30 janeiro 2009
Papel higiênico
O Lance! diz que é um jornal de esportes. Mas vejam as notícias publicadas no site do diário:
- Relembre as ex-namoradas de Ronaldo
- Ronaldo e Bia: panos quentes nos boatos
- Mulher da foto diz que escorregou em Ronaldo
- Fala galera: as baladas de Ronaldo no Timão
- Surge nova versão para briga de Vampeta
- Ronaldo desmente separação de Bia Anthony
- Ronaldo se separa de mulher, diz jornal
Aí a gente entra no site OFuxico, de fofocas:
- Superpop é enganado por falsa acompanhante de Ronaldo na balada
E no Babado:
- Mulher que entrelaçou as pernas em Ronaldo vai à TV defender o jogador
Contigo!:
- Assessoria de Ronaldo desmente separação
Quem Acontece:
- Nova mulher se apresenta como dona das pernas clicadas sobre Ronaldo
- "Amo minha mulher", diz Ronaldo a jornal
- Video: Veja Ronaldo em boate de São Paulo
Qualquer semelhança é pura equiparação de qualidade editorial...
Lá em Belém
Da mesma forma com que ignora a responsabilidade das enchentes e da queda do teto da Renascer em SP, a imprensa dá de ombros para a realização da nona edição do Fórum Social Mundial, com sede em Belém do Pará. O evento reúne as principais forças políticas progressistas do mundo e promove debate de idéias que visam achar uma solução para viabilizar a sobrevivência da humanidade nesses tempos de autodestruição.
A única coisa que achei pelos jornalões veio em tom pejorativo, e saiu logicamente na Falha. Diz o título que o McDonald's foi visto nas manifestações, recheando a boca dos participantes. O que o lixo da família Frias tenta provar é que os comunistas se renderam ao capitalismo. Engraçado que quando lojas da rede de fast-food eram destruídas, os responsáveis eram chamados de vândalos. Quer o que, essa imprensinha de merda?
Para saber o que de fato anda rolando nas mesas de discussão do FSM, é preciso recorrer à mídia alternativa de blogues. O meu caríssimo Nivaldo Santana está por lá e escreveu boas palavras sobre o evento e a participação da CTB. O Azenha reproduziu um texto de Emir Sader que denuncia esse silêncio midiático frente ao evento. O Sérgio Amadeu também está por lá e coloca suas impressões sobre os debates sobre a internet. Por fim, vale a visita constante ao Portal Vermelho, que conta inclusive com as fotos da Renata Mielli.
Tire os olhos do seu umbigo paulista, imprensa estúpida. Caso contrário, a falência estará próxima!
29 janeiro 2009
Três sugestões
Deixo aqui três links com textos que merecem ampla divulgação:
1) o Azenha publicou um abaixo-assinado que se posiciona contra as propostas de diminuição dos direitos trabalhistas. O texto também lembra a todos do real causador da crise, e não é a classe trabalhadora.
2) o PHA mostra mais um absurdo da gestão José Serra. O governador conseguiu feito incrível.
3) o Portal Vermelho reproduz um post do Altamiro Borges que fala das relações umbilicais entre Kassab e a Renascer e a responsabilidade da queda do telhado. Há, ainda, menção ao silêncio da mídia sobre a ligação entre a prefeitura e a igreja evangélica.
Parte da estratégia de marketing?
Assistir aos primeiros jogos do Corinthians nesse 2009 está sendo tarefa das mais difíceis. Ao contrário da euforia que tomou conta da torcida por causa da contratação do Ronaldinho, esse blogue sempre se posicionou de maneira cautelosa. Porque gato escaldado...
Analisemos a partida dessa última quarta contra o Botafogo de Ribeirão Preto, que tinha tudo para ser uma baba. Claro, com 3 minutos e um gol, o mais pessimista dos corinthianos iria pensar, no mínimo, em uma goleada. Não foi o que aconteceu, muito por conta da falta de iniciativa que parece ter tomado conta do plantel. A pré-temporada antecipada serviu para quase nada do ponto de vista tático, já que a defesa ainda está perdida em campo (atacantes passam nas costas de nossos laterais como querem e volantes e zagueiros não dão a cobertura necessária e óbvia) e o meio de campo comete erros de passes imperdoáveis.
Mas a parte crítica continua sendo o ataque. Sem Dentinho (titular absoluto, meus caros!), Jorge Henrique (talvez titular ao lado do moleque) e o dito R9, ficamos com Souza, Otacílio Neto e Lulinha apoiando. Desses três, Souza é o pior, disparado. Perde gols como Herrera, tropeça nos próprios pés como Herrera e reclama como uma velha. A notícia boa é que, se não me engano, foi comprado por US$1,7 milhão, o que nos faz ter a sensação de bom negócio - trocamos merda por bosta e economizamos 300 pilas. Ainda no setor aberrações, destaque para o Saci (que nos reforça para o próximo jogo estando no departamento médico), jogador que chegou a ser comparado pelo noticiário da Globo a Cristiano Ronaldo. Ah, a imprensa esportiva...
Pode ser que tudo isso tenha sido estrategicamente elaborado pelo departamento do Rosemberg - que ainda não fechou o patrocínio, vale lembrar. "Vamos dar à torcida o pior ataque nesse início, para que o nível de exigência fique lá embaixo", pensou a corja imunda que habita as salas ar-condicionadas do Parque São Jorge. Só para garantir que o Ronaldinho não precise jogar tanto quando ele retornar aos gramados. Vos digo que, do jeito que estamos, R9 já seria útil no jogo de ontem, mesmo fora de forma.
Por fim, já que mencionei a corja e aproveitando o teor corneteiro desse post, reitero uma posição que, para mim, é inflexível: levar presidente na quadra é algo grave, um conflito de interesses. Além disso, dá matéria-prima para o blogueiro mantido pela oposição e pela rede kfouriana ficar falando suas merdas por aí. Se vocês acham que eu estou louco, basta ver a quantidade de gente que o moço da credibilidade anda influenciando, principalmente no "estilo literário". Depois, na hora de cobrarmos, quem nos dará ouvidos e/ou legitimidade? Porque o nível de compreensão dos leitores que lêem essas porcarias é baixíssimo, o que os torna presa fácil a esses carniceiros.
P.S.: o governador José Serra conseguiu desrespeitar, de uma só vez, a FIFA, o Corinthians e sua torcida, além de fazer eco ao discurso leonor. Isso sem contar que São Paulo continua sob as enchentes e dentro das crateras que marcam sua gestão. Querem saber por quê? Assista ao vídeo que o Filipe me passou.
28 janeiro 2009
A época em que o ruim era bom
A nostalgia é um sentimento perigoso. Quando pensamos no passado, e ele não precisa nem ser muito longínquo, geralmente lembramos só das coisas boas. É aí que ela bate forte. Talvez isso explique minha empolgação demasiada na madrugada de ontem, quando procurava no Soulseek algumas músicas de axé mais antigas.
É preciso dizer, porém, que eu sempre abominei esse ritmo. Odeio Cláudia Leitte, Ivete Sangalo, Chiclete com Banana e todas essas merdas que dominam as micaretas. Mas devemos reconhecer que houve no axé um tempo de alguma dignidade e certa qualidade. Se não podemos equipará-lo ao bom e velho samba - até porque isso seria uma heresia -, também não dá para jogá-lo no lixo sem separar o joio do trigo.
Coincidentemente, tais músicas marcam o início da minha adolescência, época em que o ódio a elas era ainda mais extremo. Mas sabe como é: quando se está em festividades de carnaval em que o público-alvo são jovens, infelizmente o que faz sucesso nas rádios é o que tem mais espaço. Por isso, em meio às boas e velhas marchinhas tocadas timidamente, havia muito Araketu, Netinho e sua Banda Beijo, o começo do Asa de Águia, Olodum e a Margareth Menezes.
A associação é imediata. Carnaval é bom e tudo que faz lembrar o Carnaval também é bom. É óbvio que não podemos ser literais a ponto de achar que, em algum momento da humanidade, alguém vai encontrar qualidade naquela merda de funk carioca. O axé, por sua vez, possui (ou possuía) ritmo, harmonia, certa tradição e, inegavelmente, bons cantores. Fora isso, não podemos esquecer do sucateamento artístico sofrido pela folia soteropolitana, resultado da mercantilização excessiva do evento.
Impressionei-me, na busca de ontem, com algumas letras e as sensações que elas ressuscitaram. A música "Baianidade Nagô", por exemplo, retrata perfeitamente aquela quase ressaca do fim de tarde e retomada dos trabalhos etílicos noturnos, com os versos "eu vou/atrás do trio elétrico vou/dançar ao negro toque do agogô/curtindo minha baianidade nagô". Outras que me levam de volta aos anos de punheta compulsiva são "I miss her" (Oludum) - "Oh Lord/I'd like to know where she is now/If she thinks about me or not/I wanna give her all my love/My life, my heart/And please her" - e "Araketu Bom Demais" - "Só sei que o corpo estremece/As pernas desobedecem/Inconscientemente a gente dança".
Essas e mais uma penca de músicas feitas até a primeira metade da década de 90 seguiam à risca aquela mistura de batida do samba com ritmos latinos, guitarras distorcidas e percussão pesada, características básicas do som maluco nos primeiros trios de Dodô e Osmar. Eram produções de tino comercial gritante, claro. Mas havia qualidade. O ruim, ainda assim, era melhor que o ruim de hoje. No limite, se uma porcaria de uma canção consegue ser lembrada quase 20 anos depois porque trouxe de volta um sentimento ou uma sensação, vale ao menos o registro. Ou alguém aí se teve alguma história marcante ao som de "Benzectacil", do MC Serginho?
* texto inspirado pelas inúmeras tentativas de assistir ao filme Ó Paí Ó, que ando achando menos ruim e cuja trilha sonora segue a mesma linha desse post...
Hora da Patrulha
Por onde anda o Kassab em meio a tanta inundação? Por onde anda o governador Serra com mais uma cratera aberta na cidade? E os jornais, que certa vez desceram a lenha na "dona" Marta porque ela estava viajando quando houve enchentes em São Paulo, mas agora não responsabilizam o poder público pelos constantes alagamentos dos últimos dias?
Kassab, ao que parece, ainda deve estar prestando contas para sua base eleitoral. Serra anda espalhando a eficiência da Sabesp pelo Brasil, em propaganda política antecipada. E os jornais andam perdendo espaço para a internet como fonte de informação. Pelo menos essa última, uma boa notícia.
Sorria, São Paulo. Mas vá de barco.
27 janeiro 2009
Os meus eleitos
Ainda estou muito incomodado com a tal eleição da Vejinha sobre aquilo que tem a cara de São Paulo. Portanto, irei listar aqui os meus escolhidos, e convido os fiéis leitores a participar do troço. Só quero provar que essa cidade é tão diversa que não há como estabelecer um perfil que englobe todos os paulistanos, além de mostrar a imbecilidade de uma matéria como essa.
Alguns quesitos serão excluídos por motivos óbvios (flor de cu é rola, museu e monumento é ruim, hein?). Entre os eleitos, haverá amigos meus, inclusive. Vai lá minha lista com as explicações para tentar manipular vossos votos - aqui a gente assume que quer manipular a opinião alheia.
- Apresentador: Goulart de Andrade
Seu "Comando da Madrugada" agitava a noite da criançada notívaga, trazendo sempre pautas que tinham pouco espaço nos jornalões tradicionais (ainda é assim, mais de 20 anos depois). Era a vida das prostitutas e dos travestis nas ruas, os artistas de circo, os apreciadores de disco voadores (ele fez uma das melhores matérias sobre o ET de Varginha), os drogados da Boca do Lixo... Retratos de uma São Paulo que a classe média tenta apagar, fugindo para seus condomínios.
- Igreja: Paróquia Nossa Senhora da Achiropita
Localizada no Bixiga, traz toda a influência da colonização italiana que caracteriza o sotaque do paulistano. Também é núcleo de resistência das tradições da vida de bairro, ao contrário do que quer implantar a modernidade.
- Estádio de Futebol: Pacaembu
Apesar do nome leonor pouco digno que o batiza, o Pacaembu é o melhor lugar do mundo para se assistir ao futebol. De localização central e com uma bela fachada externa, o Templo Sagrado dos Corinthianos é um dos cartões postais da cidade. Atualmente, a Prefeitura tenta empurrá-lo ao Corinthians, querendo repassar o prejuízo que ele causa aos cofres do município. Nada mais justa a cessão, já que sem o time de Parque São Jorge jogando lá, o troço iria virar um elefante branco.
- Estação do ano: Primavera
Que verão o cazzo! Verão é para passar longe de São Paulo. Bom mesmo é a primavera, onde a gente aproveita para tirar o mofo dos dias frios e planeja as viagens de janeiro e fevereiro.
- Jornalista de imprensa escrita: Mino Carta
Fundador das principais revistas semanais do país, Mino é outro descendente da imigração italiana que adotou e foi adotado pela metrópole. Seus textos ácidos e seu senso crítico apurado fazem dele um dos maiores nomes da imprensa responsável. É famoso por ter que inventar seus empregos, já que destroça a moral de seus imorais empregadores.
- Esportista: Arthur Tirone, o Favela
Atacante de destaque da Associação Atlética Anhangüera, da Barra Funda, o corinthiano Favela carrega no seu coração a alma da várzea paulistana que deu origem a tudo isso que conhecemos como futebol. Hoje relegada a um pequeno espaço na cena esportiva e ameaçada pela modernidade, além de ter virado expressão depreciativa, a várzea é o caminho que alguns setores de nosso "futebol profssional" deveriam percorrer. É na várzea que o couro come, que o jogo é jogado sem as frescuras do fair play e que a paixão SEMPRE fala mais alto. E o Favela é, de todo mundo que eu conheço por essa cidade, minha referência nos campos de terra que nunca podem morrer.
- Grupo de Samba: Inimigos do Batente
O pessoal comandado pelo Fernando Szegeri faz há muito tempo a melhor roda de samba de São Paulo. Desde os primeiros passos no Bar do Bilú, passando pela época de ouro do Espaço Cuca da UNE e chegando às tardes de sábado no Ó do Borogodó, Cebolinha, Paulinho Timor, Cabelinho, Julio Vellozo e Marcelo Homero metem a mão no couro com maestria. Tudo isso ganha um tempero ainda melhor com a doce voz de Railídia, o cavaco certeiro de Kico Nogueira e o fantástico sete cordas de Luís Tchubi.
- Jornalista de TV: João Gordo
Como qualquer um que aparece na TV fazendo entrevista é jornalista, então o vocalista da lendária Ratos de Porão merece o título. Porque ele é o único ser a fazer perguntas realmente decentes e está pouco se fudendo se isso é politicamente correto ou não. Daí a achar o programa dele bom, são outros quinhentos...
- Apresentadora: tem não...
- Edifício: Prédio da Fundação Cásper Líbero
Se a Paulista é o centro simbólico de São Paulo, o prédio casperudo é o coração desse símbolo. Em frente ao edifício que sedia a Faculdade Cásper Líbero e as emissoras de rádio e TV da Gazeta, foram realizados vários eventos como festas de torcidas, comemorações de eleições e passeatas. Em seu arrojado projeto inicial, seu idealizador queria ver do topo da construção a Baixada Santista.
- Ator: Toni Ramos
Não precisa nem falar o porquê...
- Atriz: Walderez de Barros
Idem.
- Artista plástico: qualquer grafiteiro
Embora muitos considerem sujeira, o grafite é uma expressão urbana e está umbilicalmente ligada a São Paulo. Melhor um desenho na parede do que o Daniel de cuecas no vidro do ônibus.
- Cartão-postal: trânsito das marginais
Ninguém que vem a São Paulo se lembra da Paulista. A primeira imagem que todos os não-paulistanos têm da cidade são os engarrafamentos nas marginais Pinheiros e Tietê.
- Parque: não freqüento.
- Banda de rock: Golpe de Estado
Tem músicos melhores que os do Titãs, músicas melhores que as do Titãs, não é caça-níqueis como os Titãs e ainda tem um nome que representa a alma da classe média paulistana. Representante literal.
- Rádio AM: a antiga Jovem Pan
Quem nunca entrou no ritmo da correria do "começou um novo dia..." nos apressando logo pela manhã? Quem nunca ficou angustiado com a frase "São Paulo que amanhece trabalhando"? E as previsões sempre falíveis de Narciso Vernizzi, o Homem do Tempo? E os domingos esportivos? Ah, velha Pan, o que fizeram com você?
- Rádio FM: não tem uma que preste
- Comida: Pizza
Não, queridos. A melhor pizza do mundo não é feita na Itália, mas sim aqui na terra da garoa. E a quantidade de redondas que são produzidas diariamente na capital paulista deve ser suficiente para matar a fome na África. Como sempre, esse povinho daqui quer se apropriar do arroz com feijão, mas esse prato é de âmbito nacional. São Paulo é pizza, e entenda isso como quiser...
- Estilista: tsc
Vai tomar no cu, né?
Hora da Patrulha
O papel de um prefeito eleito por uma massa ignóbil que aspira ser elite só pode ser o de representar interesses escusos e favorecer, via verba pública, pequenos grupelhos parasitas. Portanto, não surpreende a notícia de que o generalzinho quer desapropriar o Jockey Club para transformá-lo em parque.
Por trás dessa aparente e popular boa ação, há na matéria da Falha o motivo real. Afundado numa dívida de R$150 milhões somente com a prefeitura, o Jockey receberia o valor venal do imóvel (cerca de R$300 milhões) e desse valor se descontaria a pendura. Belo lucro para essa excrescência que representa o que há de mais nojento nessa cidade.
Já lá na quebrada, mais precisamente na Vila Formosa, o general "entregou" o CEU do bairro. Sem piscina, ginásio e auditório. Para refrescar a memória, essa foi uma das polêmicas na última corrida eleitoral. Marta mostrou o canteiro de obras em atraso e Kassab jurou entregar o troço agora no início das aulas. No SPTV de ontem, mostraram a inauguração mas não fizeram tomadas de imagens abertas; mostraram apenas algumas áreas internas. Imaginem, em primeiro lugar, a qualidade da construção. Você ficaria tranqüilo em deixar seu filho lá? Depois, se não tem piscina, ginásio e auditório, não é CEU. É uma versão menos pior das escolas de lata.
Sorria, São Paulo.
26 janeiro 2009
O verdadeiro inimigo
Uma terrível gripe toma conta desta carcaçinha que vos escreve e, somente agora, consigo me concentrar para atualizar o blogue. Estava meio sem idéia porque o Barneschi, muito oportunamente, falou sobre a cara que São Paulo acha que tem, segundo aquele lixo que atende pelo nome de Veja SP. Resta-me, então, tratar do vitorioso fim de semana corinthiano, mas isso servirá apenas de pano de fundo. Mais do que nunca, é mais urgente dar nome aos bois que estão fazendo um mal para o mundo, munidos de seus sites e jornais.
Vejam que o Corinthians começou ganhando, na sexta-feira, sua vaga para a final da Copa SP, campeonato que viria a ganhar no domingo. A notícia, porém, era a da balada do Ronaldinho, que ficou até as seis da manhã em uma boate paulistana. Estava acompanhado do seu sogro, inclusive. Estava de folga, inclusive. E no dia seguinte não teria treino, inclusive.
Sem a crise econômica no futebol, GloboEsporte.com, Lancenet, Lance, UOL, Falha, Estadão e as rádios Jovem Pan e Bandeirantes inventaram uma outra e a exploraram de maneira covarde. Fiz algumas perguntas que achei pertinentes: qual o nome do fotógrafo que capturou as imagens da balada? O que ele estava fazendo na balada as seis da manhã? Ele não tinha que trabalhar naquela manhã?
A estratégia para implementação de confusão em clubes de futebol é bem denunciada pelo nosso amigo Raphael no Cruz de Savóia, mas não custa a gente repetir - vale lembrar que essa corja age de modo semelhante, só que a martelação se baseia em mentiras -: quando há informação caluniosa ou geradora de crise (coisas como "disseram que", "afirmaram que", "teria sido"), esses veículos supracitados não fazem o jornalista assinar a matéria. Ou seja, jogam a merda no ventilador e tiram o time de campo na hora de assumir a bronca.
A gente sabe para quem trabalha os abutres. Eles têm interesses bem definidos e um projeto que beneficia "os escolhidos", aquele tipo de gente descrita na matéria da Vejinha e brilhantemente destrinchada pelo Barneschi. Eles não permitem a diversidade, não a respeitam e fazem de tudo para tornar o mundo puro, alvo e loiro. Só se esquecem que eles mesmos não são nada disso. Cospem em sua própria mestiçagem, em sua própria mulatice, para aspirar uma aura européia moderna.
Eis os inimigos. E inimigo a gente combate.
23 janeiro 2009
Duas idades, duas saudades
Neste exato momento em que escrevo, escuto a rádio Saudade FM, emissora que atua no litoral norte de São Paulo. Sintonizada por quem está entre Bertioga e São Sebastião nos 100,7, descobri essa pérola semana passada, meio sem querer, quando fui para Guaratuba. Assim que ela bateu nos falantes do rádio do carro, tocava uma melodia típica daquilo que os modernos chamam de música brega. Não identifiquei o que era, mas deixei o negócio rolar. E aí...
Aí veio Robertão, depois José Augusto (com "Sonho por Sonho"), Reginaldo Rossi ("Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme") e outros petardos. Pronto. No meio de tanta baboseira no dial nacional, eis que me aparece uma rádio que dá de ombros para as novidades comerciais. Agorinha mesmo, estava tocando "A Última Carta", com Marcos Roberto. Antecederam "Lindo Lago do Amor", com Gonzaguinha, "Volver a los 17", com Mercedes Sosa e Milton Nascimento, e "Meu Amor Brigou Comigo", com Wanderley Cardoso (aquele cujas iniciais também caíram na boca do povo para designar o famoso local de meditação).
Todas essas músicas me fazem um bem danado e me induzem a um processo de reflexão interessante e, ao mesmo tempo, preocupante. Interessante porque as canções remetem a períodos muito felizes da vida, lá nos primórdios, da casa dos meus padrinhos, da bola na rua e das férias no interior. Preocupante porque, provavelmente, estou cada vez mais senil. Apesar de muito bom, tudo isso é o que a sociedade repressora costuma chamar de "música de velho". Se é assim, velho sou...
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Falando em velho, envelhece no próximo domingo a capital paulista. Ao completar 455 anos, a cidade vive um período em que o processo de desvalorização é latente. A falta de compromisso com suas tradições (não bobagens como Revolução de 32, por favor) e com seu povo se reflete no abandono da cultura, da educação e da infraestrutura paulistana, sob responsabilidade de um generalzinho e da corja tucana.
Para não ficar me repetindo aqui - e cansando meus parcos e valiosos leitores -, passo a palavra a Walter Taverna, responsável pelo tradicional bolo de aniversário da cidade no Bixiga. Ele explica por que não vai ter o tal bolo esse ano. E eu pergunto: a Prefeitura não deveria contribuir?
O post termina ao som do Rei, cantando "A Janela". Coincidência?
Eu falei que não ia ser fácil
A corinthianada festiva estava alvoroçada ontem. Comprou um monte de ingresso, levou a família e o cachorro pro Pacaembu e enforcou o fim do expediente para ver a estréia do Corinthians no Paulistão. Ainda tomada pela euforia ronaldiniana, a Fiel matava a saudade da arquibancada, depois de dois meses de seca. Os jogadores também andavam empolgados com os resultados nos amistosos e abutraiada começou a nos chamar de favoritos.
Eu já tinha avisado, porém, que não ia ser fácil. Como não foi. O empate contra o barueri serviu para mostrar que a vitória só vem se nego jogar bola. E pra jogar no Corinthians tem que colocar o pé em todas as divididas. Pelo contrário, todo a equipe entrou em campo ainda de férias, achando que os 5 a 1 contra os argentinos ainda marcavam o placar. Erros bizarros de passes e finalizações, falhas grotescas na zaga e, pasmem, Otacilio Neto salvando a pátria.
Hoje, assistindo aos VTs, percebo que o primeiro gol deles foi irregular e os dois pênaltis foram muito tímidos (eu não marcaria). Erros gravíssimos, mas que não justificam o péssimo comportamento do time.
Que isso sirva de lição e coloque aqueles caras nos devidos eixos, porque no Corinthians não há espaço para brincadeiras. Dentro do gramado e nas arquibancadas. Enfim, começou o ano corinthiano!
22 janeiro 2009
Turma bicuda
Ontem mesmo, na Hora da Patrulha, eu falei sobre a turminha tucana que se formava aqui em São Paulo e da falta de equivalência na divulgação dessa quadrilha se compararmos com a famigerada "turminha do PT".
Nesse rolo todo, hoje sai a notícia da demissão, por e-mail, do regente da Osesp John Neschling. Não que eu entenda lhufas de música erudita e esteja contestando tecnicamente o pé na bunda. O que chamou atenção foi o signatário desse e-mail, o presidente do Conselho de Administração da Osesp: FHC, o nosso monarca boquinha de suvaco.
Pesquisando sobre o basfond, vejo alguns outros membros do tal conselho cujos nomes me causaram certa azia (alô, pizidente!), aqui destacados: Horacio Lafer Piva, Pedro Malan, Alberto Dines, Pedro Moreira Salles, Persio Arida e Olavo Egydio Setúbal. A lista, aliás, pode ser conferida aqui.
Compreendem o nível de complexidade dessa quadrilha? Eles têm diversas áreas de atuação e sempre concentram o poder nas mãos de seus cappo regime. São esses bicudos que querem tomar o poder em 2010 e que já mandam em São Paulo. Mais sobre o modus operandi da turminha tucana?
- PHA pede a Genro que investigue ameaças de Serra e Dantas
- Vídeo do Youtube reconta golpe de Serra e da Globo no 1º turno de 2006
Até que enfim!
Depois de longo recesso esportivo, o dono deste blogue - e, conseqüentemente, este blogue - inicia hoje seu calendário nos gramados. Ao contrário dos abutres, que na falta do que falar ficam inventando crise, foram poucos os textos sobre Corinthians desde dezembro último. Nesse período, aliás, as coisas ficam muito difíceis para nós, aficionados por futebol.
O Coringão pega hoje um conhecido adversário de tempos tenebrosos e que jamais devem acontecer de novo conosco. Joga, no entanto, num horário esdrúxulo, por conta da imbecilidade e da vaidade de certa emissora de TV. Essa emissora, vale lembrar, também impôs à Federação Paulista de Futebol o horário de domingo às 11h da manhã. Novidades modernas...
E falando em novidades, delimitou-se de vez os campos de atuação dos clubes em São Paulo. Clássico no Panetone nunca mais. Papinho de campo neutro é coisa do passado. Isso porque acabaram com a suposta divisão igualitária de torcidas nas arquibancadas com implantação do setor Visa pelos leonores (mais aqui). Vejo com bons olhos, pois voltaremos a jogar contra porco e bambi no Pacaembu quando o mando for nosso. Talvez isso ressuscite algumas velhas tradições que a Fiel Torcida perdeu durante os anos de bonança durante a gestão do velho gagá.
Hoje é dia de vestir o manto alvinegro, tirar a teia de aranha da garganta e gritar Corinthians mil vezes. Hoje é dia de matar a saudade do velho Templo Sagrado, de rever a Fiel e sua festa, de tomar uma gelada na descida da Goiás. Hoje é o começo de uma longa jornada que, ao contrário do que tentam alardear, não será nada fácil, como tudo no Corinthians.
VAI CORINTHIANS!
P.S.: ainda sobre a Globo, eu tinha mostrado que o conglomerado dos Marinho era canalha. Agora está pior, porque eles praticam até assalto.
21 janeiro 2009
A fauna na internet
Uma das grandes diversões de se ter um blogue é ir ao Google Analytics e ver quais são as palavras-chave que levam os internautas a entrarem aqui. Há diversas aberrações, como as que seguem abaixo e comentadas entre os parênteses:
- e verdade que o rbd faz macumba (RBD é foda)
- quem vai governa o ano na macumba (governá...)
- como burlar o relógio de agua da sabesp (coloca as garrafas de 2 litros sobre o relógio, fia)
- jogador lulinha esta solteiro novamente (jogador?)
- prefeitura de são paulo jogo são paulo fluminense camisinha (hehehehehehehe...)
- um corinthiano chutando a bunda de um saopaulino (hahahahahahhahahaahha...)
- carlos bazuca blog (piripiri)
- o que e piriri (piriri também vem da bunda)
- babados sobre mallu magalhães (ou seria barbados?)
- claudio kano faleceu (piada infame escutada durante a infância: "você é o Claudio Kano?")
- ilze scamparini é casada (essa eu não sei o porquê de estar na lista)
- macumba com camisa do ex marido (essa foi minha mãe, certeza)
- octavio café é muito caro (chupa, Barneschi!)
Aos entendidos de SEO e análise de comportamento de internauta, olha aí o buraco em que vocês se meteram...
Hora da Patrulha
Uma das principais acusações dos antipetistas é a de que eles aparelham toda a administração que assumem. A crítica, aliás, é expandida a toda a esquerda - o PCdoB, por exemplo, é acusado de hegemonizar a UNE via UJS, mas ninguém se mexe para tirar a gente de lá e tampouco trabalha para as eleições como a juventude do Araguaia. Outra pedra que atiram constantemente é a criação de cargos nomeados em excesso, o que geraria gastos maiores (como se o problema do Brasil fosse o funcionalismo).
Aí a gente se depara com nomeação do ressuscitado Geraldo Alckmin para a secretaria do Desenvolvimento? Atentem ao organograma: Serra Pedágio governador, General na prefeitura, Andrea Matarazzo mandando no General, Xuxu no Desenvolvimento, o deputado Vaz de Lima na presidência da Assembléia e o Rodrigo Garcia na secretaria de desburocratização (seja lá o que isso signifique). Formação de quadrilha ou bando de amigos? O discurso de "turminha do PT" não vale para essa trupe?
Ainda no tema secretarias-esdrúxulas-que-não-têm-função, o general resolveu criar mais uma, a de Controle Urbano, depois que o teto da Renascer caiu. Talvez para poder vender seus alvarás de funcionamento a mais gente, ao invés de deixar restrito aos amiguinhos...
Sorria, São Paulo.
20 janeiro 2009
Como mentir na manchete
Aulinha rápida de jornalismo, que provavelmente é aplicada no concorridérrimo Curso de Trainee da Falha de S. Paulo:
Peguem uma pseudo-notícia. Distorçam seu significado utilizando uma palavra forte e depreciativa na manchete. Não ligue se o texto desminta o título, porque o leitor já terá comprado o jornal ou clicado no link. Tente, a todo custo, comprovar o que diz a manchete, mesmo que isso seja impossível e deixe a matéria um tanto quanto confusa, contraditória. Feche tudo com uma analogia sem pé nem cabeça.
Foi ou não essa a maneira como a seguinte "reportagem" foi escrita?
"Corinthians atrasa pagamento, mas espera chegada de Escudero"
Atrasa onde, imbecil, se no texto você mostra que o Corinthians adiou o pagamento para analisar o contrato? Tá servindo a quais interesses, filho de uma puta?
Meninos e meninas, cuidado com aquilo que lêem e onde estão querendo trabalhar...
Carnaval robotizado
Ano passado estivemos Evinha e eu no Carnaval carioca. Apesar dos perrengues com estadia (fechamos em cima da hora, reservamos um cativeiro e acabamos dormindo num puteiro), passamos belíssimos momentos perambulando pelas ruas do centro da Cidade Maravilhosa. Ciceroneados por Edu Goldenberg, FH, Julio Vellozo e a turma da Flavinha, bebemos até cair, tomamos chuva, passamos calor e fizemos tudo aquilo que um bom folião preza. Também tivemos grandes momentos procurando um lugar para mijar - mais a Eva do que eu -, e isso parece ser outra marca da folia no Rio.
Por esse motivo, diga-se, o poder público de lá recebe constantes e repetidas críticas. Os políticos ignoram solenemente essa festa genuinamente popular (que, aliás, gera muita receita por movimentar a economia da cidade) e não oferecem a infra-estrutura merecedora, voltando seus olhos apenas para o Desfile das Escolas de Samba. Porém, pior do que ignorar é a proposta do novo prefeito do Rio. Indignado com o fato de que as ruas viram "mictórios ao ar livre", Eduardo Paes quer "organizar" o desfile de blocos.
Por organizar, entenda higienizar e elitizar. Além do absurdo de querer taxar os organizadores dos blocos - em sua maioria, os blocos nascem quase que espontaneamente, bancados pelos próprios participantes - para repassar o gasto com limpeza e banheiros químicos, o prefeito abre espaço para a entrada do mercantilismo no Carnaval carioca. A grave conseqüência disso será uma degradação da folia nos mesmos moldes de Salvador, onde empresas promovem um apartheid econômico e excluem os baianos de sua balada privê.
Esse é mais um dos inúmeros exemplos de como o mundo caminha em direção contrária à valorização das tradições populares. Pelo andar da carruagem, em pouco tempo teremos a música eletrônica e o funk dominando os blocos. É a festa momesca de robôs em prol da globalização. Duvida? Então vejam quem é o novo secretário de Cultura em Belford Roxo...
P.S.: na contramão disso tudo, já está no ar o Guia Comentado da Agenda do Samba & Choro de blocos. Imperdível para quem vai, motivador para quem não vai e está pensando em ir. Eu, neste ano, me mando para Pirapora novamente. Mas com um pedacinho do coração no Cordão do Bola Preta, no Berro da Viúva, no Cordão do Boitatá...
19 janeiro 2009
O terremoto, o Inho e o italiano
Post dessa segundona braba dividido em três pílulas, só para começar a semana na manha...
- A grande tragédia paulistana no fim de semana foi o desabamento do teto da Renascer, que matou 9 pessoas. Ocorrida neste domingo, a queda das estruturas ainda nem pode ser considerada acidente, já que há um relato de que parte do edifício já tinha caído um dia antes. Talvez por conta do terremoto alvinegro que passou pela cidade. Era a tremedeira dos anticorinthianos e da abutraiada, preocupadas com o que mostrou o Corinthians no Pacaembu e em São Carlos, com a molecada da Copa SP. Ainda assim, como disse o Filipe, há espaço para "crise"...
Falando sério sobre o tema, a Patrulha. Por que a Prefeitura não fechou esse prédio, já que a maioria de suas interdições têm a finalidade de previnir acidentes como esse? Ou não têm? Com a palavra, o generalzinho.
Atualização: o Cruz de Savóia dá o seu relato sobre o troço. Responde a essas perguntas acima. E mostra a praga que é essa Renascer...
- E o Inho, hein? Depois da bobagem dita sobre o ICMS, agora ele me vem com essa:
" Torcedor corinthiano, se você não gostar de conviver com bandidos assine o pay-per-view do Paulistão 2009. O valor do ingresso para você foi majorado em 300%. Vale para todos os jogos, ou seja, a grande maioria sem a presença de Ronaldo em campo. O que cai por terra a desculpa utilizada para aumentá-los. Somente um setor do estádio não teve reajuste. Adivinhe… O local onde ficam os co-gestores do clube, Gaviões da Fiel."
Porque ele quer se tornar um "jornalista" com a credibilidade do Juquinha, o moço já começou pelo básico. Fala de futebol mas não vai aos estádios. Porque, se fosse, iria saber que o ingresso das arquibancadas passou de R$15 para R$20 (um aumento abusivo de mais de 30%, diga-se, e que deveria ser a verdadeira pauta de qualquer gente decente).
Nego que quer falar sobre o que não sabe dá nisso...
- Ainda não tenho nenhuma opinião formada sobre o italiano que conseguiu asilo político no Brasil. Isso porque está todo mundo chamando Battisti de terrorista, o que abre um leque gigantesco de interpretações. Por exemplo, Che Guevara era terrorista na visão da CIA. O que eu lamento mesmo é o fato de terem concedido tal asilo no mesmo dia em que se decidiu a não-investigação da morte de Vladimir Herzog nos porões do DOI-CODI. De qualquer maneira, minha primeira impressão é que Lula deu um troco no Berlusca por conta disso...
16 janeiro 2009
Hora da Patrulha
Na estréia da seção Hora da Patrulha, escrevi sobre a transformação política da Soninha, que muitos acham ser a paladina das boas causas - e ela mesma se veste com o manto de Madre Teresa modernosa que lhe dão. Falava da probabilidade dela ficar com uma Subprefeitura na gestão do generalzinho, a quem prestou grandes favores na campanha.
Bom, nada como um dia após o outro... Do Futepoca:
"Soninha assume Subprefeitura na segunda-feira"
Destaco um trecho interessante: "Mas a gestão pública não é uma gestão partidária. Uma enfermeira de hospital público filiada ao P-Sol teria que se demitir porque o prefeito da cidade é do PSDB? Claro que não. Eu quero o poder. O poder de fazer o possível. Por isso aceitei esse cargo executivo, e o pessoal de esquerda lá do bairro ficou super feliz com a minha nomeação, porque eu vou dar atenção às calçadas, à acessibilidade, questões importantes. Imagina se o nomeado fosse um linha dura..."
E agora alguns comentários:
1) se gestão pública não é partidária, por que então aquele bololô todo com o PT? Se assumir uma subprefeitura do Kassab é mais abonador que a luta para colocar seu próprio (ex) partido nos eixos, então eu preciso rever alguns conceitos. Ou então é Soninha quem precisa dessa revisão, principalmente no que diz respeito a ideologias político-partidárias;
2) a enfermeira do hospital passou em concurso, não foi eleita. E caso ela não esteja contente com o chefe, deve procurar o sindicato e tentar mobilizar sua categoria, mesmo com as mordaças que os tucanos costumam colocar na boca do funcionalismo público;
3) o pessoal de esquerda citado deve ser comunista que odeia ser chamado assim, do mesmo jeito que o presidente do PPS. Só assim para ficar contente com essa pelegada. Ou então o bairro em questão é o Jardins;
4) não sei o que é pior: um linha dura ou uma pseud0-progressista no poder.
Sorria!
Parem as máquinas (exclamação)
Meu Deus! A Tia Dora está contente, a Miquelina vai feliz ao baile da Sociedade. Ele está de volta às telinhas de todo o Brasil. O polêmico, o torcedor verde do Jornalismo Futebol Clube, o folclórico, o engraçadíssimo Roberto Avallone.
Comandando o programa No Pique, que estréia nesse domingo, às 21h, na CNT, Avallone retoma sua carreira televisiva. Reconheçamos: o palestrino estava fazendo muita falta. Com os programas de debate esportivo nas noites dominicais cada vez piores, No Pique irá ressucitar os comentários nada convencionais e, principalmente, os jargões que fizeram a fama de Avallone.
Notem que não há mais espaço para esse tipo de jornalista esportivo na TV. Por isso mesmo, as expressões do fanfarrão apresentador já bastam para comemorarmos sua volta. Até porque, depois de ser tirado do Bola na Rede, da Rede TV, e substituído pelo péssimo Fernando Vanucci, Avallone parecia ter sido aposentado compulsoriamente.
Tenho certeza de que, daqui algumas semanas, eu já estarei xingando esse porco desgraçado porque ele vai falar alguma baboseira sobre o Corinthians, mas isso faz parte do show. Trata-se de uma relação que aprendi a ter - e muitos da minha geração também - com Avallone na telinha, desde aqueles áureos tempos de Mesa Redonda Futebol Debate.
Nessa época, nutria um grande ódio pelo moço por considerar exagerados seus deboches contra o Timão. Hoje, com um pouco mais de discernimento, vejo que as ferinas palavras nada mais eram do que a rivalidade Corinthians e porco sendo exaltada em rede nacional. Depois que Avallone ficou fora do ar e imbecis como Flávio Prado, Vitor Birner, Milton Neves e a turma estéril do Sportv passaram a representar a nata da crônica esportiva na televisão, ficou aquele sentimento de "eu era feliz e não sabia". Que Nino, o italianinho volte com a corda toda!
Na contramão - É patético e dá vergonha alheia o novo formato do Globo Esporte. Apresentado por Tiago Leifert (que deve ser filho bastardo de Mano Menezes, tamanha a semelhança entre eles), o jornal é recheado daquelas gafes usuais que a Globo comete quando resolve trabalhar ao vivo. É notável a incompetência da emissora carioca em improvisar, e isso só comprova que na Vênus Platinada tudo é formatadinho e, conseqüentemente, manipulador. Para quem acredita na baboseira do padrão Globo de qualidade...
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