentes. Com que moral ela vai cobrar desempenho de professor depois de colocar dois Paraguais no livro, isso sem contar as precárias condições de trabalho e o salário indigno?

Sorria, São Paulo.

4 comentários:

Mônikita disse...

Salve Amigo

2 Paraguais foi f* msm kkkkkkkkk
e tens razão se fosse a Marta isso iria render muito mas como é o porco....

Aff

besos

VAI CORINTHIANS!

Craudio disse...

Salve Monikita!

Dizem que há outros erros tão grotescos quanto. Não quero nem imaginar...

Vai Corinthians!

evaodocaminhao disse...

me lembra depois de contar sobre os computadores

ah, se eu pudesse falar mais...

Craudio disse...

Num tinha uma liminar do sindicato que tava rolando por aí pra tirar a mordaça dos professores?

Acho que a ditabranda é hoje. Parece livre, mas lá dentro a coisa é outra.